quinta-feira, 31 de maio de 2012

menino do rio



© Miguel Lima (Tomo II)


cinco meses depois, o Guilherme está com 7,5kg e 64cm de muito portismo! ;)


«

Menino do Rio,
Calor que provoca arrepio.
Dragão
tatuado no braço,
Calção, corpo aberto no espaço.

Coração, de eterno
'flerte'
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto p
'rá Deus
Proteger-te...

»



beijinhos e abraços (muito babadinhos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)  

sugestão musical: Baby Consuelo, «menino do rio» *





quarta-feira, 30 de maio de 2012

de um treinador «inhaca» e de uma televisão fajuta

 
© Quinho

«

Luiz Felipe Scolari concedeu uma entrevista à RTP, na qual avançou com uma explicação (inesperada) para o facto de ter deixado Vítor Baía de fora das convocatórias que efectuou quando assumiu o cargo de seleccionador de Portugal:

  «
Quando cheguei [em Dezembro de 2002], fui assistir a um Belenenses vs. FC Porto, no Restelo e o guarda-redes do FC Porto foi o Nuno.
Disseram-me que Baía já não estava nos planos do clube, que não jogaria mais, pois estava em conflito com o treinador e com a direcção. Foi o presidente do FC Porto que me disse isto. A partir daí, passei a olhar com outros olhos para o Vítor Baía.
Depois, fiz as mesmas perguntas às pessoas que trabalhavam na seleção. Ouvi histórias sobre o balneário, sobre liderança, e decidi que não iria voltar a convocá-lo
.
  »

Os factos não batem certo com estas declarações, já que a contratação de "Felipão" foi anunciada pela Federação Portuguesa de Futebol a 28 de Novembro de 2002, numa altura em que Vítor Baía era o guarda-redes titular do FC Porto, depois de ultrapassado um período em que esteve afastado da equipa - perdeu o lugar para Nuno num jogo com o Boavista FC, a 02 de Setembro, e recuperou-o numa partida da Taça UEFA, com o Áustria de Viena, a 31 de Outubro, para não mais o perder, a não ser por lesões ou castigos, até 2006.
O Belenenses vs. FC Porto, da época 2002/2003, realizou-se a 19 de Janeiro de 2003, com Baía na baliza dos dragões.

»

fonte: jn.pt
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.

caríssima(o),

mais comentários, da minha parte, sobre as (torpes, vis e subservientes) declarações do "inhaca" Scolari, são desnecessários; aliás, para lá da notícia em apreço, recomendo a desmontagem desta (fraca) cabala, em "Baía e as mentiras de Scolari", da autoria do caríssimo José Correia, no "Reflexão Portista".
o que realmente me revolta as entranhas é perceber que (uma larga) parte dos impostos que pago são canalizados para uma estação de televisão que, de Pública, tem muito pouco. e que os seus responsáveis, inclusive os seus directores de informação, têm pelo Serviço Público a mesma consideração que o infame Alberto pelo Parlamento Regional da "pérola do Atlântico" que tanto ostraciza. 
aliás e sobre a (dita) "causa Pública" da rtp, a imagem que se segue explica (muito) bem porque é que a dita anda arredia lá para os lados da Av. Marechal Gomes da Costa:


© Google


enfim...
e é que nem vale a pena reclamar para o Provedor da (dita) estação (muito pouco) pública de televisão...



around the world*

 
 
Chris Martin (Coldplay), Maio de 2012, Estádio do Dragão (Porto)
(ao contrário do estrondoso concerto, a imagem não é real, mas bem que poderia ter sido)

 
 
 
Chester Bennington (Linkin Park), Maio de 2012, Rock In Rio (Parque da Bela Vista, Lisboa)
(ao contrário do que foi vinculado, o cachecol foi devolvido ao público e não deitado para o chão. e os quase três minutos que Chester o envergou, por muita azia que cause, foram bem reais)


 
 
(por muita azia que cause, uma situação que se repete sempre que visita o nosso país)


ps1:
* título do post emprestado de um enorme clássico dos (saudosos) Daft Punk.

ps2:
assim, quem souber de mais artistas de renome lusitano e/ou internacional, que actua(ra)m envergando a nossa cor, por favor informe a saciedade desse facto, utilizando a caixa de comentários abaixo.
este que vos escreve tudo fará para que imagens do(s) facto(s) constem neste espaço de discussão pública (excepto paralampiões).

obrigado!



somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)




terça-feira, 29 de maio de 2012

«everybody lies»


© Google


não quero acreditar que a mais genial série que tive o privilégio de poder assistir na televisão chegou ao seu final, ontem à noite, com um episódio sob o título de "toda a gente morre (everybody dies)".
afinal, não se pode esquecer que o lema da dita é "toda a gente mente (everybody lies)"...

