dragão de ouro: Rui Moreira

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caríssima(o),

este é um post muito especial; deveras especial, até.
é tão especial que nem pensei que o estou a editar com a mesma alegria com que redigi, por exemplo, o anúncio à saciedade da minha paternidade ou, futebolisticamente "falando", as linhas de satisfação pela conquista do Liga Europa, na última época, no (entretanto desaparecido) TOMO I.
em suma: estou "um sininho" de felicidade e de contentamento! ;)

pelo seu título, já deverás ter chegado lá ;)

na rubrica "binte perguntas a..." - os "dragões de ouro" deste espaço de discussão pública - o convidado (especialíssimo) é ... Rui Moreira - um nome que, no universo azul-e-branco, dispensa apresentações.
mesmo assim e para lá das mais óbvias, o cronista de "PLENOS PODERES" no pasquim da Travessa da Queimada, é actualmente membro do Conselho Consultivo da "Futebol Clube do Porto - Futebol SAD" e antigo colaborador no blogue "portistas de bancada".

confesso que não esperei que acedesse de uma forma tão gentil e cordata - e, sobretudo, rápida - ao convite que lhe foi endereçado para responder ao questionário que se segue.
portanto, espero que também desfrutes desta minha alegria em poder partilhar contigo alguns dos pensamentos deste (nosso) dragão dos quatro costados que muito prezo e estimo - como a qualquer um de vós! ;)

sem mais delongas (e bajulações), connosco:

Rui Moreira ;D

beijinhos e abraços (tripeiros)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

© coluna azul

binte perguntas a… "Rui Moreira"

I. dados biográficos (gerais)

nome: Rui Moreira

data de nascimento (mês, ano): Agosto de 1956

signo do Zoodíaco: leão

naturalidade (Freguesia, Concelho, Distrito):
Nevogilde, Porto (Porto)

residência (Freguesia, Concelho, Distrito):
Nevogilde

área de actividade profissional:
presidente da Associação Comercial do Porto

estado civil: divorciado        

nr. de rebentos: dois filhos e uma neta

II. entrevista

1. ainda se lembra da primeira vez que entrou num estádio de futebol?
e já agora: qual foi o estádio, quando foi (basta o ano), que equipas jogaram e qual o resultado final?

A primeira vez foi no jogo do título da época 1955-1956, na barriga de minha Mãe que, no meio da confusão, teve de sair em braços. Por pouco não nascia, eu, prematuro e nesse dia…

2. qual a primeira recordação – a mais imediata – da primeira vez que se recorda de “estar”, de “sentir o pulsar da turbe” no saudoso Estádio das Antas?
justifique a resposta.

Julgo que corria o ano de 1961, num jogo com o Benfica.
Dia de enchente, ao colo do meu Pai que me ia explicando o jogo….

3. à data [Abril de 2012], qual foi o melhor desafio de futebol que assistiu “ao vivo e a cores” e que nunca esquecerá? porquê?

(não contam, para esta (futura) estatística, as partidas televisionadas)

O melhor jogo a que já assisti foi o FC Porto vs. Dínamo de Kiev, nas meias finais da Taça dos Campeões Europeus de 1987.
Só quem lá esteve se recorda do que rodeou o jogo, das jogadas do Futre… Saí convencido que iríamos ser campeões, e fomos!

4. é sócio do FC Porto desde que ano? e consegue explicar o que o levou a ser um “portista dos quatro costados” – ou seja, a preterir todos os outros pelo amor a este clube (dito) «regional»?

Fui sócio na minha infância por um período curto; depois vivi no estrangeiro, estive muito doente quando voltei, e só me fiz sócio outra vez e a título definitivo em 1990.
Para mim, nunca houve opção: o meu tio-bisavô, o Nunes, fora campeão pelo FC Porto no primeiro campeonato que vencemos [na época 1934/1935]; o meu pai era doente pelo FC Porto…

5. sobre o actual “estado de graça” e sobre o quotidiano do nosso clube: como avalia a qualidade do nosso plantel principal de futebol? por exemplo, considera que existem lacunas? quais são elas (a existir)?
ou ainda: acha que não haverá a necessidade de recorrermos ao mercado de transferências na próxima época (potenciais vendas de passes de jogadores não incluídas)?
justifique as suas respostas.

