© menos futebol
caríssima(o),
conforme o referi, afazeres profissionais impediram-me de ir ver «ao vivo e a cores» o meu clube de Sempre, no meu estádio de sonhos azuis-brancos.
mesmo assim, ainda fui a tempo de me poder sentar em frente a este mesmo monitor e assisti-lo via um qualquer streaming muito (mas mesmo muito) manhoso. vá lá que ao fim de dez minutos estabilizou, ou teria desistido de assistir ao dito...
do encontro propriamente dito, i.e., do futebol jogado dentro das quatro linhas, não há muito história para contar: novo recorde de posse de bola (se bem que, esta noite, houve momentos em que não se sabia lá muito bem o que fazer com a dita); intensa procura pela bola, sufocando autenticamente o adversário (que apostou (de)claradamente nas cavalgadas de Bebe rumo à nossa baliza, a la Hulk, e com este presente na bancada); muitos remates da nossa parte (alguns, em completo desatino); guarda-redes adversário com noite inspirada (e quase a fazer a exibição de sonho no Dragão, ao defender duas grandes penalidades); equipa do Rio Ave a apostar na "táctica do ferrolho", mesmo quando se viu empatada (se exceptuarmos o golão do Braga - um jogador anti-portista primário, e que cada vez que o vejo no nosso palco, desatino - e aquelas quase incríveis cavalgadas, o Rio Ave nada fez em termos de ataque).
em suma: mais do mesmo para quem vai ao Estádio do Dragão, nada que não se tivesse previsto e para o qual a Equipa não estivesse preparada.
acontece que, esta Quarta-feira houve jogo de Champions, com um ritmo e uma intensidade altíssimos. e essa factura pagou-se esta noite, pois cedo a equipa "quebrou" - no meu entendimento, logo após a saída de Izmaylov. e não me refiro só à sua condição física - pois estamos a "falar" de jogadores que, antes de serem "máquinas de futebol" (no sentido em que nos maravilham com a redondinha colada nos pés), são comuns mortais (homens de carne e osso, sujeitos às agruras da sua profissão).
tenho para mim que, ao invés do russo, deveria ser o Silvestre a abandonar o terreno de jogo mais cedo, para render a entrada de James, dado que deixou o Varela em casa e resolveu "ligar o complicador" sempre que a bola lhe chegou às chuteiras - para lá da sua já consistente "frescura física" eclipsar sensivelmente perto do intervalo do jogo... e porque, com Marat Izmaylov a bola ganha outra dimensão, no sentido em que, dos seus pés, a dita sai sempre redonda (e não "um pedregulho", como muitas vezes acontece com aquele a quem já também considerei ser o "Drogba da Caparica").
quanto à jovem estrela colombiana (em ascensão, inclusive de ritmo de jogo), apesar da sua (ainda não total, porque não é plena) condição física, percebe-se que o esférico, com ele, é tratado "à parte"; atente-se que, só com ele é que os nossos centros à procura dos avançados ganharam real perigo (de que a reviravolta no marcador é o exemplo fulcral).
uma palavra para a "outra" estrela colombiana: Quiñones.
que grande estreia do jovem jogador colombiano! certamente que não terá sido pelo seu flanco que os lances de maior perigo do Rio Ave terão provocado calafrios nas bancadas. e deu gosto vê-lo subir, depois de ganha a necessária confiança, para apoiar o ataque. não é nenhum "Alex Sandro", mas também não é um "Areias"...
e depois, (felizmente) que temos Jackson.
proponho um brevíssimo exercício lampiónico, de nos colocarmos a conjecturar sobre o que teria sido este jogo se o avançado colombiano não tivesse jogado... «acardito» que teríamos passado um autêntico Cabo das Tormentas, bem maior do que o que conseguimos levar de vencida com tremenda dificuldade. e (também) «acardito» que não seria o leBezinho a resolvê-lo.
portanto, e mesmo com aquela "imbecilidade" do penalty à Panenka, ainda bem que ele esteve em jogo. e nem preciso explicar o porquê. e quase que fazia um hat trick mesmo ao cair do pano...
© Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)
para finalizar, será de todo impossível deixar passar em claro a arbitragem de Artur Soares Dias.
na minha opinião, houve uma clara e (mais do que) evidente grande penalidade no lance aos 31' de jogo, por «erro grosseiro de Filipe Augusto, que pisou o jogador russo Izmaylov» (é o pasquim da Travessa da queimada que o afirma, portanto...).
no segundo penalty do jogo, esse deixou-me dúvidas pela falta de critério que existe na nossa arbitragem. acontece que já vi, em lances em tudo idênticos ao protagonizado por Quiñones (c'a g'anda jogatana! já o afirmei antes, certo?) e Marcelo, os senhores do apito não hesitarem e apontarem para a marca dos onze metros. e foi o que aconteceu esta noite, no Dragão. mas, se Artur Soares Dias não o tivesse feito, não ficaria (muito) indignado.
porém (e não há bela sem senão), estou em crer que ficou um terceiro por assinalar, já a meio da segunda parte, antes do golaço do Jackson, por carga sobre James (a confirmar nos pasquins de amanhã).
o que é certo e sabido, é que o jogo desta noite será muito comentado nos próximos tempos e, se viermos a ser tricampeões, será outro "exemplo" a utilizar, não só por todos os "manuéis" que por aqui gravitam, como pelos doutos arautos paladinos da "verdade desportiva"...
(o mesmo tratamento jornalístico já não o será relativamente a este estranho epifenómeno que se constata na presente edição da Liga Portuguesa: décima quinta expulsão !!!! (directa ou por amostragem do segundo amarelo) ao adversário no jogo que antecede o confronto com o clube do mito urbano dos «oito milhões e meio...» por Roberto. nesta jornada, a "vítima" foi o Beira-Mar. a seguir ao dos "túneis", este já será (re)conhecido pelo "campeonato das expulsões"... )
para todos eles e antes de lhes «enviar aquele abraço fraterno, com votos de que continuem todos a ir p'á g'anda p*t@ que os pariu», parafraseando o caríssimo "bLuE bOy", recordo-lhes que, à data (2013-02-23), ainda não estamos em primeiro no ranking das grandes penalidades...
(o mesmo tratamento jornalístico já não o será relativamente a este estranho epifenómeno que se constata na presente edição da Liga Portuguesa: décima quinta expulsão !!!! (directa ou por amostragem do segundo amarelo) ao adversário no jogo que antecede o confronto com o clube do mito urbano dos «oito milhões e meio...» por Roberto. nesta jornada, a "vítima" foi o Beira-Mar. a seguir ao dos "túneis", este já será (re)conhecido pelo "campeonato das expulsões"... )
para todos eles e antes de lhes «enviar aquele abraço fraterno, com votos de que continuem todos a ir p'á g'anda p*t@ que os pariu», parafraseando o caríssimo "bLuE bOy", recordo-lhes que, à data (2013-02-23), ainda não estamos em primeiro no ranking das grandes penalidades...
beijinhos e abraços sempre, mas sempre!, muito portistas!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
Depois de um jogo da Champions que obrigou a um grande desgaste físico e mental, hoje, frente a um Rio Ave a fazer um excelente campeonato, a equipa do F.C.Porto teve uma ressaca difícil. Culpa própria, muita, mas também, verdade seja dita, mérito do conjunto orientado por Nuno Espírito Santo. Mérito do Rio Ave porque, se por um lado, foi sempre uma equipa curta e bastante recuada, por outro, foi uma equipa bem organizada e quando tinha bola, procurava jogar, sair no contra-ataque. Culpa do F.C.Porto porque foi lento a pensar e a executar, pouco organizado, trapalhão, complicativo e pior, com alguns a jogarem como grandes vedetas, de saltos altos e finos, com uma displicência que enervava o mais pacato dos adeptos. Como se fosse pouco e como cúmulo dessa forma de jogar, o penálti inacreditavelmente desperdiçado por Jackson e o golo de a equipa de Vila de Conde, oferecido a meias por Helton e Maicon, este e não foi só nesse lance, a fazer lembrar os seus piores tempos de azul e branco vestido. Valeu à equipa portista e já em cima da hora para o intervalo, mais um penálti - só deve ter deixado dúvidas ao comentador da Antena 1, Manuel Queiroz - que desta, embora sem grande convicção, Jackson transformou e colocou o resultado numa igualdade que se ajustava ao desenrolar da partida.
ResponderEliminarNa segunda-parte e a perder, Vítor Pereira deixou nas cabines um lento, desinspirado e cansado Izmaylov e fez entrar James Rodríguez. Não esteve na entrada do colombiano a responsabilidade pela melhoria da equipa portista, não, James passou completamente ao lado do jogo, a melhoria deveu-se a um aumento do ritmo, a uma melhor circulação de bola, de um jogo mais simples, mais organizado, a um Porto mais próximo do que pode e deve fazer. Com a subida do F.C.Porto, obviamente, o Rio Ave começou a ter dificuldades, já não esteve tão organizado, já não foi capaz de evitar que o perigo rondasse a sua baliza, já não teve possibilidades para sair tantas vezes em contra-ataque. Se o conjunto de Vítor Pereira já estava melhor, a entrada de S.Defour - ao contrário de James, parecia que nem tinha estado parado - para o lugar de um Lucho também abaixo das suas possibilidades, ainda melhor ficou e naturalmente, chegou à vantagem que soube guardar sem grandes problemas.
