quinta-feira, 28 de novembro de 2013

do se «varelar o jogo»... [actualizado]




caríssima(o),

todas(os) nós sabemos, por experiência própria, que as reuniões de trabalho são uma tremenda seca, para lá da sua (in)discutível utilidade e produtividade. fazem-me recordar aquelas aulas de disciplinas normalmente ministradas por um professor chato como o car@...ças, com um tom de voz monocórdico, com matérias que não interessam nem ao Menino Jesus (sendo que esta não é uma referência àquele que se ajoelhou em pleno Estádio do Dragão). ou aqueles sermões dos meus pais, em que, a menos que houvesse uma valente "lagosta" pelo meio, as palavras saíam mais rápido do que um sprint do Silvestre. de quem?! sim!, do Silvestre que o Varela há muito que apresenta intermitências e/ou anda arredado do/no reino do Dragão...

vem este ligeiríssimo intróito para manifestar o meu mais profundo desagrado com o que deveria ser uma excepção e, pelos vistos, está a ser a regra: as palestras do actual treinador do FC Porto para o grupo de trabalho sempre após resultados diferentes da vitória, sobretudo a sua "componente" pública (e mesmo que tal não se tenha verificado ontem; mas que a génese está lá, disso não há dúvida).
temo que esta frequência palestrante acentue um pouco mais um «certo e determinado» clima de crispação que se (pres)sente no grupo de trabalho, da equipa principal de futebol profissional do nosso clube do coração. a razão principal para esta minha observação prende-se com o lastimar a sua visibilidade exterior quando as mesmas, a haver necessidade da sua ocorrência, deveriam acontecer na "santidade" do balneário. e que se deveria preservar o seu secretismo, i.e., que se poderiam envidar todos os esforços, ao seu máximo, que "transpirassem" para a opinião pública - que mais não é do que a abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacionale sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto.
mas esta é só a minha opinião; certamente que haverá outras.

já agora e porque corre rápido (demasiado rápido até) o rumor do seu possível regresso, desde já exprimo o meu mais veemente repúdio a acontecer tal concretização.
sim!, que a minha memória não é curta e que, por mais indícios que sustentem que "afinal, vai-se a ver" não terão sido as £ibras boas a pesar na sua decisão, tenho para mim que não deveria ter abandonado o "barco" a uma semana do início oficial de uma nova época. mas ele fê-lo conscientemente pelo que, por muito grato que esteja pela fantástica época de sonho, p*tinha que o pariu. é que as turbulências na "tripulação" e as suas causas ainda se fazem sentir desde Agosto de 2011...


para finalizar e por muito que as suas opiniões sejam muito discutíveis (que o são, como todas as opiniões, mormente as de índole técnico-táctica), não posso deixar de destacar a seguinte passagem da última NORTADA, do nosso enfant terrible, Miguel Sousa Tavares, sob o título "'CR triste'® visto do Brasil":

© pasquim da Travessa da Queimada
(clicar na imagem para ampliar)


a todos os títulos, delicioso.
«varelar o jogo»... muito bom este neodragologismo, não é Jorge? :D


post scriptum pertinente:


alertado pela "posta de pescada do caríssimo Vila Pouca, confesso que também eu, mesmo em espírito de «tragédia» estou muito «orgulhoso» com o "feito".
ao que me refiro? basta conferir nas (ilucidativas) imagens que se seguem:

© Miguel Lima (Tomo II) 
(clicar na imagem para ampliar)


(clicar na imagem para ampliar)


(clicar na imagem para ampliar)




«este é o nosso destino»:  
«a vencer desde 1893»! | winning since 1893!


beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)



5 comentários:

