sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

tempos diferentes, a mesma vontade ['brasão abençoado' incluído]


© pasquim do 'sinhôre' serpa

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Quero frisar que os jogadores do FC Porto, não só se portaram de uma maneira brilhante em ambos os desafios, como foram extremamente correctos para com os seus adversários, e para com o publico, não tendo abandonado o campo de jogo no decorrer da segunda parte do primeiro desafio por má vontade, mas sim porque o publico se manifestou ruidosamente e invadiu o campo, não consentindo a continuação do jogo (contra o Império). 

Eu não viria de modo algum falar neste assunto se a “Imprensa Desportiva” da Capital pusesse um pouco de parte o seu facciosismo e fizesse, com imparcialidade e lealdade, o relato de ambos os desafios. Mas assim não procedeu e os jornais que têm a sua “secção desportiva” e que pelo menos costumam anunciar, aos seus leitores, os resultados dos desafios, deixando desta vez de o fazer - excepto um, que falou do resultado do primeiro desafio, mas que não disse a expressão da verdade. 
Com efeito, FC Porto não perdeu com o Império, como esse jornal publicou; se tivesse contado os factos como eles se passaram, deveria ter dito que o jogo entre o FC Porto e o Império não chegou a terminar porque o publico, indignado, principalmente com a arbitragem, protestou ruidosamente, incitando os jogadores a abandonarem o campo, sendo este logo invadido pela assistência, não consentindo que o jogo continuasse e aclamando com entusiasmo os jogadores portuenses, sendo até o guarda-redes levado ao colo pela multidão e delirantemente ovacionado. 
Esta é que é a pura verdade: FC Porto não perdeu com o Império.

O segundo desafio, jogado contra o benfica, foi ganho pelo FC Porto por 3-2
Este resultado não veio em nenhum jornal dos que mantêm aquela “secção desportiva”. A razão deste silencio? É simples: Lisboa, em futebol, há dez anos ou mais que estava habituado a vencer o FC Porto, conseguindo quase sempre mais ou menos fáceis vitórias. Este ano [1920], o FC Porto, quis vencer e venceu! E para isso trabalhou com vontade, desfazendo assim a ideia que muitos tinham de ser impossível tão cedo o Norte triunfar do Sul. Eis a razão por que foi tão pouco falada a vitória dos portuenses.

Quanto aos jornais desportivos, um deles - que por sinal costuma trazer uma resenha bastante desenvolvida dos bons desafios -, limita-se a fazer uma pequena apreciação que por acaso não condiz nada com o título, e essa mesma feita em tipo pequeno, como que a ver se passa despercebida. Inclusivamente em lugar de afirmar que «FC Porto venceu o benfica», diz: «team do Porto vence o benfica»...

Faço esta pequena observação, que poderia parecer sem importância, mas é para que todos fiquem sabendo que o grupo que foi a Lisboa é única e exclusivamente de elementos do FC Porto e não com alguns do Oporto Cricket Club, como um jornal desportivo da capital fez constatar, talvez por más informações…

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caríssima(o),

aquele é um excerto de uma carta, dirigida ao jornal “O Primeiro de Janeiro”, assinada por Alexandre Cal, à data capitão-geral do nosso FC Porto, a qual viria a ser publicada na sua edição do dia 17 de Março de 1920.
não deixa de ser assaz curioso como Pedro Marques Lopes, na sua coluna de opinião habitual, no pasquim da Travessa da Queimada (BRASÃO ABENÇOADO), publicada na edição impressa de hoje, em "querer ganhar" (aqui), aborda uma temática em tudo similar...
assim se justifica o título da presente "posta de pescada"®, pois que, quem como eu tem acompanhado a realidade impressa de algum jornalixo tuga, facilmente se apercebe que, quase um século depois, "tudo" permanece inalterável...


para finalizar, a imagem que (definitiva e literalmente) embeleza esta prosa feia, chata e aborrecida, conferindo-lhe outra "cor", vivacidade e "alma", refere-se ao sorteio que ocorreu esta semana para a "ex-taça da bjeKa"®.
não pretendo repetir o que, em tempos não muito idos, afirmei (e por mais do que uma vez) sobre o que considero que deveria ser a nossa prestação no "troféu" em causa: para mim, é uma "competição" que só serve para dar tempo de jogo aos jogadores menos utilizados e, se possível e muito desejável, experiência a jogadores da equipa B. se conseguirmos atingir a final da "prova", óptimo; se tal não for possível, menos mal na mesma, que não irei perder horas de sono por esse fracasso. o que não admitirei, nunca!, seja em que circunstância for, é que se «danifique a camisola e o clube».

o que a mim me causa "espécie" é que, mais uma vez, o "prestígio" desta "competição" seja beliscado, com dois grupos com cinco equipas (onde se inclui o nosso FC Porto) e outros dois com quatro... e já nem me quero referir ao autêntico atropelo à verdade desportiva inerente à dita cuja e que deveria estar sempre presente...


post scriptum muito pertinente:


aquele olhar matador de Yokohama já foi há dez anos...


"disse!"



1 comentário:

  1. Boas Miguel,

    Esta na hora de darmos um passo em frente rumo ao titulo, a altura das experiências ja acabou, e com a equipa estabilizada a jogar bom futebol como o tem feito, com o publico fantastico no nosso estadio só ha um final possivel a VITORIA !!!

    um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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