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caríssima(o),
eis a última entrevista da (mini-)série "(20) vinte perguntas a..." do (falecido mas que sempre será recordado com saudade por este que vos escreve) TOMO I. a sua continuação, agora neste novo espaço e com «mais azul» do que o anterior, está assegurada e será para breve, pelo que me aguardem!
de regresso à entrevista do "Antas", a concretização desta recordação deveu-se à minha curiosidade em pretender conhecer um pouco mais sobre um "personagem" que me habituei a ler com muito agrado no "bibó FC Porto, carago!". sem desprimor para os outros colaboradores daquele espaço de discussão e que é uma das pedras angulares desse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, confesso que é pela rubrica "o tribunal do Antas" que aguardo com mais ansiedade.
assim, foi um privilégio ter conhecido o Frederico no mais recente jantar comemorativo daquele blogue, tal como foi com muita surpresa que o (re)vi recentemente na teleBisão oficial do clube, numa reportagem sobre a excursão ao Mónaco.
ou seja: não me enganei sobre a "peça" em apreço! é indubitavelmente um dos indefectíveis deste nosso grandioso clube! ;)
se (ainda) houver dúvidas desta minha convicta certeza, as próximas linhas ajudarão a desfazê-las.
beijinhos e abraços (orgulhosos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
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vinte perguntas ao "Antas"
[2010-12-22]
introdução
caríssima(o),
este é um post de de agradecimento e também de desculpabilização. explico (sucintamente).
no corrente mês de Fevereiro [de 2011], o Frederico foi o feliz entrevistado para a rubrica ”20 (vinte) perguntas a…”.
e quem é o Frederico? pois... a pergunta é pertinente.
ele é mais conhecido por ”Antas” - a sua assinatura nos posts de ”O Tribunal do Antas”, no ”Bibó Porto, Carago!”.
neste espaço de referência da bluegosfera®, numa escrita escorreita, os seus textos reflectem muito do meu pensar - que também será o de muitos portistas, a julgar pela caixa de comentários, sempre (muito) concorrida. mas, sobretudo pressente-se um modo bastante particular de sentir o clube: a paixão indelével (porque insofismável) de um (jovem) portista dos quatro costados.
a ele, desde já o meu MUITO OBRIGADO! por ter aceite o desafio e de (nos) proporcionar uma entrevista com muita Qualidade - ou como costumo dizer, com "muito sumo".
feita a devida apresentação do entrevistado e o agradecimento pela sua prestimosa colaboração, segue-se um pedido de desculpas - não só a quem me visita regularmente, mas em particular ao ”Antas”: meu caro, falhei como notas de quinhentos euros nas nossas carteiras, pois não cumpri com a data estipulada para a publicação da entrevista.
peço-te (desde já) desculpas públicas pelo sucedido e apelo à tua compreensão, tendo em conta os factores em causa e que me levaram a que não pudesse evitar este cenário. o importante é que a dita (mesmo com um considerável atraso) sempre foi publicada - e esta é a prova provada! ;)
é que é para vocês, leitores fiéis, que este espaço existe.
e tal não seria (de todo!) possível se não houvesse Verdade na publicação do que por aqui se escreve, pela parte do autor moral e material da coisa em apreço. ;)
I. dados biográficos (gerais)
II. entrevista
1. como o referi (e expliquei) na entrevista anterior, “penta1975” é o meu nick/alcunha e com o qual assino os meus bitaites na «bluegosfera®».
podes partilhar connosco o significado do teu nick/alcunha? e quantos segundos demoraste na sua escolha?O significado do nick vem ao encontro de um palco que, para mim, é o de uma vida: foi ali que nasci para o Futebol, que aprendi a ver futebol, que fiz amigos. Vem de um palco onde vivi milhentas emoções - emoções essas que só aquele estádio me conseguiu proporcionar -, para além (como é claro!) de toda uma componente histórica que carregava consigo.
