sexta-feira, 19 de abril de 2013

carta aberta ao caríssimo Rui Moreira



© Google | Miguel Lima (Tomo II)


caríssimo,

sabe bem a estima e o apreço que nutro pela sua pessoa, bem como do seu portismo - o qual (também) é, para mim, um exemplo, motivo pelo qual é um dos "dragões de ouro" deste espaço de discussão pública, excepto para lampiões.

porém, após a (re)leitura atenta do seu último artigo de opinião "teimosias"na sua coluna PLENOS PODERES, na edição impressa do dia de hoje, no pasquim da Travessa da Queimada, confesso que fiquei um pouco incomodado com as palavras que se seguem:


© pasquim da Travessa da Queimada
(clicar na imagem para ampliar)



não pretendo ser exaustivo nas razões que se encontram por detrás deste meu estorvo emocional (mesmo que saiba de antemão que aquele será passageiro). mesmo assim,as principais são:

1)

«uma época perdida»?

mas então o meu caro já atirou "a toalha ao chão" quando ainda estamos matematicamente na luta pela revalidação do título (e mesmo com um calendário difícil, se comparado com o do rival, o qual ainda terá que visitar o nosso reduto)? 
sinceramente não estava à espera... 

2)

apresentar um nome de um (desejado) treinador, para uma suposta sucessão e na esperança da sua contratação «tão rapidamente quanto possível», e quando o nosso clube do coração ainda tem um treinador à frente da sua equipa principal de futebol, é (no mínimo) de muito mau gosto.
confesso que também não estava à espera... 

3)

se «o demérito deve ser atribuído a todos os que tomam decisões» (e na eventualidade de uma «época perdida») - e percebo perfeitamente quem são os destinatários de tal mensagem (inclusive os responsáveis por «erros de gestão, [que não são da responsabilidade de Vítor Pereira e que] não podem ser assumidos pela SAD») -, faço votos sinceros para que se retracte na eventualidade (mesmo que remota) de virmos a festejar o terceiro TRI da nossa história.

no fundamental, e rebuscando um meu escrito recente ("das razões do meu coração (apertado)..."),  considero que, no Presente, «todos somos poucos numa luta desigual» para chegarmos a esse bom porto que é a comemoração de mais um título de campeão nacional, mormente quando refiro
« de que nos vale estar(mos) a achincalhar o actual treinador principal da nossa equipa de futebol? se não tivermos presentes as duas premissas referidas anteriormente, o nosso "apoio" será idêntico ao dos assobiadores profissionais que se deslocam ao nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos e o fazem desde o primeiro minuto de jogo, comportando-se, por vezes, bem melhor do que os adeptos dos clubes adversários. »

é por essa ordem de razões que julgo que o seu escrito, ao invés de ajudar a congregar os esforços necessários para que a massa adepta portista (ultimamente tão dividida...) apoie a nossa equipa do coração, está a contribuir ainda mais para essa tal divisão que se (pres)sente.

sincera e honestamente, e tomando em linha de conta a realidade do órgão de comunicação social onde assina os seus artigos - o qual indubitavelmente se destina à massa adepta do "clube do mito urbano dos «oito milhões e meio...» por Roberto -, não acha que já não basta a lampiónica bazófia que se reconhece em escritos como os editoriais "é assim que se deve 'ler' o derby" (da autoria de josé manuel "el excremento" delgado), e "a maldição caiu sobre Vítor Pereira" (assinado pelbelenense vítor serpa); ou na entrevista a Manuel Sérgio (admirador confesso das virtudes do «catedrático» Jorge "Jebus"); e também no cínico escrito de sílvio "o senador pateta" cervan "FC Porto moralizado", bem como no mauzinho "o jogo do título", de joão (nada) bonzinho; ou na forma como noticiam o quotidiano afecto ao FC Porto, invariavelmente para nos desestabilizar (por exemplo, se ontem anunciavam a «provável» venda de Atsu, hoje já é o Helton «a traduzir-se num bom negócio»)?
não acha que já basta termos que "gramar pastilha" com um cartoon como o que se segue e nem sequer conseguirmos esboçar um sorriso amarelo?



© abola | Ricardo Galvão
(clicar na imagem para ampliar)



portanto e pelo exposto, não acha que (também ter que) (re)ler artigos de colunistas afectos ao FC Porto susceptíveis de criarem divisão no nosso seio, são dispensáveis (e, neste aspecto, até estou curioso para saber o que virá por aí na segunda parte do artigo de Paulo Teixeira Pinto "de B a A")?
eu acho que sim; mas tal é a minha opinião. concordo que haja outras, porventura diferentes da minha, e respeito essa divergência de expressarmos o Amor pelo nosso clube (em termos de escrita). agora, não as posso acatar, muito menos compreender e sequer aceitá-las como válidas.

como costumo afirmar, «bem sei que "isto" mais não é do que um desabafo de alguém que gosta de Futebol e é indefectível portista. se comparado, com a situação económica do nosso País, por exemplo, este assunto são 'peanuts'»...
mas também sei e como o poBo costuma dizer na sua popular douta sabedoria, que "quem não se sente não é filho de boa gente". e eu sinto muito o nosso FC Porto, assim como tenho a certeza que o caríssimo também. e é por o saber que lhe destino esta missiva.


na esperança de a mesma chegar ao seu destino e sobretudo, de ser bem interpretada, e parafraseando o saudoso eng. Sousa Veloso, «despeço-me com Amizade» :D



3 comentários:

  1. Com amigos destes, quem precisa de inimigos, é o que dá vontade de dizer,será que este senhor tem noção do mal que está a fazer ao clube neste momento com estas criticas, porque não espera pelo fim do campeonato para as fazer? Será que ele foi à assembleia geral criticar os responsáveis? Parece que não,é mais fácil bater no treinador.
    Abraço
    manuel moutinho

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  2. Caro Miguel,
    Concordo plenamente com esta sua carta aberta "ao caríssimo Rui Moreira".

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com

    www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com



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  3. caríssima Ana, caríssimo Manuel:

    obrigado! pela vossa visita e pelas vossas palavras!
    (e desculpem-me por só hoje vos responder aos gentis comentários, mas os últimos dias têm sido de trabalho intenso)

    vamos fazendo o que pudemos, junto dos nossos e sempre em prol de um Amor comum, certo? :D

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os dois» :D
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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