terça-feira, 11 de setembro de 2012

da Nortada (e) dos impolutos...

 
© Google



caríssima(o),

antes de tudo, convém não esquecer que hoje é um dia triste pelo que aconteceu há onze anos atrás e que mudou o Mundo tal qual como o víamos.
eu, pelo menos, não mais o vi...

depois, afirmo à saciedade que escrever uma "posta de pescada"® a seguir ao caríssimo Vila Pouca é complicado, principalmente por poder "recalcar" ideias por ele defendidas e poder soar a "requentado" e/ou dejà vu.
mas, como quem não se sente não é certamente filho de boa gente, vou correr esse risco e "repisar" alguns dos sentimentos por ele brilhantemente explanados, a propósito do que se publicou na edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada desta Terça-feira, 11 de Setembro de 2012.
«here we go!»

de facto e como bem redige no seu post "e diz o inteligente Miguel Sousa Tavares", «os espaços onde o portismo se pode expressar e dizer de sua justiça, contrariando a propaganda mentirosa, são tão poucos e tão limitados»
obviamente que, para mim, esses espaços traduzem-se na coluna à nossa esquerda - aquela que refere a "o meu maravilhoso mundo da bluegosfera"®. e que o pasquim da Travessa da Queimada decididamente dele não consta, excepções feitas às Terças e às Sextas-feiras.
porém e após a leitura atenta da última NORTADA, na edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada, pela pena do nosso enfant terrible, Miguel Sousa Tavares, com o título "a venda de Hulk: dúvidas e certezas", começo a considerar seriamente a hipótese de o portismo só se encontrar presente naquele espaço às Sextas-feiras, num "oásis" que consta na coluna de opinião habitual do nosso caríssimo Rui Moreira, e que dá pelo nome de PLENOS PODERES...

aquela NORTADA é um texto composto por dois temas principais.
a saber: o primeiro refere-se à incrível venda de Hulk e o segundo é inteiramente dedicado à questão do "castigo" aplicado ao «catedrático» Jorge "Jebus". 
para não destoar do caríssimo Vila Pouca, também eu me vou debruçar em exclusivo sobre o primeiro ponto, o qual é abordado em sete sub-pontos e apresentado nos seguintes termos: 

