da nortada sobre o clássico e de uma azia completa

© Henrique Monteiro

caríssima(o),

estou indisposto com tudo "isto", e não me refiro (só) ao sucedido com o pedido formal e público de desculpas ao caríssimo dragão Vila Pouca - a primazia do dia de hoje neste espaço de discussão nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®.

em concreto, refiro-me a esse escândalo comunicacional, generalizado nos nossos "me(r)dia"®, a propósito do (pretenso) roubo de igreja que terá acontecido para as «gloriosas» hostes da agremiação de Carnide.
não me irei alongar sobre tal assunto, pois recomendo a visualização atenta de um vídeo publicado no youtubiu.com® (e dos recomendados na sua descrição), onde (facilmente) se constatará quem tem mais razões de queixa sobre a arbitragem de Pedro Proença (lampião confesso) - no que apelido ser um verdadeiro «roubo de Catedral», para utilizar uma actualização da expressão cara ao nosso grande (e saudoso) "Zé do Boné".
mas que todo este ruído - sobre a efectiva obtenção de um golo em fora-de-jogo, que não foi assim tão evidente em jogo corrido (a não ser para o Jorge "Jebus") ao mesmo tempo que se sonega o facto daquele mesmo árbitro estar de frente para um lance passível da marcação de uma grande penalidade indiscutível, mas ocorrido na grande área lampiónica -, (no mínimo) irrita, lá disso não tenho a menor dúvida. e basta recuar um pouco no tempo para se perceber como ainda há dicotomias difíceis de se eliminar na (abjecta) Comunicação Social lusa:

© abola

que seria da agremiação de Carnide sem a força da comunicação do pasquim da Travessa da Queimada - o seu órgão de informação (mais do que) oficioso?
não sei responder; mas certamente que a sua "força" não seria assim tão «gloriosa». e que seis milhões de «gloriosos» adeptos - alguns deles ilegais - não desculpariam verdadeiros falhanços desportivos, obtidos dentro das quatro linhas, com (alguns) argumentos estafados, utilizados na redacção do pasquim em causa.

um pouco mais abaixo, abordaremos esses mesmos argumentos, assim como daremos "voz" ao contraditório azul-e-branco na mesma (afinação da garganta para momento sublime) publicação periódica. ;)


beijinhos e abraços (irritados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

© google | Miguel Lima (Tomo II)

tudo começou na Quinta-feira, com as abjectas declarações de Jorge "Jebus", reproduzidas na edição de Sexta-feira do órgão de comunicação (mais do que) oficioso da «gloriosa» agremiação de Carnide, ao afirmar (entre outras alarvidades) que as derrotas da última época não o «afecta[va]m», que não «acarditava em fantasmas» e (espanto!) que «o Lucho, do ponto de vista técnico e táctico, não melhorou muito a equipa do FC Porto».

depois e naquela mesma edição, o "festival" (carnaval?) continuou com o editorial "o jogo do título, esta noite, na Luz" (da autoria de José Manuel Delgado); com a antevisão do clássico, pela pena de Rogério Azevedo e José Manuel Freitas, com títulos como "Cardozo e Hulk: não tenham pena de Helton ou de Artur, por favor!" ou ainda "Cristián Cebola Rodríguez: o 'vira-casacas'"; e finalizando "em beleza" com o nojento artigo de opinião de Sílvio Cervan, do qual só se lhe aproveita o título (pela verdade em si inerente) "a época em jogo".
e atenção que não me referi à ironia patente na prosa de Pedro Cadima que, a propósito do quotidiano azul-e-branco e da chegada da comitiva portista à Capital do Império, aborda questões supersticiosas e afins...

