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caríssima(o),
sucintamente e no dia em que parabenizei a prima Vera, o Paradoxo da Acção Colectiva, desenvolvido pelo cientista social americano Mancur Olson, pressupõe que:
(1) mesmo que todos os indivíduos de um determinado grupo sejam racionais e estejam concentrados nos seus próprios interesses e
(2) mesmo que todos saiam a ganhar se agirem em grupo - atingindo, dessa forma, um objectivo que é comum -, ainda assim eles não vão agir voluntariamente para promover esse interesse comum e grupal. o exemplo paradoxal é a reivindicação incondicional à realização de uma greve geral e a sua inacção no momento de a concretizar.
(1) mesmo que todos os indivíduos de um determinado grupo sejam racionais e estejam concentrados nos seus próprios interesses e
(2) mesmo que todos saiam a ganhar se agirem em grupo - atingindo, dessa forma, um objectivo que é comum -, ainda assim eles não vão agir voluntariamente para promover esse interesse comum e grupal. o exemplo paradoxal é a reivindicação incondicional à realização de uma greve geral e a sua inacção no momento de a concretizar.
em suma:
para uma larga maioria, o mais inteligente é não fazer greve, e sim fazer com que os outros a façam por si - o que (paradoxalmente) significa que, se cada um dos indivíduos daquele determinado grupo tomar como válida e aplicar esta decisão racional, não há greve.
para uma larga maioria, o mais inteligente é não fazer greve, e sim fazer com que os outros a façam por si - o que (paradoxalmente) significa que, se cada um dos indivíduos daquele determinado grupo tomar como válida e aplicar esta decisão racional, não há greve.
é para (também) combater esta inércia que hoje, dia 22 de Março de 2012 e pela primeira vez na minha vida activa, eu também faço greve!
regressarei amanhã para colocar em dia a actualidade deste nosso cantinho cibernáutico. :)
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Caríssimo, pensei primeiro em fazer um post um pouco agressivo, dado que a greve no Porto me impediu de estar presente a tempo num evento importante para a minha formação. De qualquer forma, e sendo então o mais brando possível deixo aqui os meus dois cêntimos para a polémica: primeiro, quem faz greve é proactivo, mas quem vai trabalhar também é, meu amigo. Informo que no dia da greve, eu já bulia desde as 9h em Coimbra, já tinha deixado o Jzinho no infantário na Figueira às 8h15 e viajado para o Porto às 14h para uma aula. Entretanto, os grevistas presentes na Praça dos Leões aglomeravam-se lentamente para ouvir o seu líder sindical às 15h. Enquanto o dito cujo não chegava, circulavam lentamente com suas bandeiras no meio da rua e bebiam bjecas no piolho à espera do seu líder sindical, que haveria de chegar montado num autocarro de dois andares. Agora explica-me como se eu tivesse 4 anos, quem é que tem inércia e quem é proactivo? Tu, pelos vistos, sempre trabalhaste e agora decidiste marcar uma posição fazendo greve. Mas não penso que isso seja motivo para decidires AGORA acusar os que trabalham de inércia porque não vão para a rua... Desculpa lá, mas esta é a minha opinião e de mais algumas pessoas que demoraram uma hora do Campo Alegre aos Leões. DASSSS.
ResponderEliminar@ João
ResponderEliminarobviamente que (in)tentei marcar uma posição - quanto mais não fosse, no meu local de trabalho, onde não contaram que fizesse greve e continuasse a ser um bom samaritano.
curiosamente (ou talvez não), o que se passou no dia a seguir foi que tive trabalho a dobrar...
voltando à "batata frita".
não pretendi, com este post, insultar quem quer que fosse, apelidando quem quer que seja de inerte. conheces-me o suficiente para saber que abomino todo o tipo de insultos e de calúnias.
apenas reproduzi um paradoxo em que acredito e lido diariamente, porque trabalho para a Função Pública (e sem o ser, i.e., funcionário público):
todos esperam que o Outro faça por eles o que mais secreta e intimamente desejam, inclusive o "fazer greve".
contudo e alertado por ti, ao (re)ler o meu escrito, deparo-me que a sua interpretação pode ser dúbia, principalmente para quem trabalha por conta própria (o teu caso) ou para outrém (mormente no sector privado).
mesmo assim, mantenho as minhas palavras, pela "portugalidade" inerente às mesmas e fortemente evidenciada no teu comentário, o qual registei com agrado - quanto mais não seja pela diferença sã que nos separa (que não só a Amizade e a distância física) ;)
termino informando a saciedade que (i) não "fui para a rua", (ii) faltei ao emprego, (iii) passei o dia junto de quem mais amo e (iv) que teria "ido" para a rua se o sindicato para o qual desconto dez por cento do meu salário todos os meses (para obter a devida formação que não me dão e/ou obstaculizam a que a receba, mesmo em horário pós-laboral, num organismo público) me garantisse monetariamente a falta pelo qual serei penalizado no meu vencimento de Abril.
abr@ço
Miguel
a propósito das incidências com a (abjecta) força policial e a sua carga despropositada sobre os manifestantes, recomendo a visualização deste vídeo bastante elucidativo.
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