© zerozero
caríssima(o),
não sei se te apercebeste desse estranho silêncio que imperou ao longo do dia de hoje, depois de (mais) um derby da Segunda Circular, com (mais) uma derrota do spórtém, em pleno ex-estádio da Lucy, «limpinha, limpinha, limpinha». eu apercebi-me, assim como do seu significado: com a passagem à fase seguinte garantida e com um rival directo pelo caminho, esperava-se que "houvesse Taça" mais a Norte, sobretudo na cidade de uma região onde principiou a História deste "rectângulo à beira-mar (im)plantado"®.
só que, esta noite, houve novo assalto ao castelo onde se afirma, numa das suas torres e para por quem lá passa, «aqui nasceu Portugal». acontece, porém, que, nesta mesma noite, na Cidade Berço, para mágoa de muito "boa gente" (sei lá! para aí seis milhões...), a vitória coube à nossa cor, com a consequente passagem aos oitavos-de-final, tendo ficado pelo caminho o actual detentor do troféu, que jogava no seu reduto. mais uma vez, quem triunfou foi a «Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e InBicta Cidade do Porto».
porque principiei a minha (breve) crónica ao encontro desta noite, a contar para a Taça de Portugal, com este fait divers?
a resposta segue pronta e em termos de imagem visual em forma de gráfico:
© zerozero
(clicar na imagem para ampliar)
no fundo, comprova-se essa «gloriosa» esperança de que houvesse Taça. e o sr. Jorge Sousa foi "com a lição bem estudada" e "com ela fisgada".
quem não tenha visto o jogo, depois de analisar aquela ficha de jogo certamente que ficará com a ideia de que houve uma autêntica batalha campal - não tão grave como em 1995, mas mesmo assim uma partida "durinha". nada mais errado! houve entrega ao jogo e de parte-a-parte, com algumas entradas "rijinhas" mas nada que tivesse justificado a amostragem (cirúrgica) de seis cartões para o nosso lado. descontando a "paragem cerebral" de Mangala, aos 80', a anormalidade do Defour e a perda de tempo do Josué, os outros três foram cirurgicamente mostrados. então o amarelo ao Maicon foi de uma imbecilidade, que só comprova o que atrás escrevi (no sentido em que o viu na primeira falta que cometeu, três minutos após entrar em campo para colmatar a expulsão do central francês, e quando saltou na vertical com o seu opositor directo, sem qualquer maldade, no que foi entendido pelo sr. Sousa como jogada merecedora para cartão amarelo...).
temos pena, sr. Sousa. temos pena lampiões. temos pena calimeros. temos pena, lobecos, valdemares & afins. temos mesmo muita pena mas não houve a "tal Taça" que vocês, com tanta ansiedade, (ainda) aguardam que venha a acontecer. só que não foi esta noite. tereis que aguardar pacientemente (com impaciência) por um outro Amanhã.
© zerozero
já em relação ao encontro propriamente dito e às questões do esférico rolando sobre a erva, o que se me apraz dizer é que, desta feita, não sofremos golos. porém, os constrangimentos no nosso jogo ainda persistem; a saber:
» não se promove o killer instinct, do primeiro ao último segundo da partida
» o ataque à baliza é feito preferencialmente pelo "afunilamento" do jogo à entrada da área adversária
» é preferível desgastar o ponta-de-lança da equipa em recuos até ao meio campo, não só para construção de jogo mas com funções de transporte de bola para o ataque, do que "obrigá-lo" a desgastar os centrais da equipa adversária
» no nosso ataque, as alas são territórios virgens, por explorar (vulgo esse chavão do futebolês e no seu sentido literal: "espaço vazio")
» na nossa defesa, as alas são o início do problema e o fim em si mesmo, pois que as rotinas com os centrais (aparentemente) não estão... rotinadas
» o precisão do passe é um conceito desconhecido, sobretudo em jogadas que necessitem de mais do que quatro passagens da redondinha para o colega de equipa mais próximo
» a concepção de jogadas que envolvam algo como um 2-1 face ao jogo adversário é algo estranho no FC Porto actua
» as substituições só poderão ocorrer a partir do minuto 60'
» a obtenção de um golo pressupõe imediato relaxamento, sendo sinónimo de poupança de energias e do começo dos disparates (colectivos e/ou individuais)
mesmo podendo dar a entender que estou aborrecido com o que acabei de ver - muito satisfeito é que não estou, com certeza!, como facilmente se depreenderá... -, e obtida uma vitória em que, mesmo assim e sem "nota artística", tudo fizemos por a conquistar (pois que o Guimarães, em 90', só teve uma única oportunidade de golo digna desse nome, por intermédio de Maazou, aos 52'), houve três factos que registei com agrado:
#1 - Lucho esteve imparável a "10" e soberbo em recuperações de bola na frente do nosso ataque (contei, pelo menos, oito lances em que retomou a posse do esférico para o nosso lado)
#2 - Fernando está num momento de forma absolutamente fantástico. faço votos para que já estejam consideradas alternativas sérias para a sua sucessão (ia escrever "credíveis", mas considerei que poderia ser mal interpretado)
#3 - não é por falta de apoio do nosso 12º jogador que a equipa se poderá queixar. mais uma vez, houve quem estivesse com ela todos os minutos do encontro.
fantásticos SuperDragões e Colectivo'95 !!!
«este é o nosso destino»:
Resumo das últimas semanas:
ResponderEliminarPorto sofre 1 golo com Zenit (casa), Belem (fora), e Zenit (fora): críticas vindas de todos os quadrantes aos erros defensivos (bem ou mal, vieram).
Um jogo em Lisboa acaba 4-3: zero referências a erros defensivos em parte nenhuma do país.
Sem por em causa a justiça do resultado, acho que a exibição portista foi pouco mais que sofrível, tendo em conta que o segundo tempo foi para esquecer.
ResponderEliminarBem até ao intervalo, com futebol mais fluído e performances muito prometedoras (Fernando e Lucho), na segunda parte a equipa vulgarizou-se, praticou mau futebol, foi displicente e portou-se como uma equipa banal. Futebol desligado, desleixado, fraco índice técnico e recurso a estratagemas de equipas de escalão secundário. Não gostei.
Um abraço
Continuamos a ser irregulares e no mesmo jogo fazer coisas interessantes e logo a seguir borrar a pintura. Ontem sem muito brilhantismo, tivemos bons momentos na primeira-parte e depois, na segunda, bastou o Vitória subir, pressionar, ser mais agressivo e deixamos de fazer o que devíamos. E então, com tanto espaço e tantas possibilidades para contra-atacar e acabar com o jogo, nunca conseguimos fazer as melhores opções.
ResponderEliminarValeu a passagem e a esperança que no futuro será melhor.
Abraço
ResponderEliminarcaríssimos,
obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
abr@ços a «ambos os três» :D
Miguel | Tomo II
ResponderEliminar@ Magro
houve uma referência à «inconsistência» da equipa lampiónica, no pasquim da Travessa da Queimada. mas, mesmo assim, ao de leBe, para não ferir susceptibilidades.e para não denegrir (muito) a imagem do «derby dos derby's»
abr@ço
Miguel | Tomo II