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meu caro Helton,
esta noite, na Choupana, foste enorme!
a ti te devemos a conquista de (mais) três tão preciosos pontos para que, no final, possamos comemorar juntos na Alameda do Dragão a conquista de mais um campeonato!
mais uma vez - e porque, neste caso concreto, mais nunca será de mais - o meu sentido e sincero
muito obrigado, 'sôr' "S. Helton"! ;)
abr@ço
Miguel | Tomo II
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caríssima(o),
considero que, sobre o encontro desta noite, na pérola do Atlântico, está tudo escrito.
sem pretender trair o meu desejo de não me pronunciar de forma negativa e quiçá acintosa para com quem quer que faça parte da Equipa do clube do meu coração até ao final da presente temporada, quando o nosso guardião é o MVP em campo não são necessárias mais palavras, certo?
para finalizar e um pouco mais abaixo, recordo uma carta aberta, dirigida a quem de direito, a 28 de Maio de 2011, logo após a conquista da Liga Europa - dez dias depois da final de Dublin - e o comentário (muito) pertinente do "flama draculae", administrador (muito portista) do blogue homónimo.
beijinhos e abraços (agradecidos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
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caro Helton,
desconheço se tens conhecimento do espaço gerido por este que te escreve, mas tal não vem para o caso, agora. eis o que tenho para te dizer, de uma forma aberta e franca, sem papas na língua - como uma boa conversa entre Amigos deve ser:
ingressaste no FC Porto em finais de Janeiro de 2005, na janela de oportunidade do (dito) "mercado de Inverno", após uma polémica partida em Leiria, e numa época de má memória para nós, portistas - com três treinadores a passarem pelo Dragão - sendo o último deles um tal de José Couceiro (um dos poucos que ganhou um nr. de títulos igual ao que ele é como treinador: zero!).
daquele encontro, recordo-me que saíste inexplicavelmente ao intervalo, entrando, para o teu lugar, o francês Quievreux. pese embora o golo madrugador de Ricardo Costa (aos 17'), estavas a realizar (mais) uma exibição soberba, tendo negado dois golos feitos - um a Luís Fabiano e outro a Ricardo Quaresma. há quem ainda nos acuse de sonegação e de desvirtuação da "verdade desportiva" devida à tua substituição.
vieste para o FC Porto com a missão de seres o substituto do (até então intocável) Vítor Baía - indubitavel e indiscutivelmente, o meu ídolo para o Futebol.
conseguiste essa proeza na recta final da época 2005/2006, com Co Adriaanse, numa transição que não foi bem recebida pelos adeptos azuis-e-brancos.
nas três épocas seguintes foste o preferido de Jesualdo Ferreira, com exibições fulgurantes e outras (ainda algumas...) em que suspirei pelo mítico 99 e cheguei a apelidar-te de «hellton» e «heltone».
recordo-me particularmente do encontro referente à segunda mão dos quartos-de-final da Champions, ante o Manchester United, na época 2008/2009, em que o CR7 rematou do meio da rua e fez um golão porque tu estavas demasiado adiantado... perdemos o encontro e a possibilidade de seguirmos para as meias-finais, "dando de barato" um brilhante empate a dois golos, em pleno Teatro dos Sonhos, quinze dias antes. e que dizer daquela frangalhada monumental em Stanford Bridge?
adiante, que sempre temos o Roberto para consolação desses momentos menos bons.
mas e a bem da Verdade, tu também és capaz de enormes defesas; esta época comprovou-o. curiosamente foi aquela em que começaste a envergar a braçadeira de capitão da equipa - um posto que não está ao alcance de todos e que confere um outro estatuto, pelo seu peso "centenário" e a grandes nomes do futebol que foram capitães do FC Porto. aquele que mais me marcou foi indubitavelmente o João Pinto.
assim, peço-te desculpas por ter sido injusto para contigo e ter duvidado das tuas reais capacidades - tu que, antes de ingressares na União de Leiria, já tinhas sido campeão brasileiro pelo Vasco da Gama (2000).
reafirmo que a sucessão do meu ídolo de sempre (e para todo o Sempre) não foi pacífica, sobretudo para mim; daí as minhas "dúvidas", injustas por que tolhidas pela emoção, quiçá irracional.
também compartilho contigo que gostei muito de te ouvir (re)afirmar que «és Porto». foi um momento que me marcou, pela tua sinceridade e honestidade. aliás, deixo aqui o registo dessas tuas declarações, proferidas após o apagão da Luz:«
Nós éramos dados como segundo classificado esta época e conseguimos o título, acho que é o mais importante. Eu estou muito feliz, porque não é fácil. Estou há seis anos nesta casa e há uma diferença entre torcer pelo FC Porto e "ser Porto"; e eu sou Porto, aprendi a ser Porto!
