caríssima(o),
diz-se que o percurso mais curto entre dois pontos é uma recta. já Bernoulli demonstrou comprovadamente que a braquistócrona é a trajectória que é percorrida no menor tempo possível, obtido se a bola percorrer uma linha em forma de ciclóide. estes dois princípios estão umbilical e matematicamente relacionados com o que se passou esta noite no Estádio do Dragão, para o primeiro jogo da era de Vítor Pereira em estreia absoluta na fase de grupos da Liga dos Campeões. explico.
o nosso FC Porto demorou a encontrar o caminho da vitória, e quando o fez foi à custa de dois lances onde o esférico descreveu as formas geométricas que evidenciam aqueles princípios - quer no incrível livre de Hulk, quer na soberba assistência de James para Kléber.
sabendo que jogava em casa, perante o seu público e ante um adversário valoroso - relembrem-se os embates ante o SC Braga, na época passada, nesta mesma fase da Champions - o conjunto portista decidiu complicar o que já era difícil. e não me refiro ao lance de infelicidade do nosso Incrível, pois só falha as grandes penalidades quem tem a coragem para as marcar. estou a recordar-me de alguns passes transviados no meio-campo que proporcionaram alguns contra-ataques perigosos do Shakhtar, um dos quais foi aproveitado pelo "ucraniano" Luiz Adriano num lance muito feliz. e também de algumas descompensações defensivas que propiciaram autênticas "avenidas" no Dragão, principalmente depois de alcançada a reviravolta no marcador. e igualmente do nervosismo latente na equipa quando se pedia união de forças e conjugação de esforços num único sentido: garantir uma preciosa vitória.
com o que acabei de escrever não quero sugerir que estou a "cuspir no prato" e/ou a retirar mérito a quem de (pleno e merecido) direito; apenas refiro três situações que convém melhorar num futuro muito próximo e por muito que o nosso mister afirme que «o meu conceito de jogo é colectivo, não é sectorial». meu caro Vítor, na Champions não há margem para erros e estes pagam-se (literalmente) muito caro, pelos vários milhões de euros que deixam de entrar nos nossos cofres.
é que (de todo!) não havia necessidade para tanto sofrimento nos últimos quinze minutos da partida.
e aqui penso que as entradas dos alas Djalma e Varela foram despropositadas: se compreendo o desgaste físico de Hulk, pelo que a sua substituição foi justificada, aceitaria muito melhor que esta rendição fosse por um Cebola Rodríguez, por exemplo; sempre manteríamos a posse da redondinha por mais tempo e com maior qualidade. também seria de considerar uma troca directa de Fernando por Souza. é que a entrada em jogo daqueles alas revelou, uma vez mais, o que já o referi noutros posts: Djalma não é jogador para a equipa principal do FC Porto e Varela não está nas melhores condições físicas. para além de que proporcionaram algum equilíbrio no desenrolar da partida quando a formação ucraniana estava reduzida a nove elementos...
diz-se que o percurso mais curto entre dois pontos é uma recta. já Bernoulli demonstrou comprovadamente que a braquistócrona é a trajectória que é percorrida no menor tempo possível, obtido se a bola percorrer uma linha em forma de ciclóide. estes dois princípios estão umbilical e matematicamente relacionados com o que se passou esta noite no Estádio do Dragão, para o primeiro jogo da era de Vítor Pereira em estreia absoluta na fase de grupos da Liga dos Campeões. explico.
o nosso FC Porto demorou a encontrar o caminho da vitória, e quando o fez foi à custa de dois lances onde o esférico descreveu as formas geométricas que evidenciam aqueles princípios - quer no incrível livre de Hulk, quer na soberba assistência de James para Kléber.