 
© abola


pois eu, que me orgulho de pensar pela minha própria cabeça e/ou recuso a fazer parte de um qualquer "rebanho", considero que o enfant terrible em causa excedeu-se nos pontos que se seguem e vou (in)tentar rebater as suas perguntas com os parcos conhecimentos que possuo sobre o meu clube, a não ser do que é aventado por alguma Comunicação Social.
à pergunta inicial, «o que faz o FC Porto a tanto dinheiro (com a venda de jogadores)?» (pontoI., sub-ponto 1.) eu acho que ele deve andar distraído, pois sustentar um projecto desportivo como o nosso não é barato - só na época passada foi orçamentado em mais de cem milhões de euros.
à pergunta «porque tem o FC Porto de vender tanto, ano após ano, desfazendo-se dos seus melhores valores?» (pontoI., sub-ponto 1.), a distracção continua, pois o ilustre portista deve achar que o nosso clube do coração se equipara a um qualquer grande "tubarão" dessa Europa do Futebol e que tem a capacidade financeira para arcar com uma folha salarial em tudo idêntica àqueles.
à questão «para onde vai o excedente das vendas?» (pontoI., sub-ponto 2.) eu pergunto-me se o colunista efectivamente lê os Relatórios de Contas da SAD portista e/ou percebe minimamente de Contabilidade - nomeadamente as rubricas dos Custos. por exemplo, há que pagar o nosso teatro de sonhos, há que regularizar as dívidas ao Estado e à Segurança Social, há que amortizar os empréstimos contraídos, há que liquidar dívidas a fornecedores...
à pergunta «quanto recebeu o FC Porto pela venda de Hulk?» (pontoI., sub-ponto 3.), e porque o comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários [CMVM] lhe deve suscitar dúvidas (ao invés do que aventa a peça pseudo-jornalística assinada pelo sr. carlos-com-apelido-de-substantivo-colectivo-para-o-que-ele-é, na qual se baseia para questionar aquele comunicado), penso que deverá mesmo esperar pelo Relatório de Constas da SAD portista.
jà a pergunta «não bastava a venda ser tratada, como foi, clube a clube?» (pontoI., sub-ponto 4.), é formulada de uma forma tão inocente que não me deu pena, mas sim dó - por me aperceber que o colunista é ingénuo ao ponto de relevar a figura do "empresário de futebol", e por muita razão que lhe assista na pergunta seguinte («e qual é o negócio em que se paga dez por cento de comissão?»). quer se queira quer não, o empresário de futebol é uma figura presente em (quase) todos os negócios que envolvem transacções de direitos desportivos de futebolistas; o do Incrível não foi excepção, pois Teodoro Fonseca será tudo menos um anjinho e/ou um amor de pessoa que resolveu intermediar um negócio chorudo sem ficar com o seu quinhão... renegar esta realidade é equivalente a ainda se acreditar no Pai Natal - e todos nós sabemos que a existir, só as coelhinhas da Páscoa é que são (bem) reais. ;)
a resposta à pergunta «quem e quanto recebeu (d)as ditas comissões?» (pontoI., sub-ponto 4.) encontra-se presente na caixa de comentários do post "o Incrível 60 milhões... menos o IVA", no (muito azul) "Reflexão Portista" - mais concretamente no comentário de Mário Faria, às 00:03 de 04 de Setembro. já sobre os «porquês?», terá que inquirir quem de Direito...
só me é permitido conceber a formulação da pergunta «de que vale a palavra do nosso grande presidente de ora em diante?» (pontoI., sub-ponto 5.), devido a um adiantado da hora em que foi redigida. ou então, porque o foi durante uma enorme bebedeira. de outra forma, encaro-a como má-fé, por ardilosamente duvidar de quem tanto deu ao clube e à sua massa adepta nestes últimos trinta anos, questionando a sua Moral e subentendendo que Pinto da Costa propositadamente quis privar o clube de 10 milhões de euros. mais: é sonegar a Realidade de que, neste século, realizámos quinhentos milhões de euros em vendas de direitos desportivos de jogadores que vestiram as nossas cores! é de facto inacreditável que haja quem teça suposições como esta... pior: que haja portistas que nelas acreditem e as tenham por verdades insofismáveis!
para finalizar, os sub-pontos 6. e 7. parecem ter sido escritos mais por um lampião "manuel" qualquer do que pelo portista Miguel Sousa Tavares. conceber (por absurdo) que o 5lb não pagou quaisquer comissões ao empresário do "Rallo Tubbs" belga e que o Zenit arcou com todas as despesas de intermediação no negócio só porque o clube russo «bateu a cláusula de rescisão» é acreditar que este último é a Santa casa da Misericórdia de S. Petersburgo e que o empresário é o bom samaritano lá do sítio. criticar o modelo organizacional da SAD portista sem ser no sítio próprio - i.e., interpelando os visados nas suas críticas numa Assembleia Geral de Accionistas -, preferindo fazê-lo num pasquim lampiónico não é ser-se frontal, antes pelo contrário: é ser-se estúpido ao ponto de acreditar que, dessa forma, aqueles o vão passar a respeitar mais. não vão! e os nossos rivais vão ficar com mais "pedras" para atirar ao nosso "telhado de cristal". com estes podemos nós bem; com um portista dos quatro costados - que não duvido que o seja! -já fica mais difícil de aceitar, caramba!

enfim...
este texto já vai longo, mas também não posso escamotear o que se passa lá para os lados do Alvaláxia. e não me refiro à retenção dos prémios que o Sporting CP possa vir a conquistar na UEFA, esta época, por não ter comprovado «o pagamento de dívidas a outros emblemas e/ou funcionários e entidades tributárias» (!!!). também não é por me rir até às lágrimas dos supostos «sessenta e seis milhões» que «grandes clubes europeus» terão oferecido por seis «craques leoninos». não!
confesso que sempre me meteu impressão os calimeros da Segunda Circular - não estás incluído neste rol, Marcelo! - referirem-se a mim, aos restantes sócios, adeptos e simpatizantes do clube do meu coração, como «corruptos» e outros adjectivos afins, "esquecendo-se" (tal como os seus vizinhos lampiões) de que também a história leonina é feita de casos menos recomendáveis. pois esta época desportiva começou com o escândalo do circo Cardinal - que ainda está sob investigação, mas do qual espero punição exemplar (cível e desportiva) para quem prevaricou. agora surge a notícia da «condenação» dos quatro arguidos envolvidos na negociata do "menino d'oiro" para Alvalade por «fraude fiscal». abstenho-me de mais comentários, para além de me rir a bom rir de quem se considerava impoluto e de recomendar a leitura atenta da notícia publicada no pasquim em causa para se perceberem melhor os meandros da dita negociata. eu retive esta (muito interessante) passagem:


 © abola


pois é, pois é...
é tramado com um F bem maiúsculo, não é? paciência... é a vidinha - da qual tenta escapulir-se o dito "menino d'oiro", actualmente director na Federação Portuguesa de Futebol [FPF], o qual (não) prestou um apoio inequívoco à equipa que não é de todos nós durante o dia de ontem.
(sobre esta intrincada questão federativa, envolvendo um jogador que sempre considerei ser como uma melancia - verde por fora, mas demasiado lampião por dentro -, achei curiosa a mais recente guerrinha do sr. fernando, sob o título "vassourada".)

também não posso deixar passar em claro a crítica frontal de cruz dos santos à questão do "castigo" aplicado ao «catedrático» Jorge "Jebus", no seu escrito "disciplina vergonhosa", em particular ao alarve voto de vencido constante no acórdão do Conselho de Disciplina da FPF, de um tal juiz conselheiro, de seu nome Herculano Lima, supostamente o Presidente do órgão colegial em causa.

ainda na mesma página, recomendo a leitura atenta de mais um brilhante escrito de António Simões, na sua coluna de opinião COM A BOLA OU TALVEZ NÃO, sob o título "tristiano, não..." e a propósito da mais recente polémica visando o "nosso" CR Triste"®.


em relação ao quotidiano azul-e-branco, a edição impressa em causa foi... (mais uma vez e como é apanágio no pasquim lampiónico) parca em novidades.  
«apenas e só» duas singelas páginas: uma, para elogiar El Comandante, com uma peça jornalística da autoria de josé carlos de sousa, com o título "época de Lucho à vista"; outra, pela pena de antónio casanova, para afirmar que «quem disse que o mercado fechou? Tottenham considera Moutinho prioritário»
a propósito da pseudo-transferência de Moutinho para o terceiro clube londrino, acho incrível que se considere que a mesma foi abortada pela SAD portista devido a um «erro administrativo»; será que não param para pensar com o intelecto e não com os cotovelos, e chegam à conclusão de que a mesma SAD preferiu a venda exclusiva de Hulk e assim garantir um sólido investimento desportivo no plantel, com a continuidade de um dos pilares do meio-campo portista? é assim tão difícil perceber que pura e simplesmente não se quis vender o passe de João Moutinho? e, já agora, que se se (in)tentou, por tudo, vender os seus direitos desportivos, tal passaria por incluí-lo no negócio dos rublos russos, por um valor inferior a onze milhões de euros (por forma a que os calimeros ficassem com os seus bolsos cheios... de nada) e que aquele negócio terá fracassado pelo desagrado do português em ter que rumar a paragens mais agrestes do que as que prevê para o seu futuro, motivo pelo qual o Zenit optou pelo "Rallo Tubbs" belga?
será que o «burro sou eu em perceber que tal cenário não terá sido assim tão virtual, e que uma transferência para Londres está condenada ao insucesso - tal qual o futuro do actual técnico, o qual é o único que deseja o centro-campista no clube e que não durará até ao Natal?
[a propósito do sr. Socolari, é interessantíssimo perceber-se que houve uma evolução, como que um "upgrade": agora não é só «burro» (em Portugal), também já é «imbecil» (no Brasil)]


para concluir e depois de ler esta notícia sobre o Barça e o seu futuro equipamento alternativo, dei por mim a desejar que o nosso clube do coração também reconsiderasse as escolhas a que tem anuído sobre a mesma temática (e curiosamente para com a mesma marca de equipamento desportivo que adorna os craques do Barcelona FC).


beijinhos e abraços (muito portistas)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)


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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)