  1. Parabéns pelo blogue, um dos que sigo com mais regularidade na bluegosfera. Não comentando a proverbial ignorância (futebolística, claro) do fazedor de opinião Tavares, gostaria de dizer que não entro em "coros trágicos" que qualificam um jogador de bestial a besta em menos de um instante. Isto vem a propósito de alguma crítica que se produz sobre o Varela.
    Trata-se do único extremo de raiz que actua com regularidade na equipa principal. Além desse pormenor - que per si não faria com que fosse mais ou menos prescindível do que o restante plantel - o rapaz da Caparica é a única alminha que estica o jogo da equipa, que lhe dá profundidade, que inventa espaço, que explode no "um para um", que cruza de pé direito e esquerdo com o mesmo à vontade, que remata com espontaneidade (e acerta na baliza, imagine-se!!!)...no fundo, ele tem "características" (como agora se diz) que mais ninguém tem no plantel - a única excepção será Quintero, mas não é extremo puro. Então o que raio é "varelar" o jogo? Será, como aconteceu contra essa potência europeia chamada Austria, ser o "menos mau", o mais inconformado, o mais talentoso em campo? Se assim é, que "Varelem" muito mais o jogo e (Deus nos oiça) que "Quaresmem" rapidamente. Estou farto de ver uma equipa “Licar”, “Defourar” e “Josuar” por todo o lado…

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  2. @ Nelson

    muito obrigado! pela visita e pelas gentis palavras!
    sabe sempre bem um elogio :D

    o Miguel Sousa Tavares não é ignorante; tem é uma opinião diferente da esmagadora maioria dos demais portistas :D

    i)
    sobre o Varela:

    concordo com a sua (tua? :D) explanação - a qual não se aplica quando é o Silvestre que actua com a camisola do primeiro, não sei se me faço entender. caso paradigmático foi o encontro ante o Nacional, pois que foi a antítese do que aconteceu contra o Áustria: se fosse eu, no encontro para o Campeonato, teria saído ao final de vinte minutos de jogo e teria colocado o Quintero. então aquele remate que saiu pela linha lateral... ridículo... mas só falha quem lá está certo? e se tivesse ido à baliza, teria criado perigo.
    em suma: o Varela tem dias em que resolve ser o Silvestre e eu não gosto tanto do segundo como elogio o primeiro.

    ii)
    sobre «
    varelar o jogo»:
    penso que o Miguel Sousa Tavares refere-se precisamente ao que aconteceu ante o Nacional: bloquear o seu ritmo natural até aos limites da paciência dos adeptos, criando níveis de ansiedade tais que, mais tarde ou mais cedo, o golo adversário torna-se uma realidade.
    contra o Áustria, sobretudo na primeira parte, o que aconteceu foi algo diferente: a bola "queimava" nos pés de quase todos os jogadores, excepto do Varela. e isso é a antítese de «varelar» o jogo.

    por fim, eu estou mais farto de ver a equipa "herrar"® * o jogo
    * olha outro neodragologismo :D


    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  3. "Cruza de pé direito e esquerdo com igual à vontade"? Concordo, cruza igualmente mal seja com que pé for.

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  4. Miguel,

    Obrigado pela resposta e...tratamento na segunda pessoa, sempre :D Percebo o quadro de bipolaridade que diagnosticas ao nosso Varela e acho que estamos de acordo relativamente a isso. Não é o mais regular e consistente que pisou o relvado do Dragão, sem sombra de dúvida. O meu ponto é este: que outro jogador neste Porto, que não Varela, é capaz de dar a volta a um jogo, criar um desequilíbrio, inventar um espaço?! Francamente, não vejo nenhum (há um endeusado no Museu e encostado na equipa B e há o Quintero…que só serve para uns minutos de quando em vez) e essa é a minha grande preocupação…

    Quanto ao Augusto, nada a dizer. Temos opiniões diferentes.

    Saudações tripeiras

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  5. @ Nelson

    antes de tudo, desculpa-me a demora nesta resposta. os tempos são complicados e o dito cujo escasso para tudo o que pretendo abarcar...

    « que outro jogador neste FC Porto, que não Varela, é capaz de dar a volta a um jogo, criar um desequilíbrio, inventar um espaço? »

    bem... e para lá do Quintero (como também referes), assim de repente, há o... coiso. e o... fulano. e o... beltrano, da equipa B. e penso que é só :D

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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