sábado, 7 de janeiro de 2012

obrigadinho, sr. Proença! valeu, pô!



caríssima(o),

entre a felicidade incontida da paternidade, a enésima muda de fraldas e o stress (sobretudo emocional) das primeiras cólicas, consegui visionar os últimos quarenta e cinco minutos do clássico de Alvalade e com o Guilherme nos meus braços - para se ir ambientando ao quotidiano azul-e-branco. ;)
assim, é provável que a apreciação abaixo peque por defeito; porém, há "excessos" que permanecem. e é sobre estes que me debruçarei nas próximas linhas.

para além da bravura colocada pelos nossos na disputa da partida e do Querer vencê-la desde o primeiro segundo, mais uma vez foi perceptível que nos faz falta uma referência de área. é um tema recorrente nesta época, sobretudo depois da saída do pesetero, não há como o contornar e por muito mérito e engenho que reconheça a Kléber (um ponta-de-lança que ainda não é o matador que pretendemos, mas que tem tudo para o vir a ser num futuro próximo) - pois parece que o Walter já é uma carta fora do nosso baralho.
para esta situação fulcral acresce o facto de, mesmo dispondo de três extremos (mais Jamez Rodríguez), continuar a faltar Classe pura nas alas - excepção a esse Incrível desafio de ter que ser (sempre o) Hulk contra o resto da equipa adversária. assim sendo, se compreendo a aposta inicial no (ainda) nosso Cebola, já a persistência em Djalma irrita-me. insisto que não é jogador para uma equipa como o nosso FC Porto! para cúmulo, temos que o Varela eclipsou do universo portista e que consta por aí uma manha de que iremos ter o Djaló no plantel (!!).  espero ainda poder ver o Christian Atsu jogar na equipa sénior esta época.

outra matéria que já me cansa neste FC Porto é a sua questão lateral - que é como quem escreve, a aposta no defesa central Maicon (que e ao contrário do seu compatriota e homónimo, é duro de rins e capaz de ir do sofrível ao risível em menos de cinco segundos). já se percebeu que (i) Vítor Pereira considera os jogadores Fucile e Săpunaru (mais do que) prováveis erros de casting no actual plantel azul-e-branco e que (ii) a aposta em Maicon serve para garantir a necessária (mas nem sempre conseguida) solidez defensiva nas subidas do nosso Palito. acontece que, esta época, o lateral-esquerdo uruguaio é outro - no sentido em que, mesmo com uma razoável subida de forma (se compararmos o seu rendimento no início desta época para o Presente), tem vindo a acumular disparates como se de um júnior se tratasse - esta noite foram os cruzamentos, na sua larga maioria (no mínimo) disparatados.

estas duas questões parecem deslocadas uma da outra, mas entroncam nesta situação caricata e que arrancou alguns choros compulsivos ao Guilherme: ver Álvaro Pereira acertar "um cruzamento com conta peso e medida" e fazê-lo (literalmente) para o espaço vazio, pois não havia a tal referência de área (e não se pode pedir (i) a Hulk para fazer de 9 em todas as jogadas (pois não é o seu estilo habitual) nem (ii) a Maicon para executar um cruzamento (porque não o sabe fazer, dado que a sua natureza é destruí-los).
como só na partida de hoje contei três lances desta estirpe, faço votos para que a vinda de Danilo seja sinónimo de uma melhoria (substancial) nesta forma torpe de se jogar futebol.

mas, nem tudo foi mau no jogo portista, no "relvado" (ao estilo séc. XIX) no estádio Alvalade XXI - o tal que tem um acesso aos balneários da equipa visitante que me fariam corar de vergonha: por exemplo, foi gratificante perceber que temos o Capitão Helton numa forma soberba (a merecer nova chamada ao escrete) e que Fernando é  (de facto!) o polvo que mais ordena no nosso meio-campo defensivo.
assim sendo e no fundamental, ainda temos um longo caminho a percorrer para sermos bicampeões e para defendermos a posse do troféu internacional conquistado com imenso brilhantismo na época transacta. veremos que arrumação está o actual timoneiro da nossa nau a engendrar com a reabertura do mercado de Inverno.


por último e porque tenho que ir aquecer (mais) um biberão, não posso deixar de me pronunciar sobre aquele que, para mim, foi o lance mais hilariante (mas sem qualquer graça) da partida: refiro-me ao minuto 67' e ao perdão do segundo cartão amarelo para Anderson Polga.
não quero justificar o empate obtido com a decisão que dele decorreu, mas quando até o meu filho (com uma semana de idade, feita hoje) pedia que sr. Proença tivesse a "coragem" de fazer o que se impunha, eis que o juiz lisboeta assinala a falta (que existiu), perdoa a expulsão ao capitão do Zbording e amarela Hulk (de uma forma que, até para este, foi Incrível)!
confesso que fiquei estarrecido e curioso para ler a próxima crónica do sr. Eduardo Borroso


beijinhos e abraços (muito paternais)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)  

3 comentários:

  1. Acho que fazes bem em ir ambientando o Guilherme - é de pequenino que se torce o portismo -, mas calma...

    É verdade que Proença errou no lance do Polga e errou mais no amarelo ao Hulk, mas não foi por aí, como não foi pelo Maicon que esteve muito bem. Prefiro um Maicon de cabeça no lugar e vontade de continuar, que um Fucile aéreo, desconcentrado, com a cabeça vá lá saber-se onde.

    Abraço

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  2. Bom dia,

    Esperava muito mais do FC Porto, e claro uma vitória.
    Foi um mau jogo de futebol, muitos individualismos, e os defesas e guarda redes venceram os avançados sem dificuldade.
    Um árbitro com um trabalho fraquinho quer técnicamente, quer disciplinarmente.
    Muito mal VP no final com uma análise redutora do que foi o jogo. O FC Porto não empatou porque o Polga não foi expulso, empatamos sim, porque o barco ruma para onde a ambição do seu capitão quer que ele rume.
    Faltou ambição, entramos muito a medo, e o individualismo de Hulk chegou a ser penoso para qualquer portista.
    Destacaram-se individualmente os jogadores da nossa defesa e Fernando.
    O melhor em campo foi Palito. O uruguaio galgou quilómetros e tantas vezes cruzou para o ponta de lança inexistente.
    Para quando o ponta de lança que saiba responder a cruzamentos, que saiba jogar de costas para a baliza, rodar e tabelar com os médios que vem de trás.
    Espero que o mercado feche rápido, para que se defina o plantel. É preciso concentração competitiva para atacar o título.
    Hoje vamos por certo perder o primeiro lugar, mas a equipa não pode esmorecer, pois o empate em Alvalade acaba por não ser mau de todo.
    Nota muito positiva para o civismo entre adeptos, grande festa em Alvalade.

    Abraço e boa semana

    Paulo

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  3. Parabens amigo e desculpa o telefonema de ontem, a horas impróprias. Acabei de ver o inacreditável lance entre o Elias e o Otamendi na área do Sporting, no qual o Pedro Henriques diz que: "neste caso a câmara lenta, que muitas vezes nos ajuda, deturpa-nos a realidade dos factos. Em movimento rápido NÃO É ISTO QUE ACONTECE!". Amanhã também estou curioso para ver a reacção do Dr Borroso quando o Manuel Serrão o confrontar com estes dois escândalos... Este ano está mesmo tudo contra nós, dassss

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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