do (não) reflectir com seriedade

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dragão eficaz (...)

o arranque na Liga dos Campeões mostrou um FC Porto igual ao que tem sido nestes primeiros tempos da perigosa mudança de comando técnico*: vitorioso, com base em muita segurança.
o FC Porto de Vítor Pereira começa por privilegiar a consistência do jogo, preocupado em impor-se ao invés do risco de passos em falso no início de uma nova era. não exibe o brilho do FC Porto de André [£ibras-Boas]**, que chegou a ser empolgante na sua avassaladora ponta final na época transacta.
mas, mantendo um percurso de vitórias, leva a água ao seu moinho, ao seu prioritário objectivo nesta fase: afastar-se de potenciais fantasmas***.

tudo isto foi confirmado na inaugural ronda da Champions: serena ultrapassagem da fífia**** que provocou o avanço ucraniano; essencial triunfo, jogando em casa; exibição qb*****, assente num boa estrutura colectiva e decisiva nos rasgos incríveis de Hulk e do menino-prodígio James Rodríguez.
mas, nada de "furacão"****** perante um adversário reduzido a dez unidades em mais de meio jogo e até só com nove nos derradeiros dez minutos da partida.

o FC Porto de ontem teve uma fria objectividade na conquista dos três pontos.

[...]

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fonte: pasquim da Travessa da Queimada
(edição impressa)

autor: Santos Neves

ps: os negritos, os sublinhados e os itálicos são da minha responsabilidade.

* então em que ficamos?!
a mudança é assim tão «perigosa» se é igualmente «vitoriosa» e assente em «segurança»?

** confrontar o FC Porto da «avassaladora ponta final na época transacta» com o deste «início de uma nova era» é não perceber patavina de futebol, quanto mais não seja, pelo facto de (in)tentar comparar momentos de época diferentes e diametralmente opostos.

*** nem vou contrapor a razão do sobrenatural de tão estapafúrdia que é. eu também sou da opinião que, nesta fase «prematura», o importante é a consolidação de um modelo de jogo e de rotinas de jogo.

**** «serena ultrapassagem» só se foi para o nosso enorme capitão, que contou com o apoio de grande parte do público presente no Dragão. certamente que para o seus detractores, o momento foi de júbilo.

***** «exibição qb»?! homessa! só porque, nos últimos quinze minutos da partida, a equipa preferiu um estilo pragmático de posse de bola para garantir os três pontos e cerca de oitocentos mil euros, à boa maneira de José Mourinho, a exibição foi «quanto baste»?! e o que fez para aí chegar? não conta? 

****** que haja uma samaritana alma caridosa que explique ao sr. Santos Neves que, durante aquele período, entraram Djalma e Varela na equipa do FC Porto, e o que tal significou para o desenrolar do encontro, sff.


ps:
por motivos de ordem técnica que me ultrapassam enquanto administrador do blogue, este post, que deveria ter sido publicado a 14 de Setembro (Quarta-feira), só o foi no dia de hoje, 15 de Setembro (Quinta-feira).
pelo sucedido e por eventuais transtornos causados, apresento, desde já, as minhas desculpas.


beijinhos e abraços (tranquilos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)