Com tal relação a escolha era óbvia para mim; e demorou menos tempo do que o Álvaro Pereira a assinar pelo FC Porto, isso é uma certeza.
2. sei que o encontro da segunda mão da Supertaça Europeia - ante o Ajax de Amesterdão, em Janeiro de 1988 - foi a tua primeira visita ao saudoso Estádio das Antas, e que foste guiado «pela mão» do teu pai.
qual é a primeira recordação – a mais imediata – que tens desse desafio? justifica a tua resposta.A minha primeira recordação é logo a da maneira como festejamos (eu e o meu Pai) o golo do Rui Barros: era gente aos abraços que nem se conhecia; lembro-me que fui parar 4 degraus abaixo de onde estava inicialmente, com os saltos e a loucura.
Como se costuma dizer que ”a primeira vez nunca se esquece”, esta recordação ficará comigo para toda a vida.
3. e qual foi o melhor desafio de futebol que viste nas Antas? qual foi "aquela" partida de toda uma vida que lá assististe, «ao vivo e a cores» e que não mais esquecerás, porque está sempre presente (nem que seja no teu sub-consciente)? e porque razões?Não diria que foi o melhor desafio, mas o jogo que me ficará na memória para sempre é um FC Porto vs Sampdoria onde, depois de ganharmos fora com um golo do Yuran, em casa perdemos nos penáltis.
Não é por pessimismo que lembro sempre esta derrota; ela está sempre presente para me lembrar que nada é garantido, por mais vantagens que tenhamos e principalmente porque o que não nos mata torna-nos mais fortes. Foi um teste ao meu Portismo. Aliás, a imagem que guardo é a de, depois de um derrota, ver a Superior Sul a gritar ”Pooortooo”; é algo que nunca esquecerei! E é por isso que hoje em dia, nem que seja uma vitória na Taça, festejo como se não houvesse Amanhã.
4. concordaste com a demolição do saudoso Estádio das Antas e a construção da nossa nova casa – o Estádio do Dragão – por altura do Euro2004? justifica a tua resposta.Não concordei e ainda hoje me debato com isso: tínhamos um excelente estádio que, com algumas remodelações - como coberturas e acessos melhorados - ficaria com as exigências dos estádios modernos; tínhamos o Pavilhão Américo de Sá; tínhamos as Piscinas; tínhamos os campos de treinos [tudo concentrado num mesmo espaço], e de repente ficamos sem nada!
Uma boa parte da nossa mística foi levada [com a sua demolição], com a única justificação de que iríamos para um estádio moderno. O Tempo deu-me razão. Trata-se de um estádio bonito, sim senhor!, mas sem qualquer noção do que é ”ir à bola”, desenhado por um Arquitecto [Manuel Salgado] que nunca foi ao Futebol e que não sabe como se comportam os adeptos. Hoje e ao contrário do antigo, temos uma sala de cinema.
5. a categoria dos teus posts no “Bibó Porto, Carago!” intitula-se "O Tribunal do Antas" – numa referência ao seu místico “Tribunal” e que dispensa quaisquer apresentações.
primeira pergunta directa relacionada com esta temática: achas que há um “Tribunal do Dragão”? e se sim, em que sector? e porquê?Eu, desde muito novo, já ia com o meu Pai para o ”Tribunal” - entrada na mítica porta 10, que era uma ala do estádio que tinha a capacidade de mobilizar apoio, de transformar assobios em aplausos e/ou gritos de revolta contra quem nos fizesse mal.
Mesmo com as mudanças de estádio e de pavilhão, aquele espírito mantém-se; ainda existe o chamado ”Tribunal” e facilmente encontrámo-lo na Superior Sul, com um conjunto de adeptos que carregam às costas essa responsabilidade - bem como no Pavilhão [Dragão Caixa].