vou «acarditar» que, para Hugh Laurie, o fascinante personagem Dr. Gregory House não é só mais uma página virada no longo capítulo da sua representação.
bem sei que o mesmo anunciou, por diversas vezes, que não trabalhará mais em programas de televisão.
também sei que, para além de actor (igualmente cómico), é também escritor e músico - aliás, actualmente ele dedica-se ao seu grupo de blues, tendo lançado "Let Them Talk", em 2011.
mas, será que (literalmente) não pode dar (mais) uma "perninha", para que a série continue?
eu ficar-lhe-ia grato, principalmente por poder voltar a ter" todos aqueles brilhantes momentos com que nos brindou durante estes últimos oito anos ;)

off-topic:

em que o é que este tema se relaciona com a NORTADA de hoje?
pois que não te sei responder, tendo em consideração que me encontro de férias desde 26 de Maio...
e como só regresso ao activo dia 11 de Junho, peço-te delicadamente que me perdoes por não te poder ajudar em tão intrincada questão ;)
(e apesar de, aqui e ali, surgirem alguns posts, os quais estão agendados e por forma a que não se oiçam (muito) os grilos neste espaço) ;)

até lá,  diverte-te!
isto é: «carpe diem! seize the day!» (aproveita o dia!)
eu certamente que o tentarei fazer :D

sugestão musical: The Who, «baba o'riley»*

* (inspirada nesta cena mítica)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

parece (mesmo) que foi ontem



caríssima(o),

a senda das comemorações dos vinte e quatro anos da primeira grande conquista europeia do nosso FC Porto, recordo uma bela entrevista ao site "MAIS FUTEBOL" desse pequeno (mas enorme!) jogador brasileiro, de seu nome Juary Jorge dos Santos Filho, e a "arma secreta" de Artur Jorge.
daquela destaco as suas frases emblemáticas:

«

Se o André Villas-Boas quiser, eu explico como se faz três golos ao FC Barcelona!

i) sobre a final de Viena

Eu nem devia ter jogado. Estava lesionado no tornozelo direito, sem condições nenhumas.
Mas a psicologia única do Artur Jorge fez-me tocar o céu. Ele pediu ao Rodolfo Moura para me deixar em condições de jogar. «Não precisa de ser muito tempo, em 30 minutos o Juary decide». E pronto! Perante isto, eu tinha mesmo de entrar.
[o discurso do "rei Artur"] Foi simples, muito simples: «O campeonato de Portugal podemos ganhar quase sempre. Fazer História tem de ser hoje! O que preferem vocês? Vão lá para dentro e joguem "à Porto"!». Disse-nos isso, deixou-nos o peito a ferver. Só queríamos ir para cima do Bayern. E fomos!

ii) sobre o encontro ante o FC Barcelona de 1985

[06 de Novembro de 1985, Taça dos clubes Campeões Europeus, oitavos-de-final.
O FC Porto chegava com uma desvantagem de 2-0 de Camp Nou, num jogo em que Juary viu um golo ser mal anulado e uma grande penalidade terá ficado por marcar - a favor dos dragões, claro. ao intervalo do jogo nas Antas registava-se um nulo obstinado. Até que Artur Jorge chamou por Juary.]
Fez-me um pedido muito simples: «leva velocidade ao jogo». E lá fui eu. Marquei dois golos quase seguidos; estávamos a esmagar o grande Barça, até que o escocês Steve Archibald estragou a noite. Ainda marquei mais um perto do fim, mas não chegou.
No dia seguinte, o Artur Jorge chamou-me à salinha dele. Naquela voz colocada dele disse-me: «se soubesse, tinha-te metido de início». Eu fiquei sem saber o que dizer, mas respondi-lhe que ele tinha sido justo. Esse jogo ficou marcado em mim até hoje. Arrasei aquela defesa: eles olhavam e eu já lá não estava.

iii) sobre Artur Jorge

Tínhamos uma relação de pai para filho. Respeitava-o muito, como treinador e como homem.
Era uma pessoa educadíssima, inteligente e culta. E para ele todos os jogadores eram iguais.
O maior mérito dele era a comunicação
, talvez. Conseguia fazer com que o plantel percebesse a relevância de cada jogo. Nunca o questionei por ser suplente ou titular, nunca. Aceitava as escolhas dele e aproveitava ao máximo o que ele me dava.

iv) sobre o FC Porto

O Pinto da Costa não escolhia nenhum jogador que não fosse também um grande homem. Estudava-nos a todos. Construiu a equipa devagar, minuciosamente, até chegar ao título europeu. Sinto uma grande nostalgia porque todos eram meus irmãos. Se eu estava mal havia sempre alguém disposto a ajudar.
Recordo-me dos almoços de Sexta-feira. Eram fantásticos, mas para participar tínhamos de conquistar a confiança dos jogadores mais influentes. Eu consegui. Dava-me bem com toda a gente, mas tenho de destacar os exemplos do Eurico, do Gomes e do Lima Pereira. Tiveram lesões gravíssimas e nunca deixaram de estar connosco.
Enfim, joguei com o Pelé, defrontei o Maradona e o Van Basten, mas o que mais me orgulha é ter jogado naquele FC Porto.

v) sobre [André £ibras-Boas]

Ele viu-me ao lado do Madjer e disse: «olha que dois!». Ficou mais envergonhado do que eu! Ele é o melhor treinador do mundo da nova geração.
Se o [André £ibras-Boas] quiser eu explico como se faz três golos ao Barcelona! Vão estar frente-a-frente as duas melhores equipas da actualidade.
Mas não duvido que o Hulk ou o Falcao, por exemplo, podem imitar o meu hat-trick. São avançados de enorme categoria!

