caríssima(o),
» no seguimento da minha última "posta de pescada"®, ali em baixo, (que, como previra, tem suscitado alguns comentários menos próprios, dignos de quem tem a Educação, o Civismo e o Respeito como valores de pacotilha, i.e., que só podem ser meritórios em nosso favor e na defesa das nossas causas),
» depois de mais um dia de festival noticioso "estilo maratona", na totalidade dessa abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacional, e sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto,
» sem pachorra para mais dois dias de Luto Nacional e para aturar um minuto que seja sobre estórias, historietas, façanhas, feitos, conquistas, golos, triunfos e sei lá mais o quê, a preto-e-branco desgarrado,
pois que quero afirmar que estou desejoso de notícias sobre o Portugal real - nem que seja da "troiKa que os parta a todos"®, do "(des)governo da Nação (que já não é assim tão) valente"®, de mais impostos encapotados e tidos como temporário-definitivos e de tudo o que é tido como mediático.
para finalizar, um pensamento uniforme em jeito de cinco perguntas retóricas:
o que acontecerá, a nível mediático claro está, quando o nosso querido líder - o presidente que mais títulos possui a nível mundial e que dirige os destinos do clube que mais venceu no séc. XXI, no Mundo do Futebol - partir para um mundo melhor?
e exceptuando a hipotética cobertura do Porto Canal, será que também terá todas as estações de televisão (inclusive as generalistas, a replicar a informação dos seus canais informativos) a realizar uma maratona informativa de (pelo menos) quarenta e oito horas?
e será que também conseguirá a unanimidade nas capas dos pasquins diários desportivos nacionais?
e será que o pasquim da Travessa da Queimada, na edição impressa do dia a seguir à sua partida, também lhe dedicará um suplemento especial de trinta e duas páginas (!!!)?
e qual será o adjectivo que o lixo tóxico do grupo cofina empregará?
"disse!"
Caro Miguel,
ResponderEliminarComo leitor (cada vez mais) fiel, permite-me discordar do que li sobre a mediatização da morte do Deusébio – talvez nem tanto no teu blogue, mas em alguma bluegosfera. Trabalho diariamente com imprensa, nomeadamente com jornaleiros e editores sem vergonha, capazes de vender a alma ao diabo e incensar (ou imolar) sem pudores. Sabemos perfeitamente o que vale a grande maioria dos media cá do burgo – e o único com expressão que existe no Norte não é excepção à mediocridade reinante.
Posto isto – e passe o oportunismo, as recordações bolorentas e tudo o que de acertado disseste sobre o tema – acho que ninguém esperava que a morte de Eusébio fosse tratada de forma diferente pela imprensa. Não vou replicar os elogios bacocos, mas de facto era um tipo consensual, um ícone como não tivemos muitos na história, uma referência do país. E era por demais evidente que a imprensa ia dar uma importância ad nauseam ao assunto, como o fez em ocasiões anteriores com Amália (que nada de útil fez, além de exportar uma voz que deus lhe deu e que ela se esforçou por perder) ou com o Cunhal (um tipo com algumas qualidades, mas que tinha uma visão, digamos, dogmática, da democracia). Adiante: não gosto de endeusar ninguém, mas dou debalde a histeria porque a acho relativamente compreensível.
Uma última nota. Não vale a pena pensarmos, sequer questionarmos, se um dia (que esperemos longínquo) a comunicação social vai dar igual importância à morte de Pinto da Costa. É uma figura altamente controversa, gerador de ódios e paixões assolapadas e que nunca despertou (e ainda bem, porque tal deu-lhe mais força) a bajulação dos escribas. Além de que, acredito, não seria essa a vontade do próprio.
Os meus votos, sinceros, é de que o FC Porto, como clube diferente que é, dê uma lição de desportivismo no jogo de domingo, ganhe e coloque uma coroa de flores na estátua do Eusébio.
@ Nelson
ResponderEliminarmuito obrigado! pela visita, pelas gentis palavras e pela fidelidade que se vai conquistando! :D
não comento o seu comentário para não estragar nada :D
subscrevo-o na íntegra.
só uma nota de rodapé e acerca do desportivismo que tão bem refere: é favor ler aqui
abr@ço
Miguel | Tomo II