Mas as mudanças fizeram com que muita gente do ”Tribunal” fosse misturada pelo resto do estádio - ficando ao lado dos chamados “pipoqueiros” - onde, por vergonha talvez, hoje não têm a capacidade de se manifestar como o faziam nas Antas. [Por outro lado,] ainda hoje, mesmo com uma segunda ou terceira gerações do do ”Tribunal”, continuamos a viver o Clube como antigamente e com muito optimismo.
6. a segunda pergunta directa segue pronta: mesmo conhecedor do texto teu ”tributo ao adepto”, gostaria de saber a qual a tua opinião sobre os ”adeptos” «pipoqueiros»? é a mesma que tens pela célebre «massa AssoBiativa»?Como o post indicou é algo que não consigo compreender: sei que os assobios não são novidade e em casa, ao jantar, o meu Avô e o meu Pai já contavam que bastava o Pedroto não meter o Seninho que era um coro de assobios. Artur Jorge teve a sua parte, bem como Ivic, Quinito, Carlos Alberto Silva, Robson, Oliveira, “Inginheiro”; Mourinho também levou alguns, [para além dos treinadores] na época 2004-2005 (que foi o descalabro...), e por aí fora.
O problema é a forma como isto tem vindo a evoluir: já não se assobia por se ter razão, assobia-se logo aos 2 minutos por um passe falhado, assobia-se aos 10 minutos por ainda não estarmos a ganhar 5-0 e começa a ser um problema crónico. Não há justificação para tal! Pelo que temos demonstrado este ano então!, nem sequer há desculpas para tal! E no entanto eles lá aparecem.
Infelizmente isto vem na forma como o adepto vê o Futebol: chega ao estádio, senta-se e espera que o futebol lhe proporcione uma goleada, esquecendo de muitas variáveis que fazem deste jogo imprevisível e não uma ciência exacta, cheia de estatísticas como muitos comentadores na televisão querem fazer passar. Por mim podem contar com apoio e dedicação e combaterei, até ao fim dos meus dias, esta ”praga”.
7. o mês de Janeiro de 2011 foi fértil em jogos realizados no Dragão (cinco no total). contudo a média de assistências deixou muito a desejar (sensivelmente vinte e três mil adeptos por encontro).
no teu entendimento, quais as três principais causas para o decréscimo de espectadores no Dragão?Muitos apontam à crise (é verdade que vivemos tempos difíceis), outros apontam para o facto das condições climatéricas não serem as melhores (é verdade que tem estado frio e chuva, mas se no próximo FC Porto vs ”Regime” chover parafusos isto não vai ser desculpa)...
Eu aponto logo ao comodismo - o conjunto de vitórias deram ao adepto uma noção que tudo é garantido. Outra razão é o poder da SportTv, que ”obriga” [os clubes] aos horários mais estapafúrdios (como 21h, a uma Segunda-feira).
A terceira e última causa, é a dificuldade em se ir ao futebol, principalmente pela falta de transportes públicos, como é o meu caso. Ao invés, há estradas pejadas de portagens à volta do Porto, para além de ter muitas ”condicionantes” para comprar um bilhete, por exemplo (que só me confere uma bancada e ainda por cima obriga-me a um lugar marcado).
8. e no seguimento da pergunta anterior, aponta duas medidas para levar mais adeptos ao Dragão – mas desde que respeitem os “três bês”, isto é: devem ser boas, baratas e Bantajosas.
[o entusiasmo na escrita levou o ”Antas” a apontar quatro medidas ;) ]
A primeira e sem piscar os olhos: horários decentes, como Domingos à tarde (para trazer as famílias ao Futebol).
Outra medida era podermos transitar de bancada para bancada, independentemente do bilhete que compramos, de forma a podermos estar com os diferentes amigos e não termos de estar confinados a um lugar no meio de desconhecidos. Ou seja: ser mais fácil ir ao Futebol.
Outra medida [a terceira] era o Clube olhar para as gerações futuras e massificar a nossa imagem: por exemplo, trazer mais escolas aos nossos jogos. Esta medida requer algum tempo e dinheiro, mas tem os seus benefícios. Mas não é só: publicitar os jogos mais e melhor, não esperar pelos canais de televisão para as pessoas saberem os horários, preço dos bilhetes ou horários... Basta uma newsletter para toda a gente...
