quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

o sr. com apelido de prato de bacalhau ataca outra vez...


 
© Google | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


caríssima(o),

confesso que o dia de hoje, Quarta-feira, 06 de Fevereiro de 2013, até me estava a correr bem: tive um furo logo pela fresquinha da manhã (o que é uma situação sempre agradável); como cheguei atrasado à labuta, ouvi um raspanete da chefia (que não se compadeceu com o infortúnio dali detrás); como não pude tomar o reforço do pequeno-almoço e até à hora deste, estive rezinga o tempo todo; atendi três reclamações de Encarregados de Educação que se esqueceram desta última em casa (que, com o estado de espírito descrito anteriormente, tornou o ambiente quase explosivo); sobreaqueci a merenda no micro-ondas, pelo que a comida, hoje, teve um gostinho especial (assim para o estorricado); no regresso a casa encontrei dois acidentes, um deles na Via Norte (que, para quem sabe de que artéria do Grande Porto me estou a referir, não são precisos mais comentários); recebi uma notificação das finanças para fiscalização do IRS de 2009 (nada tenho a temer, mas é sempre complicado enfrentar os senhores que dizem-nos sempre que têm dúvidas constantes «então, mostre lá o papelito...»); o jantar foi peixe; o Guilherme demorou a adormecer.
tudo muito positivo, portanto e que me deixou bastante contente. aliás, ainda estou. só não se nota. deve ser do (estado do) tempo: está assim para a falta de calor. excepto no Brasil. e para a semana é Carnaval. a temperatura vai subir abruptamente, «penso eu de que». sorte para o Kléber, que certamente vai facturar...
adiante...

escrevia eu que, no decurso do dia de hoje, que me estava a correr de feição, tudo eram rosas.
porém - e já se sabe que há sempre um "mas" em todas as estórias (in)felizes -, recebi um e-mail de um de vós (que solicitou anonimato) a alertar-me para o que escreveu o sr. com apelido de prato de bacalhau, na edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada. 
como respondi que desconhecia ao que se referia, o V. fez-me questão de enviar os dois textos que se seguem logo a seguir ao símbolo «gosto» do "faceboKas"®, em «ler mais», na continuação desta "posta de pescada"®, cuja leitura recomendo pela sua pertinência.

(sei que sou suspeito nesta sugestão, mas a bem da Verdade, recomendo mesmo a sua leitura atenta)


beijinhos e abraços nada «gloriosos» (mas sempre muito portistas)!
Muito Obrigado! pela tua visita :)






 
© pasquim da Travessa da Queimada



volta e meia, tal como aqueles eczemas irritantes e bastante incomodativos que, por vezes nos recordam a sua existência, também o sr. com apelido de prato de bacalhau, presente na imagem acima, mesmo lá longe, em Itália, nos recorda da sua insignificante realidade.
por norma não presto bastante atenção aos seus escritos (que costumam ser publicados às Terças-feiras), pois o futebol italiano, para mim, resume-se a saber se o Internazionale venceu e o AC Milan perdeu. quando esta conjugação de factores é favorável (sobretudo a primeira), fico muito satisfeito.

acontece que, esta Quarta, a edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada trouxe à estampa o seu artigo com o título "agradecimento", na pág 26.
depois de uma introdução a elogiar publicamente Lúcio Antunes, seleccionador de Cabo Verde, por ter tomado partido da defesa da Língua Portuguesa, afirma taxativamente:

«
[...]

gostava de ver Vítor Pereira a usar a mesma firmeza para esclarecer a razão por que atira para o rol dos proscritos todos aqueles jogadores que, de algum modo, se atrevem a manifestar o seu desacordo perante alguma decisão dele.
vai longa a lista: Álvaro Pereira, Fucile, Rolando, Iturbe, Souza... 
se julga que o ostracismo é o melhor modo de impor a sua autoridade, engana-se redondamente. esse é o recurso dos pávidos.

assim como também gostava de compreender como é que a SAD do FC Porto, tida por intransigente e hábil nos negócios, vendeu 35% do passe de James Rodríguez por 2.55 milhões de euros [M€] e, decorridos dois anos, recompra os direitos desportivos do jogador por 8.75 M€. são mais 6.15 M€ e significam uma valorização de quase 342% (!!).
se os números de base estão certos, não se entende...