sabendo que jogava em casa, perante o seu público e ante um adversário valoroso - relembrem-se os embates ante o SC Braga, na época passada, nesta mesma fase da Champions - o conjunto portista decidiu complicar o que já era difícil. e não me refiro ao lance de infelicidade do nosso Incrível, pois só falha as grandes penalidades quem tem a coragem para as marcar. estou a recordar-me de alguns passes transviados no meio-campo que proporcionaram alguns contra-ataques perigosos do Shakhtar, um dos quais foi aproveitado pelo "ucraniano" Luiz Adriano num lance muito feliz. e também de algumas descompensações defensivas que propiciaram autênticas "avenidas" no Dragão, principalmente depois de alcançada a reviravolta no marcador. e igualmente do nervosismo latente na equipa quando se pedia união de forças e conjugação de esforços num único sentido: garantir uma preciosa vitória.
com o que acabei de escrever não quero sugerir que estou a "cuspir no prato" e/ou a retirar mérito a quem de (pleno e merecido) direito; apenas refiro três situações que convém melhorar num futuro muito próximo e por muito que o nosso mister afirme que «o meu conceito de jogo é colectivo, não é sectorial». meu caro Vítor, na Champions não há margem para erros e estes pagam-se (literalmente) muito caro, pelos vários milhões de euros que deixam de entrar nos nossos cofres.
é que (de todo!) não havia necessidade para tanto sofrimento nos últimos quinze minutos da partida.
e aqui penso que as entradas dos alas Djalma e Varela foram despropositadas: se compreendo o desgaste físico de Hulk, pelo que a sua substituição foi justificada, aceitaria muito melhor que esta rendição fosse por um Cebola Rodríguez, por exemplo; sempre manteríamos a posse da redondinha por mais tempo e com maior qualidade. também seria de considerar uma troca directa de Fernando por Souza. é que a entrada em jogo daqueles alas revelou, uma vez mais, o que já o referi noutros posts: Djalma não é jogador para a equipa principal do FC Porto e Varela não está nas melhores condições físicas. para além de que proporcionaram algum equilíbrio no desenrolar da partida quando a formação ucraniana estava reduzida a nove elementos...
por outro lado, Defour revela-se um jogador top! é verdade que falhou dois lances na "cara do golo" (provavelmente concretizáveis com um "matador" em campo), mas a qualidade do seu futebol enquanto médio não engana. e o entendimento com João Moutinho - hoje (como sempre!) um poço de energia, um verdadeiro dínamo - só não surpreende alguns "lobos" armados em comentadores desportivos. é de louvar que, ao terceiro encontro, o belga transpareça uma segurança tal no meio-campo portista como se já jogasse entre nós bem mais do que há... dois meses!
também a estreia de Otamendi na competição de clubes mais importante da (e na) Europa foi bastante meritória. é indiscutivelmente um central de classe e que demonstra que não necessita de muitos centímetros para ser imperial nas alturas. foi o esteio da nossa defesa e quando esta mais dele necessitou, suprindo algumas falhas do seu companheiro. é que, com a raça que lhe reconheço, sei que nunca ficaria a assistir impávido ao golo do Shakhtar, qual Maicon; no mínimo tentaria impedir que o "ucraniano" com sotaque brasileiro chegasse à bola.
ainda nos meus destaques individuais, uma palavra singela para Kléber: parabéns!, miúdo! ;)
para finalizar, o porquê de considerar que Vítor Pereira começa a ter tanto (ou ainda mais) charme como o seu antecessor:
«
beijinhos e abraços (tranquilos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
ainda nos meus destaques individuais, uma palavra singela para Kléber: parabéns!, miúdo! ;)
para finalizar, o porquê de considerar que Vítor Pereira começa a ter tanto (ou ainda mais) charme como o seu antecessor:
«
pergunta: como reagiria se fosse Lucescu e visse dois jogadores seus expulsos? Ainda acreditava num empate?
Vítor Pereira: Ficaria da mesma forma que me senti contra o FC Barcelona: também fiquei sem dois jogadores e tivemos de dar uma resposta com carácter e dignidade. Foi o que o Shakhtar fez aqui hoje. Mas coube-nos marcar os ritmos do jogo e não permitir que eles pudessem marcar num lance fortuito ou numa bola parada.»
fonte: maisfutebol.ptps: os negritos e os sublinhados são da minha responsabilidade.
beijinhos e abraços (tranquilos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Bom dia Miguel,
ResponderEliminarTal como se previa ontem tivemos um jogo complicado, perante um adversário valoroso, que se tem vindo a afirmar na Europa.