Por último, acabar de uma vez por todas com os lugares marcados. Poucas vezes vou para o meu lugar: gosto de ver o jogo de pé e não vejo grandes vantagens no lugar anual ou nos lugares marcados; aliás vejo alguns senãos.
Acho que estas medidas, a curto prazo, trariam algum impacto.
9. sei que não és um ”amante da formação” do Clube (ao invés, és sim muito crítico) pelo que deduzo que não acompanhes com particular interesse os jogos das escolinhas do FC Porto.
mesmo assim gostaria que partilhasses connosco a tua opinião sobre a questão da formação do clube – nomeadamente o “Projecto Visão 6/11”. quais são, para ti, as suas três principais virtudes e os seus três principais defeitos? justifica.Deixei de ser um amante da formação. E deixei pelo facto de ter trabalhado directamente num projecto de formação (não no nosso clube). As constantes queixas dos Pais e o facto de não se olhar para a Formação exactamente como ela é - sobretudo como uma etapa de formação de um jovem - levou-me a desistir, para não me chatear (como já aconteceu há uns anos no Olival). Mas, mesmo assim, continuo a acompanhar as fases finais e claro os resultados.
No que diz respeito ao Projecto 6/11, as maiores virtudes foram: a profissionalização do sector (tornando-o mais organizado) e a nossa formação ter uma forma de se pagar a ela própria através do ”Dragon Force” e das vendas de miúdos. Outra ”virtude”: o facto de terem acabado com as captações - um método algo desigual e até injusto -, passando só a contratar aquilo de que se precisa e podendo escolher Qualidade acima de tudo (i.e., de miúdos que já competem a grande nível). Última Outra ”virtude”: a construção de uma base de dados enorme, de tudo o que é craque por este mundo fora, [tornando o FC Porto] num clube sempre atento a tudo o que é talento.Mas como todos os projectos estão longe de serem perfeitos, existem alguns defeitos, tais como a incapacidade de colocar os nossos talentos na equipa principais (casos recentes de Ukra e Castro, que foram preteridos em detrimento de jogadores que o FC Porto investiu e quer ver algum retorno). Algo aqui tem de mudar e é com alguma tristeza vemos Paulo Machado a dar cartas no campeonato francês, onde se nota que é 80 vezes melhor do que, por exemplo, um Prediguer.
Outro defeito do Projecto é não conseguir afastar a ”praga de moscas” (os empresários) que constantemente enfia jogadores estrangeiros de qualidade (muito) duvidosa nos nossos seniores (facto algo comum, também, em todas os escalões de formação) e sem resultados práticos.
O último defeito é olharmos para a formação em termos de resultados de vitórias e de campeonatos conquistados. Mas a Formação vai muito para além disto; a nossa formação está inserida nalguns campeonatos onde damos 20-0 ou 14-0, e onde a competitividade é quase nula, onde nem quem goleia ou quem perde por estes números aprende o que quer que seja. Isto não é culpa do Projecto: é culpa da Federação, que não muda o formato dos campeonatos. Mas também, diga-se em abono da Verdade, que a nossa formação não luta para que este cenário mude.
10. concordas com a política de aquisições do clube – e não me refiro só pelo retorno financeiro que temos tido, mas também pela consequente política de empréstimos de jovens jogadores. porquê?Os resultados estão à vista: um clube único a gerir os seus activos, elogiado por todo o Mundo em várias crónicas - embora eu gostasse de poder atingir a perfeição, pois sei que o FC Porto, quando se empenha em algo, é o melhor. Em todas as épocas, juntamos aos jogadores que formámos outros jogadores vindos de fora com qualidade, ou seja, podemos sempre juntar umas vendas milionárias à ”prata da casa”.
