caríssima(o),
vou confessar um segredo em primeira mão: eu não gosto nada quando o meu clube do coração perde. é que o FC Porto é das poucas fontes de alegria nesta minha vida, no Presente; em Janeiro próximo sei que terei outra opinião, com o nascimento do Guilherme. mas esse é um outro tópico que não cabe neste post.
um resultado (muito) negativo custa-me a digerir, ao ponto de perder o sono e principiar uma longa ressaca normalmente a vegetar em frente a um televisor, mas com o pensamento solto na revisão do mau filme que assisti. e na íntegra, não escapando muitos pormenores.
sou assim desde que me conheço como portista e assim morrerei. a minha esposa considera-me um «doente por futebol»; a sogra da minha esposa pensa que eu sou um «fanático»; o meu sogro, o meu cunhado e o meu sobrinho têm a firme convicção de que sou um «péssimo chefe de família» (dado que não partilho da sua cor clubística, a tender para o encOrnado).
por exemplo, passados tantos anos, ainda não digeri a derrota ante a Juventus, na final da Taça das Taças, em 1984. das ressacas mais recentes, destaco as três últimas finais da Supertaça Europeia (pois vitórias morais não são títulos), os 5-0 de Londres (em 2009/2010) e o empate de ontem.
um resultado (muito) negativo custa-me a digerir, ao ponto de perder o sono e principiar uma longa ressaca normalmente a vegetar em frente a um televisor, mas com o pensamento solto na revisão do mau filme que assisti. e na íntegra, não escapando muitos pormenores.
sou assim desde que me conheço como portista e assim morrerei. a minha esposa considera-me um «doente por futebol»; a sogra da minha esposa pensa que eu sou um «fanático»; o meu sogro, o meu cunhado e o meu sobrinho têm a firme convicção de que sou um «péssimo chefe de família» (dado que não partilho da sua cor clubística, a tender para o encOrnado).
por exemplo, passados tantos anos, ainda não digeri a derrota ante a Juventus, na final da Taça das Taças, em 1984. das ressacas mais recentes, destaco as três últimas finais da Supertaça Europeia (pois vitórias morais não são títulos), os 5-0 de Londres (em 2009/2010) e o empate de ontem.
já o afirmei no "bibó FC Porto, car@go!" e igualmente no blogue do caríssimo Dragão Vila Pouca: após o resultado negativo de Domingo, não é tempo de colocarmos todo um trabalho (meritório) em causa, chegando ao limite de se afirmar que «Vítor Pereira é um novo Octávio Machado»!!!
uma das razões principais da nossa força - que existe e que temos, ou o nosso empate não seria notícia de abertura de telejornais, nem destaque nos jornais diários desportivos, por tão raras serem essas ocasiões "festivas" - provém (também) do facto de conseguirmos sempre! levantar a cabeça em momentos particularmente difíceis. é por essa razão que aquele tipo de histerismos bipolares demonstra algo que os portistas não são: catastrofistas crónicos, pelo que não têm razão de ser!
o empate de Domingo foi um daqueles momentos maus na história do nosso clube e que vou querer (e fazer por) esquecer o mais rápido possível; nas palavras do caro Vila Pouca, vou fazer por «estar noutra...».
mais do que o resultado negativo (com sabor a derrota), o que retenho do encontro em causa é a imagem de um olhar perdido em encontro com o relvado mas distante do que por lá se está a desenrolar, nos instantes finais daquela partida e quando havia uma necessidade de uma voz de comando do exterior para, por exemplo, esclarecer os jogadores sobre como interpretar e executar um modelo de jogo que (trans)parecia ser algo anárquico. esse olhar pertenceu a Vítor Pereira, o meu treinador para o FC Porto. e faço votos para que tenha sido um momento passageiro, para todas as partes envolvidas, no processo de recondução do nosso FC Porto a mais uma época de sucesso(s). a última condição para o clube é um regresso aos temores e receios das épocas em que a equipa principal foi orientada pelo Professor Jesualdo Ferreira - treinador a quem estou muito grato pelos títulos que conquistou para o clube, que aprendeu a gostar e a se identificar com a cultura do clube, mas que não deixa de ser um treinador temerário, algo cagão.
