quinta-feira, 5 de abril de 2012

obrigado, Raul!


© Getty Images | uefa


caro Raul,

antes de tudo, parabéns! por mais uma vitória ante o 5lb, pela passagem às meias-finais da Liga dos Clubes Campeões Europeus e por teres evitado a (im)provável conquista de mais um «não-título»* para os coisinhos lampiónicos

depois, muito obrigado! por nos teres oferecido um golo monumental e, dessa forma, teres permitido calar, não só os apupos dos adeptos (ilegais) afectos à «gloriosa» causa coisinha da agremiação de Carnide, mas também (e sobretudo, para mim) os comentários bastante lampiónicos das três abéculas da estação (cada vez menos) pública de televisão, enviadas especialmente a Londres para cobrir o encontro da segunda mão da Champions; a saber: alexandre albuquerque e antónio tadeia (nos comentários) e alexandre santos (repórter de campo).
«acardita» que aqueles cromos conseguiram tirar-me do sério com a sua «gloriosa» parcialidade com que "comentavam" o encontro; em muitos momentos, fizeram-me lembrar o gordo lampiónicos - não é esse, é o outro -, e também o quão diferente (e saturante? arreliador? nefasto?) é para aqueles "jornalistas (muito pouco) desportivos" comentar um encontro, para a Champions, onde participa uma equipa que traja orgulhosamente de azul-e-branco.

mas tu, melhor do que ninguém, sabes ao que me refiro, pois sentiste "na pele" (mesmo que imensamente tatuada) o que é fazer parte integrante (e com sucesso) do FC Porto e pressentir a aversão inveterada e absoluta, a raiva, o rancor e a antipatia por parte de quem deveria ser imparcial.

portanto,
foi, de facto, um momento "para mais tarde recordar(es).
e, por tudo o que escrevi, o saborear(es) com muito carinho. ;)


* para saberes mais sobre o que é um «não-título», recomendo a leitura que se segue, de um post repescado e devidamente actualizado, do (entretanto defunto) TOMO I, escrito poucos dias depois do "apagão com direito a rega" no estádio-sem-Luz.


somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)
Miguel | Tomo II


ps (às09h34m de 05-04-2011):

para quem ainda não reparou, há um aviso no canto superior direito que (penso) "diz" tudo.
sobre os seus teor e significado, já me pronunciei anteriormente. 
conceber que irei ceder nesse ponto - que, para mim, não é flexível - e redigirem ameaças veladas na caixa de comentários, escritas (cobardemente) em frente a um teclado, é tão ridículo como ter medo do bicho papão, do abominável homens das neves, do monstro do Loch Ness, do coelhinho (da Páscoa?) ou (sei lá),  apresentar uma queixa à Federação Portuguesa de Futebol por causa de «factores estranhos que os prejudicaram gravemente» e tendo em causa a arbitragem de ontem, em Londres. 

só quem não me conhece pessoalmente é que poderá entender, no seu (pouco e imperfeito) juízo que será dessa forma que me demoverão. 





© Jornal de Notícias

«
pergunta: qual foi o maior momento do 5lb?
resposta: essencialmente os títulos e os não-títulos [sic] - ou seja, as finais perdidas. Mas... Ser "finalista europeu", "vice-campeão europeu", é sempre um título - doa a quem doer.
»


caríssima(o),

tive o primeiro contacto com esta pérola do anedotário futebolístico nacional no "Reflexão Portista". foi num comentário do "ah pois", em Janeiro de 2011 e a propósito de uma votação para a «melhor equipa de sempre», no sítio do pasquim da Travessa da Queimada e onde se incluíam a equipa azul-e-branca de 2004 e a lampiónica de 1962.
também a descobri na segunda versão do "Pobo do Norte", num comentário do "fiz a tropa com o Baía" (às 06:25) e a propósito de um post sobre os "recados" de sílvio "o senador pateta" cervan...

aquelas declarações encontram-se reproduzidas numa reportagem do canal americano ESPN sobre a conquista do último título do clube-que-encaixou-5-no-Estádio-do-Dragão-e-recentemente-apagou-as-luzes-(literalmente)-no-seu-reduto-para-não-ver-a-festa-do-novel-Campeão-Nacional-e-assim-proporcionou-imagens-lindíssimas
foram proferidas ao minuto 2'21'' daquele vídeo, por um "anónimo" (e não pela já carcomida «glória» do 5lb, de seu nome josé augusto).

é óbvio que, mal ouvi aquela anormalidade, recordei-me da velha máxima que impera no nosso FC Porto, principal e mormente desde os tempos de José Maria Pedroto
«as finais não se jogam; ganham-se!»

de facto, para além do número de títulos conquistados no campeonato nacional - (diz que são) trinta e três contra vinte e sete do FC Porto -, só mesmo o número de finais europeias e/ou intercontinentais perdidas é que resta aos lampiões como argumento para a sua «superioridade incontestável» no panorama futebolístico luso... e, já agora, quem sabe..., se os títulos nacionais perdidos desde 1977/1978 - mas só e desde que se tenham classificado no primeiro lugar dos últimos e a menos de, vá lá, cinco pontos de diferença.
porquê cinco pontos? sucintamente: porque, desde 1995/1996, que o cinco se tornou um número mítico.

