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caríssima(o),
tal como há pouco mais de dez dias, a noite custou a passar.
felizmente que estamos de final-de-semana, ou teria ouvido novo raspanete da chefia... assim sendo, pude virar-me momentaneamente para "o outro lado" e desfrutar de mais dez saborosos minutinhos, no quente do vale dos lençóis cá de casa. sim!, que o sr. Guilherme não tem os mesmos gostos que o seu pai e acorda bem mais cedo do que as galinhas. hoje foi pelas 08h30m da matina, de um Domingo. um luxo! estás a ver o que te reserBa, não estás Jorge? mas acredita que é bom na mesma, pá! :D
numa manhã em que o estado do tempo (infelizmente) reflecte bem o meu estado de espírito, a habitual ronda diária por esse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"® dá para perceber que a aquisição de uma qualquer edição impressa, de um qualquer pasquim diário desportivo, de «ambos os três» que existem em território nacional, será, não só uma pura perda de tempo, mas sobretudo um ligeiro prejuízo financeiro. o motivo principal para esta minha firme convicção é o de que, qualquer que seja o cronista, porque certamente não é portista como qualquer um(a) de nós, o seu sentimento não traduzirá o que efectivamente aconteceu, ontem, no areal do velhinho Estádio do Restelo...
e talvez esteja a exagerar, mas baseado no que li (inclusive nas caixas de comentários) em muitos dos meus locais de referência, estou em crer que o estado de graça de Paulo Fonseca, junto da esmagadora maioria da nossa massa adepta, está prestes do limiar da ruptura.
e que, ou as suas certezas técnico-tácticas passam a ter adesão voluntária e absoluta por parte de quem tem o FC Porto no coração, assente em pressupostos emocionais é certo, mas mesmo assim de valor para se respeitar, ou a Vida de Paulo Fonseca, no Dragão, começará a "andar para trás", e, por inerência, a de todas(os) nós.
e que, em concreto, os próximos três jogos assumirão um carácter de desafio constante para o Futuro à frente dos destinos da nossa equipa do coração - sobretudo a partida de S. Petersburgo, inclusive pela importância económica que representa e que a mesma acarreta (modelo de gestão «de risco» oblige...).
pela minha parte, de adepto indefectível que prefere adoptar uma postura positiva e positivista no apoio à sua equipa do coração, Paulo Fonseca pode contar com tudo menos com assobios e impropérios.
mas - e há sempre um "mas", não é verdade?... -, e sem que tal possa ser interpretado como uma qualquer ameaça velada, as minhas dúBidas persistem e, depois do jogo de ontem e do que não pude vislumbrar em campo, ainda subsistem.
no fundo, só se dissiparão quando (pres)sentir que a Equipa funciona como um todo, de forma coesa e solidária, não dependendo exclusivamente de rasgos individuais, que a cultura de posse de bola tem um propósito objectivo, que o golo é o fito final desde o primeiro minuto da partida, que o «pass precise» e o «killer instinct» não são conceitos do nosso Passado, que as desconcentrações acontecem amiúde porque são momentâneas e não regulares.
e sobretudo que existe Alegria, Orgulho, Prazer, Nobreza, Honra, Lealdade, Brio, em cada um dos jogadores que envergam o nosso manto sagrado, e durante todos os segundos em que o fazem.
e que tal acontecerá, não só nos jogos em causa e nunca de forma esporádica, mas mormente em todas as partidas que nos faltam disputar.
«este é o nosso destino»:
Eu sou dos que continua a acreditar. Tenho para mim que a "culpa" não é do Paulo Fonseca, mas sim de causas "naturais".
ResponderEliminarPasso a explicar: perdemos o melhor médio português e o jogador mais influente do campeonato, o Moutinho. É difícil recuperar de uma perda dessas!
A teoria do duplo pivot defensivo, desculpem lá, mas não existe. Ontem vi o Herrera claramente a jogar na posição do Moutinho, vi o Lucho do ano passado (menos perto da área), e vi o Fernando a varrer o meio campo sozinho. Temos de ser honestos, e não deixar que a imprensa nos tolde as ideias sem olharmos para o que está a acontecer na realidade. Lanço o desafio, vejam o jogo novamente e reparem que o que eu escrevi é verdade.
A grande diferença, essa sim ideológica, é no facto da equipa não ser tão persistente na circulação, porque tenta chegar à frente mais depressa. Essa é a única diferença "cultural".
Vamos ter de sofrer na adaptação, como sofremos no início pós-Falcao, ou no início pós-Hulk. É a era do sofrimento pós-Moutinho. Aconteceria com PF, VP ou AVB, é transversal. Não pessoalizemos a coisa porque é tremendamente injusto.
Fui dos que mais paciência teve com o VP, mesmo quando não gostava nada do que via tentava dar-lhe o benefício da dúvida. Faço o mesmo com o PF, e nesta fase com ainda mais por se tratar do início da nova era.
E reforço a minha profecia: no final da época estaremos agradecidos a mais um treinador que nos fez ultrapassar mais um pós-craque complicadíssimo com o título.
Abraço
Ei, calma, não é caso para tanto... Essa história do princípio do fim já tem seguramente 15 anos. Já se dizia o mesmo depois do Fernando Santos e Octávio e depois...
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarcaríssimos,
obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!
@ magro
para lá das «causas naturais» que bem relembras, também eu faço votos sinceros para que a tua profecia se cumpra.
o caminho para que a dita faça Luz está é um pouco mais complicado do que os costume :D
@ dragão Vila Pouca
o «princípio do fim» foi retirado dos múltiplos comentários de descontentamento que li por essa "bluegosfera" afora, e só nas últimas vinte e quatro horas.
eu não duvido que, a partir de Belém e dos seus "insossos pastéis", nada mais será como dantes, pois confio na direcção de quem gere os destinos do nosso clube do coração há mais de trinta anos. e sei que, tal como nós, não poderão estar contentes; não afirmo desconfiados, apenas contentes.
abr@ços a «ambos os dois» :D
Miguel | Tomo II