mais do que pretender "crucificar" e/ou criticar o actual treinador do nosso clube pelo simples prazer de descarregar toda uma frustração em cima do principal responsável pelas "invenções tácticas" de Domimgo, prefiro (in)tentar perceber a razão destas últimas.
e manifestamente sinto-me incapaz para tal, pois não as compreendi (de todo!): desde o abdicar de um "trinco" (Souza é uma revelação naquele lugar ou só peça decorativa no plantel? e Fernando sempre é um "reforço" ou terá que penar muito mais até voltar a ser um polvo?), passando pela aposta na titularidade de Guarín (que já não o era desde o encontro ante o Barça, logo com falta de ritmo), e culminando nas substituições. mas «acardito» que o problema resida na minha pessoa, que não possui qualquer habilitação própria para ser treinador, muito menos de bancada.
outro exemplo: custou-me ver a "ousadia" de jogar sem uma referência na grande área adversária e apostar num (menos forte, logo menos acutilante) contingente de quatro médios e três alas puros (!!) para investir (n)as redes contrárias. foi sempre uma forma de ter calafrios amiúde na partida, como aquele aos 59', em que se não fosse a bravura, a abnegação e o voluntarismo de Freddy Guarín, talvez agora estivéssemos a comentar a perda efectiva de três pontos e uma descida ao segundo lugar no campeonato, quarenta e três jogos depois do encontro de Alvalade (em Fevereiro de 2010).
assim, sem pretender bater (ainda mais) no ceguinho, faço votos sinceros para que Vítor Pereira não volte a abdicar de certos conceitos e automatismos que são a imagem de marca do nosso FC Porto. e que reserve este tipo de experiências para a Taça da Liga. é que os campeonatos ganham-se com as vitórias ante este tipo de opositores e não contra clubes ditos «gloriosos» - por muita moral e força anímica que estes certamente conferem.
e é por ainda não ter compreendido aquelas "invenções" e por não ser um «catedrático» no Futebol, não concebo que profissionais do ofício da escrita e da análise aos jogos daquela modalidade não se tenham lembrado de perguntar ao treinador do FC Porto uma questão tão simples como esta:
trata-se de uma pergunta que, pela sua simplicidade e frontalidade, é igualmente muito pertinente, pelo menos para mim. e que, se tivesse sido colocada ai nosso mister, ajudaria (e muito!) a perceber melhor o empate concedido ante o CD Feirense - e sem qualquer desprimor para com esta instituição desportiva.
ao invés, as perguntas na conferência de Imprensa foram:
para finalizar e para não ser (ainda mais) fastidioso, também confesso que custou-me ler e, pior!, aceitar certos e determinados comentários reflexivos nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, por visarem apenas o bota-abaixo ao final de cinco jornadas (!!) de corridas num campeonato que ainda vai no seu início e onde nada está irremediavelmente hipotecado.
como fiz questão de frisar, enquanto portistas «termos exigência é salutar; termos espírito de crítica construtivo é de apoiar; termos uma atitude de bota-abaixo só porque perdemos dois pontos por culpa própria é de lamentar e de reprovar».
beijinhos e abraços (nada medricas)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
mais do que o resultado negativo (com sabor a derrota), o que retenho do encontro em causa é a imagem de um olhar perdido em encontro com o relvado mas distante do que por lá se está a desenrolar, nos instantes finais daquela partida e quando havia uma necessidade de uma voz de comando do exterior para, por exemplo, esclarecer os jogadores sobre como interpretar e executar um modelo de jogo que (trans)parecia ser algo anárquico. esse olhar pertenceu a Vítor Pereira, o meu treinador para o FC Porto. e faço votos para que tenha sido um momento passageiro, para todas as partes envolvidas, no processo de recondução do nosso FC Porto a mais uma época de sucesso(s). a última condição para o clube é um regresso aos temores e receios das épocas em que a equipa principal foi orientada pelo Professor Jesualdo Ferreira - treinador a quem estou muito grato pelos títulos que conquistou para o clube, que aprendeu a gostar e a se identificar com a cultura do clube, mas que não deixa de ser um treinador temerário, algo cagão.
