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caríssima(o),
por motivos vários, mormente de teor familiar, só pude visualizar o encontro de ontem, ante o FC Penafiel, a contar para a "ex-taça da bjeKa"®, muito perto da meia-noite (que, como é do conhecimento geral, «it's when the day beggins»). assim se justifica o atraso na publicação desta "posta de pescada"®. nela pretendo, mais do que as incidências do jogo em si, abordar algumas das suas questões colaterais. vamos lá, então!
as minhas primeiras palavras surgem em forma de duplo elogio. explico.
o primeiro vai directo para os 12507 heróis que, numa Quarta-feira, ao final da tarde/início de noite, com um tempinho que convidava (e muito!) a ficar no conforto do lar, por indesmentível Amor ao Clube, deliberada e (in)conscientemente (pois que, no mundo a bola, há paixões que a própria Razão desconhece em absoluto) optaram pelo (des)conforto gélido e molhado da sua cadeira de sonho, no estádio. se foste um(a) dos que compareceram no nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos, os meus sinceros "parabéns!". foste, para mim, um(a) bravo(a) portista, daqueles indefectíveis e de "antes quebrar do que torcer" no seu apoio incondicional à Equipa e quando ela mais precisava de ti, presente nas bancadas.
a minha outra palavra elogiosa vai para quem tem por incumbência a manutenção do relvado do nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos. depois de um autêntico dilúvio que se abateu sobre a freguesia de Campanhã, e passado o tempo previsto no regulamento das competições organizadas pela Liga, e para lá de um ou outro local onde a 'chichinha' não rolava, no cômputo geral o seu estado só nos pode deixar orgulhosos. muito orgulhosos, mesmo! e que colocam, num bolsinho, os elogios que se teceram a um «glorioso» charco, em finais de Outubro último, numa partida a contar para a Champions - que só não foi interrompida (talvez) devido ao 'fair-play' financeiro da UEFA, o qual, tal como para aqueles lados da segunda circular, é uma «treta».
a seguir, algo que realmente me incomodou: os "comentários" à partida por parte de um "freteiro" de serviço (cujo nome desconheço, confesso...), de Manuel Queiroz e de uma cambada que teve o desplante de, em directo, chamar «aquele cromo» a Hélder Guedes, jogador do FC Penafiel. é que foram capazes de conversar sobre tudo e sobre todas as partidas a contar para a segunda jornada, da fase de grupos, da "ex-taça da bjeKa"® (sobretudo com essa «glorioso» promoção ao embate que opôs o Leixões ao clube que se encontra num período de nojo de (pelo menos) um ano, pelo desaparecimento de «um símbolo que se confunde com o do clube» em questão, e em casa deste último), excepto da partida que estava a ser disputada e transmitida através do canal para o qual "comentavam". e, quando o fizeram, foi sempre com um enfado que se (pres)sentia também no monocórdico tom de voz...
para mim e para lá daquela tremenda falta de respeito (para lá do profissionalismo que a classe que representa deveria merecer), o supra-sumo dos seus "comentários" aconteceu quando (in)tentou justificar o «resultado desnivelado, algo exagerado» da partida e quando o marcador já indicava 3-0 a nosso favor. felizmente que foi "travado" nessa intenção por Manuel Queiroz, o qual também esteve a fazer um autêntico "frete" (no sentido de controlar os «gloriosos» ímpetos do seu companheiro de cabine). não perceber que a equipa esperava dar uma resposta convincente à exigente massa adepta portista, devido ao que aconteceu no ex-estádio da Lucy, é não perceber "puto" de bola...
bem sei que poderia ter desligado o volume da televisão; mas optei por mais um exercício de puro masoquismo e, assim sendo, estoicamente suportei os ditos "comentários" à partida.
a outra questão (e última) que pretendo abordar, acerca da partida de ontem, é o do regresso do 'mustang' a um palco que tão bem conhece.
tal como no regresso do nosso Lucho, também ele deixou um ar de magia no ar, assinalado com um golo. foi bonito, merecido e a coroar tal regresso. no resto, o "harry potter" foi igual a ele próprio: individualista quando assim teve que ser, a optar sempre pelo adorno do que à simplicidade, a preferência pelo remate aos invés da assistência para o companheiro de equipa, a irresistível quezília ao salutar "deixar passar". e até conseguiu ver o seu segundo cartão amarelo em igual número de partidas disputadas. ou seja e tal como escrevi no início: foi igual a ele próprio.
portanto, não estou iludido com o seu regresso, nem considero que ele vá ser a "chave" que irá solucionar a larga maioria dos problemas que afectam a nossa equipa. mas e no Presente, prefiro-o (com todas as suas virtudes futebolísticas que tem e com todos os seus defeitos na sua personalidade dentro do terreno de jogo) a um inoperante Licá (que é portista como nós, esforçado, joga numa posição que não é a sua - já que, no Estoril, era a "muleta" do ponta-de-lança, mas não deixa de ser o novel patinho feio do plantel para a esmagadora maioria da massa adepta portista, i.e. e dito de outra forma, o substituto do Mariano González).
para finalizar e assim concluo o meu raciocínio nesta "posta de pescada"®, quero referir que, apesar do resultado final e dos "testes" efectuados, não posso retirar quaisquer conclusõe sobre o eventual desvanecer dos problemas que nos têm apoquentado esta época.
tenho para mim que não foi ante o FC Penafiel que, em boa-fé, se poderá considerar que o que transpareceu no encontro contra o 5lb já pertence a um passado (mesmo muito) distante; a resposta que eu espero - e, julgo não estar errado, se afirmar que tu também a anseias - terá que ser dada já este Domingo, frente ao Vitória de Setúbal "de" José Couceiro e que é muito diferente "do" de José Mota, para bem melhor - José Couceiro, diga-se, um dos treinadores que passou sem glória pelo nosso FC Porto. daí que corrobore as declarações de Paulo Fonseca acerca do verdadeiro «contexto prioritário».
Madness, «one step beyond»
[e não!, ainda não me apetece escrever a habitual despedida formal. os motivos guardo-os só para mim, por ora. ]
Eu fui um dos presentes no estádio, mas não sei quem é que sofreu mais, os que lá estiveram ou os que conseguem ouvir os gajos da TVI. Mas o nosso treinador também não fica nada atrás deles, quando abre a boca, valha-nos Deus, podia estar calado, pois acertava mais.
ResponderEliminarAbraço
Manuel Moutinho