A nossa política de empréstimos é adequada porque aos 19 anos, saídos da formação, os jogadores ainda têm um longo caminho a percorrer. Infelizmente nos últimos anos não temos muitos jogadores para mostrar e saídos das nossas escolas - como foram Baía, Domingos, Couto, Jorge Costa, Conceição, etc.
Mas também isto é uma visão romântica das coisas; o que manda é o dinheiro e aí não nos podemos queixar. Talvez, quem sabe, num futuro próximo, não venderemos os nossos craques como Sérgio Oliveira, Jorge Chula, Diogo Viana, Maia, Ukra e Castro por valores que só o nosso clube sabe vender.
11. e por falar em retorno financeiro. um dos teus posts mais afamados é o ”Marketing, Merchandising & Incomptetising” – pelo menos a avaliar pelo nr. de comentários – e que eu subscrevo, na íntegra, pelo arrojo e pela frontalidade na defesa de um sector que considero negligenciado pelo FC Porto, e onde poderíamos ser líderes nacionais destacados.
a minha pergunta é mais abrangente: como encaras a política de gestão do nosso Clube? parece-te ser a mais acertada? justifica.No que ao vender e comprar jogadores, gerir planteis, contratações de treinadores - ou seja: Futebol - somos um clube sem igual. O problema é que há outros sectores onde podemos e devemos ter muito mais retorno e não temos.
Quando coloquei o post vinha no enfiamento das declarações recentes do director da Porto Comercial [Henrique Pais] que entretanto se tinha demitido; e dizia ele que o FC Porto «tornou-se uma referência em Marketing desportivo». Bom! Eu aqui saltou-me a tampa: relação com os sócios inexistente; todo o merchandising bem como as lojas, com produtos obsoletos, com preços que não lembram a ninguém; um site que sofre de falta de informação como também de conteúdo; publicidade e merchandising das modalidades não existe; atendimento às reclamações igual a zero. Ou seja: somos super profissionais na gestão do Futebol e depois esquecemo-nos de outras áreas [igualmente importantes] como: sócios, museu, lojas azuis e pavilhão.Não posso concordar com esta parte da gestão e perece-me que nos falta alguém com competências nesta área - sector que, a longo prazo, traz retorno financeiro. E isto sem esquecer aqueles que amam o clube e vivem o clube.
Estamos a anos-luz de muitos exemplos por esta Europa fora. Devemos e podemos ter mais atenção a este sector porque historicamente somos muito melhores do que, por exemplo, um Arsenal.
12. concordas com a criação de um canal de televisão dedicado em exclusivo ao quotidiano do nosso clube do coração? porquê? e em que moldes?Este para mim era o próximo passo a dar.
Concordo em absoluto com a criação do canal de TV. Como temos 3 grandes empresas a ”enfiar televisão” em casa das pessoas, porque não fazermos uma parceria com a ZON, por exemplo? Só de imaginar formação, modalidades, futebol, dia-a-dia do nosso clube, reviver jogos antigos e transmissões próprias do nosso clube, era um sonho... Mas acho que um canal a pagar não ia ter grande sucesso, embora não colocasse de lado este aparecer directamente na grelha de canais de um qualquer pacote de tv.Este é o futuro: levar o FC Porto àqueles que não podem acompanhar o dia-a-dia do nosso clube e que não o podem fazer dada à distância. Era uma forma de aproximar esse milhares de Portistas que andam pelo mundo fora.
13. sei que és um ”apaixonado pelo hóquei em patins” e que o Vítor Hugo é o teu «ídolo de sempre» – pelo que deduzo que sejas (tenhas sido) um praticante da modalidade.
como analisas a administração das modalidades (ditas) “amadoras” do Clube? pensas que o Clube tem feito tudo o que está ao seu alcance para as promover? fundamenta as tuas respostas.O Hóquei é a minha vida! Sou um seu amante, não só por o ter praticado em miúdo mas porque o meu Pai foi dirigente da Académica de Espinho - que foi o clube onde ”nasceu” o maior ídolo de todos os tempos do Hóquei em Patins: o grande Vítor Hugo.Quando à gestão das modalidades, esta tem sido ”fraquinha”.