vi) o seu onze ideal

O meu onze...
Na baliza, Tacconi [Avellino]. Na defesa, João Pinto [FCP], Collovati [Inter], Cattaneo [Avellino] e Beruatto [Avellino]. No meio-campo, André [FCP], Jaime Magalhães [FCP] e Vignola [Avellino, depois Juventus]. No ataque, Altobelli [Inter], eu e Madjer [FCP].
Como treinador, Artur Jorge [FCP].

vii) sobre um «sonho enorme»

[Juary tem 53 anos e, à data da entrevista, era treinador em Itália, levou o Sestri Levante ao quarto lugar na liga regional da Ligúria (no Norte de Itália), para além de sercomentador numa televisão italiana.
É claro que confessou que não perde um jogo do FC Porto...]
Tenho uma boa vida em Itália, possuo uma academia de futebol em Avellino e estou feliz.
Mas tenho um sonho enorme. Sabe qual é? É voltar a fazer parte da família azul-e-branca. Fui convidado para isso há uns anos, até para abrir horizontes ao clube no Brasil. Recusei. Estava embrenhado na minha carreira de treinador e achei que o timing era mau. Agora aceitaria.
A 26 de Agosto próximo o FC Porto reencontra o Barcelona, para a Supertaça europeia.
O palco de glamour será o Estádio Louis II, no Mónaco. Juary está à espera «de um convite do Pinto da Costa» para assistir ao duelo e «quem sabe, ir ao balneário».
['tá esperanduquê*, Presidente? deixa de moleza!
reintegra o moço aí, pô! :) ]

»


ps: os negritos e os itálicos são da minha responsabilidade.

* esperanduquê - título de uma g'anda malha de Gabriel, O Pensador.


ps:
a divulgação desta entrevista deveria ter acontecido a 27 de Maio.
porém, devido a motivos de índole (muito) pessoal, o dia de ontem - coincidente com a data comemorativa em causa - foi dedicado, por inteiro, ao meu Avô.


beijinhos e abraços (enormes, como o piquinino Juary)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)



de uma imensa saudade...


© google

caríssima(o),

das minhas primeiras recordações do Estádio das Antas consta o FC Porto vs. 5lb, de Junho de 1988, tinha uns tenrinhos doze anitos.
à data, estávamos na última jornada da época 1987/1988, pelo que fechámo-la da melhor forma e num plantel onde pontificavam nomes como Best, Barriga, Raudnei e Jorge Plácido (!!!). este fora treinado por Tomislav Ivić, ao qual, finda a dita, e mesmo com quinze pontos de vantagem para o segundo classificado naquele campeonato - o tal do futuro caso "Guarda Abel" - e a conquista de troféus internacionais (como a Supertaça Europeia - a duas mãos - e a Taça Intercontinental), foi-lhe "pedido" para rumar para outras paragens - mormente devido a (i) ter tido a ousadia de "encostar efectivamente ao banco" o (até então intocável) bi-bota Fernando Gomes e de (ii) as exibições da equipa não terem sido convincentes para a esmagadora maioria da nossa (exigente) massa adepta, principalmente no "tribunal das Antas".
(é só fazer o paralelismo para a época em curso...)

o porquê desta recordação justifica-se por, para além do seu ambiente fantástico (que se (pres)sentia já da Fernão Magalhães e/ou da Praça Velasquez), pelo que guardo na retina do aquecimento de um (então) símbolo da «gloriosa» agremiação de Carnide, mas que viria a reconhecer que o seu apogeu futebolístico aconteceu nosso FC Porto: Silvino de Almeida Louro.
como vi esse jogo na Superior Norte, local onde se concentravam os (já na altura ilegais) adeptos lampiónicos, e onde havia sempre bate-bocas e outro tipo de (em)bates, pude assistir in loco ao nervosismo que deixava transparecer no guardião setubalense naquele aquecimento e que se viria a revelar fatal no decurso da partida, principalmente no segundo golo (pelo penalty que cometeu sobre... Domingos, suplente do bi-bota na partida em causa).

por último:
i) para percebermos um pouco mais da história do Estádio das Antas, recomendo a leitura do post dedicado no "estrelas do FC Porto";
ii) sobre o ambiente que descrevi, recomendo a visualização deste vídeo, da autoria de "lusitaniaTV";
iii) a visualização da fotogaleria que se segue.

beijinhos e abraços (com uma imensa saudade)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

domingo, 27 de maio de 2012

«até logo, Avô!»


© Google

«

de Manuel António Pina:

O Mundo sem [...]

Os Amigos, pedra firme sobre a qual demoradamente construímos, ao longo de muitos e laboriosos dias, a nossa igreja, são afinal (sabemo-lo sempre tarde de mais) uma coisa frágil, feita de vulnerável matéria.
Um dia alguém nos telefona anunciando a morte de um Amigo - ou de um familiar - e descobrimos que estamos, se possível, ainda mais sós; que à nossa volta cresceu o Deserto e a noite é ainda mais escura e mais fria. Não é apenas um sentimento: é uma impressão sensível, física, uma mão sólida na garganta, sufocando-nos.

Porque percebemos, de repente, que quem morreu fomos nós. E morrer da morte de um Amigo - ou de um familiar - é a mais difícil das mortes. Ficam sombras, não necessariamente as nossas; desconhecidos habitam agora a nossa casa, falando línguas incompreensíveis e nós próprios nos tornámos estrangeiros.
[...]
"Moi si j'étais le Bon Dieu, / je crois que j'aurais des remords. / Dire que maintenant il pleut, / dire que  [ Lima n'est pas ] mort!".