mais do que pretender "crucificar" e/ou criticar o actual treinador do nosso clube pelo simples prazer de descarregar toda uma frustração em cima do principal responsável pelas "invenções tácticas" de Domimgo, prefiro (in)tentar perceber a razão destas últimas.
e manifestamente sinto-me incapaz para tal, pois não as compreendi (de todo!): desde o abdicar de um "trinco" (Souza é uma revelação naquele lugar ou só peça decorativa no plantel? e Fernando sempre é um "reforço" ou terá que penar muito mais até voltar a ser um polvo?), passando pela aposta na titularidade de Guarín (que já não o era desde o encontro ante o Barça, logo com falta de ritmo), e culminando nas substituições. mas «acardito» que o problema resida na minha pessoa, que não possui qualquer habilitação própria para ser treinador, muito menos de bancada.
outro exemplo: custou-me ver a "ousadia" de jogar sem uma referência na grande área adversária e apostar num (menos forte, logo menos acutilante) contingente de quatro médios e três alas puros (!!) para investir (n)as redes contrárias. foi sempre uma forma de ter calafrios amiúde na partida, como aquele aos 59', em que se não fosse a bravura, a abnegação e o voluntarismo de Freddy Guarín, talvez agora estivéssemos a comentar a perda efectiva de três pontos e uma descida ao segundo lugar no campeonato, quarenta e três jogos depois do encontro de Alvalade (em Fevereiro de 2010).
assim, sem pretender bater (ainda mais) no ceguinho, faço votos sinceros para que Vítor Pereira não volte a abdicar de certos conceitos e automatismos que são a imagem de marca do nosso FC Porto. e que reserve este tipo de experiências para a Taça da Liga. é que os campeonatos ganham-se com as vitórias ante este tipo de opositores e não contra clubes ditos «gloriosos» - por muita moral e força anímica que estes certamente conferem.
e é por ainda não ter compreendido aquelas "invenções" e por não ser um «catedrático» no Futebol, não concebo que profissionais do ofício da escrita e da análise aos jogos daquela modalidade não se tenham lembrado de perguntar ao treinador do FC Porto uma questão tão simples como esta:
pergunta:
quais foram as razões que motivaram as substituições que operou na equipa?
trata-se de uma pergunta que, pela sua simplicidade e frontalidade, é igualmente muito pertinente, pelo menos para mim. e que, se tivesse sido colocada ai nosso mister, ajudaria (e muito!) a perceber melhor o empate concedido ante o CD Feirense - e sem qualquer desprimor para com esta instituição desportiva.
ao invés, as perguntas na conferência de Imprensa foram:
i)
pergunta [p]: o FC Porto perdeu os primeiros pontos no campeonato. como analisa este empate?
Vítor Pereira [VP]: [ideia-base: o FC Porto concedeu 45' minutos de avanço ao adversário]
ii)
p: olhando para o volume de oportunidades criadas pelas equipas, considera o empate um resultado justo?
VP: o resultado premeia um CD Feirense abnegado. [...] Por outro lado, penaliza o FC Porto. [...] No geral: não conseguimos marcar o ritmo do jogo nem circular a bola com Qualidade, e fomos sempre um bocadinho ansiosos.
iii)
p: houve alterações na equipa. com o 5lb pela frente, este empate é mais preocupante?
VP: ao quarto jogo consecutivo é natural que haja um ou outro jogador que "pague a factura". [...]
iv)
p: perdeu James Rodríguez para a recepção ao 5lb...
