entre a felicidade incontida da paternidade, a enésima muda de fraldas e o
stress (sobretudo emocional) das primeiras cólicas, consegui visionar os
últimos quarenta e cinco minutos do clássico de Alvalade e com o
Guilherme nos meus braços - para se ir ambientando ao quotidiano azul-e-branco. ;)
assim, é provável que a apreciação abaixo peque por defeito
; porém, há "excessos" que permanecem. e é sobre estes que me debruçarei nas próximas linhas.
para além da bravura colocada pelos nossos na disputa da partida e do
Querer vencê-la desde o primeiro segundo, mais uma vez foi perceptível que nos
faz falta uma referência de área. é um tema recorrente nesta época, sobretudo depois da saída do
pesetero, não há como o contornar e por muito mérito e engenho que reconheça a Kléber (um ponta-de-lança que ainda não é o
matador que pretendemos, mas que tem tudo para o vir a ser num futuro próximo) - pois
parece que o Walter já é uma carta fora do nosso baralho.
para esta situação fulcral acresce o facto de, mesmo dispondo de três extremos (mais Jamez Rodríguez), continuar a faltar Classe pura nas alas - excepção a esse
Incrível desafio de ter que ser (sempre o) Hulk contra o resto da equipa adversária. assim sendo, se compreendo a aposta inicial no (ainda) nosso
Cebola, já a persistência em
Djalma irrita-me. insisto que não é jogador para uma equipa como o nosso
FC Porto! para cúmulo, temos que o Varela eclipsou do universo portista e que
consta por aí uma manha de que iremos ter o Djaló no plantel (
!!). espero ainda poder ver o
Christian Atsu jogar na equipa sénior esta época.
outra matéria que já me cansa neste
FC Porto é a sua questão lateral - que é como quem escreve, a aposta no defesa central
Maicon (que e ao contrário do seu compatriota e homónimo, é duro de rins e capaz de ir do sofrível ao risível em menos de cinco segundos). já se percebeu que
(i) Vítor Pereira considera os jogadores Fucile e
Săpunaru (mais do que) prováveis erros de
casting no actual plantel azul-e-branco e que
(ii) a aposta em Maicon serve para garantir a necessária (mas nem sempre conseguida) solidez defensiva nas subidas do nosso
Palito. acontece que, esta época, o lateral-esquerdo uruguaio é
outro - no sentido em que, mesmo com uma razoável subida de forma (se compararmos o seu rendimento no início desta época para o Presente), tem vindo a acumular disparates como se de um júnior se tratasse - esta noite foram os cruzamentos, na sua larga maioria (no mínimo) disparatados.
estas duas questões parecem deslocadas uma da outra, mas entroncam nesta situação caricata e que arrancou alguns choros compulsivos ao
Guilherme
: ver Álvaro Pereira acertar "um cruzamento com conta peso e medida" e fazê-lo (literalmente) para o espaço vazio, pois não havia a tal referência de área (e não se pode pedir
(i) a Hulk para fazer de 9 em todas as jogadas (pois não é o seu estilo habitual) nem
(ii) a Maicon para executar um cruzamento (porque não o sabe fazer, dado que a sua natureza é destruí-los).
como só na partida de hoje contei três lances desta estirpe, faço votos para que a vinda de Danilo seja sinónimo de uma melhoria (substancial) nesta forma torpe de se jogar futebol.
mas, nem tudo foi mau no jogo portista, no "relvado" (ao estilo séc. XIX) no estádio Alvalade XXI - o tal que tem um
acesso aos balneários da equipa visitante que me fariam corar de vergonha
: por exemplo, foi gratificante perceber que temos o Capitão
Helton numa forma soberba (a merecer nova chamada ao
escrete) e que Fernando é (de facto
!) o
polvo que mais ordena no nosso meio-campo defensivo.
assim sendo e no fundamental, ainda temos um longo caminho a percorrer para sermos bicampeões e para defendermos a posse do troféu internacional conquistado com imenso brilhantismo na época transacta. veremos que arrumação está o actual timoneiro da nossa nau a engendrar com a reabertura do mercado de Inverno.
por último e porque tenho que ir aquecer (mais) um biberão, não posso deixar de me pronunciar sobre aquele que, para mim, foi o lance mais hilariante (mas sem qualquer graça) da partida
: refiro-me ao minuto 67' e ao perdão do segundo cartão amarelo para Anderson Polga.
não quero justificar o empate obtido com a decisão que dele decorreu, mas quando até o meu filho (com uma semana de idade, feita hoje) pedia que sr. Proença tivesse a "coragem" de fazer o que se impunha, eis que o juiz lisboeta assinala a falta (que existiu), perdoa a expulsão ao capitão do
Zbording e amarela Hulk (de uma forma que, até para este, foi
Incrível)
!
confesso que fiquei estarrecido e curioso para ler a próxima crónica
do sr. Eduardo Borroso.
beijinhos e abraços (muito paternais)
!
e
Muito Obrigado! pela tua visita :)