»


publicado a 28 de Maio de 2010, no (entretanto desaparecido) TOMO I, com uma imensa saudade pela ida do meu Avô (o meu segundo Pai) para um mundo bem melhor.
a ele estou muito grato por todos os ensinamentos que me proporcionou - inclusive pelo portismo que me transmitiu -, e que espero estar ao seu nível para o perpetuar.

«até logo, Avô



sábado, 26 de maio de 2012

portismo: Jorge Costa



© google | Miguel Lima (Tomo II)

«


pergunta:
onde estava a 27 de Maio de 1987?
[o jogo da Final de Viena]
Jorge Costa:
Em casa, na Foz, a ver o jogo pela televisão. Morava num bairro onde 99% dos habitantes eram portistas. Quando acabou o jogo viemos todos para a rua festejar.
Era o primeiro título internacional do FC Porto, conseguido noutro contexto: não havia crise, as pessoas eram mais felizes. Foi um momento de grande alegria!
Depois, fui para a Avenida dos Aliados, com mais dois colegas. Eu levava vestida uma camisola do Zé Beto, que era de um colega meu. Só que era verde [risos]...
Andámos a noite toda a festejar...

pergunta:
Em que momento é que percebeu que era portista?
Jorge Costa:
Portista sou desde que me lembro.
Os clubismos têm a ver com influências familiares, principalmente dos pais. Depois vai-se ganhando a paixão.
As minhas recordações são sempre azuis-e-brancas.

pergunta:
Tinha a imagem de duro e continua a ser considerado um exemplo de "um jogador à Porto".
O que é
"um jogador à Porto", afinal?
Jorge Costa:
A história de ser "um jogador à Porto" e a mística são coisas um bocado subjectivas.
Eu era um jogador "à Porto" porque era assim, tudo em mim era natural: era um jogador sério, honesto e pronto a dar tudo pela equipa.
O jogador "à Porto" não pode ser forçado, porque para mim isso significa ser natural e estar pronto a defender uma causa.

pergunta:
Como chegou a herdeiro da braçadeira [e da camisola nr.2] de João Pinto?
Jorge Costa:
Foi no tempo do António Oliveira.
Acho que tudo na vida acontece de forma natural, mas quando o João [Pinto] saiu, senti-me honrado por herdar a braçadeira, porque havia no plantel jogadores com mais anos de clube - como o Domingos, o Folha, o Aloísio, o Paulinho Santos ou o Rui Jorge.
Os responsáveis, juntamente com o técnico, entenderam que eu tinha características de liderança para poder capitanear a equipa e passar a imagem do que é "ser Porto": um exemplo dentro e fora do campo.
Foi um motivo de grande orgulho.

[...]

»

fonte: fc porto para sempre (ojogo)
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


mais comentários, da minha parte, são desnecessários e estragarão a razão principal de dar ênfase a tão acertadas palavras, proferidas pelo bicho.

beijinhos e abraços (nada "bichosos")!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)



© google | Miguel Lima (Tomo II)

portismo: Nuno "Capucho"


© google | Miguel Lima (Tomo II)

« 

pergunta:
Viu [o jogo da Final de Viena] com a família?
Capucho:
Sim, todos portistas. Os meus irmãos deram muito mais importância à vitória. Sou o irmão mais novo e saí para a rua com eles, porque eram todos fanáticos pelo FC Porto. Em Barcelos não havia muitos portistas, mas saíram todos à rua e foi um grande momento. Na minha memória ficaram sempre o calcanhar do Madjer e as arrancadas do Futre.Em Barcelos há mais portistas agora, mas na altura nem por isso. Lembro-me que, quando o FC Porto perdia, os meus colegas de turma esperavam por mim à segunda-feira. Gozavam-me, mas eu até gostava disso. Era portista por teimosia sobretudo, porque quando as pessoas não gostam de nós, tentamos obrigá-las a gostar.

pergunta:
Quando é que percebeu que era portista?
Capucho:
A minha família era toda portista. O meu pai, os meus irmãos... Logo, eu também era portista.
Joguei sempre no Gil Vicente, mas nunca me imaginava a jogar no FC Porto, até porque só no meu último ano de júnior é que passei a dar importância ao Futebol...

pergunta:
Qual foi o primeiro jogo do FC Porto que viu?
Capucho:
Foi nas Antas, na estreia depois do rebaixamento.
As camadas jovens do Gil Vicente foram convidadas e eu até levei um pedacinho de relva para casa. Foi também a primeira vez que me atirei para um relvado a deslizar, como se festejasse um golo. Foi uma alegria, porque era portista mas nunca tinha ido às Antas.

pergunta:
Passou pelo Sporting CP antes de chegar ao FC Porto. O que os diferencia?
Capucho:
Está muito aquém do FC Porto na mentalidade...
Nós jogamos para ganhar; a vitória é a palavra-chave deste clube, em tudo!
O Sporting CP gosta de bom futebol, mas falta-lhe liderança - o que aqui temos e muito.
Todos sabem quem é o responsável por estes êxitos. Quando aqui se chega, percebe-se a responsabilidade que é representar este clube, o que "pesa" esta camisola.

pergunta:
Quando é que sentiu que a camisola "pesava"?
Capucho:
Logo no meu primeiro ano. Era confiante, mas as coisas não me saíam.
O presidente chamou-me e disse-me que me tinha contratado para eu me "divertir" e para "divertir" as pessoas, não para pensar nos jornalistas e nos adeptos.