O Clube só agora começa a fazer alguma coisa - como baixar os preços dos bilhetes - mas isso só não chega. Temos bons plantéis, com grandes jogadores (daqueles que transportam a raça do Clube a tudo o que é pavilhão e com a vontade de vencer “nem que seja a feijões”) mas, mais uma vez, isso só não chega. Aliás, até é desmotivante ver tão poucas pessoas no pavilhão a apoiar esta gente.
Equipas como a de Hóquei (que nos deu 9 alegrias seguidas), ou a equipa de Andebol (que demostra um espírito guerreiro inigualável pelo que já caminhamos a passos largos para o Tricampeonato), ou ainda a equipa de Basquetebol (que vem a crescer de ano para ano), merecem mais carinho e melhor tratamento por parte do clube.E o facto de termos ficado sem o [Pavilhão] Américo de Sá não ajudou, com o Hóquei a ser ”transferido” para Fânzeres [Gondomar], o Andebol para a Póvoa do Varzim e para Santo Tirso, e o Basquetebol para Matosinhos... Só aqui perdemos muitos adeptos - os chamados “ferrinhos”, porque iam a todas... O Clube, desde que viemos para o novo pavilhão, pouco ou nada tem feito para melhorar, embora já comece a fazer mais.Mas a culpa não é só do Clube: problemas constantes com a Federação quase acabou com o nosso andebol e retirou grandes jogos Europeus à modalidade; problemas com o Basquetebol e a sua federação (onde aconteceu o mesmo que no Andebol); constantes mudanças de regras no Hóquei, a juntar ao facto de a federação não conseguir vender os direitos de transmissão - tudo isto somado também não ajuda à causa.
14. e no decurso da pergunta anterior, o que te apraz dissertar sobre a possibilidade de o clube se fazer representar oficialmente no Campeonato Nacional de Futsal? és a favor ou és contra? e porquê?Nem sou contra, nem sou a favor. Tento ser realista, porque se já há pouco dinheiro para as outras modalidades quanto mais para uma nova, onde precisaríamos de investir muito dinheiro para competir ao mais alto nível. E se juntarmos o facto de eu não abdicar de nenhuma das actuais modalidades em detrimento do Futsal... Aliás, o facto de só termos um pavilhão é um entrave para a formação de mais uma modalidade.
Temos de solidificar as que temos, potenciar essas modalidades. Num futuro e numa altura onde o dinheiro não faça falta, não vejo porque não.
15. dos nomes por ti avançados e pelos entretanto sugeridos, quem é que são, na tua opinião, os três principais potenciais vencedores dos “Prémios Rennie – edição 2010/2011”?O meu primeiro prognóstico vai para o David Borges, o segundo ”o” Leonor Pinhão e a terceira hipótese colocaria o ”Rato Fedorento” [Ricardo Araújo Pereira].
São três “homens” que acordam e adormecem a pensar no nosso clube.
16. série de “cinco rapidinhas”, em que te peço uma imagem lapidar – daquelas que ficam na retina – e que melhor caracterize as personalidades/entidades que se seguem:
i) Sport Lisboa e Benfica:
a roubar desde 1904 - o ”clube do Regime”, sem dúvida alguma.
iii) Jorge Jesus:
Treinador perfeito: um azeiteiro fala-barato para um clube azeiteiro.
iv) Rui Gomes da Silva:
Um ”rambo” demente. Até a ele próprio se engana com as mentiras que diz.
v) Ricardo Costa [ex-presidente da Comissão de Disciplina da LPFP]:
Até para se ser ”pulha” é preciso ser-se competente; um incompetente nato.