[...]
»


vou (in)tentar esclarecer o sr. em causa e só porque estou bem disposto. se estivesse mal disposto parafrasearia o caríssimo "blue boy", do seguinte modo: «enviando aquele abraço fraterno ao carneiro encornado, com votos de que continue a ir p'á g'anda put@ que o pariu».

sobre a questão do «pávido» Vítor Pereira


eu sou daqueles que considera natural que nos rodeemos de quem mais gostamos, não só a título pessoal e/ou familiar, como na índole profissional - e sobretudo se ocupamos cargos com uma forte componente de responsabilidade, nesta última.
assim sendo, também considero ser perfeitamente natural que o treinador Vítor Pereira se faça rodear dos profissionais que sabe que melhor conseguirá gerir dentro do balneário portista - local que muitos treinadores, incluindo octávio "o malvado" machado afirmam ser «sagrado» e onde «nem todos entram».
portanto, é de elementar justiça que o Vítor Pereira, após herdar um grupo de trabalho que só estava identificado com aquele para quem o cargo de treinador do seu clube do coração era tido como «a cadeira de sonho», mas que o abandonou a duas semanas do arranque da temporada de 2011/2012, no Presente se faça acompanhar de futebolistas que se identificam, não só com a sua pessoa (com o seu carácter, os seus defeitos, as suas virtudes), mas sobretudo com os objectivos impostos a um clube com a grandeza do FC Porto: vencer as competições em que está envolvido.
infelizmente para alguns dos nomes que o sr. com apelido de prato de bacalhau, aqueles objectivos estavam relegados para segundo plano; para eles, o mais importante era conseguir o tão prometido contrato de trabalho da sua vida.
se o sr. com apelido de prato de bacalhau não compreende esta percepção do mundo do Futebol, mormente da realidade azul-e-branca, e esquece-se de abordar exemplos idênticos e recentes, mas noutras paragens (ditas «gloriosas»), então mais vale dedicar-se (sei lá) ao fantabulástico mundo da culinária (pois apelido já ele tem, para lá de residir num país rico em tradições gastronómicas).

sobre a questão da «recompra» dos direitos desportivos de James


neste ponto, o que é que "causa espécie" ao sr. com apelido de prato de bacalhau:
será a valorização desportiva do jogador nesse espaço temporal de dois anos? ou o seu efectivo e comprovado crescimento desportivo? iria porventura o fundo vender aqueles direitos pelo mesmo valor que os adquiriu, sem se considerar qualquer margem de lucro?
é que nem lhe vou recordar do manifesto interesse do «Manstére Unáite» no jogador colombiano, e de, no mercado britânico de transfências, os direitos desportivos dos jogadores deverem estar "livres" de intermediações de terceiros (vulgo fundos)...


em jeito de resposta às alarves provocações do sr. com apelido de prato de bacalhau, o V. também me enviou o seguinte excerto do artigo de opinião de Manuel Sérgio ("carta aberta a Rui Vitória"), publicado na pág. 38 da edição impressa do mesmo pasquim:

«
[...]
o Futebol, para alguns (para muitos, atrevo-me a dizê-lo), é um conceito mensurável, que repousa na quantificação de dados fisiológicos e técnicos, quando aspectos qualitativos (em que muitos deles não são quantificáveis) são, tantas vezes, o que melhor o caracteriza.
e, com base nos números (unicamente em números!), apregoam comparações simplistas de níveis ou graus de desenvolvimento, e sem ter em linha de conta escalas de valores, como a Cultura ou a Vontade dos agentes desportivos (designadamente treinadores e atletas). e, a partir desses números, chegam a conclusões redutoras, dado que os números são necessários, mas porque não há Futebol mas antes pessoas que o praticam, um futebol só com números é uma mentira.

o Futebol (como o Desporto) exprime-se por objectivos e por sentimentos que têm, quase sempre, expressão em variáveis pouco ou nada susceptíveis de quantificação.
o desenvolvimento, numa equipa de futebol (como no mais, no Desporto), é um processo que tem em vista as pessoas, enquanto realidades concretas e actuantes; portanto, sentimentos como Identidade, Dignidade, Justiça ou Admiração, estarão sempre presentes.
se, no Desporto, o ser humano é sempre o fim e nunca um meio para o atingir, a dimensão cultural e ética de uma equipa é fundamental nos seus êxitos e inêxitos desportivos. o trabalho de um treinador de alto rendimento transcende, portanto, os aspectos técnicos e tácticos.

[...]
»

ps:
os negritos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


beijinhos e abraços nada «gloriosos» (mas sempre muito portistas)!
Muito Obrigado! pela tua visita :)



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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)