curiosamente (ou talvez não):
a) o título internacional mais recente do 5lb data da (já longínqua) época de 1961/1962, quando conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus (que não se realizava nos mesmos moldes que a actual Champions, pelo menos no que ao total de jogos disputados para a erguer);
b) o «não-título» mais recente do 5lb, posterior à época 1989/1990, quando perderam ante o AC Milan composto pelo trio-maravilha holandês, data de 2013/2014;
c) o palmarés de «não-títulos» internacionais do 5lb é o que se segue:
cinco vezes finalistas vencidos da antiga Taça dos Clubes Campeões Europeus (competição, àquela data, no máximo nove jogos, final incluída); duas vezes semi-finalista na Taça das Taças; duas vezes finalista vencido da Taça Intercontinental (7-2 ante o Peñarol, em 1961; 3-2 (Brasil) e 2-5 (Portugal), ante o Santos de Pelé, em 1962); duas vezes finalista vencido da Liga Europa, e de seguida;
d) o título internacional mais recente do FC Porto data da época 2010/2011, quando conquistámos a Liga Europa, ante o SC Braga;
e) o nosso «não-título» mais recente também data da época 2011/2012, quando perdemos a Supertaça Europeia para o Barcelona;
f) o palmarés de «não-títulos» internacionais do FC Porto é o que se segue: uma vez semi-finalista na Champions League, em 1993/1994; três finais perdidas da Supertaça Europeia (em 2003/2004, ante o AC Milan; em 2004/2005, ante o Valência e a referida no ponto anterior); uma vez finalista vencido na Taça das Taças (a célebre final de Basileia, em 1983/1984).

em resumo:

até nesse (não-)argumento dos «não-títulos» e tendo como pressuposto a máxima protagonizada, o nosso FC Porto leva a melhor sobre o seu eterno rival.

por último, recomendo a visualização atenta desta reportagem no canal ESPN sobre o FC Porto.

beijinhos e abraços (muito titulados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)



3 comentários:

  1. Vieram queixar-se aqui os lampiõezinhos? De quê?

    - De um penalti gigante muito bem assinalado?
    - De 2 amarelos por protestos sobre esse mesmo penalti gigante?
    - Do árbitro ter poupado o vermelho directo ao raiva garcia no lance do penalti? (eu sei que é um bocadinho exagerado, mas um vai para a baliza e outro vai para jogar rugby...)
    - Do 2º amarelo do maxi ser quase vermelho directo?

    Ah, já sei! Do amarelo perdoado ao Mikel na 1ª parte! "clube de vermelho eliminado porque jogador não viu um cartão amarelo" devia ser a capa do jornal da rua da queimada... Mas não foi...

    P.S. Que pena que eu tive que o Chelsea tenha decidido jogar com 8 (o Torres, o Kalou e o Mikel jogaram mesmo? O Lampard deixou o pulmão em casa?). Com uma equipa a sério (tipo Drogba, Sturridge, Meireles, Essien), cá me cheira que íamos ter molho...

    Nunca esquecer: para eles, mais nunca é de mais.

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  2. Não vi o jogo desse clube de bairro lisboeta (era só o que me faltava, perder tempo a ver pseudo-boas equipas a jogar) mas costumo ver os resumos de todos os jogos europeus, e também já o fiz em relação aos dois de ontem. Gostava de saber onde é que o arbitro teve a culpa no que quer que seja. Tanto o penalti como a expulsão foram boas e correctas decisões. Notou-se, nos dois lances e nos dois jogadores da equipa portuguesa envolvidos nesses lances, a surpresa pela "pouca compreensão e empatia" do arbitro. Algo assim do género: "mas a gente farta-se de fazer coisas deste género em Portugal e agora este tipo não decide como os outros lá da nossa Liga?! Porra que este tipo não ajuda nada."

    Pois é, se as regras fossem sempre aplicadas como foram ontem, ou seja, se as regras fossem sempre aplicadas correctamente e não de acordo com as cores das camisolas, o clube com nome de bairro lisboeta veria muitas mais expulsões de jogadores seus e teria muitos mais penaltis marcados contra si.

    E muito me tenho rido desde ontem à noite. Mais propriamente desde que me apercebi da lavagem cerebral que a comunicação social quer fazer a todos nós, repetindo ad nauseum que o chelsea sõ passou por causa do arbitro e da UEFA e do platini. HEHEHEHEHE.
    Então o catedrático da pastilha queira o chelsea pois era a que lhe dava mais jeito e que era a mais fácil de deixar para trás e depois... depois levaram na espinha, à grande e à inglesa.

    E a propósito de tudo que os tenho ouvido dizer, das criticas ao platini e aos árbitros estrangeiros e do cansaço e outras coisinhas, até me apetece dizer :
    Pois é, pimenta no cu dos outros para mim é refresco.

    Que pena (not).

    Já agora recomendo-te um saltinho ao blog Mistica do Dragão que está lá um vídeo muito bem arranjado a propósito deste assunto.

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  3. caríssimos,

    também gostei particularmente daqueles momentos em que os adeptos (ilegais) afectos à agremiação de Carnide entoarem cânticos (de vivas?) a Michel Platini.
    já o do «só mais um» deve ter sido dirigido ao "nosso" Raul, pois nem cinco minutos volvidos e ele fez-lhes a vontade ;)

    ps:
    @ Nelson

    já vi o vídeo e linkeio no último post de hoje, obrigado!
    andaste desaparecido, rapaz ;)
    feliz regresso ;)

    abr@ços a «ambos os dois» ;)
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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