segunda-feira, 2 de abril de 2012

1º de Abril antecipado

© youtubiu.com | Miguel Lima (Tomo II)


... e então soltou aquele brado (in)contido há vários programas, soltou o «golo!» (lampiónico) que sempre se suspeitou que existia dentro dele (mas de que ainda não havia prova) e cerrou efusivamente o punho bem alto, para que todos quantos assistiam à transmissão pudessem visualizar quão fervoroso é o seu benfiquismo.

é assim o João Gobern; são assim os "goberns" deste país, à semelhança dos "valdemares" e de tantos outros: uns hipócritas, que não sabem despir o fato da isenção clubística* e pregam a sua "verdade desportiva" para quem está disposto a ouvi-la.
* (com uma enorme diferença para quem, por exemplo, assina uma crónica no pasquim da Travessa da Queimada sobre, digamos, o quotidiano azul-e-branco: é que os cronistas afectos ao FC Porto todos sabem quem são, informam as massas de que o são e assumem a sua preferência clubística com redobrado orgulho; "outros" há que mais parecem ratos de esgoto, quais paladinos de uma maneira de ser que... enfim... no mínimo, deixa muito a desejar).

é assim a (actual?) estação pública de televisão, à semelhança das operadoras privadas de tão privilegiado meio de comunicação "para massas": comporta-se da mesma forma (rasca) que a 5lbtv e preza por o conseguir.

no fundamental, é isto o 5lb:
uma total hipocrisia
! (mas sempre «gloriosa», pois ' claro!)


caríssima(o),

sobre este lamentável episódio, que não quis acreditar quando o li nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®, questiono-me sobre o que por aí não se escreveria se fosse, por exemplo, o Bruno Prata a comemorar entusiasticamente um golo do FC Porto. **
é por essa razão que estarei (muito) atento, no decurso do dia de hoje, sobre o que se dirá sobre aquele fenómeno jornalístico, mormente no canal em causa e no Porto Canal.

já sobre a utilidade do Provedor da RTP - entidade para a qual se deverá reclamar sobre o que se passou no passado Sábado - recordo, com alguma saudade, a minha única queixa que apresentei ao dito - à data (2008), o sr. Paquete de Oliveira - e sobre cujos "imponderáveis" apresentei um post no (entretanto defunto) TOMO I.
(** situação hipotética e inverosímil, por ser, ao que consta, um crónico (mas contido) lagarto)

ps (às 23h09m de 03 de Abril):
o gordo lampiónico acaba de ser dispensado.


beijinhos e abraços (entusiastas)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)




© Google

primeira parte da coisa
(da que já era a terceira)


«
caríssima(o),

informo as mentes mais "sensíveis" que o conteúdo deste post terá direito a bolinha no canto superior direito.

o utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a acção (ou a inacção) por forma a optimizar o bem-estar do conjunto dos seres humanos. esta corrente é uma forma de consequencialismo, na medida em que avalia uma acção (ou regra) unicamente em função de suas consequências.
filosoficamente pode-se resumir a doutrina utilitarista pelo "Princípio do Bem-estar Máximo": «agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar», insistindo no facto de que devemos considerar o bem-estar de todos e não o bem estar de uma única pessoa.
Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) foram os pensadores que sistematizaram o princípio da utilidade, e conseguiram aplicá-lo a questões concretas como sejam os sistemas políticos vigentes, Justiça, política económica, liberdade sexual, ou a emancipação das mulheres.
em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou acção é (in)correta, é o benefício intrínseco exercido à Coletividade: quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou acção.

agora que estamos todos um pouco mais cultos, explico o porquê desta introdução com "matéria de facto".
fez no dia 16 de Agosto de 2007, um ano - repito um ano - que enviei um e-mail para o sr. Paquete de Oliveira, Provedor da RTP, a manifestar o meu repúdio pela transmissão de um "programa" a denegrir a imagem (já de si dúbia) do Presidente Pinto da Costa - e no auge do "Processo Apito Dourado". foi (mais) um momento de má televisão e que me pareceu uma encomenda de senhores de Lisboa que não têm a coragem de enfrentar as pessoas de quem estão em desacordo pela frente.
porque não recebi qualquer resposta do sr. Provedor, dado que (provavelmente) estaria «ocupado com coisas» (por ventura, bem mais interessantes do que o meu e-mail ressabiado), resolvi reavivar-lhe a memória, enviando-lhe nova mensagem, a 07 de Fevereiro de 2008, para a sua caixa de entrada - não estivesse o Sr. Alemão (mais conhecido por Doença de Alzheimer) a atacar em força.
porque fez já um ano que enviei o dito cujo e porque ainda não obtive qualquer resposta da parte do sr. Provedor da RTP - nem que fosse a insultar-me, ou a dizer-me para ser mais produtivo para o País, ou a insinuar que fosse mais útil para a Sociedade -, resolvi encerrar a questão com novo e-mail, mas sendo um pouco mais acertivo. mas só um pouco mais. ;)

no fundo, questiono-me sobre a utilidade destes cargos (remunerados, ou não). se é para não terem a dignidade de responder às pessoas, mesmo que a informá-las de que seria melhor arranjarem uma vida, mais vale não existirem. e deixarem-se ficar «na caminha», como o outro morcão. ;)

por último, para saberes qual a música a que me refiro neste último e-mail para o (muito ocupado) sr. Provedor, podes bir aki para oubir a múzika óh murcãozola.

beijinhos e abraços!
e muito obrigado! pela tua visita ;)
»

segunda parte da coisa
(da que já era a quarta, logo o seu epílogo)

«
caríssima(o),

Ele respondeu.
Ele dignou-se a tecer uns brevíssimos comentários sobre as minhas parcas linhas em dois e-mails. Ele fez. Ele aconteceu. Ele é o Provedor do Tele-espectador da RTP. Ele é uma nulidade, mas escreve, e mal. Ele é Paquete de Oliveira.

podes ler a resposta do Sr. Provedor, se assim o entenderes, ali atrás.