VP: [...] temos alternativas. Não tanto com as características dele, mas de certeza que nos vamos apresentar bem contra o 5lb e com capacidade para ganhar.
v)
p: como analisa o trabalho do árbitro [Bruno Esteves]?
VP: Tenho-o como um árbitro isento, com qualidade e competente. [...] Não foi pelo árbitro que não vencemos; foi por mérito do CD Feirense e por algum demérito nosso.
fonte: pasquim da Travessa da Queimada
(edição impressa)
ps: os negritos, os sublinhados e os itálicos são da minha responsabilidade
para finalizar e para não ser (ainda mais) fastidioso, também confesso que custou-me ler e, pior!, aceitar certos e determinados comentários reflexivos nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, por visarem apenas o bota-abaixo ao final de cinco jornadas (!!) de corridas num campeonato que ainda vai no seu início e onde nada está irremediavelmente hipotecado.
como fiz questão de frisar, enquanto portistas «termos exigência é salutar; termos espírito de crítica construtivo é de apoiar; termos uma atitude de bota-abaixo só porque perdemos dois pontos por culpa própria é de lamentar e de reprovar».
beijinhos e abraços (nada medricas)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Bom dia
ResponderEliminarFoi muito mau e assim, não pode ser. No entanto, estou completamente convicto que seremos um grande Porto em 2011/2012. O Problema do FC Porto, neste Portugal de invejosos e medíocres, é que não basta ser melhor, tem de ser muito melhor para ganhar. E nós 99% das vezes somos, mas ontem não!
Sem querer desculpar o empate , que acho inteiramente justo, com arbitragens, sinto-me forçado em comparar a arbitragem de ontem com a do Benfica VS Feirense e noto, tal como vocês, em muitas diferenças gritantes. Há um penálti claro sobre Varela e James, para mim é bem expulso tal como o Javi o era ao minuto 15 do Benfica VS Feirense. Já não falando do penálti claro que o mesmo jogador comete sobre o Ludovic. Assim vai o nosso futebol.
Julgo, e gostava de ouvir a vossa opinião, que na falta de um Kléber que faça a diferença e sem Walter…o Cebola é a melhor opção para jogar a ponta de lança. Estou convicto disso. É um erro de casting atribuir as alas a este jogador. Um claro exemplo é a sua capacidade de cabecear ( o melhor jogador que temos do meio campo para a frente neste pormenor).
Quanto a Iturbe…aguardo com ansiedade a sua primeira chamada.
A equipa teve mal e Vitor Pereira também. Mas calma aí…somos Porto e não voltaremos a ser surpreendidos. O primeiro aviso foi feito. Temos de ser inteligentes para dar a resposta.
Nota: Não entro em desculpas de mau perdedor. O FC Porto perdeu, leia-se empatou, por culpa própria. Com isto não tiro mérito à excelente organização do Feirense, contudo no jogo de ontem o FC Porto com toda a naturalidade vencia o jogo. Bastava para isso uma atitude diferente por parte dos jogadores e melhores escolhas por parte do técnico.
http://portounido.wordpress.com/
Cumps,
@ HD (Ibra
ResponderEliminarantes de tudo, bem-vindo! e muito obrigado! pelas tuas palavras ;)
depois, informo-te que o «vocês» sou só eu ;)
de seguida e sem perder ritmo, acho que « na falta de um Kléber que faça a diferença e sem Walter » e se o nosso mister pretender persistir na inovação táctica de Domingo (leia-se invenção), então a solução passará por Iturbe.
o problema é que o puto-maravilha argentino ainda estará a recuperar baterias (esteve três anos consecutivos a competir ao mais alto nível) e terá um novo compromisso, ao ter sido pré-convocado para os "jogos Pan-americanos", que principiam em Outubro próximo.
sobre o Cebola: «acardito» que em Janeiro já por cá não estará. a sua rentabilidade financeira "falará" mais alto.
abraço (e volta sempre)
Miguel