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atirei o pau ao gato-to do 5lb
«contra o 5lb não! contra o clubismo exacerbado!».
é desta forma que Eduardo Mascarenhas justifica, em declarações ao Relvado, porque se queixou da versão infantil "atirei o pau ao gato", com o final «vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o 5lb». Eduardo Mascarenhas, o pai (portista), provocou a polémica depois de denunciar e de contestar o facto de a cantilena ser cantada no jardim de infância de Santo Isidoro da Ericiera que a sua filha frequenta(va), em Mafra.
«se não batessem na minha filha, não me chateava tanto», ressalva, denotando que tinha conhecimento da situação desde o início do ano lectivo, mas realçando que só agiu depois de a mulher ter reparado que «o caso começou a criar conflitos na sala de aula».
Eduardo Mascarenhas revela ao Relvado que «'aquilo' começou a trazer problemas» e justifica assim que tudo isto se transformou numa "causa" pedagógica, garantindo que não está particularmente interessado na questão clubística.
é certo que a sua revolta de pai trouxe o assunto para o domínio da eterna batalha entre FC Porto e 5lb e este terapeuta confessa ao Relvado que ouviu dos outros pais, maioritariamente benfiquistas, gritos de «vai para o Porto! isto aqui é Lisboa!».
«Fui hooliganizado!»o caso passou-se no Jardim de Infância de Santo Isidoro da Ericeira e Eduardo Mascarenhas conta ao Relvado que foi "hooliganizado" no âmbito de uma reunião onde pensou que o caso fosse amenizado, depois de ter falado com os responsáveis do Agrupamento de Escolas da Ericeira [AEE].
«tive os pais aos berros e a quererem empurrar-me e a forçarem-me para ver se eu entrava em reacção física, para depois chegar a polícia para dizerem que eu estava maluco», relata, constatando que chamaram mesmo a GNR ao local.
Estes encarregados de educação alhearam-se do papel de pais e passaram para o campo do adepto, nota, referindo-se aos «pais feitos claques». «é um hábito de tal forma entranhado, que acharam um absurdo vir eu pedir para mudar aquilo», desabafa, atestando que «é quase como que uma lei» e relatando que os miúdos «cantam duas, três vezes por dia» a canção numa «prática diária».
«as crianças aos três anos não percebem, mas aos 4 já percebem, e ficam lá até aos 5, 6 anos», aponta. «como é que é possível estar-se a cantar isto em todo o distrito de Lisboa?», questiona ainda, apontando para aquilo que será uma prática generalizada e perguntando se um comportamento exibido na sala de aula, «por uma educadora, durante anos consecutivos, não tem impacto na relação das crianças entre si e na relação da criança com a vida?».
contactado pelo Relvado, o presidente do Conselho Executivo da Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEE, Rui Duarte, constata que «estão a decorrer reuniões para apurar factos. Brevemente haverá um esclarecimento sobre o caso. estamos a tentar resolver as coisas em prol das crianças», diz.
o Relvado tentou também falar com o director do Conselho Pedagógico do AEE, Alfredo Carvalho, mas até ao momento não foi possível.
«Estás a puxar pelo 5lb?!»
Eduardo Mascarenhas conta ainda, ao Relvado, que, aquando do 5lb-Zenit, para a Liga dos Campeões, e enquanto torcia pelos encOrnados - «como faço com todas as equipas portuguesas», sublinha -, a filha lhe fez a seguinte pergunta:
ó pai, mas então o 5lb não é contra o FC Porto?!
estás a puxar pelo 5lb?!
este pai lamenta que «o exemplo que dá em casa não tenha seguimento na Escola» e sustenta que estas crianças «não retiram da escola nenhum sentido de identidade nacional, de país, de Portugal, mas retiram de clubes de futebol».
o terapeuta assegura também que o presidente do Agrupamento de Escolas da Ericeira lhe confidenciou que «por acaso é benfiquista [e que] não vê muito mal no caso...».
«aqueles que defendem isto são benfiquistas», não duvida este adepto do FC Porto - «nem sou sócio!», garante, reparando que «o grande problema é que são tantos, e estão em tantos níveis de ensino, que chega a ser perverso».
Foi contactado pelo FC Porto
o FC Porto - que já tomou posição pública sobre o assunto, referindo-se aos «fascistas do Gosto» e aos «'ayatollahs' das suas próprias preferências» -, contactou Eduardo Mascarenhas antes de divulgar esse comunicado, para confirmar a história. E ele só estranha que mais clubes não se tenham manifestado, considerando que estão em causa também «interesses em termos de marcas, de marketing e de mercado».
enquanto espera os trâmites legais no seguimento das queixas que apresentou no AEE, na Inspeção Geral de Educação e no Ministério da Educação, Eduardo Mascarenhas repara que a filha não voltará à escola: «não vou entregar a minha filha a esta educadora; nem pensar!», diz, lamentando que esta contou aos miúdos, na passada segunda-feira, 19 de Março (por ironia, Dia do Pai), que não podiam cantar o "atirei o pau gato" por causa dele [Eduardo Mascarenhas], que era «mau»...
como ponto final para este caso, Eduardo Mascarenhas frisa, ao Relvado, que só vai «descansar se houver uma inspeção geral a todo o agrupamento e puser isto tudo limpo. tentei tudo e mais alguma coisa até chegar à queixa e isso só aconteceu porque os responsáveis não quiseram resolver, quiseram impor uma coisa que é absurda», constata, concluindo que «ignoraram a Criança e os seus direitos!».
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fonte: portista a cem por cento
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade
Boas,
ResponderEliminarCaro Miguel,
O seu a seu dono … Você tem na fonte Portista a cem por cento, mas não fui eu quem publicou essa reportagem.
Sobre este assunto, estou de acordo com a luta desse pai! À que educar as crianças sobre tudo no que diz respeito à liberdade de escolha!
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
@ Ana
ResponderEliminarcaríssima,
eu sei que não foi a Ana que publicou a reportagem; mas foi no "portista a cem por cento" que tive acesso à dita, daí a referência da fonte ao seu blogue ;)
cumprimentos
Miguel | Tomo II