sexta-feira, 28 de outubro de 2011

do ir contra a corrente (ou então, não)


© abola | Miguel Lima (Tomo II)


caríssima(o),

finalmente (!) estou com os problemas técnicos resolvidos na minha residência.
estou de regresso para esta árdua luta de defender um amor de longa data: o nosso FC Porto! ;)

enquanto não tenho a oportunidade de divulgar o que de melhor se escreve no pasquim da Travessa da Queimada à Sexta-feira e antes do encontro frente ao Paços de Ferreira de logo à noite, deixo-te com o último escrito "do" Leonor Pinhão, publicado na sua edição de ontem, Quinta-feira.
trago-o à liça pelo facto de ele reflectir o que muito lampião sente e diz à boca cheia - inclusive reputados jornalistas da nossa praça, que se julgavam (e se desejavam) isentos -, com prejuízo para a imagem internacional do nosso clube do coração.

depois de ler as linhas que se seguem, não deixei de pensar no que seria destes pobres coitados do pasquim em causa e do filhinho de Freitas do Amaral (que gosta de se encostar a paredes e entretém-se a mandar abjectos e-mails a torto e a direito, na sua coluna rasca, num sítio cujo papel nem para forrar o chão das estrebarias serve), se o quotidiano azul-e-branco fosse fastidioso e sem interesse jornalístico. provavelmente que há muito que estariam a desesperar por melhores dias...
também gostaria de conhecer um benfiquista - que os há; nem todos são lampiões! - que reconhecesse os «gloriosos» benefícios de arbitragem que o seu 5lb já teve esta época. é claro que mais depressa a águia vitória encontra o caminho para o poleiro em vez de se deslocar para o local onde tudo acontece naquele coiso que mais parece um cesto de pão...

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não me venham falar de brechas na organização

1.
se, por acaso, estiverem à espera de que venha para aqui tratar mal o Hulk por ter mergulahdo a cabeça num balde de lixívia sem ter pedido autorização ao sineiro da Torre dos Clérigos e, pior ainda!, se estiverem à espera de que veja nisso um sintoma de brechas na super-organização da super-estrutura do mega-FC Porto, então, nesse caso, não contem comigo. temos de ser racionais e defender a liberdade de cada um. e dizer a verdade também é "bem".
e não é verdade que o FC Porto beneficiou (e muito!) com a cor do cabelo do Hulk, igualzinha à cor do equipamento [alternativo] do Nacional, no jogo de Domingo passado? só à conta do seu cabelo amarelo, os fiscais-de-linha [agora, árbitros assistentes] deixaram-se confundir meia dúzia de vezes e dessas ilusões cromáticas - "... mas aquilo é um jogador do Nacional ou é o Hulk?" - os campeões nacionais beneficiaram de dois golos nascidos de posições irregulares.
portanto, não me venham cá falar em brechas na organização.
2.
[André £ibras-Boas (A£B)] foi recebido com fidalguia no Coliseu do Porto, por uma plateia que lhe soube dispensar uma ovação de pé. foi bonito de se ver, até porque veio contrariar os prognósticos mais sombrios que pairavam sobre tal ocasião.
mas, como em Portugal as homenagens são sempre contra alguém, fica por se saber se esta homenagem portista a [A£B] não é, no fim de contas, uma grande contra-homenagem a Vítor Pereira, que tem sido alvo de inusitadas desconsiderações públicas (e privadas), de cariz técnico-táctico, o que nem se percebe muito bem porquê, visto que "a procissão ainda vai no adro".
a atribuição do "Dragão de Ouro" a [A£B] só foi possível porque Vítor Pereira  não conseguiu dar 5-0 ao 5lb no jogo referente à sexta jornada, do campeonato corrente. com esse resultado, ou com outro parecido e igualmente sonante, teria sido Vítor Pereira a subir ao palco do Coliseu no lugar de [A£B] e a festa teria sido outra.
não se duvida, no entanto, do apreço que o presidente do FC Porto tem pelo seu ex-treinador. no Verão passado, quando o mesmo treinador que lhe deu quatro títulos anunciou que se ia embora, Pinto da Costa afirmou não se sentir dorido porque só se magoava «se caísse de um sétimo andar». na Segunda-feira, no Coliseu, declarou-se disponível e competente para «nos próximos trinta anos, escrever o prefácio» da autobiografia de [A£B].
a Pinto da Costa não só nunca se ouviu uma palavra menos polida sobre o actual treinador do [Chelsky] como também somos levados a crer, pelos exemplos citados, que quando se inspira em [A£B], o presidente do FC Porto respira imortalidade.
e não me venham cá falar em brechas na organização. 

[...]
7.
o primeiro golo do FC Porto ao Nacional, da autoria do belga Defour, deveria ser atribuído ao Standard de Liège, não deveria? é que o [clube belga], de acordo com o que se lê, ainda é o único proprietário [do passe] do jogador. ainda por cima, dava-lhe muito jeito para as suas contas futebolísticas, este golo do Defour, porque o Standard anda aflito de golos e até têm [à data] um goal-average negativo, de treze golos marcados contra quinze sofridos.
tanto nos chatearam (e com razão!) com o Karel Poborský e agora (finalmente!) podemos responder-lhes na mesma (ausência de) moeda.
querem ver que há mesmo uma brecha na organização?
»
fonte: pasquim da Travessa da Queimada
(edição impressa
, em 2011-10-27, pág. 38)
ps: os negritos, os sublinhados, as "aspas" e os itálicos são da minha responsabilidade.


beijinhos e abraços (indignados)!
e MUITO OBRIGADO! pela tua visita ;)

2 comentários:

  1. bem, acho que suja muito o seu blogue com estas transcrições; estes escritos não têm ponta por onde se lhes pegue, e só nos deixam com náuseas... e nós temos que pensar positivo. Não é nosso apanágio ficar parados à espera dos outros. Não temos tempo livre para isso. Então, acho mais construtivo falar mais das coisas boas do nosso clube - da gala de todos os dias - do que ler estas parvoíces sem critério, e sem contraditório!
    desculpe meter-me em seara alheia, a "casa" é sua...

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  2. @ reine Margot

    esteja à vontade para meter a sua "foice" nesta "seara", que também é sua ;)

    eu tenho a perfeita noção de que divulgo escritos abjectos e dou "voz" a quem muito nos (literalmente) odeia.
    mas é um trabalho benéfico e gratificante no sentido em que, só assim, quem não lê o pasquim da Travessa da Queimada (como a "Margot"), poderá saber, inteirar e se informar, do que por lá se publica. e de como o nosso clube do coração (o seu bom-nome e a sua reputação) é vilipendiado, maltratado e enxovalhado.

    «acardite» que prefiro levar com estas «pardadas» a tecer loas ao nosso quotidiano azul-e-branco.
    já o «contraditório» é feito (i) por mim - dentro do que conheço e das minhas possibilidades ;) - e (ii) por cada um de nós, portistas indefectíveis, da forma como melhor nos aprouver (nem que seja no nosso íntimo, reprovando cada uma daquelas palavras «sem critério».

    é que, no fundamental:

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)

    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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