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«então, já foste lá? olha que é um espectáculo!»
em bem que acalentava a esperança de, um dia, lá ir. afinal, do grupo de Amigos, só eu é que ouvia falar dessas experiências: de se lá estar, do que se sente quando se permanece naquele lugar emblemático, de não haver mais nenhum no mundo, de como é indescritível o seu pulsar.
já me tinha apercebido de que seria algo grandioso, pelas pesquisas que entretanto fazia na net. mas, todas essas indagações mais não eram do que virtuais. o que eu precisava mesmo era de uma injecção real de uma realidade que desconhecia (mas que não negava a sua existência), inclusive à partida da dita.
e voltei a ser criança, outra vez. e a sorrir como uma. e a sentir aquele calafrio bom, de se estar a experimentar algo pela primeira vez; mas algo bom. muito bom, até. demasiado bom para ser verdade. e de como eram infundados os meus receios iniciais (felizmente que poucos). e de como todas as expectativas seriam superadas, mesmo só com o me estar a aproximar do local, e ainda nem sequer estava lá dentro.
bem, chegados a este ponto, convém fazer o pertinente esclarecimento de que te irei poupar a (im)possíveis descrições pormenorizadas sobre o dia (ou a tarde. ou a noite. ou a madrugada. ou «ambas as quatro» situações) em que resolvi ser mais rápido do que o Usain Bolt, nos cem metros (sem) barreiras :D
feita a apropositada advertência inicial, vamos ao que interessa.
as duas primeiras perguntas recorrentes da rubrica "os dragões de ouro do 'Tomo II'" invariavelmente aludem às sensações primeiras (porque, para mim e no meu entendimento, são as mais verdadeiras) de se estar num estádio de futebol.
à data em que redijo estas linhas, confesso que já não me recordo muito bem da primeira vez que entrei no saudoso Estádio das Antas. as memórias (difusas, confesso) entrelaçam-se entre uma moldura humana impressionante na Av. Fernão de Magalhães, muito próximo da entrada da tribuna - onde agora está a Torre das Antas; do aperto e dos atropelos constantes naquela congosta que dava acesso à Superior Norte; do morro, à nossa esquerda (se descíamos a cangosta, pois claro!) onde, um dia, o meu Pai me levou pensando que poderíamos ver um jogo à borla e acabámos por perder a primeira parte do dito; dos motociclos estacionados na pista de atletismo, e (sem maus-entendidos e/ou qualquer sarcasmo e/ou ironia) da vista privilegiada que tinham para o jogo; da (pese embora as épocas distintas) invulgaridade de nomes como "Bife", Walsh, Jacques, "Vermelhinho" ou "Tibi"; da brava entrada da nossa equipa em campo e de se perfilar, numa saudação sempre poética, para a tribuna, com o gáudio das bancadas como som de fundo; do intemporal (porque é um clássico) "é sentar que já não chove!", e pouco mais.
já da primeira vez que entrei no nosso actual teatro de sonhos azuis-e-brancos, as recordações são muitas.
começo pela envolvente ao Estádio, com o descer a Alameda vislumbrando-o lá em baixo, sublime, imponente, majestoso. da única recordação visível de um palco onde fui (fomos!) muito feliz, com muitas alegrias para partilhar e mais tarde contar ao Guilherme; da praça que o antecede, ampla e do colorido que alberga, a cada jogo que lá se realiza; do reluzir dos torniquetes, novos, em contraste com o azul pálido dos das Antas, para esconder a ferrugem da sua (nada proveta) idade; da imensidão de espaço nos corredores de acesso às bancadas; da clareza da identificação dos sectores destas últimas e de como é fácil encontrar o nosso lugar.
já o vislumbrar do rectângulo verde e da magia desse momento primeiro, antes mesmo de pensarmos em encontrar a nossa cadeira de sonho, esse é idêntico ao que sentia quando ia às Antas. assim como a postura dos adeptos, no anteceder da entrada das equipas: ruidosa, como tem que ser. e do frisson que se sente a cada acorde do nosso hino. e da lágrima que teima em cair, com o cachecol bem estendido para a esconder (pois que «um homem também chora / quando assim tem que ser»).
tudo "isto" aconteceu a 13 de Agosto de 2005, no jogo de apresentação aos sócios ante o Real Club Desportivo Espanyol - na altura, "de", entre outros, De La Peña, Juanfran, Hurtado, Luís García e Tamudo.
