caríssima(o),
começo pelo fim: encontro-me resignado, que não vencido. «apenas e só» (in)conformado com a actual realidade, a qual me revolta as entranhas por me sentir incapaz de lutar contra ela. o meu poder (se é que o tenho...) é demasiado limitado e limitativo. sou "só" um adepto do FC Porto tal e qual como tu - sendo que aquelas aspas significam tudo o que encarna e se encerra no espírito de um portista indefectível.
assim se justificam as duas últimas "postas de pescada"®, num exercício em que pretendi demonstrar que o sentimento actual de uma franja de nós, portistas e administradores de blogues, é idêntico aos dos demais que são nossos familiares, amigos, colegas de trabalho, frequentadores do mesmo café central, comentadores profissionais, comentadores naqueles blogues: encontramo-nos (in)conformados com o rumo actual do quotidiano azul-e-branco, mormente do que se passa com a equipa principal de futebol profissional, sobretudo do futebol que (não) tem vindo a exibir.
tratou-se de uma demonstração desse sentir, que é comum a muitos milhares de portistas (ia escrever milhões, mas como nos consideram um «clube regional», poderia cair numa Soberba que, de facto, «não nos assiste») e em tudo semelhante a um outro, datado de Novembro de 2013. e é curioso verificar como, em dois meses, se não estamos pior (pelo menos anímica e sentimentalmente), estamos iguais a essa altura do campeonato...
portanto, regresso ao início desta "posta de pescada"® e que deveria ser o seu final: estou resignado perante a teimosia do actual treinador da nossa equipa de futebol principal. mas, mais do que "pedir a sua cabeça numa bandeja de prata", pois que tal decisão não passa por este que te escreve (pelo poder limitadíssimo que possui), optarei por não lhe dar descanso, recorrendo, quando assim tiver que ser, às minhas críticas construtivas, que são exactamente as mesmas que as tuas, e enquanto adepto profissional de tão-somente (por vezes, bem menos do que desejaria...) alapar o cu na sua cadeira de sonho nas bancadas do seu teatro de sonhos azuis-e-brancos e/ou no conforto do sofá lá de casa. e temo que estas venham a ser o "pão nosso de cada dia" pois, como escrevi ontem, nesta época atípica, «o sofrimento estará presente de forma bem mais acentuada do que o "arrefecimento" que já se (pres)sente nas (entretanto) gélidas bancadas do Dragão».
antes de terminar, três breves notas:
i)
encontro-me numa fase de mudanças, inclusive na remodelação deste espaço de discussão pública (excepto para os cromos do car@...ças que já se sabe quem são e que, cepos, ainda não atingiram que não são, de todo!, bem-vindos aqui). assim se justifica, entre outras, o lettring diferente.
desconheço se as mesmas estão a surtir o efeito desejado. assim sendo, gostaria de contar com a tua preciosa ajuda na sua revitalização, pois que é um local que nos é comum e que sobretudo é feito diariamente a pensar em ti. portanto, faço votos para que utilizes a caixa de comentários, ali em baixo, para deixares a(s) tua(s) sugestão(ões) - a(s) qual(ais), desde já agradeço.
ii)
o nosso enfant terrible, Miguel Sousa Tavares, na sua NORTADA de hoje ("sacada", com o devido crédito a quem a difundiu à saciedade: o caríssimo dragão Vila Pouca, no extremamente azul "dragão até à morte"), sob o título "quando Pinto da Costa abre a boca..." critica os críticos que criticaram as críticas veementes do nosso grande presidente, na entrevista que concedeu na passada Quinta-feira.
subscrevo todo o seu primeiro ponto (de dois, no total), o qual surge em contra-ponto com a última guerrinha do abjecto do sr. fernando que, sob o título "leão mais candidato", em vez de se pronunciar sobre questões do futebolês como o fez para os clubes da Segunda Circular, em relação ao nosso FC Porto, invariavelmente optou por «desancar» em Pinto da Costa e na sua «brusca intervenção». razão tem Miguel Sousa Tavares quando escreve que «por vontade do 'press corps' alfacinha, o presidente portista deveria pura e simplesmente ser vetado da Imprensa»...
iii)
ainda na mesma edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada e agradecendo, mais uma vez, a quem de direito por se ter dignado em republicar alguns dos seus artigos (mormente os que são de interesse portista), o sr. com apelido de prato de bacalhau, em "conversa fiada", a dada altura, refere que:
« O vice-presidente e, ao que parece, presidente 'in pectore' do clube (sim, à moda das monarquias) afirmou, há poucas semanas [foi a 21 de Outubro de 2013...], o seguinte: «Somos especialistas a desenvolver talento».
