caríssima(o),
estou desapontado. e muito desiludido, também. e com a sensação esquisita de não querer principiar este
post pelo seu final e criticar quem, desde o início da semana, depositava (muita) confiança, ao ponto de o considerar
«o homem do leme».
por muito que me custe - e estou a lutar contra esse sentimento - terei que o fazer. está a ser mais forte do que eu. então, sendo assim, aqui vai.
mais uma vez, o empate de hoje soube-me a derrota. novamente tenho a sensação de que, por culpa própria, esbanjámos dois pontos. se no Domingo concedemos quarenta e cinco minutos de avanço ao CD Feirense, tendo de correr atrás do prejuízo, hoje oferecemos a iniciativa de ataque ao adversário lampiónico durante toda a segunda parte - e depois de termos conseguido o feito
incrível de nos recolocarmos na frente do marcador logo após a obtenção do empate encarnado por um jogador que já não deveria estar em campo. mas já lá vamos - à vergonhosa "arbitragem" do sr. Jorge Sousa e dos seus discípulos.
na minha opinião, a chegada do intervalo e o posterior regresso das cabines, fez mal à equipa azul-e-branca, que apareceu amorfa e demasiado relaxada para quem vencia o rival directo pela margem mínima. confesso que foi inevitável, para mim,
(i) a comparação com a época passada - em que o descanso representou, muitas vezes, a viragem na atitude e no
Querer - e
(ii) a memória dos tempos medrosos do Professor Jesualdo Ferreira - em que as sucessivas hesitações em alterar o rumo dos acontecimentos e as "invenções" foram mais do que muitas.
portanto e apesar de ter cumprido com a
promessa de o apoiar incondicionalmente durante a partida de hoje, após o seu término, abandonei o estádio, não só com um amargo de boca e uma "meloa" de todo o tamanho, mas também a formar a convicção de que Vítor Pereira poderá ser um técnico que não setve os intentos do actual
FC Porto: um clube cuja massa adepta é exigente, pois não se contenta só com a obtenção do resultado pelo resultado e se paga bilhete quer assistir a "ópera" em todos os jogos - e esta não passa por golear, mas por apresentar bom futebol e, se possível, vencer os desafios deixando tudo em campo.
de facto, custa-me estar a penalizar o nosso treinador principal à sexta jornada do campeonato e após dois empates seguidos
; sei que estarei a ser injusto, mas há "algo mais" na formulação daquela minha convicção. e não sendo «catedrático» da bola, por exemplo, não compreendo como Vítor Pereira esperou até ao minuto 77' para substituir um estourado Freddy Guarín
; é que até o
mister da chiclete o percebeu e bem mais rápido do que Vítor Pereira, ao ponto de ter procedido a uma remodelação que lhe deu frutos, car
@go
! e já nem refiro o facto de ter chamado Souza do aquecimento e tê-lo preterido em função de
Cebola Rodríguez
; o brasileiro deve ter ficado com o moral em alta, tal como Walter, que somou mais seis minutos (
!!) aos anteriores dez que já tinha em jogos oficiais, esta época.
e o nosso treinador, por muito competente que o seja, até pode
justificar as opções que tomou no decurso da partida, que não altera a minha percepção de que "demora" a inverter o rumo dos acontecimentos, isto é, hesita em demasia quando o que se lhe pede é que não o faça.
é claro que estou a basear esta análise pelo que se passou na segunda parte. assim como não escondo que, até ao intervalo da partida, estava convicto de que a vitória seria nossa. e que se a postura da primeira parte tivesse prevalecido, os parágrafos anteriores não estariam redigidos - na mesma linha de raciocínio de que a minha avó,
se tivesse rodas seria um triciclo. e como não gosto de viver
no mundo dos "ses" (mesmo nos mais plausíveis), o caro Vítor Pereira vai ter que se aguentar a esta
bomboca: ou este cenário muda rapidamente, ou minha estima por ele estará
no fio da navalha. provavelmente estarei a ser cruel e, quem sabe
!,
bipolar; mas os jogos contra os lampiónicos da agremiação de Carnide tornam-me emocionalmente instável.
sobre a nossa primeira parte (quase de luxo), onde silenciámos os lampiónicos (cheios de "papo", instalados no topo Norte) e os obrigámos a que jogassem algo parecido com futebol e sem ser na base da agressão, o que se me apraz escrever é que a actuação do trio de arbitragem foi, no mínimo,
v-e-r-g-o-n-h-o-s-a!
refiro que Maxi Pereira deveria ter sido expulso da partida por agressão a Álvaro Pereira, num lance que aconteceu mesmo à minha frente, no estádio. e que todo o Dragão viu a de Cardozo sobre o (desastrado) Fucile. e que o sr. do apito foi lesto a amarelar os jogadores do FC Porto e só começou a retribuir os que trajavam de encarnado a partir do golo de Kléber. e que foi demasiado condescendente para com as inacreditáveis perdas de tempo de Artur e
sus muchachos. tudo "
isto" em quarenta e cinco minutos
!
é mesmo muita obra! - no mesmo sentido em que há quem refira que «é muita fruta
!».
por último, a imagem que (literalmente) embeleza este
post mais não é do que a minha singela homenagem àquele jogador que, para mim, foi o homem do jogo e actualmente é uma das estrelas cintilantes do nosso plantel.