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caríssima(o),
depois de mais uma jornada de trabalho, o estômago (re)composto, as lides domésticas terminadas (por hoje) e sossegado no meu cantinho, deparo-me com a confirmação da venda dos passes de Rúben Micael (por cinco milhões de euros) e de Radamel Falcao (por quarenta milhões de euros) ao Atlético de Madrid. nada que a imprensa desportiva já não tivesse adiantado durante o dia de hoje e que um portista que se preze de o ser já não o previsse...
se compreendo a partida do madeirense - que já não deslumbrava a massa adepta e só terá sido opção nos dois últimos encontros devido à má forma física de Belluschi (recupera de lesão) e para valorizar uma potencial venda (como veio a acontecer) -, por outro lado não choro "baba e ranho" pela venda do passe do colombiano. era algo que, reafirmo, já se previa que viria a acontecer. só não gostei da forma como "forçou" a sua saída do meu clube do coração, tendo expressado esse meu sentimento de traição e de profunda decepção para a "posteridade" e para memória futura.
a adenda a que refiro no título deste (breve) escrito refere-se ao artigo de opinião de Jorge Maia, publicado na edição de hoje do jornal desportivo diário OJOGO, sob o título "perplexidades do Falcao peregrino". a páginas tantas refere que:
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[...] a escolha do Atlético de Madrid pode justificar alguma perplexidade perante a notícia da eventual saída de Falcao, tida mais ou menos como inevitável desde o final da última temporada.
Afinal, é tão natural que os jogadores olhem para os clubes portugueses como trampolins para chegar mais longe e mais alto no futebol europeu, como é normal que os clubes portugueses olhem para os jogadores como fonte de receitas extraordinárias para se manterem mais competitivos interna e internacionalmente. E esse é apenas um dos motivos que tornam profundamente injusto o título de «mercenário» que os últimos dias colaram ao avançado colombiano, suportados nas declarações que ele produziu no final do jogo com o Guimarães.
Como todos nós, Falcao já sabia que tinha mercado quando aceitou renovar o contrato com o FC Porto há cerca de um mês, aumentando a cláusula de rescisão para os quarenta e cinco milhões de euros. Um "mercenário" não assinaria um acordo que apenas serve para complicar a sua saída e garantir maior capacidade negocial aos portistas.
Não!, o FC Porto não tem grandes razões de queixa de Falcao. O colombiano fez por valer o preço que custou em golos e agora promete render a maior transferência de sempre do futebol português. Difícil, vai ser arranjar outro assim.
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fonte: ojogo.pt
ps: os negritos, itálicos e sublinhados são da minha responsabilidade.
desconheço se o Jorge Maia lê os meus escritos, mas «mercenário» foi o adjectivo que empreguei para Falcao e após não compreender outro argumento para a sua saída que não seja o valor dos cifrões que enriquecerão a sua conta bancária.
e um "mercenário", para mim, é também isso mesmo: alguém que trabalha ou se serve apenas por dinheiro; alguém interesseiro, que se move apenas pelo proveito pessoal e/ou vantagem material - por mais golos que tenha marcado (que marcou!) e títulos que tenha dado ao clube (que deu!).
é que a lei da reciprocidade deverá ser sempre aplicada nestes julgamentos de valores: se o clube soube retirar proveitos (desportivos e económicos) do potencial futebolístico de Radamel Falcao, não é menos verdade que este último beneficiou muito por ter feito parte dos quadros do FC Porto - clube que possui uma estrutura ímpar em Portugal, reconhecida internacionalmente.
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Compreendo tudo o que dizes mas talvez seja cedo para avaliar todo este negócio, incluindo as declarações após o jogo de Domingo passado. Um dia talvez se saiba tudo, incluindo o episódio da renovação, etc. Também já ouvi a teoria de que a declaração de preferência pelo atletico foi "combinada" e consentida pelo FCP... Aguardemos, portanto. PS - Foi um dos melhores que já aqui jogou. Espero que não faça falta.
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