[...]

»

fonte: fc porto para sempre (ojogo)
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


mais comentários, da minha parte, são desnecessários e estragarão a razão principal de dar ênfase a tão acertadas palavras, proferidas pelo saia travada.

beijinhos e abraços (nada "travados")!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)



sexta-feira, 25 de maio de 2012

portismo: Nuno Marçal



ps1:
percebem-se melhor as razões do meu agradecimento público ao nosso Capitão da equipa de basquetebol, mesmo que através de um brilhante trabalho do Bruno Sousa (mais um...), neste vídeo.


ps2:
sugestão musical: MC Hammer, «u can't touch this»

plenos poderes no basquetebol




caríssima(o),

no dia do sexto aniversário, desse espaço de referência do "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, e no rescaldo do que (lamentavelmente) aconteceu no dragãozinho, a edição impressa de hoje, do pasquim da Travessa da Queimada foi um fartote. 
atente-se bem.


 
© abola


obviamente e sem ser necessário me justificar por tal escolha, principio pelo artigo de opinião do caríssimo Rui Moreira, sob o título "no cair do pano", publicado na sua coluna habitual naquele pasquim (PLENOS PODERES).

de acordo com o teor do excerto, aquele deveria ser o espírito dominador e sempre presente em todo aquele degradante espectáculo que nos foi dado presenciar e ao qual os atletas e adeptos do FC Porto são alheios no seu início - no sentido em que não foram os instigadores - mas cúmplices com o seu final - dado que responderam às provocações a que foram sujeitos.
mesmo sabendo que, enquanto seres humanos, não somos feitos de ferro e, pelo sangue que nos corre nas veias, "quem não se sente não é filho de boa gente", tenho para mim que, como portistas dos quatro costados e indefectíveis adeptos do nosso clube do coração, temos que ser superiores a indivíduos que não têm qualquer classe, dignidade, respeito, civilidade, civismo e sentido de responsabilidade. temos que marcar a diferença pela positiva! - e como o refere o comunicado da Associação de Basquetebol do Porto.

infelizmente tal não aconteceu. e, tal como o Alex F. o referiu, no muito seu "azul ao Sul", parabenizo «o Nuno Marçal pela compostura e pela coragem de ir sozinho falar com um tipo destes, ainda para mais, estando ele rodeado pela sua pandilha. Foi uma pena ter-se portado como o Senhor que é, e não lhe ter aviado, ali logo, um valente paposeco.
(e, "doctor J.": fica desde já prometido que, quando puder, haverá um artigo sobre o nosso Campeão, entretanto retirado - e tal como solicitado).


 



«[lamentável foi] o comportamento dos mais altos responsáveis do FC Porto, do mais impulsivo, alterado e agressivo presidente até ao mais fleumático, sereno e calmo administrador», é o que (também) se pode ler no lampiónico artigo "do 'fair-play'", da autoria de joão (nada) bonzinho - onde curiosamente não dedica uma única palavra ao comportamento indigno (mas «glorioso»?) do abjecto treinador coisinho da agremiação de Carnide.

«carlos lisboa é [...] o maior ídolo do universo benfiquista extra-futebol e, por isso, deveria ser poupado às críticas do quotidiano», escreve sílvio cervan, o lampionicamente doentio senador pateta, em "campeões olé! campeões ali!".
homessa! então ele instiga mais de duas mil e duzentas pessoas, dando largas ao seu ódio de estimação visceral, e ainda deve ser «poupado»? é preciso ter um bidão de latosa para o afirmar à saciedade...

como cita Paulo Teixeira Pinto, no seu artigo "Hegel, Engels, o cão e a bola":
« tudo o que é racional é real, e tudo o que é real é racional ».



mudando de ampulheta, siga para o quotidiano azul-e-branco
(e outros afins).

«Hulk está por um fio no FC Porto», afirma josé carlos de sousa e logo no início da sua (pseudo-)notícia. acabei a leitura do dito na mesma altura e mudei de página.
é que corroboro da opinião do caríssimo Vila Pouca: 
« deixa-te de conversa para boi dormir. Há muitos interessados? OK! Que se apresentem e se cheguem à frente. Essa conversa só serve para entreter e, no FC Porto, não é com conversa para entreter que consegues alguma coisa. »

gostei particularmente de três outros artigos; a saber:
i) da primeira (mas curta) entrevista (oficial) de Fabiano, enquanto jogador dos quadros da nossa SAD, a joão josé pedro;

ii) da (curiosa) entrevista de Nuno André Coelho a pascoal sousa;

iii) da notícia (filha de pai incógnito) de que «o Conselho de Disciplina, da Federação Portuguesa de Futebol, decidiu abrir um inquérito ao Sporting CP, na sequência das participações efectuadas contra o clube de Alvalade por Nacional da Madeira e o [Marít'mo, o "clube do guardanapo"]».


beijinhos e abraços (ainda ultrajados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

bibó Porto, car@go!