Tudo somado, vitória justíssima do bi-campeão, com a diferença mínima a ser o resultado certo. Mas é preciso dizer que se por um lado, a equipa do F.C.Porto tem como atenuante o jogo da Champions, por outro, também teve culpas pela forma relaxada, pouco esclarecida e displicente como pareceu encarar a partida. Espero que rapidamente se desça à terra, se volte a colocar os pés no chão, pois só com humildade e o espírito correcto, seremos capazes de ultrapassar os obstáculos e atingir os objectivos.
Para mim os penáltis foram claríssimos, mas mesmo que não fossem, era para o lado que eu dormia melhor.
Abraço
Caro Miguel,
ResponderEliminarFoi mais um jogo que não foi fácil, também não se esperava outra coisa, principalmente porque se suponha que depois de um jogo Europeu o cansaço acabaria
por marcar presença, mas também porque o treinador dos vila-condenses conhece muito bem o FC Porto. Não foi, também, um bom jogo, infelizmente não se pode
ter sempre jogos fantásticos, daqueles de encher o ego dos adeptos – claro que para aqueles bem exigentes nem mesmo esses grandes jogos enchem o ego –
enfim, continuando… Gostei mais da segunda parte do que da primeira, exactamente porque o segundo tempo foi melhor que o primeiro. Digamos que aquela primeira
grande penalidade alterou, por completo, o meu sistema nervoso – ó Jackson, havia necessidade? – Vá lá que o colombiano redimiu-se na segunda grande penalidade
e no golo que deu a vitória ao FC Porto. Em suma, o jogo não foi brilhante, mas o principal objectivo foi atingido, a vitória.
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
Mais um jogo de duas faces, com o FC Porto a entrar mal no jogo para uma primeira parte quase inexistente.
ResponderEliminarCorrigiu no segundo tempo, felizmente ainda a tempo de reverter o resultado e conquistar os três pontos, fundamentais para se manter na corrida pela renovação do título nacional.
Boas exibições de Moutinho e Otamendi, os mais pendulares durante todo o encontro.
Um abraço
ResponderEliminarcomentário do @ dragão atento:
«
A segunda parte já foi bastante diferente. Os Dragões entraram a trocar a bola mais rápido, mais dinâmicos, aumentaram o ritmo e acabaram por justificar a vantagem e os três pontos da vitória.
E, já agora, em jeito de conclusão, pode-se assegurar que os Dragões, hoje, estiveram longe do seu melhor rendimento. Depois da excelente exibição realizada frente ao Málaga, fica-se com a impressão que a equipa se ressentiu muito do jogo de terça-feira (tal teria sido o desgaste)!
Como jogou a equipa:
Helton falhou no lance do golo do Rio Ave, no resto esteve ao seu nível; Danilo alternou bons apontamentos com alguns deslizes: vê-se que sempre que defronta avançados rápidos, sente muitas dificuldades em aguentar a corrida dos contrários; Maicon não jogou mal mas não teve pernas para aguentar a velocidade do avançado do Rio Ave Braga no lance do golo, notou-se falta de ritmo; Otamendi, é actualmente, na minha opinião, o central mais esclarecido e em melhor forma! Quiñones sentiu de início algumas dificuldades com Ukra mas cedo se recompôs e jogando simples lá acabou por desempenhar o seu papel a contento. Fernando sempre muito interventivo a defender não foi contudo tão eficaz a atacar. Lucho teve bons apontamentos mas pareceu algo desgastado pelo jogo da Champions. Quanto a mim João Moutinho foi o melhor médio dos portistas: mais dinâmico, mais esclarecido e em melhor forma. Varela, o costume: alternou bons lances de futebol, com outros menos conseguidos, continua a parecer ter perdido o seu poder de explosão. Jackson, redimiu-se da asneira do primeiro penalty, e marcou dois bons golos, foi outro dos que me pareceram desgatados pelo jogo de terça-feira. Izmaylov, vê-se que sabe jogar a bola, mas nota-se que ainda não está 100% bem fisicamente.
Dos que entraram a substituir os titulares, viu-se que Defour deu mais velocidade ao jogo da equipa. James teve bons apontamentos mas ainda não estará no seu ritmo ideal. Castro pelo tempo que jogou não deu para ver até que ponto a sua acção poderá ser preponderante!
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