domingo, 18 de janeiro de 2015

notas soltas sobre Penafiel (e não só)...




caríssima(o),

afazeres profissionais, mesmo ao final-de-semana, impediram-me de publicar, a tempo e horas, as seguintes notas soltas sobre o encontro de ontem, em Penafiel.
mesmo (conscientemente) correndo o "risco" de (re)pisar argumentos prévios e/ou tecer considerandos que já foram publicados de forma (bem) mais célere, nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, vou arriscar. afinal, sempre será a minha perspectiva sobre o encontro em causa.
portanto, "Bamos nessa, Banessa!"


i)

foi uma vitória justíssima, daquelas que demonstram de que fibra é feito um grupo de trabalho. e foi uma vitória daquelas que definitivamente decidem campeonatos.
a raça evidenciada ontem faz-me acreditar ainda mais no grupo ao dispor de Lopetegui - um treinador que já me convenceu. pode não ser perfeito (quem o é?), mas já teve o condão de me fazer esquecer o pesadelo que foi a época passada, cujo descalabro principiou está a fazer agora um ano (mais mês, menos jornada).

ii)

junto-me à indignação de alguns portistas, por, em pleno séc. XXI, depois do Euro2004 e do melhoramento dos relvados sintéticos, ainda haver "batatais" no principal escalão do campeonato português de futebol.
o que se me apraz dissertar sobre o "coiso" de Penafiel - que ainda deve ser o original, datado da época 1984/1985 ... - é que (i) nem António Oliveira (sim!, esse mesmo!) optou por o substituir e/ou melhorar e que (ii) quem de direito deveria intervir em casos de flagrante violação das normas, mas não o faz porque não quer. ou porque não dá jeito. ou porque é preferível chatear o pessoal do Dragão. ou «ambas as três» situações.

iii)

em termos de futebol jogado, houve momentos sublimes, sobretudo os que saíram dos pés de Óliver e de Jackson, num "coiso" que, de ervado tinha muito pouco, e que tanto fica a dever aos imensos batatais por esse país fora...
do colombiano e quando não está preocupado com outros voos, só podemos estar orgulhosos por envergar o nosso "manto sagrado". então a forma como cruzou para o terceiro golo em fora-de-jogo», como alguns alegam... mas já lá vamos...), é magistral. e mais sublime o é, por o ter conseguido num autêntico "batatal"...
do pequeno grande génio espanhol, bem... já não há adjectivos para o muito, para o imenso futebol sempre "redondo" de Óliver. será um novo Frasco? ou então, um clone de João Moutinho? não sei. mas continuo à espera de boas novidades para as próximas temporadas. eu acredito que seremos capazes de o manter nas nossas fileiras! e estou disposto a isso!

iv)

esta nota é para quem se entretém a desvalorizar alguns dos "activos" do FC Porto.
Herrera, ontem, deverá ter jogado com quatro pulmões, no mínimo. num terreno tão pesado como o do Municipal de Penafiel, terminou a partida como se estivesse no primeiro minuto do encontro (passe o exagero da hipérbole). no entanto e do que já pude ler nalgumas caixa de comentários, nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, os elogios são inversamente proporcionais a muitas das críticas tecidas ao mexicano num passado recente...

já sobre a prestação de Casemiro, no seu primeiro ano no clube e numa posição nova para ele, há muito "boa gente" que já se esqueceu, por exemplo, dos dois primeiros anos do Fernando, que se tornou um "polvo" (também) à custa de muitos erros, de muitos "enterranços"... mesmo assim, dessa muito "boa gente", certamente que há muitos entendidos, ao ponto de desacreditarem as mais firmes convicções de um Director do Real Madrid...

mas, já sobre as críticas a Tello, não discordo.
confesso que, num pantanal e/ou batatal e/ou "coiso alagado" como o de ontem, preferia ter visto Ricardo no seu lugar. ao menos sei que não teria medo de "pôr o pé" quando as exigências assim obrigassem...

v)

gostava muito que os rumores turcos sobre o RQ7 se concretizassem.
estou em crer que se iria respirar melhor no balneário azul-e-branco para as dezassete finais que aí vêm. e que o portismo não iria diminuir, antes pelo contrário...

vi)

acerca dos «três golos ilegais» (por que «todos eles em flagrante fora-de-jogo») e da «grande penalidade perdoada»

antes de tudo, as citações acima foram retiradas de um autêntico manancial de comentários lampiónicos (aqui).

depois, é bom (re)lembrar que as normas internacionais recomendam que, em caso de dúvida, as jogadas deverão prosseguir, beneficiando-se o ataque em detrimento da defesa.

mais: em jogada corrida, os lances duvidosos foram-no, de facto, isto é: mesmo muito duvidosos. e só com o recurso a diversas repetições é que se pôde constatar esse facto e de um ângulo que, em virtude das condições deploráveis do Municipal de Penafiel, não elucida ninguém - sequer os "profissionais" dos comentários anti-portistas. mas, quando o 5lb lá jogou houve as tais linhas geométricas que entretanto, ontem, foram sonegadas...
portanto, só de má-fé é que se pode extrapolar que houve dolo para o Penafiel. e só por manifesto anti-portismo primário é que se pode sonegar tudo o que aconteceu em benefício da agremiação de Carnide ao longo de (pelo menos) dezassete-jornadas-dezassete. sim!, que o andor «glorioso» já (ad)vém de 2012/2013...