Eu teria acrescentado: «E a destruir esse mesmo talento». Que é feito de Diogo Viana, Sérgio Oliveira, Bruno Gama, Paulo Machado, Vieirinha, Candeias, Iturbe, Fucile e tantos outros... para já não falar da forma canhestra como foi conduzido o processo de renovação de Fernando, que está livre e é só o melhor de todos? »
não é a primeira vez que este sr. vem com estas cantilenas de efectiva «conversa fiada», que mais do que tresandam a encomendas do editor do pasquim para o qual trabalha - já que é o correspondente do dito em Itália. certamente que não será a última.
importa, para a provocação em causa, referir que, em mais de metade dos nomes dos futebolistas que citou, o FC Porto ainda possui créditos em posteriores vendas dos seus direitos desportivos (a saber e pela ordem que apresentou: Diogo Viana, Sérgio Oliveira, Candeias, Iturbe e Jorge Fucile). por muito que não tenham encontrado o seu espaço na equipa principal de futebol do clube (com excepção para Jorge Fucile), afirmar que o seu talento foi «destruído» é algo estúpido. e imbecil. e parvo. e ridículo, também.
mas eu sei, eu sei... quem verdadeiramente potencia o talento de jovens jogadores lusos, em Portugal, é o Jorge "jejum"... aliás, os putos da "academia" estão-lhe muito gratos. e o nelson oliveira também...
"disse!"
Adoro quando o Andresen lhe dá para desancar na bafienta comunicação social encornada. Ele, como dizia o outro no Brasil, quando não fala do jogo jogado é um poeta. E acrescentaria que quando bate nos mouros trambiqueiros é único.
ResponderEliminarO que já não concordo tanto é na análise que faz da entrevista ao nosso estimado presidente. Se ele próprio reconhece a proverbial competência de Pinto da Costa na gestão desportiva do clube, também deveria reconhecer que ele é ainda mais competente/diligente/astuto em matéria de liderança. E um bom líder faz exactamente o que o presidente fez na entrevista: defendeu intransigentemente os seus colaboradores; procurou passar uma mensagem de confiança e optimismo (independentemente do momento negativo da equipa); recusou a tese do “atirar a toalha ao chão” e não tirou o tapete ao treinador. Mais: não deixou nada por dizer relativamente aos inimigos do clube. E fez muito bem, desviando as atenções para fora e libertando a tensão acumulada dentro do clube.
Não quero parecer seguidista, mas Pinto da Costa mostrou que, a este nível, é único. Para quem esperava que ele fosse desancar nos seus e tirar o tapete ao treinador – dando dessa forma o flanco para que os saloios da capital se ficassem a rir – só posso dizer uma coisa: Habemus Papam!
Saudações draconianas!
Meu caro Miguel, os tempos estão difíceis e com o IVA a 23% já ninguém come bacalhau à Gomes de Sá.
ResponderEliminarDepois da entrevista do presidente que tanto agitou as águas, hoje o comunicado sobre as contas, mostra que não vamos entregar o ouro ao bandido de mão beijada.
Abraço
ResponderEliminar@ Nelson e dragão Vila Pouca
caríssimos,
muito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!
e desculpem só vos ter "dado a devida atenção" agora; esqueci os vossos comentários, que só agora publico.
no fundamental:
penso que Miguel Sousa Tavares é óptimo a defender os nossos interesses para o exterior e que, num sentido inversamente proporcional e diametralmente oposto, se situa o sr. com apelido de prato de bacalhau quando aborda o quotidiano do FC Porto.
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
abr@ços a «ambos os dois» :D
Miguel | Tomo II