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fonte: desporto.sapops: os negritos, itálicos e sublinhados são da minha responsabilidade.por último e para não ser (ainda mais) fastidioso, confesso que fiquei muito agrado com a notícia da tua renovação de contrato.
tal significa que (i) continuarás a ser o líder do balneário, segundo consta com uma alegria de "puto reguila"; que (ii) serás o jogador "mais velho" do plantel (por inerência, com o encargo de transmitires o teu portismo e o que significa «ser Porto» a quem chega a uma casa com muita mítica); que (iii) serás o garante dessa mesma mística, dentro e fora do balneário, e que (iv) há uma forte probabilidade de vires a terminar a tua carreira futebolística no meu clube do coração.
faço votos sinceros para que perdoes as minhas renitências iniciais. ;)
abr@ço»
Miguel | Tomo II
comentário do "flama draculae":
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caríssimo,»
uma das maiores alegrias foi o regresso do “99″ em ‘99, a tempo do penta.
costumo dizer que abandonei o futebol - era guarda redes- quando percebi que o jogador mais titulado do Mundo nunca me daria hipóteses de chegar à minha “baliza de sonho”!!
como diz Pinto da Costa, «o FC Porto não é uma dinastia»; mas, estou certo que mesmo se não for a presidente - nem estou certo que tenha perfil para tal -, Vítor Baía será fundamental no pós-Pinto da Costa para manter a senda de vitórias do nosso clube. dentro e fora de portas.
quanto ao Helton, ficou-me marcada uma simples flash-interview, no jogo em Alvalade no ano do [último] tetra. não me lembro se foi para o campeonato, se para a taça (aquele do golo do Bruno Alves de livre e da arrancada de Hulk que só acaba na baliza de Patrício) [foi a segunda hipótese]. mas foi um jogo no terrível Novembro em que perdemos com o Dínamo de Kiev em casa e penso que na Naval.
seguindo a linha de raciocínio:
nessa entrevista rápida, Helton foi do mais calmo e objectivo possível o que contrastou com a minha enorme alegria de termos dado uma sapatada na crise momentânea de resultados.
Helton o grande capitão; para sempre Vítor Baía.
beijinhos e abraços (muito gratos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Atendendo à perda de pontos e pior, abalo na confiança após o empate frente à Académica; junto com algumas baixas importantes, Hulk e Fernando; mais as dificuldades que o Nacional normalmente cria ao F.C.Porto, era um jogo de risco. Conseguimos ganhar e isso é que foi importante, mesmo que a exibição tivesse deixado muito a desejar, principalmente na 2ª parte, mesmo que tivessemos sofrido muito.
ResponderEliminarAbraço
Foi uma exibição descolorida, apagada, desconexa, desorganizada, trapalhona, enfim, impregnada de todos os defeitos que vem sendo a imagem de marca desta época. Uma vitória lisonjeira que vai garantindo a liderança, mas que esteve a milhas de convencer.
ResponderEliminarEsta equipa portista joga cada vez menos e começa a ser penoso ver jogadores de tão grande qualidade com comportamentos tão vulgares.
Tivemos a estrelinha dos campeões e Helton em grande. A sorte não dura para sempre. As nuvens negras da desgraça pairam cada vez com mais intensidade. Adivinha-se a derrocada a todo o momento, nos jogos complicados que ainda faltam.
Um abraço
Bom dia,
ResponderEliminarDepois de uma primeira parte mais consistente mas sem brilho, chegamos à vantagem e poderíamos mesmo ter matado o jogo por intermédio de Rolando e Rodriguez que foi egoísta e não assistiu Janko isolado.
Na segunda parte, o Nacional criou-nos imensas dificuldades, aproveitando a velocidade de Mateus e Candeias. Helton o homem do jogo negou o empate aos da casa.
Acabamos por matar o jogo numa fase em que o Nacional se tinha mandado para a frente em busca do empate.
Era escusado tanto sofrimento, mas face à ausência de Fernando e Hulk, o que importava era a vitória.
Agora vem aí a taça da liga, e espera-se que a equipa melhore até lá do ponto de vista anímico.
Abraço e bom fim de semana
Paulo
Boas,
ResponderEliminarFoi uma vitória sofrida, mas foi uma vitória, o FC Porto soma mais três pontos e aconteça o que acontecer é líder. Que dizer do jogo? Não foi mau mas podia
ter sido muito melhor. O Nacional deu luta o que tornou as coisas mais complicadas. Eu não esperava um jogo fácil, porque na Choupana os jogos raramente,
muito raramente, são fáceis e este não seria excepção. O FC Porto sofreu mas soube sofrer, para ganhar os jogos também é preciso saber sofrer. Na minha
opinião, a primeira parte foi um pouco melhor que a segunda, pelo menos foi menos sofrida. Grande Helton, mais uma vez foi grande a salvar … E quanta falta
faz o Fernando … espero que no próximo jogo já esteja disponível. Se me permitem, deixo aqui umas linhas da crónica do jogo do site do FC Porto, reflecte
exactamente o que eu penso. “No Sítio da Choupana, localidade onde se encontra o estádio do Nacional e onde por vezes o nevoeiro é de cortar à faca, muitas
equipas poderosas caem. Esta sexta-feira, o FC Porto teve de sofrer para bater os madeirenses, por 2-0, com golos de Janko e Alex Sandro, ao cair do pano.
Numa partida em que os Dragões apelaram mais à alma do que à técnica, garantiu-se o mais importante: os três pontos e a liderança da Liga. Alguém esperaria
vencer na Madeira sem sofrimento? A luta pelo título continua em Paços de Ferreira (domingo, 25/03, 20h15), na Mata Real, outro terreno complicado. Provavelmente,
será novamente necessário um jogo de esforço e períodos de menor beleza estética. Porém, o que mais interessa é chegar ao fim na frente: esta missão está
cumprida, venha a próxima. Faltam sete "finais".” Nem mais…
Força FC Porto!
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
caríssima Ana, caríssimos:
ResponderEliminarmuito obrigado! pelas vossas palavras e pelos vossos comentários.
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II