Creio que haverá sempre lacunas em qualquer plantel, até no Barcelona!
Creio que teremos de vender jogadores, para equilibrar as contas, e só depois poderemos pensar em comprar. Não me parece que haja uma lacuna evidente, nem no ataque…

6. concorda com a política de aquisições do clube – e não me refiro só pelo (extraordinário) retorno financeiro que temos tido nas duas últimas décadas, mas também pela consequente política de empréstimos de jovens jogadores. porquê?

Só posso concordar, porque o resultado está à vista.
Pena, contudo, que os portugueses e principalmente os portistas, tenham menos margem de erro.

7. acompanha com regularidade a época desportiva das diferentes modalidades em que o FC Porto está envolvido? se não forem todas as modalidades, qual (ou quais) a(s) que sente um maior “carinho”, por assim dizer? porquê?

Sim, acompanho.
Para além do futebol, gosto particularmente do bilhar, talvez por o meu amigo Alípio Jorge ser um entusiasta…

8. analisa o quotidiano azul-e-branco, no jornal “a bola”, na sua coluna de opinião semanal “Plenos Poderes” há pelo menos cinco anos (e corrija-me, por favor, se estiver errado).

para além da paixão do adepto – evidente, justificável e compreensível – o que mais o motiva a escrever com tal regularidade?
justifique a resposta.

Gosto de escrever num jornal que todos os benfiquistas lêem, onde lhes sirvo verdades inconvenientes.
Além disso, "A Bola" foi sempre o jornal desportivo lá de casa; era como o meu Pai dizia: «é o único bem escrito».
Finalmente, nunca fui censurado e sou bem tratado.

9. decorrente da pergunta anterior, pode partilhar connosco como surgiu o convite para escrever no órgão de comunicação (mais do que) oficioso do sl benfica?
e, enquanto portista e defensor de um Amor que é comum, não o incomoda saber que escreve num órgão com tais “predicados”? porquê?

O convite chegou através do Vítor Serpa, de quem sou amigo. Não me incomoda nada: sou responsável por aquilo que escrevo.

10. tendo em conta (1) a importância da sua profissão no “meio da actividade” que é o Futebol, (2) do “poder circular” num meio que não é acessível a todos os adeptos e de forma privilegiada, e (3) as “relações” que entretanto se criam, pergunto: (a) considera que há diferenças de tratamento (editoriais, jornalísticas ou outras) entre o quotidiano de um grande clube de Lisboa e o FC Porto e (b) enquanto adepto portista, como consegue conviver com essa realidade (se considerar que existe)?

aponte as três principais razões que sustentam a sua resposta.

Há diferenças, é claro! São as mesmas diferenças que existem entre o tratamento dado às duas cidades: Lisboa e Porto.
O País é terrivelmente centralista e portofóbico, essa é a principal razão. Os jornalistas, principalmente os do desporto, são na sua esmagadora maioria benfiquistas. Acho que esse facto é útil para o FC Porto. Motiva-nos…

11. concorda com a actual política de Comunicação (principalmente para o “exterior”) do FC Porto – nomeadamente com a aquisição do “Porto Canal”? porquê?

Creio que o FC Porto não teve a intenção de fazer do "Porto Canal" uma cópia azul e branca da Benfica TV.
Julgo que é cedo para fazer um balanço.

12. decorrente da pergunta anterior, pergunto-lhe se concorda com este clima de “contra-informação” entre os dois principais clubes nacionais da actualidade – clima esse fomentado por guerras de comunicados e/ou agendamentos avulsos de conferências de Imprensa? porquê?

Na verdade, são os adeptos que o exigem.
É aquilo a que um amigo inglês chamava de "aftermatch match". Os adeptos adoram ver a esgrima entre argumentos.

13. uma pergunta muito directa: considera que Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira deveriam ser punidos (exemplarmente ou não, mas punidos) pela Conselho de Disciplina da FPF, pelas declarações proferidas após o jogo Benfica vs. FC Porto, em Março último? com que fundamentos?

