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caríssima(o),
bem sei que muito provavelmente estou tão atrasado nesta temática como aquele metro que se quer que apareça, no imediato, em hora de ponta, em dia de greve geral, e ele teima em não aparecer. se calhar, estou ainda mais atrasado...
de facto, já muito foi escrito, minuciosamente examinado, profissionalmente dissecado, atenta e pormenorizadamente ponderado, na quase totalidade dos meus locais de referência nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®.
com a consciência plena do que tal delonga poderá acarretar (mormente ao nível de posteriores críticas), e de que é bem mais fácil tecer considerandos com a época em curso - nesse estilo tão lusitano de acertar nos resultados do totobola à Segunda-feira, findas que estão todas as partidas... -, mesmo assim, resolvi "arriscar" em publicar esta minha produção intelectual (quase, quase minuciosa) ao actual plantel do FC Porto - mas de uma forma geral, sem particularizar cada uma das partes em que este se divide.
esta necessidade surgiu depois de ter sido confrontado com o "banco", da nossa equipa do coração, que esteve presente no Estádio Petrovsky, em tão importante partida para a fase de grupos da actual edição da Champions.
para quem já não se recorda, e tendo por fonte o que foi indicado no site da UEFA, estes foram os jogadores suplentes para o encontro em causa:
Fabiano (guarda-redes); Maicon e Diego Reyes (defesas centrais); Mikel (médio defensivo); Licá, Ricardo e Ghilas (avançados)
considero que muito do que aconteceu em S. Petersburgo e para lá dos erros individuais que nos custaram o empate final, também passou pelo facto de não termos tido um "banco" à altura da responsabilidade e da importância do desafio em questão.
por exemplo, as substituições (para mim, tardias) de Josué e de Lucho, só se justificam terem sido retardas até ao máximo do limite permitido, i.e., das forças físicas «de ambos os dois» porque só tínhamos o Mikel como centro-campista pronto a entrar para qualquer eventualidade - e sem desprimor para o puto, mas com todas as contingências, limitações e riscos inerentes a apostar na entrada de um jogador inexperiente, sem rotina de jogo na equipa principal e logo num desafio da Champions (!!!)...
também, perante esta realidade se justificam as seguintes declarações de "Preocupações Fonseca":
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«partantos», eis o nosso conjunto real de heróis, que não é fantasia e/ou ficção, mas "tipo" pobreza franciscana:
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é por demais eBidente (pelo menos para mim, e não sou um qualquer "iluminado zé-dos-anzóis", armado em "zé-de-sousa"), que:
até esse dia chegar, "s. Helton" continuará dono e senhor, "dificultando" a vida a Fabiano e Bolat (que já demonstraram terem Qualidade); Kadu, pese embora a margem de progressão, ainda é algo "verde".
já no miolo central da defesa e "descontando" os recentes erros infantis (vulgo "bloqueios mentais") da dupla titular Otamendi e Mangala, quer-me parecer que a garantia de solidez defensiva (!) resume-se a Maicon; Diego Reyes ainda necessita de "ganhar músculo" e sobretudo perceber a matreirice do comezinho futebol luso, na equipa B.
ontem ficou evidente que, com Izmaylov em (espero) licença sem vencimento ad aeternum (?), Quintero lesionado e o se ter abdicado de Carlos Eduardo, para a Champions a única alternativa credível para o meio-campo é Herrera - que entretanto, estava castigado. acho manifestamente pouco, como se comprovou.
e como será quando o Fernando já não estiver entre nós? (sim!, que eu não acredito que permaneça de azul-e-branco vestido, no limite máximo, na próxima época, tantas foram as vezes que manifestou interesse em jogar num «campeonato mais competitivo e com mais visibilidade» para a canarinha).
para consumo interno, há sempre a possibilidade de se recorrer à equipa B, pois que Castro e Tiago Rodrigues - jovens com Qualidade comprovada e que serão garante do nosso Futuro, estou em crer -, rumaram (provisoriamente) a outras paragens.
quem sabe se, um dia, Paulo Fonseca não recorrerá a uma alternativa que existe dentro do grupo de trabalho que lidera e que eu gostava de ver experimentada: a aposta em Danilo como falso ala (vulgo posição "8"), com Ricardo a desempenhar a função (igualmente) simulada de lateral direito. sempre daria alguns minutinhos de descanso ao nosso "comandante".
entretanto e como referido anteriormente, "diz-se", nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, que não temos alas em número suficiente. realmente, para lá de Varela - o patinho feio que não é exclusivo do nosso enfant terrible, Miguel Sousa Tavares -, Licá e Ricardo têm sido os "abonos" da nossa família (mais o primeiro do que o segundo, e com aquele em acentuada quebra física).
