caríssima(o),
o
teor do post sobre o encontro de ontem à noite, no Estádio do Dragão, ante o CD Feirense, tem suscitado alguns
comentários que muito me têm desagradado - e certamente que não me refiro aos que já estão publicados.
alguns de vós, mais afoitos e empertigados, têm colocado em causa, não só a minha proveniência natural (desejando "felicidades" à minha progenitora), mas principalmente o meu
portismo e a minha dedicação à defesa dos interesses do clube.
se sobre a primeira situação - indelicada, claro que sim
!, pelo que o "arquivo geral" é a sua serventia - estamos conversados, já sobre a segunda "a
coisa" pia mais fino.
assim sendo e para que não hajam dúvidas:
pertenço à colheita de 1975, pelo que ainda sou um puto imberbe se
comparado com alguns de vós que me visitam, com uma experiência que
(in)tento "beber" sempre que possível e com o Respeito que me merecem.
porém, não alimento polémicas sobre o portismo de cada um de nós (independentemente de idades e/ou anos de associado), tal como não discuto as (nossas) opções técnico-tácticas de treinadores profissionais de bancada, pelo simples facto de que, enquanto portistas dos quatro costados e adeptos indefectíveis do
FC Porto, temos diferentes formas de vivenciar esse enorme
Amor, que é certamente comum a qualquer um de nós.
todos nós temos vivências, recordações, emoções, episódios caricatos,
memórias extraordinárias inesquecíveis (que não «irrepetíveis»), uns
mais do que outros, dependendo daqueles mesmos factores (idade e anos de associado) e da forma como apoiamos o nosso clube.
por exemplo, no Presente e por factores de ordem económica, não sou associado do clube e assisto a jogos «ao vivo e a cores» sempre que a carteira mo permite. tal não faz de mim menos (ou mais) portista do que um associado com setenta e cinco anos "de clube" e com assinatura anual de uma cadeira de sonho no nosso teatro de sonhos, por exemplo; faz, isso sim, que o encare com o respeito que tal pessoa me merece, e nada mais do que isso (o que já não é pouco, convenhamos).
portanto, acusarem-me de desprestigiar e/ou vilipendiar o bom-nome do clube do meu coração desde que me conheço, "só" porque (i) fui cáustico para com o (actual) treinador do FC Porto, baseando a minha crónica «exclusivamente no que se passou durante a primeira parte», (ii) "esqueci-me" de referir que o clube fez o seu quarto jogo de cariz oficial em dez dias (com uma viagem a Inglaterra pelo meio), e (iii) fui «demasiado exigente e pouco humilde» para com a atitude da equipa (tendo em conta que baixou o ritmo de jogo após o segundo golo), e insultando-me de meia-noite por tal, peço desculpa, mas isso é que não!
sim!:
(a) desde
Outubro de 2011 que afirmo que não gosto de Vítor Pereira e das ideias que defende para o nosso
FC Porto, e que, como tal, não é treinador para o nosso clube do coração (e não é só pelo
curriculum que não possui).
no entanto, considero que sempre mantive uma postura de absoluto respeito para com a sua pessoa e dentro das e as regras da boa educação, inclusive na
última carta aberta que lhe dirigi;
(b) a primeira parte do encontro de ontem foi (no mínimo) sofrível, mas a segunda não foi melhor e por muito que o número de remates enquadrados à baliza tenha sido superior. e mau seria se assim não fosse, car@go! (a termos que vencer o encontro para ficarmos em primeiro na classificação).
só que, para mim, esses segundos quarenta e cinco minutos (mais os descontos) não apagam (mais) uma primeira parte que não se coaduna com as quinas que orgulhosamente envergamos nas nossas camisolas, e não disfarçam a incapacidade que a equipa demonstra em "furar" muralhas defensivas (e já estão decorridas vinte jornadas!, mais a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira e as eliminações da Taça de Portugal, da Champions e da Liga Europa);
(c) fui «pouco humilde» para com a atitude da equipa no final do encontro, apesar de não o ter escrito na crónica em causa - «apenas e só» pensei-o para com os meus botões.
é que eu (ainda) "sou do tempo" em que treinadores houve que passaram pelo banco do meu clube do coração cujas equipas que orientaram pautavam o ritmo de jogo mas sempre com o fito de aumentar o score do marcador, não só para que não acontecessem surpresas desagradáveis, mas principalmente por respeito para quem pagou um bilhete para assistir a um jogo de futebol, pelo que
certamente que deverei ser eu a ter uma opinião enviesada e «demasiado exigente» sobre este assunto;
(d) exprimi o meu sentido mais crítico por diversas vezes, inclusive de uma forma cáustica. mas, em todas essas críticas, também houve um intuito positivo, como um "grito de alerta" para que não se repetissem erros que considerei passíveis de nos prejudicar - tal como também o fiz em momentos de "reunir as tropas" e unirmo-nos em prol da Equipa e do Clube, apesar de todas as divergências para quem (ainda) dirige os seus destinos.
portanto (e assim concretizo):
não recebo lições de Moral e muito menos de portismo, de ninguém!
(e muito menos se o fazem em termos impróprios e desprestigiantes de quem se considera «cidadão de um país civilizado».)
"disse"!