«só faltas tu! não sabes o que estás a perder...»
de facto, só eu é que estava a pecar.já me tinha apercebido de que seria algo grandioso, pelas pesquisas que entretanto fazia na net. mas, todas essas indagações mais não eram do que virtuais. o que eu precisava mesmo era de uma injecção real de uma realidade que desconhecia (mas que não negava a sua existência), inclusive à partida da dita.
até que, um dia foi dia!
todos os factores conjugaram-se para esse momento. todas as constelações alinharam-se para que todas as probabilidades astrológicas deixassem de o ser, e influenciassem as condicionantes do meu signo de uma forma que já não era fantasiosamente ficcional (ou vice-versa). todos os imprevistos e todos os imponderáveis, que obstaram a (até então) imprevisível concretização dessa ocasião, como que deixaram de existir.e foi, de facto, um dia grandioso!
tudo era novo para mim. todo um novo mundo se abriu para mim. tudo o que pensava saber sobre essa temática equivalia a um enorme zero, e soava a uma douta ignorância.e voltei a ser criança, outra vez. e a sorrir como uma. e a sentir aquele calafrio bom, de se estar a experimentar algo pela primeira vez; mas algo bom. muito bom, até. demasiado bom para ser verdade. e de como eram infundados os meus receios iniciais (felizmente que poucos). e de como todas as expectativas seriam superadas, mesmo só com o me estar a aproximar do local, e ainda nem sequer estava lá dentro.
bem, chegados a este ponto, convém fazer o pertinente esclarecimento de que te irei poupar a (im)possíveis descrições pormenorizadas sobre o dia (ou a tarde. ou a noite. ou a madrugada. ou «ambas as quatro» situações) em que resolvi ser mais rápido do que o Usain Bolt, nos cem metros (sem) barreiras :D
feita a apropositada advertência inicial, vamos ao que interessa.
as duas primeiras perguntas recorrentes da rubrica "os dragões de ouro do 'Tomo II'" invariavelmente aludem às sensações primeiras (porque, para mim e no meu entendimento, são as mais verdadeiras) de se estar num estádio de futebol.
à data em que redijo estas linhas, confesso que já não me recordo muito bem da primeira vez que entrei no saudoso Estádio das Antas. as memórias (difusas, confesso) entrelaçam-se entre uma moldura humana impressionante na Av. Fernão de Magalhães, muito próximo da entrada da tribuna - onde agora está a Torre das Antas; do aperto e dos atropelos constantes naquela congosta que dava acesso à Superior Norte; do morro, à nossa esquerda (se descíamos a cangosta, pois claro!) onde, um dia, o meu Pai me levou pensando que poderíamos ver um jogo à borla e acabámos por perder a primeira parte do dito; dos motociclos estacionados na pista de atletismo, e (sem maus-entendidos e/ou qualquer sarcasmo e/ou ironia) da vista privilegiada que tinham para o jogo; da (pese embora as épocas distintas) invulgaridade de nomes como "Bife", Walsh, Jacques, "Vermelhinho" ou "Tibi"; da brava entrada da nossa equipa em campo e de se perfilar, numa saudação sempre poética, para a tribuna, com o gáudio das bancadas como som de fundo; do intemporal (porque é um clássico) "é sentar que já não chove!", e pouco mais.
começo pela envolvente ao Estádio, com o descer a Alameda vislumbrando-o lá em baixo, sublime, imponente, majestoso. da única recordação visível de um palco onde fui (fomos!) muito feliz, com muitas alegrias para partilhar e mais tarde contar ao Guilherme; da praça que o antecede, ampla e do colorido que alberga, a cada jogo que lá se realiza; do reluzir dos torniquetes, novos, em contraste com o azul pálido dos das Antas, para esconder a ferrugem da sua (nada proveta) idade; da imensidão de espaço nos corredores de acesso às bancadas; da clareza da identificação dos sectores destas últimas e de como é fácil encontrar o nosso lugar.
já o vislumbrar do rectângulo verde e da magia desse momento primeiro, antes mesmo de pensarmos em encontrar a nossa cadeira de sonho, esse é idêntico ao que sentia quando ia às Antas. assim como a postura dos adeptos, no anteceder da entrada das equipas: ruidosa, como tem que ser. e do frisson que se sente a cada acorde do nosso hino. e da lágrima que teima em cair, com o cachecol bem estendido para a esconder (pois que «um homem também chora / quando assim tem que ser»).
tudo "isto" aconteceu a 13 de Agosto de 2005, no jogo de apresentação aos sócios ante o Real Club Desportivo Espanyol - na altura, "de", entre outros, De La Peña, Juanfran, Hurtado, Luís García e Tamudo.
já agora e para conhecimento geral, (com)partilho contigo que:
» o primeiro jogo oficial para o campeonato aconteceu um mês depois, a 28 de Fevereiro de 2009, frente ao zbording do actual seleccionador nacional.
» a estreia em jogos oficiais, em competições de clubes organizadas pela UEFA, aconteceu a 04 de Novembro de 2010, tendo como adversário o Beşiktaş, na altura "de" Guti, Manuel Fernandes, simão "asqueroso" sabrosa e... Quaresma, numa partida a contar para a Liga Europa (que viríamos a conquistar, «tal como em 2003»).
» a primeira derrota, em jogos oficiais, aconteceu a 02 de Janeiro de 2011, ante o CD Nacional e para a Taça da Liga.
» à data, o melhor golo visto, foi o do Guarín, a 08 de Janeiro de 2011, num desafio ante o «clube do guardanapo» da "pérola do Atlântico".
» a 12 de Agosto de 2006, marquei presença nesse inesquecível concerto dos míticos Rolling Stones, a propósito de "a bigger bang tour".
e ainda que:
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© OJOGO | reflexão portista
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«este é o nosso destino»:
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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)