O jogo iniciou dividido até que o FC Porto ganha a grande penalidade que Hulk não converte.
Para complicar ainda mais, Helton tem aquela infelicidade, e sofremos o golo.
Os adeptos de imediato reagem, empurrando a equipa para a frente, e é com naturalidade que chegamos ao empate, naquele golo de apologia do Hulk. Grande míssil!
Após a expulsão ainda na primeira parte do central da equipa ucraniana, as coisas complicaram-se para nós, embora se possa muitas vezes pensar que contra 10 é mais fácil.
Os ucranianos encostaram o bloco defensivo, e exploravam o contra-ataque através de Wiliam e Luiz Adriano. É neste típico jogo que o Shahktar é perigoso.
Todavia o FC Porto continuou a carregar, e sempre que acelerava no último terço, vinham à tona as fragilidades defensivas do Shahktar.
Foi então que o melhor em campo - James, saca um coelho da cartola, e num lance de magia senta o defensor adversário e assiste Kléber para o golo da vitória.
Até à expulsão do outro central do Shaktar, foi uma fase complicada do desafio.
Nós não conseguíamos marcar o terceiro golo, e alguns dos nossos jogadores já estavam desgastados, como é o caso de Hulk, e tiveram de ser substituídos.
Com o resultado pela margem mínima, o Shahktar revela-se sempre perigoso, daí alguma prudência atacante.
Depois da expulsão do outro central, os ucranianos abandonaram a disputa do resultado, e até final foi o gerir do tempo.
Grande apoio do público, muito importante no empurrar da equipa, depois de um penalti falhado e de um erro de Helton.
O FC Porto está no patamar das melhores equipas da Europa, e ontem sentia-se que ganharíamos o jogo com maior ou menor dificuldade, apesar dos ucranianos terem uma excelente equipa.
Estamos de volta ao nosso lugar, e acredito no apuramento para a fase seguinte.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Penso que... o FC Porto tem em falta um pormenor que quando, e se, for corrigido fará dele um dos melhores clubes do mundo a jogar futebol, ao nível do Barça. Aliás, é a diferença para o jogo do Barça que eu acho que falta: o não parar de trocar a bola até ela morar na baliza. Chegam à grande área e lá vai chuto, 90% por das vezes nem no rectângulo objectivo acertam.
ResponderEliminarQuando a certa altura Moutinho e Hulk entraram pela área adversária adentro em trocas consecutivas eu pensei: a partir de agora vão-se ver mais destas jogadas e uma delas vai dar golo... erro meu, nem mais uma única dessas jogadas se viu e com grande pena minha pois acredito que é esse o único pormenor que falta, o levar a bola em passes curtos por entre os adversários até à morada final, para que o FC Porto fique perfeito.
Parecia o melhor começo possível, mas o penalty falhado e o erro do Helton levaram-nos à desvantagem no marcador.
ResponderEliminarApesar de tudo, conseguimos recuperar (a confiança?) e o nível de jogo a pouco e pouco e não demorou a surgir resposta, com um excelente golo do Hulk. O resto foi... Magia! James Rodríguez é craque, e a continuar assim não deverá - infelizmente - ficar muito mais tempo no Dragão.
No final dos 90' minutos acabámos por conseguir a vitória, depois dum período em que sofremos por não estarmos a ganhar por mais.
Foi, afinal de contas, um bom resultado, e o que interessa são os três pontos!
Um abraço
Felizmente correu bem, com a equipa a mostrar ter já assimilado a mística clubista e a postura de saber estar nas grandes competições. Faltou apenas o 3º golo para tranquilizar a malta, mas como mais vale um pássaro na mão... também está bem assim. Aliás está muito bem, tendo acabado bem.
ResponderEliminarcaríssimos,
ResponderEliminarmuito obrigado! pelas vossas palavras e pelos vossos comentários. ;)
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)
Miguel | Tomo II