© fotos da curva

é claro que, com as incidências da partida e (sobretudo) pelo seu resultado final, aquele "carnaval" teve outro impacto (inclusive mediático).
desde a crónica do jogo, escrita por Fernando Guerra (!!!); à intimidação de Rogério Azevedo ao (então) actual terceiro classificado no campeonato, tratando-o por «Braguinha»; ao editorial de José Manuel Delgado "e o 5lb ficou fora de jogo..." (outro?! dois de seguida?!); às patéticas declarações pós-jogo de Jorge "Jebus", (in)tentando sacudir do capote a pressão que queria que tivesse existido no seu opositor; às risíveis afirmações do caceteiro-mor que grassa pelo Estádio da Lucy; ao silêncio ensurdecedor de Vítor Serpa, na sua coluna de opinião habitual PORQUE HOJE É SÁBADO, preferindo abordar «detalhes» do clássico, como se este tivesse sido uma mera questão lateral de véspera; culminando nas inqualificáveis declarações do Orelhas, tudo serviu para desculpabilizar o inevitável: o 5lb perdeu (e bem!) (i) oito pontos nos três últimos jogos que realizou para o campeonato, (ii) a liderança incontestada para a maioria da Comunicação Social lusa, (iii) aquele elan que esta última (in)tentava catapultar para que fosse campeão nacional.

e se houve erros de arbitragem (para ambos os lados e com um certo prejuízo para o lado mais azul, em meu entender), também houve futebol. e basta consultar as estatísticas do encontro para o confirmar. é claro (e mais do que óbvio, pela sua evidência) que as notas atribuídas aos caceteiros da agremiação de Carnide são díspares se comparáveis com as classificações que os jogadores do FC Porto obtiveram; aliás, quase que se pode afirmar (peremptoriamente) que os "jornalistas" do pasquim em causa assistiram a um outro encontro que não o que real e efectivamente aconteceu no nosso actual salão de festas.

este festim continuou com a edição do pasquim da Travessa da Queimada de hoje, Terça-feira (06 de Março). houve de tudo um pouco e para todos os gostos.
principio o resumo pela lampiónica defesa dos casos de arbitragem, a cargo do "ceguinho" Cruz dos Santos, em "5lb com razão"; na mesma página, com a indesmentível e indisfarçável azia de Fernando Guerra no escrito"Jesus: o costume"; prossigo com o editorial de Vítor Serpa "fundamental querer ganhar", numa tentativa (vã) de lamber as feridas e igualmente com o lampiónico socorro de Duarte Gomes a Pedro Proença; e finalizo com as tristes (e sempre fanfarrónicas) declarações de Jorge "Jebus", afirmando (alto e bom som) «não temo qualquer castigo da FPF».

© maisfutebol

a toda esta maré encOrnada, a postura do FC Porto foi irrepreensível e desde o seu início, com uma clara opção por não retaliar às (mais do que evidentes) provocações.
eis os exemplos:

1) as declarações de Vítor Pereira na conferência de imprensa antes da partida;

2) as declarações de Vítor Pereira na conferência de imprensa depois do jogo;

3) as declarações do nosso grande presidente conquistada mais uma vitória em casa do eterno rival e com especial destaque para o que profere sobre o jogador MVP do clássico;

4) as declarações de Hulk, pós-jogo e depois de mais um incrível contributo para tão saborosa vitória;

5) a entrevista de Cláudio Ibrahim Vaz Leal, antes da partida, a relembrar memórias que perdurarão para sempre entre nós, indefectíveis portistas;

6) a lisura e a correcção de Rui Moreira em "quatro pontos em jogo";

7) a serenidade de Paulo Teixeira Pinto em "entre o desejo e a realidade" e, no dia seguinte, em "e agora?";

8) a NORTADA arrasadora "e daqui a uns dias estamos de volta!";

9) as (sentidas) declarações de Hulk à revista FUT!, pelo seu reconhecimento público por tudo o que o clube tem feito pela sua promoção;

10) a humildade do angolano Djalma, tão (ferozmente) criticado neste espaço por este que vos escreve.

mas, caríssima(o), a prosa que melhor resume tudo o que até então se disse e escreveu sobre o clássico da passada Sexta-feira, pertence a António Simões, em "fantasma, ou não".
é tão-somente (mais) um escrito que perdurará nos anais do que melhor resume o sentimento de um dragão - que desconheço que o seja, mas que que o retrata fielmente disso não tenho a menor dúvida!

para finalizar este extenso post (mais um...) e num registo completamente diferente, também recomendo a leitura (a) do artigo de Luís Freitas Lobo "selecções, luzes e sombras",  (b) a notícia da falência do Servette (cujo "dono" é o mesmo do Beira-Mar), (c) o artigo de opinião de Manuel Martins de Sá "a conjura" e (d) a (tão esperada) notícia do que poderá estar por detrás do despedimento de André £ibras-Boas.

beijinhos e abraços (extenuados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)