sobra (ou será mais: "falta"?) Kelvin, que tem sido (literalmente) mais visto no seu espaço próprio no nosso Museu, do que na equipa principal.
a transição para o período "pós-Moutinho" está a ser trilhada com dificuldade - sobretudo de um grupo de trabalho em que a média de idades é de quase vinte e quatro anos.
penso que "Preocupações Fonseca" estava "avisado" de tal, quando rubricou o contrato.
considero que há opções válidas no plantel (e igualmente na equipa B) para "atenuar" aquela transição.
haja Tempo em dar a devida experiência às (literalmente) jovens soluções apontadas, e também a necessária Paciência (mormente da nossa indefectível massa adepta) para as ver crescer.
i)
a transição na baliza dependerá da chegada de um novo "Adriaanse".até esse dia chegar, "s. Helton" continuará dono e senhor, "dificultando" a vida a Fabiano e Bolat (que já demonstraram terem Qualidade); Kadu, pese embora a margem de progressão, ainda é algo "verde".
ii)
com Fucile riscado daquela lista, as alternativas a Danilo e Alex Sandro resumem-se aos laterais da equipa B, e às "adaptações" Maicon e Mangala, a um posto que requer mais acutilância do que só defender as incursões dos alas adversários. esperemos que os brasileiros permaneçam de boa saúde até ao final da presente temporada, então.já no miolo central da defesa e "descontando" os recentes erros infantis (vulgo "bloqueios mentais") da dupla titular Otamendi e Mangala, quer-me parecer que a garantia de solidez defensiva (!) resume-se a Maicon; Diego Reyes ainda necessita de "ganhar músculo" e sobretudo perceber a matreirice do comezinho futebol luso, na equipa B.
iii)
chegamos ao ponto nevrálgico de qualquer plantel, «penso eu de que».ontem ficou evidente que, com Izmaylov em (espero) licença sem vencimento ad aeternum (?), Quintero lesionado e o se ter abdicado de Carlos Eduardo, para a Champions a única alternativa credível para o meio-campo é Herrera - que entretanto, estava castigado. acho manifestamente pouco, como se comprovou.
e como será quando o Fernando já não estiver entre nós? (sim!, que eu não acredito que permaneça de azul-e-branco vestido, no limite máximo, na próxima época, tantas foram as vezes que manifestou interesse em jogar num «campeonato mais competitivo e com mais visibilidade» para a canarinha).
para consumo interno, há sempre a possibilidade de se recorrer à equipa B, pois que Castro e Tiago Rodrigues - jovens com Qualidade comprovada e que serão garante do nosso Futuro, estou em crer -, rumaram (provisoriamente) a outras paragens.
quem sabe se, um dia, Paulo Fonseca não recorrerá a uma alternativa que existe dentro do grupo de trabalho que lidera e que eu gostava de ver experimentada: a aposta em Danilo como falso ala (vulgo posição "8"), com Ricardo a desempenhar a função (igualmente) simulada de lateral direito. sempre daria alguns minutinhos de descanso ao nosso "comandante".
iv)
ponto prévio: Jackson é um grande ponta-de-lança mas, para lá da redondinha não lhe chegar em Qualidade e em Quantidade como na época transacta, considero que a sua cabeça não está cá; está, junto com o seu espírito e a vontade do seu empresário, no desalento por não ter rumado a outras paragens. para mim, este é um aspecto fundamental, pois que, esta época, há Ghilas, que merece mais tempo do que os esporádicos minutinhos finais e (actualmente, à data em que escrevo estas linhas) sempre há espera de um "milagre".entretanto e como referido anteriormente, "diz-se", nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, que não temos alas em número suficiente. realmente, para lá de Varela - o patinho feio que não é exclusivo do nosso enfant terrible, Miguel Sousa Tavares -, Licá e Ricardo têm sido os "abonos" da nossa família (mais o primeiro do que o segundo, e com aquele em acentuada quebra física).
sobra (ou será mais: "falta"?) Kelvin, que tem sido (literalmente) mais visto no seu espaço próprio no nosso Museu, do que na equipa principal.
em suma:
a transição para o período "pós-Moutinho" está a ser trilhada com dificuldade - sobretudo de um grupo de trabalho em que a média de idades é de quase vinte e quatro anos.
penso que "Preocupações Fonseca" estava "avisado" de tal, quando rubricou o contrato.
considero que há opções válidas no plantel (e igualmente na equipa B) para "atenuar" aquela transição.
haja Tempo em dar a devida experiência às (literalmente) jovens soluções apontadas, e também a necessária Paciência (mormente da nossa indefectível massa adepta) para as ver crescer.
Concordo com praticamente tudo que foi escrito no post.