 

«

caríssimos Amigas(os) do "Bibó FC Porto, car@go!":

muito obrigado! pela vossa existência, sem a qual o meu (nosso) Portismo não poderia crescer, amadurecer e ser praticado diariamente.  

muitos parabéns! pelo vosso sexto aniversário, revelador de que este espaço de referência desse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"® é já uma certeza, atingiu a idade adulta e é tudo menos imberbe :) 

ps:

com muita pena minha, pelos motivos que te disse, não poderei marcar presença. 
acredita que o meu estado de espírito está como o estado do tempo, hoje, na cidade do Porto: cinzento e muito carregado. 

somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»! 

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;) 
Miguel | Tomo II

»



comentário escrito no blogue aniversariante.

da «vergonha para o Desporto»



«

O que ontem se passou no [Dragãozinho] é uma vergonha para o Desporto, para o País e é uma vergonha para as instituições desportivas! 
Só não é uma vergonha para quem não tem, nem nunca teve!, vergonha na cara!
O que alguns fizeram ontem, mas também na véspera do jogo, foi demasiado grave para ficar impune.
[...]  
Será que alguns dirigentes deste país só gostam da actuação da Polícia quando esta os avisa que têm de fugir para não serem presos?
Um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia
! Um ladrão não deixa de ser ladrão por ir visitar o Papa! Um fugitivo da Justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram "assobiar para o lado"!

»

autor: Luís Filipe Vieira, o Orelhas
fonte: pasquim da Travessa da Queimada
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade


realmente, concordo que o que se passou ontem, no Dragãozinho, é demasiado grave para ficar «impune». mas, tal como no caso do outro «catedrático», vou esperar sentado por um veredicto de quem de direito. é por causa das varizes... e do Aquiles, também...
é que a p.d.i. já ataca...

já sobre o vil ataque à idoneidade de Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, proferidas por um «penhorado pelas Finanças», faço minhas as palavras do caríssimo Vila Pouca:
« quem estava desaparecido em combate, quem se escondeu na hora da derrota e só aparece quando ganha, para levantar a taça, é alguém que não tem moral para atacar e criticar alguém que nunca se esconde nas horas más. »

para finalizar, uma imagem (muito) elucidativa sobre como é igualmente importante saber perder e saber ganhar, captada de um vídeo deveras interessante:


© youtubiu.com | Miguel Lima (Tomo II)


beijinhos e abraços (ultrajados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

mística portista: respeito

 
© google | Miguel Lima (Tomo II)


«

pergunta:
Quando encontrou aquele grupo, na época seguinte, sentiu-se inferior, tímido? 

Eles pareciam intocáveis...
Eu era miúdo e respeitava-os muito; quase que os tratava por senhor. Nem me atrevia a entrar no autocarro antes deles e, quando entrava, ficava em pé à espera para ver que lugares eles ocupavam e que sobrasse algum para mim. 
Agora não é assim... Mesmo no balneário, quando havia palestras, sabia que alguns jogadores tinham o seu lugar preferido e eu evitava sentar-me lá.
Havia um respeito que me parecia importante, e eu fui ensinado a encarar assim o futebol.
Não era obediência, mas
noção de hierarquia
.

»

fonte: fc porto para sempre (ojogo)
ps: os negritos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


mais comentários, da minha parte, são desnecessários e estragarão a razão principal de dar ênfase a tão acertadas palavras, proferidas por la formica atomica.


beijinhos e abraços (nada "picolinos")!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

da brava (mas inglória) dança dos nossos heróis*



© FC Porto (faceboKas®) | Miguel Lima (Tomo II)



... e pouco mais há a acrescentar.

talvez que, para mim e no meu entendimento (de quem assistiu ao jogo no sofá):

i) a ansiedade (em querer vencer) traiu os nossos heróis, causando um incómodo que se generalizou à massa adepta presente no dragãozinho;

ii) estivemos sempre a correr a trás do prejuízo e o mais próximo que conseguimos foi estar a um triplo de podermos empatar a partida, a cerca de 1'16'' do final do quarto período da partida;

iii) o desportivismo dos nossos atletas e equipa técnica, no final, parabenizando o adversário (e mesmo que a contra-gosto) serve de exemplo (e de contraste), se comparado com um passado não muito longínquo e com o comportamento anti-desportivo (e nada «glorioso»)** do actual lampiónico treinador da agremiação coisinha de Carnide - o qual motivou um violento comunicado do nosso clube;
iv) a minha tristeza pela derrota e consequente perda do campeonato nacional de basquetebol, não é superior à minha convicção de que o Futuro, com estes mesmos heróis e equipa técnica, será risonho;
v) nem todos os adeptos do FC Porto comunguam desta minha crença, a começar pelos que já abandonavam o recinto, mas ficaram especados nas escadas após o triplo do João Santos, a "ver no que dava" - não se importando em, sequer!, aplaudir o esforço da equipa do meu coração.

* título do post emprestado de um enorme clássico dos (saudosos) Heróis do Mar.

