terça-feira, 19 de novembro de 2013

eu, tu e o Paulo Fonseca [o epílogo]


©  OJOGO FC Porto para sempre
(clicar na imagem para ampliar)

caríssima(o),

pelo exposto na primeira e na segunda partes, desta enorme "posta de pescada - mais no seu sentido literal do que porventura no pecar pela Qualidade e assertividade da dita, afirmo eu -, fico com a impressão de que ainda há muito trabalho pela frente. e que não será só para Paulo Fonseca. explicarei (espero que) sucintamente o meu ponto de vista.


nesta época desportiva ainda só pude assistir a dois encontros completos da nossa equipa do coração. um deles foi «ao vivo e a cores», ante o Vitória SC, estávamos em finais de Setembro de 2013.

como referi na altura, saí do estádio com uma sensação idêntica à de uma derrota, apesar de o resultado final indicar que vencemos por (uns "magríssimos") 1-0. e tal explica-se pela anormal segunda parte da partida em que, no mínimo e na minha opinião (que ainda hoje mantenho), houve um completo desrespeito da equipa que se apresentou em campo para com os 32209 adeptos indefectíveis que abdicaram de estar com os seus para conscientemente preferirem o conforto gélido das bancadas, do seu teatro de sonhos azuis-e-brancos, que fez recentemente dez anos de vida «sem igual», para a apoiar, mas sentindo-se defraudado com o que lhe foi dado ver. e esse (des)conforto, para mim, foi ainda maior com o lento discorrer daqueles segundos 45', onde não houve centelha capaz de me fazer levantar da minha cadeira de sonho e incendiar o peito com (mais do que) um sonoro "guuuolooooo!!!". ao invés, o que me/nos foi dado de presente ("envenenado"?) foram uns amorfos e demasiado longos e penosos e desesperantes e fatigantes e (esperava eu...) irrepetíveis 45' de puro tédio futebolístico. e de algum despudor, também.
no regresso ao quente do lar, debaixo de uma (in)esperada tromba d'água diluviana, o que eu (in)tentava "justificar" como uma (para mim, ilógica) poupança de esforços para o encontro da Champions, frente ao Atlético de Madrid e que (repito-me, esperava) fosse um jogo sem igual, viria a repetir-se nas partidas seguintes. e, mesmo que não tenha sido muito regular no visionamento desses jogos - tendo, em alguns deles, «apenas e só» vislumbrado relances dos mesmos -, posso afirmar que, num sentido de crítica puramente construtiva aos ditos cujos e enquanto adepto profissional de tão-somente (por vezes, bem menos do que desejaria...) alapar o cu na sua cadeira de sonho nas bancadas do seu teatro de sonhos azuis-e-brancos e/ou no conforto do sofá lá de casa, aquela crítica assenta em factores tão diversos como (e que serão apresentados sem ordem e/ou razão aparente, a não ser o discorrer da pena): fraca solidez defensiva; meio-campo permissivo e permeável; modelo táctico indefinido; "afunilamento" do ataque e acções ofensivas que não privilegiam as alas; cada bola parada na nossa defesa é um "deus nos acuda" e no ataque um "obrigadinho, pá!" para o adversário; o "killer instinct" é um conceito "bués" de ultrapassado, sobretudo depois de se obter o primeiro golo.


«partantos», a «modos que», posso afirmar que não estou sozinho neste (como dizê-lo...) desespero. os testemunhos recolhidos, em alguns dos meus locais de referência, nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera, referentes ao encontro para a Taça de Portugal, tendo por adversário precisamente... aquele mesmo Vitória CS, atestam-no e estão plasmados na segunda parte desta prosa, para memória futura. já agora, de referir que optei por citar fragmentos de textos originais, e que conscientemente optei por não incluir opiniões avulsas nas suas caixas de comentários, porque sim! 

e assim, chegados a Novembro de 2013, eis que os problemas detectados há pouco mais de dois meses, inclusive pelo próprio Paulo Fonseca, mantêm-se.
"e qual é o fito de toda esta prosápia?", estarás certamente a pensar (ou então, não).
simples, afirmo eu: de que nos adianta estarmos a rasgar cartões de sócio, enviar lenços brancos virtuais e outros quejandos, dentro desse espírito derrotista e contra-natura ao "pulsar" actual do nosso clube do coração? nada! não vai adiantar nada! só nos iremos consumir ainda mais. para além de que, é do conhecimento público, a actual direcção do nosso clube não o gere de fora para dentro, pelo que é imune (pelo que insensível, para alguns, mas não para mim) às críticas dos adeptos. é ela - a direcção - que estabelece o ponto de ruptura.
«partantos», a «modos que»tal como o fiz com Vítor Pereira no comando do leme da nau portista, e por muito chateado e aborrecido e contrariado e irritado e zangado e entediado e agastado e enfadado e em suma: lixado com um F bem maiúsculo, com o futebol praticado pela nossa equipa do coração, neste espaço de discussão pública (excepto para os teimosos dos lampiões que persistem em gravitar onde não são minimamente desejados, e actualmente de alguns calimeros armados ao cagalhõ... aos cágados, armados aos cágados...), só poderás contar com apoio a Paulo Fonseca.

reafirmo o que escrevi em Março de 2012 e que se mantém muito actual, mas com protagonistas diferentes:

«


para finalizar:


"ser Porto" também é sabermos estar nas derrotas, felicitarmos o adversário e aguardarmos pacientemente (com alguma impaciência) pelo próximo desafio, com a esperança de o superar.

"ser Porto" é termos um estado de alma capaz de suplantar emoções, de mantermos a nossa cabeça bem erguida, de apresentarmos o nosso melhor sorriso às provocações - que já se (pres)sentem - e de prosseguirmos com o espírito crente (e ciente) de que, no final, venceremos!

"ser Porto" é, nesta altura de aperto e por muitas divergências que tenhamos para com quem lidera o nosso clube do coração, sermos capazes de o apoiar incondicionalmente, remando (com todos) para um mesmo lado, numa mesma direcção e com um fito comum: a conquista do campeonato nacional!

assim e até ao final do presente campeonato, não haverá, da parte deste que vos escreve, mais críticas ao desempenho de quem honra as cores do meu clube do coração - dos jogadores, ao treinador, passando pelo corpo dirigente.
temos que ficar unidos, por forma a atingirmos o objectivo atrás identificado.

o clube necessita do meu apoio e eu estou na disposição de o dar, contribuindo da melhor forma que sei e posso - sendo este espaço de discussão pública uma delas e a mais visível.

(também) conto contigo nesta missão conjunta! ;)


»




«este é o nosso destino»:  


beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)



2 comentários:

  1. A critica, quando construtiva, é o melhor que se pode fazer quando as coisas não estão bem. É preciso saber distinguir a critica fácil da critica justa. Pelo menos tento sempre fazê-lo.

    http://portistasanonimos.blogspot.pt/

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  2. @ Augusto

    bem-vindo! :D
    e muito obrigado! pela visita e pelas gentis palavras!
    e por tão pertinente comentário. mesmo!
    e bem sei que o faz, num dos meus espaços de eleição, "nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®.

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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