domingo, 27 de novembro de 2011

jogo (do) Incrível




caríssima(o),

dois golões, uma (magistral) assistência e uma falta cometida para grande penalidade.
eis sucintamente o que se passou, esta noite, no Estádio do Dragão, com a particularidade de todos aqueles lances, decisivos para o desfecho final da partida, terem um mesmo protagonista: o sr. cuja imagem embeleza este post
definido o encontro desta forma, talvez se possa considerar que não haverá muito mais para dissertar. puro engano. ainda há mais duas ou três coisitas antes de nos deliciarmos com as calinadas da "Casa dos Degredos".

a primeira é para parabenizar quem foi ao Estádio do Dragão, numa noite fria como uma abertura de uma arca frigorífica numa sub-cave qualquer, a qual tem o ar condicionado nos 7ºC, em pleno Dezembro.
e que foi um público que se soube comportar à altura de tal responsabilidade: a de apoiar incondicionalmente a Equipa, no seu regresso a casa e depois de alguns jogos menos conseguidos (por assim escrever).
tive imensa pena de não ter podido estar presente, não só porque tinha bilhete, mas principalmente por não ter podido contribuir para tal. só que houve um percalço entretanto... ficará para uma próxima, com certeza.

a segunda coisita, relacionada com a anterior e ao apoio à Equipa, é que (pres)senti uma relação de "não-agressão" entre aquela e os adeptos, a qual foi conseguida com muito sacrifício de parte-a-parte. e ainda bem para todas as partes envolvidas no processo.
tenho para mim que esse «sacrifício» teve como epicentros de um equilíbrio (in)constante (i) a persistência do actual treinador nas suas invenções e (ii) aqueles fatídicos cinco minutos finais da partida.
o primeiro resolveu manter o onze ganhador na Ucrânia, apostando na fórmula do "em equipa que ganha não se mexe". porém, continuo sem perceber a razão da aposta em Maicon para o lado direito da defesa - com um lateral de raiz sentado no banco de suplentes -; o "prémio" da titularidade de Djalma - apesar de irrequieto, é um jogador sem chama e que não traz nada de positivo para um clube como o FC Porto - e, das substituições operadas, a saída de um médio que me enche as vistas: Defour.
este último aspecto poderá parecer de somenos, mas a partir da sua saída, o meio-campo portista não mais foi o mesmo, com um desposicionamento constante das suas pedras perante a irreverência arsenalista, que resultou nos dois golos bracarense - e entronca no segundo epicentro referido acima.
é bom que Vítor Pereira passe a mensagem da insatisfação por esse período no balneário. é que eu também não gostei de tanto desacerto.

a terceira coisita que quero referir é a constante perseguição da nossa Comunicação Social a tudo o que envolve o quotidiano azul-e-branco.
já nem abordo a questão dos relatos televisivos do (abjecto) valdemar duarte, por ser algo inerente a uma estação que não me merece qualquer respeito; nem sequer o lançamento do jogo no Dragão pelo pasquim da Travessa da Queimada - e que darei "voz" amanhã, por questões técnicas; muito menos ao "esquecimento" da estação pública de televisão em noticiar o jogo na secção dedicada ao Desporto, no jornal das 13h do seu canal principal.
refiro-me, isso sim, a este pedacito de prosa (sintomático de alguma azia nacional):

«
[...] este FC Porto tem de se fazer de vitórias magras, mas vitórias justas. Acima de tudo de vitórias.
Pelo caminho, importa destacar que, apesar de tudo, a equipa voltou a colar-se ao [5lb] na liderança.
»
fonte: maisfutebol
ps: os negritos e os sublinhados são da minha responsabilidade.

fazem-me sinal de que o sítio do "maisfutebol" pertence ao grupo da estação de Queluz.
pois... então está bem... está tudo explicado: o FC Porto é que «voltou a colar-se» ao 5lb e este último nunca esteve líder do campeonato à condição...

a quarta e última a coisita é decorrente da anterior e uma das suas justificações: o FC Porto, com a partida de hoje, atingiu a bela marca de cinquenta jogos (!!) sem conhecer o travo amargo da derrota no campeonato nacional. estamos a três jogos de igualar o feito de Sir Bobby Robson e a seis do lampiónico recorde de John Mortimer.
é, de facto, muita azia, para nos quer tanto "Bem".

sendo assim, nada mais há para escrever; só a publicação de uma foto com o momento da partida:





beijinhos e abraços (recuperados)!
e MUITO OBRIGADO! pela tua visita ;)

5 comentários:

  1. Depois do Estado de Graça, um dos poucos programas da televisão pública, para mim imperdível, vamos lá falar do F.C.Porto /Braga. E como ganhamos, logo não são desculpas de mau pagador, começo por falar do árbitro. Artur Soares Dias protagonizou esta noite no Dragão, uma vergonhosa arbitragem e com nítido prejuízo do F.C.Porto. Lances faltosos iguais, critério disciplinar diferente, com amarelo para jogadores do Campeão, advertência verbal para os do Braga.
    Faltas na pequena área, sobre o guarda-redes, todas as cometidas sobre Quim, nenhuma cometida sobre Helton. Jogada de golo iminente, a bola chegou a entrar, invalidada por fora-de-jogo mal assinalado sobre C.Rodríguez, como mal assinalado foi um lance com Hulk sozinho a caminho da baliza arsenalista. Enfim, um chorrilho de asneiras, mas com todas elas a penalizarem o F.C.Porto. Este ranhoso sabe como chegou lá cima e sabe também o que precisa fazer para lá continuar: prejudicar o líder do campeonato. Uma vergonha!