** porque nem tudo o que consta nalguns órgãos de comunicação é a verdade indesmentível dos factos, inclusive imagens, registo, para memória futura, o que foi vinculado no jornal OJOGO, na sua edição de hoje (Quarta-feira, 24 de Maio), com introdução da notícia publicada no JORNAL DE NOTÍCIAS, por corresponder ao que efectivamente se passou no final do jogo:

«

[No jogo em que o 5lb se sagrou campeão nacional de basquetebol, ao vencer o FC Porto, por 53-56, Pinto da Costa teve de intervir no final para travar a acção violenta da Polícia sobre os adeptos. Tudo começou com provocações do treinador encarnado, Carlos Lisboa.]
O final do jogo de ontem ficou marcado por distúrbios, que mancharam a partida que decidiu a atribuição do título de campeão nacional de basquetebol ao 5lb.
Como seria de esperar, os jogadores encarnados começaram de imediato a festejar a conquista e os primeiros instantes de festa foram relativamente pacíficos, com os jogadores das duas equipas a trocarem cumprimentos, tal como, de resto, aconteceu com os treinadores, Carlos Lisboa e Moncho López. 
Contudo, uma troca de palavras entre elementos da equipa [técnica] encarnada e adeptos afectos ao clube da casa, acabaria por transtornar os ânimos, registando-se o arremesso de objectos para o recinto de jogo. Apesar de não se ter registado nenhuma invasão do recinto de jogo por parte dos adeptos portistas, os ânimos exaltaram-se, levando à intervenção da polícia nas bancadas e ao refúgio da equipa encarnada no respectivo balneário.

Em comunicado, o FC Porto acusou Carlos Lisboa, treinador do Benfica, de ser responsável pelas provocações aos adeptos portistas - Nuno Marçal, capitão de equipa do FC Porto, abordou inclusivamente o técnico encarnado numa altura em que este se dirigia [com gestos insultuosos para com os] adeptos da casa

[...]

»

« dos feitos, a Glória há-de perdurar / mesmo se a Morte nos apagar »


 



 © FC Porto



somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas, mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós!
Miguel | Tomo II

quarta-feira, 23 de maio de 2012

(nova) carta aberta ao nosso Vítor Pereira



caríssimo Vítor,

cá estamos, não é?
bicampeões, car@go! essa é que é essa! ;)
e, no teu caso, com a sensação do dever cumprido, a somar ao selo de garantia (muito) presidencial de que terás trabalho para desenvolver junto da equipa do nosso coração, em 2012/2013.

assim e antes de tudo, os meus sinceros "Parabéns!, caro Vítor!", por teres almejado tocar o céu, (desconheço essa sensação enquanto profissional do mundo do futebol, mas como adepto indefectível sei que é o máximo!), e, pois está (muito) claro, por teres conseguido calar algumas das vozes tão críticas do teu trabalho, e que te desejavam ver pelas costas finda esta época desportiva.

e por "falar" em vozes críticas, saberás tão bem (ou melhor!) do que eu, que este que te redige estas linhas singelas inclui-se nesse lado da barricada. certamente que não estarás esquecido que, desde Outubro do ano passado, passei a considerar-te (e à equipa técnicas que lideras) um «erro de casting» - expressão assumida em Novembro desse mesmo ano.
tal não se deve(u) às tuas qualidades humanas (pois não te conheço para, sequer!, poder aferir seja o que fora teu respeito e acerca da tua hombridade), e muito menos ao teu portismo (dado que não é esse o meu timbre: julgar o outro por ter, ou não, lugar catiBo, assistir a todos os jogos, ser associado do Clube há mais anos do que eu de vida, etc. e tal...).

o que, nessa altura, me levou a considerar-te (e à tua equipa técnica) uma aposta falhada do nosso grande presidente deveu-se tão-somente a três aspectos fundamentais e, no meu entendimento, preponderantes para o desenrolar de toda uma época desportiva aquém das minhas (elevadas? exageradas?) expectativas.
a saber, aqueles são e na minha perspectiva (desfocada? irrealista?) e sob o meu (falacioso?) ponto de vista:
i)
a inversão de um modelo de jogo ganhador, (in)tentando realizar "imberbes inBenções" que nada trouxeram de positivo para alguns (muitos...) jogos realizados.
para lá do Maicon a lateral-direito, não me esquecerei do relegar o "nosso" Săpunaru para a bancada quando estávamos necessitados de um defesa direito habituado a tal posição (e por motivos que só tu saberás).
e para lá do Clássico na Luz, houve outras partidas em que os trunfos que consideraste ganhadores para as batalhas em disputa revelaram-se autênticos duques (traduzindo-se na perpetuação de benevolamente se conceder quarenta e cinco minutos de avanço ou de recuo, aos nossos adversários);

ii)
o (temor?) em apostar nas jovens promessas do plantel (e mesmo das formadas no Clube), preterindo-as em benefício de outras (mormente estrangeiras e bem mais duvidosas, e sem pretender ser ultra-nacionalista).
o "caso Iturbe" é (por demais!) flagrante, "fala" por si. só vocês, principais intervenientes na estória, é que saberão o(s) porquê(s) da mesma e por se privar a massa adepta do potencial daquele a quem já apelidaram de «novo Messi».
também não me vou pronunciar sobre o Djalma, pois que desde o início da temporada finda, que não o enquadrei no estilo de jogador necessário para o clube - e friso bem que não será o (re)ver a sua actuação no estádio da Lucy que me fará mudar de opinião.
porém, não fazer a diferença para a época anterior, integrando valores como Castro ou André Pinto, no nosso plantel sénior é algo que, para mim, me transcende - e desde há (pelo menos) uma década... só que, como estou de fora, "racho lenha", certo? certo....;