Creio que sim.
Uma coisa é falar dos erros dos árbitros, coisa diversa é dizer que erraram de propósito.

14. e não “estranha” que, decorrido um mês do dito encontro, das declarações proferidas, dos comportamentos recorrentes de Rui Costa nos túneis, da queixa apresentada pelo fiscal-de-linha visado [Ricardo Santos], ainda nada tenha sido feito? 

no seu entendimento, qual(ais) a(s) razão(ões) para que tal esteja a acontecer?

A disciplina mudou, desde que saiu o Doutor Ricardo Costa. Agora, as decisões são mais cuidadas.
Estou convencido que logo que o campeonato esteja terminado, se conhecerá o castigo…

15. segunda pergunta (muito) directa e tendo presente todas as “peripécias” em torno das últimas eleições presidenciais para o Sporting CP e da presente temporada leonina:

teme que o mesmo possa acontecer quando Pinto da Costa abdicar de concorrer à presidência do nosso clube? porquê? 

sustente a sua resposta com três razões/factores principais?

Não sei. Tudo vai depender das circunstâncias do momento em que isso suceder.

16. série de “cinco rapidinhas”, em que lhe peço o melhor título jornalístico/manchete que noticiou (ou que gostaria de ter noticiado) para os “casos” que se seguem:

i) processo “Apito Dourado”: 
Muita parra e pouca uva

ii) processo “Apito Final”: 
Justiça com óculos e sentença cega

iii) escutas do “Tripulha” no Youtube: 
A cusquice dos torquemadas

iv) caso do “Túnel da Luz”: 
As toupeiras à solta

v) «agressões» a Rui Gomes da Silva: 
Por provar

17. esta pergunta é recorrente. 

das seguintes opções, descreva o seu sentimento mais profundo (se possível) após uma derrota do seu clube do coração:

[só pode ser uma opção. Seleccione-a a negrito, por favor]

a. – não durmo direito nessa noite

b. – que ninguém me fale durante as próximas vinte e quatro horas, pelo menos – esposa incluída

c. – apetece-me mandar tudo para um sítio (ou dois) que eu cá sei

d. – extravaso o meu sentimento na Redacção, enviando e-mails aos colegas de profissão mas adeptos de outros clubes rivais, com umas quantas “verdades”

e. – vou correr/passear em passo acelerado para a marginal, na Foz

18. à data [Abril de 2012], qual o melhor onze de jogadores que envergaram a camisola do FC Porto e qual o melhor banco (22 jogadores no total, portanto) que já viu jogar, «ao vivo e a cores»? [pode “seleccionar” jogadores nacionais e/ou internacionais]

Onze titular [4-3-3]:
Vítor Baía;  João Pinto, Lima Pereira, Eurico, Branco; António Oliveira, Lucho Gonzalez, Deco; Teófilo Cubillas, Rabah Madjer e Paulo Futre.

Suplentes  [4-3-3]:

Helton; Pepe, Fernando Couto, Aloísio, Jorge Costa; António Sousa, Jaime Pacheco, Sérgio Conceição; Fernando Gomes, Mário Jardel e Radamel Falcao.

19. costuma frequentar e/ou consultar blogues afectos ao quotidiano azul-e-branco – o que apelido por «bluegosfera®»?

se sim, qual (ou quais) considera ser(em) de referência e/ou de consulta obrigatória? justifique a sua resposta, por favor.

Sim, costumo frequentar.
Como são inúmeros, não gostaria de salientar nenhum em particular.

20. é visitante (regular ou esporádico) do TOMO II?

se não o é, pergunto-lhe: porquê?

se é, peço-lhe o favor de indicar um aspecto positivo e um aspecto (ou mais do que um) que gostasse de ver corrigido.

Sim, sou visitante.
Aspectos positivos: bom grafismo, uma resenha crítica e lúcida sobre o Clube e sobre tudo o que dele é escrito.

21) não há. chegamos ao FIM! ;)

MUITO OBRIGADO! pela sua colaboração.
espero que a entrevista tenha sido do seu agrado ;)

Obrigado a si e um abraço!