ResponderEliminarRelativamente há equipa, tem muitos elementos jovens que ainda precisam de amadurecer (Danilo,Alex,Mangalá,Herrera,Carlos Eduardo,Josué,Liçá,Ricardo,Reyes,Iturbe,Kelvin)e que com um treinador experiente e com caracteristicas formadoras, pode elevar em muito o potencial destes jovens. Espero que o treinador seja o PF, mas como não visiono os treinos e não lhe escuto as táticas, não posso avaliar. É certo que pelos jogos as coisas não estão a sair bem, mas isso faz por um lado parte da juventude, e por outro, os mais experientes, com excessão de Lucho e Fernando tem-se baldado imenso.
Quanto à utilização de Danilo mais avançado, é algo que desde que este chegou ao Porto, ainda não foi testado convenientemente.
Mas lembro que quando o jovem veio do Santos, jogou realmente bastantes jogos a lateral, mas a posição em que mais se realçou, foi nos jogos da Libertadores, quando "Manu" (não tenho a certeza se foi este treinador) o colocou a jogar a meia descaido para a direita. Danilo foi escolhido nessa posição pelos jornalistas que acompanharam a prova para o 11 ideal.
RCA
Complementando o comentário no post anterior (sobre a questão Danilo+Ricardo), a opção ideal até seria com o Ghilas em campo.
ResponderEliminarNo momento ofensivo teríamos uma ala com o Ricardo a subir e o Danilo a apoiar, e 2 avançados na área (Jackson e Ghilas).
No momento defensivo, o Ricardo fechava a lateral, o Danilo ajudava como médio/interior.
Depois era Fernando e Lucho/Josué e Varela/Licá na esquerda.
Tomava isto como plano A nos jogos em casa, e como plano B nos jogos fora em que as coisas não estejam a correr bem (tipo, quando se nota que é demasiado evidente, como no início das 2ªs partes do Belenenses e do Zenit).
Just saying... Eles sabem mais disto do que eu que não saio do sofá...
Boa análise Miguel, contudo em minha opinião, fazem falta, simplesmente, extremos que façam a bola chegar a Jackson!!!
ResponderEliminarMais nada... é só isso ;)
caríssimos,
ResponderEliminarobrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!
@ Rui Almeida
agradeço a pertinência da observação relativamente ao Danilo, pois só reforça a minha convicção: já deveria ter sido "testado" na posição "8", com o Ricardo a /falso) lateral direito. esta sugestão não é defendida só por mim, o que também registo com agrado :D
sobre a (i)maturadade do plantel, acredito que esta irá passar já em Guimarães, para a Taça de Portugal :D
@ Magro
"juro" que não baseei as minhas "postas de pescada"® pelos teus comentários.
mas, tal como respondi ao Rui Almeida, «registo com agrado» que não seja o único a pensar dessa forma :D
tenha o actual treinador os ditos in su situ para experimentar essas fórmulas que (tão bem) referes :D
(o problema é que os jogos "acessíveis" já foram e os que por aí virão têm um grau de dificuldade acrescido, que não dá para fazer experiências...)
@ Loureiro
obrigado! pelo elogio :D
eu penso que, para lá dos extremos, faz falta: a rotina de jogadas com cabeça, tronco e membros; uma posse de bola objectiva, com o fito na marcação de um número de golos, não só superior aos do adversário, mas que também permitam uma segurança no resultado final (se possível, com "ópera" à mistura); jogadas com um número de passes considerável, ao invés do actual 'kick-'n-run' que se assiste; a conveniente defesa da nossa baliza nos lances de bola parada, para não sermos comidos por lorpas e/ou anjinhos, como frente ao Atlético; um meio-campo a apostar no regresso ao "bloco alto", pressionando o adversário logo na sua defesa (tal como aconteceu ante o spórtém, lembras-te?).
acho que, para já, é só. e já não será pouco :D
(reparaste que não me pronunciei sobre o epifenómeno das substituições? foi propositado. :D )
abr@ços a «ambos os três» :D
Miguel | Tomo II
Sim Miguel, reparei... e reparei agora, pelo teu comentário, nas saudades que o FCP do Vítor Pereira te(?)/nos deixou, estarei certo?
ResponderEliminarAbraço!!!
ResponderEliminar@ Loureiro
fui desarmado com subtileza :D
(não é o meu treinador de Sempre, mas também não é tão mau como alguns nossos correlegionários o "pintaram". teve o seu tempo no clube e soube marcar o seu lugar na sua História. a ver se Paulo Fonseca também será capaz dessa proeza. seria bom, para todas as partes envolvidas.)
abr@ço
Miguel | Tomo II
Caro Miguel,
ResponderEliminarConcordo...
Cumprimentos
Ana Andrade
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