mesmo assim, atente-se no que foi divulgado à saciedade no jornalixo desportivo tuga:

© pasquim do 'sinhôre' serpa
(clicar na imagem para ampliar)


© pasquim do 'Quim Oliveirinha
(clicar na imagem para ampliar)


ou seja: o que são (quase) certezas insofismáveis para o pasquim editado pelo "belenense" do sr. serpa, o painel de ex-árbitros do pasquim editado pelo 'Quim Oliveirinha revela ainda mais dúvidas. e um total desencontro nas suas análises, apesar de todos eles terem conhecimento das Leis do Jogo...
assim sendo, uma conclusão se pode retirar: em caso de dúvida, o prejudicado é sempre o clube adversário do FC Porto, esse clube malandro e não sei que mais... mesmo assim, não me custa admitir que o primeiro golo do FC Porto, ontem, terá sido obtido em fora-de-jogo; quanto aos outros dois, foram mais do que «limpinhos, limpinhos, limpinhos»...

por último: escutar, ler, ouvir, lampiões indignados com a arbitragem de ontem e o seu (pseudo) «campo inclinado», só me dá para rir. e soltar uma sonora gargalhada. são tão queridos estes lampiões, "esquecidos" que estão (e repito-me) de tudo o que aconteceu em benefício da agremiação de Carnide ao longo de (pelo menos) dezassete jornadas. sim!, que o andor «glorioso» já (ad)vém de 2012/2013....

vii)

ao contrário de alguns, beneficiados com "xistremas" e "jogos macios" do adversário, na próxima semana não estou a contar com um passeio na "pérola do Atlântico", ante o mesmíssimo «clube do guardanapo» que, esta noite, enfardou quatro batatas no bucho...



"disse!"



4 comentários:

  1. Caro Miguel,

    Estou desanimado, triste, cozido com f.

    Este andor não pára. Jogamos um futebol extraordinário no sábado, um orgulho para qualquer Portista. Eu não vi o Tello tirar os pés, vi-o atrás da bola, mas como ainda não revi o jogo ou o seu resumo ainda e não vi sempre por circunstâncias familiares (tive de me ausentar um ou 2 minutos por vezes), não pude aferir isso que aparentemente todos - menos eu - viram. Achei-o competente.

    Quanto ao resto da tua brilhante crónica subscrevo, e sublinho o ponto 5.

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

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  2. Caro Miguel,
    Infelizmente não me foi possível acompanhar o jogo, só soube o resultado depois. No entanto, pelo que li, tanto no site do FC Porto, como em alguns blogs
    portistas, já percebi que o jogo não foi fácil. Se já não se esperavam facilidades, a chuva, e consequentemente o relvado pesado, ainda vieram acrescentar
    mais dificuldades. Foi, por isso, preciso uma equipa competente, com garra e eficaz a lutar pela vitória. Herrera, Jackson e Óliver, fizeram com que os
    dragões conseguissem trazer os três pontos para a Invicta.
    Em suma, não foi uma vitória fácil, mas estas vitórias ajudam a construir equipas.

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com

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  3. Perfeitamente de acordo com grande parte da tua análise. Digo-te mais, este jogo era "perfeito" para características de Herrera e Casemiro! Tenho sido crítico dos dois, mas é mais pelas suas qualidades técnicas (perfeitamente "trabalháveis") mas não tanto pela capacidade de luta que põe ao serviço docolectivo. Ou seja, gosto mais do Ruben ou do Campaña (ou do Evandro) porque têm mais técnica e capacidade de leitura do jogo, não menosprezando os 4 pulmões de Herrera ou a agressividade de Casemiro.
    Quanto ao relvado, sem dúvida que é horrível, pode equilibrar jogos contra equipas de menor qualidade, mas faz parte da beleza do futebol :) Estou de acordo que aquilo era um lamaçal hediondo, que é um perigo para a integridade dos jogadores, mas haver ainda campos assim faz-me regressar áqueles "relvados" dos jogos da liga inglesa dos anos 70/80, castigados pela chuva, frio ou neve constantes. E quando vejo a nossa equipa capaz de lutar daquela forma abnegada, e jogadores capazes de manter a sua magia mesmo naquelas condições, acaba por ser saboroso...

    Um abraço!

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  4. caríssima Ana, caríssimos,

    mais uma vez, muito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!

    no fundamental:
    penso que ganhámos todos com a exibição de Sábado, pese embora as "ilegalidades" de «ambos os três» golos marcados. então o terceiro, foi de uma tripla ilegalidade - tantas quantos os adversários que ainda estão com os olhos trocados e os rins inchados, depois daquele bailado na lama :D

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os três» :D
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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