iii)
decorrente do ponto anterior, com a agravante de que tal já se (pres)sentia no ocaso da época de 2010/2011, os vários casos de indisciplina no seio do plantel principal e profissional de futebol.
não me refiro só aos lamentáveis e inqualificáveis incidentes de Barcelos; também incluo neste rol os amuos de alguns jogadores do nosso plantel - e cujos nomes não há necessidade de referir, pois nós sabemos bem de «quem estou a falar».
confesso que o defeito (porventura) estará em mim - que não estou habituado a este tipo de manifestações mais calorosas de insatisfação, por parte de atletas do nosso clube do coração (e principescamente pagos para não fazerem tais figurinhas), e sobretudo que estas "espirrem", com mais força do que o habitual, para o exterior do balneário. 
num passado (já muito) distante, recordo-me dos murros informáticos do Argel Fucks e a altruísta altercação do meu ídolo de sempre para com (àquela data, "nada especial") José Mourinho - casos isolados, em contextos diferentes, em épocas distintas e com outros treinadores.
já os casos de indisciplina desta época que ora termina perturbaram o meu (há algum tempo) inquieto estado de espírito por me darem a perceber que não houve "mão de ferro" no balneário portista. só assim se pode justificar a "sangria" no plantel, na época de transferências de Janeiro e que incidiu numa posição nevrálgica do terreno: o meio-campo. curiosamente tal "operação de cosmética" abrangeu jogadores descontentes com a sua condição de "alternativa-válida-mas-que-não-é-sinónimo-de-titularidade-indiscutível". e como eu não «acardito» em coincidências...

é certo e sabido que há atenuantes, sobejamente conhecidas de todos nós, portistas dos quatro costados:
a)
o facto de teres tomado o controlo de umas rédeas, que não estavam destinadas, a apenas oito dias do início de uma nova temporada - e de um plantel "inchado" com os sucessos desportivas da época transacta;

b)
a indefinição na constituição do mesmo, que (per)durou até ao último dia do mês de Agosto e que teve o seu ponto alto com a venda do "abono de família" do nosso ataque para o histórico (e crónico) segundo clube de Madrid; 

c)
o não ter acontecido a devida "compensação" no plantel e com a mesma Qualidade (leia-se: letalidade e eficácia) para suprir o abandono referido na alínea anterior - e sem qualquer crítica assertiva para com aquele em quem deposito fortes esperanças de vir a ser o ponta-de-lança que desejamos; 

d)
as (inúmeras) bolas no poste, esta época - quando eram golo feito, no ano passado; 

e)
o resultado desta análise ser a posteriori, (des)confortavelmente sentado no banco do metro, em hora de ponta, num pachorrento regresso a casa - sinónimo de que "é muito fácil acertar no totobola à Segunda-feira"...  

portanto, caro Vítor:

só por manifesta má-fé se pode afirmar que não há mérito teu na conquista deste campeonato.
se a tarefa já era hercúlea - e mesmo com toda a segurança e o conforto que confere a "estrutura" portista aos seus treinadores -, mais difícil se aparentava (e tornou!), por tudo o que te recordei e que, à data, foi escrito por outros (tantos!) administradores de espaços de discussão, nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, e com maior visibilidade do que este.

certamente que saberás que esse não foi o caso deste que te critica abertamente, com sentido positivista - de que tudo será melhor do que foi até agora -, e que, como tal, também reconhece que, como qualquer um de nós, não possuis só defeitos (enquanto treinador, bem entendido!).
aliás, a partir do momento em que percebi que permanecerias na tua cadeira de sonho, com a anuência do nosso querido líder - e quem sou eu para o contrariar (ele que vê mais com os olhos fechados do que todos os outros dirigentes juntos e com eles bem abertos) -, o meu discurso, neste espaço, passou a ser de agregação.
no fundo, tudo para que pudéssemos comemorar a conquista do objectivo máximo do nosso clube do coração: a perpetuação das quinas, no nosso manto sagrado, por mais uma época!

em jeito de conclusão:
(e porque já nos estou a aborrecer de tédio, qual vítor gaspar na assembleia da república)

as minhas expectativas para a época que se avizinha estão muito altas, Vítor!
sem sobrancerias e arrogâncias bacocas, sei que seremos capazes de fazer bem melhor do que conquistar uma Supertaça Cândido de Oliveira e almejar o campeonato - a acontecer, o terceiro tri na nossa história.
irrealisticamente "falando", aqui que ninguém nos "ouve", se nos fosse permitido sonhar e porque terás a oportunidade de (re)construir um plantel a teu gosto, pedir-te-ia a Champions! como tal será difícil - há um Real Madrid a desejar a sua décima... -, peço-te que (pelo menos) consigamos atingir os quartos-de-final daquela competição.
é o nosso bom-nome e a nossa reputação europeia que estão em jogo - para além da inerente valorização de activos, por forma a aguçar o apetite dos "tubarões" do futebol europeu
(sim!, porque os tempos do "amor à camisola" já são Passado e estão bem enterrados - Lucho 'el comandante' Gonzalez à parte!)


confio em ti e em como nos farás (ainda mais) felizes! ;)