é claro que não se ficou a rir de mim. a minha não tardou mais do que 5 minutos. ;)
ela está toda aqui - a resposta, claro! :) -, encerrando, em definitivo, uma aventura de 12 (d-o-z-e!) meses.
três preocupações antes de te deixar ir à tua vidinha:
  1. » porque é que o sr. Provedor só me respondeu quando fui um pouquinho deselegante no teor do penúltimo e-mail (quatro no seu total)?
  2. » porque é que, no Gabinete do Provedor, não accionam o corrector ortográfico antes de enviar mensagens a quem se lhes digna?
  3. » se «Provedores» é o plural de "Provedor", afinal «quantos são, quantos são»?! :)

a seguir, deixo-te com uma estória bastante interessante sobre como terá decorrido o episódio da resposta ao meu e-mail, lá para as bandas da "Capital do Império".

beijinhos e abraços!
e muito obrigado! pela tua visita ;)
nota introdutória:
tecnicamente foi a Chefe de Gabinete do Provedor da RTP, Fernanda Mestrinho, quem respondeu, mas vai dar ao mesmo. ou então não.
eis o que idealizo que poderá ter ocorrido na redacção da resposta à minha cândida pessoa. terá sido mais ou menos assim, porque como diz o slogan do Inimigo Público® «se não aconteceu poderia ter acontecido»:

Provedor:
olha para isto. mais um mail do Tollas. este gajo não desiste. que maçada. é persistente, o tipo. e incisivo. e escreve bem. acho que vou contratá-lo para Chefe de Redacção da RTP. ... é melhor não. está muito bem onde está e eu não quero sarilhos com aquela malta da Zarco. são de Matosinhos e tal. ... bolas, desviei-me do assunto. [carrega numa tecla do intercomunicador. ouve-se um PPIIIIII estridente do outro lado.] poças. não é esta tecla. [repete a acção com o mesmo resultado.] caramba para isto! [não acerta pela terceira vez.] que chatice, Maria Alice!
Ó FERNANDA, VENHA CÁ SE FAZ A FINEZA. [em ALTOS berros, porque a porta blindada do seu gabinete encontra-se fechada, numa qualquer subcave na 5 de Outubro (ainda não se mudou para as novas instalações da RTP)]

«já vou, sr. Provedor. câmbio e desligo.» [ouve-se no intercomunicador. era a voz da Fernanda. uma mestre na arte de bem utilizar o intercomunicador. sem segundas ou terceiras suposições. a partir das quartas, é da TUA responsabilidade.]

dois minutos depois, no Gabinete do Provedor:
Provedor:
Fernanda, este chato do caraças do Tollas escreveu-me outra vez. ele não me larga. é persistente. está tão em cima de mim que já não é só o seu bafo quente que sinto. eu não tenho dinheiro para lhe meter um processo judicial em cima. eu estou liso. e teso. de desejo por você. me beije. vamos fazer o sexo em cima da minha secretária. ... não, não é isto que quero dizer, apesar de ser o que estou a sentir. tenho que deixar de ouvir Delfins. ... onde ia eu?
Fernanda:
no Tollas, sr. Provedor, por assim dizer.
Provedor:
exactamente. esse incauto, esse verme da Sociedade Anónima - aquela que engloba todos os que não são jet-set, não ocupam cargos públicos nem resultaram em futebolistas, e aparecem nas notícias como «fulano de tal - cidadão anónimo». vou ter que lhe responder ou estarei tramado com F maiúsculo para o resto do meu mandato - ou seja, até daqui a 20 anos, ou 19 se meter os papéis para a reforma amanhã.
Fernanda:
o sr. Provedor já está reformado. fará 5 anos no próximo mês de Setembro. lembra-se? "foi em setembro que te conheci", como disse o Vítor Espadinha em sua homenagem, mas ainda não o sabia na altura.
Provedor:
olhe que já não me lembrava. tem graça esse episódio. tenho que ir ao médico da Multicare para me receitar mais Cerebronature. aponte aí Fernanda: Cerebronature.
olhe e já agora, redija-me aí um mail em resposta ao Tollas, se faz favor. depois eu assino por baixo. e traga-me um garoto com um pastelinho de belém também. não no sentido literal, claro. obrigado. é tudo.

the end | fim

»


beijinhos e abraços (entusiastas)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

1 comentário:

  1. Deixa lá... O Gordo estava aflitinho para peidar, e vai daí aproveitou o golo dos vermelhos para fazer "o" movimento.

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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