    Depois de um grito de revolta em Donetsk que teve eco no universo azul e branco, naqueles que verdadeiramente gostam do F.C.Porto, independentemente de quem treina, dirige ou joga, era importante que frente ao Braga, a equipa portista desse continuidade e ganhasse. Melhor ainda, se à vitória juntasse uma exibição mais dentro das possibilidades e capacidades que esta equipa tem.
    E, para mim, isso foi conseguido. Se durante os primeiros 30 minutos de jogo a equipa de Vítor Pereira acusou alguma intranquilidade, não foi rápida, errou passes e nunca se soltou do espartilho que o conjunto minhoto montou, a partir daí, a equipa portista, sob a batuta de Defour, começou a ser mais objectiva, mais pressionante, subiu linhas, passou a dominar, a ameaçar e chegou a uma vantagem justa, numa jogada muito bonita, que começou no internacional belga, passou por James e que a cabeça de Hulk concluiu. Era justa a vantagem do Dragão que até ao descanso, vitaminado pela vantagem, jogou bem e acabou os 45 minutos iniciais em bom estilo.
    Ao intervalo ninguém mexeu e o F.C.Porto começou como a etapa complementar como tinha acabado a primeira. Dominador, esclarecido, bem organizado, podia e merecia aumentar o resultado. Não o conseguiu e com as duas alterações: saíram Defour - excelente jogo e saída que só pode ter sido por cansaço - e Djalma - belo jogo do angolano...-, para as entradas de Souza e C.Rodríguez, passando Moutinho a ter a missão que tinha cabido a Defour, o rendimento baixou e houve mais equilibrio, embora o S.C.Braga, verdade seja dita, nunca tivesse criado qualquer lance de perigo.
    Equilibrio que durou apenas o tempo necessário para que quem entrou começasse a render ao nível de quem saiu. Quando isso aconteceu, o conjunto azul e branco voltou a ser superior, foi mais forte, contundente, marcou 2 golos - viu 1 ser mal invalidado -, tinha o jogo controlado e merecia acabar em apoteose, que só não aconteceu porque duas desconcentrações deram ao resultado um equilibrio que a exibição do Campeão não merecia.

    Vitória importante, porque provou a melhoria física, técnica, táctica e mental da equipa. A partir de agora, com mais tranquilidade e com a confiança a aumentar, o conjunto de Vítor Pereira tem tudo para evoluir e começar a jogar o que está ao seu alcance. Mais, depois do desgaste causado por um jogo de grande exigência e daquela inacreditável viagem de regresso ao Porto que só terminou por volta das 9 horas do dia seguinte, a equipa esteve muito bem fisicamente o que confirma que mais que físico, o problema do F.C.Porto era mental.

    Continuamos em primeiros e vamos em 50 jogos para a Liga, sem perder. Se fosse em outras latitudes, a propaganda não se calaria, como é o F.C.Porto apenas merece uma ou outra nota de rodapé. Não faz mal, estamos habituados, sabemos contra quem temos de lutar, são aqueles que quando o F.C.Porto ganha a sofrer é criticado, quando o clube do regime ganha da mesma maneira, são só virtudes, é o mérito de saber sofrer.

    Deixe-mo-los pousar, vamos ver quem serão os coitados lá para Maio.

    Abraço

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  2. Mais duas notas:
    o Porto não se colou ao Benfica, mas passou pelo Benfica e retomou o 1º lugar, assim é que é.

    Também não percebi a saída do Defour, mas depois de algum tempo a apanharem o tom, Rodriguez e Souza estiveram bem e jogamos muito bem, se excluirmos aquelas desconcentrações finais e o erro grosseiro que nos tirou o 4-0.

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  3. Eu ia escrever, mas depois apareceu o post do Sr Vila Pouca e então é só para dizer que concordo com tudo.

    Acrescento apenas que é urgente o Maicon saír daquela posição. Começa a ser motivo de chacota por parte de todos os treinadores adversários, que já sabem que para marcar golos basta entrar por ali... É uma teimosia do VP que tem que parar urgentemente, porque já vem aí o Zenit... Cumps

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  4. Bom dia,

    Ontem mais uma vez os nossos atletas tiveram uma grande atitude e lutaram pela vitória que alcançaram.

    Tivemos um Hulk numa grande noite, e o nosso meio campo mais uma vez carburou.

    O bom futebol surgirá a seu tempo. Urge agora continuar a vencer, pois assim se construirá um espírito de conquista.

    O árbitro teve uma actuação desastrosa num jogo fácil de apitar.

    Fantástico mais uma vez o apoio dos adeptos à equipa.

    Boa semana

    Paulo

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  5. caríssimos,

    ganhámos mais uma batalha.
    faço votos para que esta senda de Querer Vencer perdure e consigamos quebrar mais um recorde ;)

    ps:
    @ dragão Vila Pouca

    obrigado pelo alerta. de facto, faltou parte do texto, o qual já está rectificado e a fazer todo o sentido ;)


    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)

    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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