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caríssima(o),

devido a afazeres profissionais que (também) me ocupam os finais-de-semana, cheguei atrasado ao início da partida desta noite, em Guimarães, no que se pretendia que fosse mais um bem sucedido "assalto ao castelo".

vim a acompanhar o relato, via TSF, até chegar ao meu reduto familiar. vencíamos por 2-0, notava-se um certo "incómodo" nos comentadores de serviço, e ainda se debatia o golo legal sonegado ao Belenenses, uma hora trás...

assim que obtive um streaming jeitoso e sem interrupções, o Vitória acabava de marcar o seu primeiro golo. passei as mãos pelo rosto, levantei-me e fui por-me mais à vontade - i.e., vestir uma roupa mais confortável (vulgo pijama) e aconchegar o meu regaço com o cachecol da praxe. também aproveitei para compor o estômago, apesar do apetite não ser muito (mesmo para quem já não colocava nada no bucho há mais de seis horas. «não faz mal... alimento-me da minha própria gordura. e da vitória do FC Porto, se tudo correr pelo melhor, que vai!!! só pode dar certo!!!», pensei).

recomeço da segunda parte, confiança redobrada para o "tal" assalto pretendido e novo balde de água fria, à semelhança de outros, nesta época. mais uma "avenida" que se tinha aberto em direcção à nossa baliza e estava feito o empate.

depois... bem, depois houve nova série de equívocos, os quais se têm vindo a repetir com demasiada pertinência para um clube como o nosso, por serem (muitas vezes) demasiado básicos, "infantis", próprios dos escalões de formação. certamente que saberás do que me refiro, se viste a partida em causa e se também "viste" o mesmo jogo que eu acabei de ver...

(assim se justifica a imagem que "embeleza" o início destas linhas...)

«antes não tivesse visto...», foi o meu segundo pensamento, assim que o inexcedível marco ferreira apitou para a ida, em definitivo, para as cabines. o meu primeiro pensamento não pode ser aqui reproduzido, pois que contém demasiado vernáculo; e o senhor do apito foi mesmo "inexcedível", no sentido em que, em caso de dúvida, seria sempre em prejuízo do do FC Porto. e não me venham com a estorieta de ter perdoado o vermelho ao Alex sandro por aquela entrada sobre um jogador vitoriano que já nem deveria estar em campo, tanta foi a "lenha", o "pau", o "cacete" que se fartou de distribuir e sempre com o «glorioso» beneplácito do sr. marco... 

mas, não foi por este último que empatámos e demos um novo passo em frente (quiçá o último...) rumo a esse "abismo" que é o de vermos interrompido o ciclo de quatro conquistas consecutivas do campeonato nacional - vulgo tetracampeonato. sim!, porque e por muito que o afirmem até à exaustão, o "tal" «final de ciclo» tão apregoado só pode ser mesmo este.

quanto ao jogo em si, tenho que agradecer ao Danilo aquele corte providencial, aos 86'. não fosse ele, e estaríamos a amargurar a quinta derrota no campeonato...

e agora, com a tua licença, e porque estou demasiado triste para continuar, vou vegetar em frente ao televisor mas próximo, a ver se o sono vem o mais rápido possível. 

estou fisicamente estoirado e psicologicamente cansado, de tantas noites em claro, nos últimos tempos. para além de que ainda recupero das mazelas de uma gripe.

mesmo assim e tal como afirmei no passado Domingo:

«

é nestes momento de crise que costumámos renascer. 

e que regressámos ainda mais fortes, alimentando-nos de toda a maledicência que entretanto se tece em torno do nosso quotidiano e de todos os finais de ciclo que se prevêem.

»

para finalizar e destinado a todas(os) vós, lampiões e calimeros, que já vão fazendo a festa antecipada, e para todas(os) quantas(os) precipitadamente já me vão desejando "muitas felicidades", extensíveis a quem eu mais amo, aquele meu já (re)conhecido « abr@ço fraterno, com votos de que continuem todas(os) a ir p'á g'anda p*t@ que vos pariu ».

"disse!"