caríssima(o),
antes de tudo, deixa-me afirmar publicamente que é muito bom estar de regresso ao teu salutar conBíBío. já tinha saudades, apesar do pouco tempo de ausência.
depois e acerca do que se passou esta noite, no nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos, ante o Rio Ave, penso que concordarás comigo e com o título da presente "posta de pescada"®.
de facto, a goleada não esconde as dificuldades sentidas ao longo dos noventa minutos da partida, frente a um adversário que se postou fechadinho, compacto, com linhas baixas e muito próximas entre si, apostando tudo no contra-ataque declarado. se, por um lado, até entrámos bem, a pressionar e a construir jogo pelas alas, na procura do golo, por outro, ao final de vinte minutos, como que deixámos os vilacondenses pressionar o nosso meio-campo, enlevámo-nos no seu jogo quezilento (onde Casemiro foi o seu fiel intérprete) de faltas e faltinhas sem nexo, e timidamente, porque começaram a faltar ataque, apoios, concentração, disciplina e discernimento, eis que (res)surge o esplendor da massa assoBiativa. felizmente que as claques marcaram presença e conseguiram abafá-la, mas ela esteve sempre presente, à espreita, à espera, "à coca".
até ao final da primeira parte, tivemos as melhores oportunidades de golo, com um Cássio em grande nível, mas a última ocasião de golo pertenceu a Ukra que, livre de marcação, disparou em direcção à última fila de cadeiras da bancada dos Super. foi a única desatenção defensiva que me ocorre e que nos poderia ter custado caro...
até ao final da primeira parte, tivemos as melhores oportunidades de golo, com um Cássio em grande nível, mas a última ocasião de golo pertenceu a Ukra que, livre de marcação, disparou em direcção à última fila de cadeiras da bancada dos Super. foi a única desatenção defensiva que me ocorre e que nos poderia ter custado caro...
o regresso das cabines não poderia ter sido melhor. no lado contrário onde Ukra falhou, Tello encheu o pé e de forma rasteira, fazendo a chichinha passar por debaixo do corpo do guarda-redes brasileiro. só quem nunca jogou futebol é que pode afirmar publicamente que este poderia e deveria ter feito mais...
estavam decorridos dois minutos da segunda parte e cumprido o primeiro objectivo: marcar primeiro do que o adversário. partir para o segundo - alcançar o golo de uma possível tranquilidade - era primordial. ao invés, o que se segui foi um ligeiro desacerto da equipa nas marcações, mormente no meio-campo, onde Herrera e (sobretudo) Brahimi pareciam corpos, mais do que "estranhos", extremamente desgastados. esteve bem, Lopetegui ao aperceber-se desta situação, e ao trocar o argelino por Ruben Neves. o "puto" trouxe outro acerto e outro toque de bola, mais... "redondo". posteriormente, aos 70', viria a substituir o mexicano por Quintero, numa aposta pelo corredor central em detrimento das alas. fruto dessa aposta foi o golo de Jackson, que resultou de uma recuperação de bola a meio-campo, e este "cavalgou" em direcção à área adversária, rematando forte e colocado ao poste mais distante de um desamparado Cássio.
daí para frente, o jogo deixou de ter (muita) história, a não ser a beleza da jogada do nosso quarto golo (que teve a assinatura do Óliver) e o "míssil" do Danilo - ele que já por duas vezes o tinha ameaçado.
© Tomo II
por último, é impossível não me referir a olarápio benquerença.
fez uma arbitragem "digna" do seu perfil: infeliz. aliás, muito infeliz e muito miserável, mormente no capítulo disciplinar, prejudicando «ambas as duas» equipas.
e onde há quem veja um corte com a mão do Herrera, logo a seguir ao golo portista, em vejo um remate "à queima", com o mexicano a não ter tempo de reacção suficiente para tirar o braço do seu movimento natural. mas, "à luz" (expressão propositada) da volumetria e das leis de jogo "a la pedro henriques", até concedo que possa ter havido grande penalidade - as mesmíssimas leis de jogo que, aos 44' já teriam expulso Wakaso por acumulação de amarelos...
em suma:
mais um jogo cumprido e onde cumprimos, porventura para lá da realidade dos números e da nota artística de alguns.
agora, é tempos para recuperar fisicamente pois o próximo desafio será digno da nossa maior concentração e do nosso melhor rigor, quando nos deslocarmos a Coimbra para defrontarmos a Briosa.
"disse!"