17. esta pergunta é recorrente: das seguintes opções, descreve o teu sentimento mais profundo (se possível) após uma derrota do teu clube do coração:
[só pode ser uma opção. Selecciona-a a negrito, por favor]
a. – não durmo direito nessa noiteb. – que ninguém me fale durante as próximas vinte e quatro horas, pelo menos – esposa incluídac. – apetece-me mandar tudo para um sítio (ou dois) que eu cá seid. – extravaso o meu sentimento no ”Bibó Porto, Carago!” e/ou em sítios afectos à bluegosfera®e. – visito sítios do clube rival directo e/ou secção de comentários das edições on-line de jornais desportivos e insulto tudo e todos
18. à data [Janeiro de 2011], qual o melhor onze e qual o melhor banco (22 jogadores no total, portanto) de jogadores adversários que já viste jogar «ao vivo e a cores» – isto é, in loco, contra o FC Porto e no Estádio das Antas.
Onze titular [4-4-2]:
Ravelli (defendeu quase tudo o que Jardel lhe atirou); Roberto Carlos, Panucci, Paolo Maldini, Paolo Montero; Marcel Desailly, Boban, Albertini, Lombardo; Jean-Pierre Papin, Rosicky (num jogo contra o Anderlech)
Suplentes [4-4-2]:
Oliver Kanh; Thuram, Seitaridis (fez dois grandes jogos, a par de Basinas), Jaap Stam, Hierro; Matthäus, Veron, Prosinecki, Cantona; Romário, Weah.
19. à data [Janeiro de 2011], qual o melhor onze de sempre do FC Porto e o melhor banco (22 jogadores no total, portanto).
Melhor onze de sempre [4-3-3]:
Vitor Baía; João Pinto, Aloísio, Ricardo Carvalho e Branco; André, Lucho Gonzalez, Deco; Rabah Madjer, Sérgio Conceição (e claro!) Fernando GOMES.
Suplentes [4-3-3]:
Józef Mlynarczyk; Bosingwa, Geraldão, Jorge Costa, Fernando Mendes; Paulinho Santos, Alenichev, Frasco; Paulo Futre, Hulk (e claro!) Mário Jardel.
20. sê sincero: és visitante regular do TOMO I? :)
se não o és, pergunto-te porquê?
se és, peço-te o favor de indicares um aspecto positivo e um aspecto (ou mais do que um) que gostasses de ver corrigido.Não o visito regularmente. Descobri o blogue através de um clique no teu nick, depois de um comentário.
Um aspecto positivo é que és dos meus, isto é: aqueles que me fazem mal nunca mais têm descanso e não há politicamente correctos.
Uma crítica construtiva: falta-lhe mais ”azul”, mais envolvimento decorativo.
21) não há. chegamos ao FIM! ;)
MUITO OBRIGADO! pela tua colaboração. espero que a entrevista tenha sido do teu agrado. ;)Eu é que agradeço o convite e a entrevista, que muito gozo me deu a apenas em preencher. Eu é que tenho de agradecer.
Acabo com um ”Viva o FC Porto!”.
[Sempre!, acrescento eu! :D ]»
beijinhos e abraços (orgulhosos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Como já disseram num outro post, Miguel queres mesmo que o pessoal leia este testamento?
ResponderEliminarEu gosto de escrever e de ler e faço-o sem grande sacrifício. É mesmo um gosto que tenho.
Agora, um blog que tem posts com tanto palavreado...
Tem desde logo um efeito dissuasor e nem se chega a começar. Eu, por exemplo, confesso que estou a comentar sem ter lido nada pois desisti logo ao ver a quantidade de informação.
Espero que não leves a mal. É apenas um aviso e um conselho de quem não te conhece mas que respeita o trabalho até agora feito neste blog.
@ Nelson
ResponderEliminaré óbvio que não te levo a mal.
trata-se de uma crítica construtiva e que, desde já, agradeço.
também sei que se trata de uma entrevista...
o que farei, no Futuro, é quebrar a apresentação da dita, para que o impacto inicial não seja de «testamento».
mais uma vez, obrigado! pelas tuas palavras e pelo teu comentário. ;)
abr@ço!
Miguel