desses (infundados?) receios... [o epílogo, devidamente actualizado]

© Google | Miguel Lima (Tomo II)

caríssima(o),

esta é a conclusão de um lampiónico texto, citado no início da tarde do dia de ontem, pela sua pertinência e acutilância. e porque subjaz uma apropositada e oportuna crítica a esse epífenómeno comunicacional, único em todo o mundo desportivo, note-se bem!, que é o de um clube de futebol ter sido autorizado a proceder às captação, produção, realização e edição de imagens das partidas disputadas enquanto clube visitado. e também porque o dito cujo foi redigido por um lampião - não sei se confesso, mas que é quase, quase assumido, disso não tenho a menor dúvida, pois que a temática do fulano em causa é só uma e recorrente...

mais do que pretender fazer um exercício de supostas suposições e interpretações avulsas sobre o problema em causa e que foi (no meu entendimento) bem abordado no texto citado, interessa-me dissertar sobre o papel do Porto Canal no meio de toda esta salgalhada. 

e não!, não estou a afirmar que estarás perante mais um modelo da imagem de marca deste espaço de discussão pública: os testament... os textos ligeiramente mais extensos do que uma súmula a um sumário de uma aula de Filosofia, por exemplo.

quem navega por esse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera"® está a par de uma generalizada insatisfação para com a linha editorial de um canal gerido pelo FC Porto, mas com um carácter televisivo e um formato de conteúdos que diferem de um canal de um clube de futebol "puro e duro", seja ele qual for. refiro dois blogues que recorrentemente abordam esta questão, manifestando a sua (legítima) insatisfação e não se coibindo a "chamar os bois pelos nomes": o "renovar o Porto", da autoria de Rui Valente, e o sobejamente conhecido "dragão até à morte", do caríssimo 'dragão' Vila Pouca.

quem por eles passa, inclusive pelas suas caixas de comentários, está a par do que actualmente se comenta com desagrado: o facto do seu director geral ser cronista no pasquim desportivo do lixo tóxico que é o grupo Cofina; da repetição, até à exaustão, de muitos dos conteúdos dedicados ao clube; de algumas lacunas no acompanhamento das modalidades em que o clube está inserido - mormente da transmissão dos jogos de basquetebol; do teor dos comentários aos jogos, normalmente com imensos "paninhos quentes" em relação a exibições menos conseguidas da equipa de futebol principal do clube; da falta de mais conteúdos dedicados ao quotidiano do clube, sobretudo de um (ou mais do que um...) programa dedicado também a desmentir muitas das inverdades que se transmitem para a Opinião Pública pela esmagadora maioria da abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacional, e sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto...).

quem me conhece, sabe que não sou de ficar só pelo arremessar avulso de "bitaites" e deixar-me quedar pelo (des)conforto do meu sofá «à espera que algo aconteça / a despejar a minha raiva / a viver as emoções» de uma forma distante.

não!, eu gosto é de acção. aliás, sobre esta temática, cheguei a enviar dois e-mails a quem de direito: um, a 11 de Março de 2013, ao Director-geral do canal em apreço; outro, a 27 de Março de 2013, ao Director de Comunicação do FC Porto. só o primeiro é que se dignou a responder-me, mas a sua resposta... enfim... talvez seja, por essa e por outras, que já apelidam o dito de «torto canal»...

e não!, não irei enviar novo e-mail àqueles dignitários (pelo menos, por ora), por ter mais o que fazer com a preciosidade do meu Tempo...

agora, eu também sou da opinião de que faz falta um programa de televisão (no sentido estrito do termo, que não daqueles de "entretenimento" para massas) que conceda real e verdadeiro tempo de antena à defesa dos legítimos interesses do nosso clube do coração, que faça o contraditório de muito (para não escrever, da sua totalidade...) do que é publicado e/ou comunicado e/ou comentado e/ou televisionado (!). 

e porque é que faz falta? porque sim! e porque a generalidade daquela Comunicação Social padece, de forma sôfrega, do mesmo "mal": sofre compulsivamente pelo clube com o maior número de adeptos neste "rectângulo à beira-mar (im)plantado"®, e que é o anti-portismo primário. e, em nome deste último (que também é sinónimo de um sentimento profundo, de uma forma de estar e de ser que só alguns é que conseguem explicar), são capazes de afirmar as patranhas mais estapafúrdias, repetindo-as até à exaustão, de maneira a que passe por "verdade goebbeliana"®...

é que pode parecer que não, mas ouvir constantemente a "denúncia" de factos, cuja veracidade carece de verificação, como estando (mais do que) provados sem que os responsáveis do nosso clube façam o devido contraditório, chateia um bocadinho. e aborrece também. e não me "falem" nos comunicados do Clube, que, no meu entendimento, essa não é uma maneira segura de o fazer, «penso eu de que».

[eis um exemplo prático do que (re)afirmo. perante imagens de carácter (mais do que) duvidoso, eis que há quem afirme: 

« Estava junto à entrada do túnel, a falar com a equipa de arbitragem, juntamente com Antero Henrique e Reinaldo Teles, quando me apercebo de algum burburinho. Dirigi-me ao interior do túnel para confirmar que ninguém do 5lb estava envolvido nessa confusão e vi, no meio, Hulk e Sapunaru a darem pontapés ao 'steward' Sandro Correia. Depois, ainda vi outro 'steward' agachado também a ser agredido, mas não sei por quem... Eram alguns jogadores com a camisola do FC Porto. ». 

e outro quem que:
« Desci, como é costume, à zona do túnel e notei que havia algum alvoroço. Vi o Hulk e o Sapunaru a perseguirem o 'steward' Sandro Correia. E, tanto eu como o quarto árbitro, João Ferreira, ficámos atónitos com o que estava a acontecer. Não vi nenhum 'steward' a provocar, antes pelo contrário; ainda vi alguns que iam a fugir de jogadores do FC Porto. » 

onde está o contraditório, por parte de alguém do nosso clube, para a Opinião Pública? certamente que "a nanar".]

para finalizar, seria bom que este "pulsar" de muitos portistas, onde me incluo, chegasse aos responsáveis do clube e, também, a quem de direito (entenda-se, àqueles directores acima referidos), por forma a que houvesse uma tomada de decisão concreta. aludo, sobretudo, a que (pelo menos) este assunto pertinente seja debatido na próxima Assembleia Geral de associados do FC Porto. eu já não sou associado, pelo que não estou em condições de o fazer. faço votos sinceros para que alguém "caridoso" tome como suas as minhas "dores". :D

"disse!"

post scriptum pertinente [às 16h34m]:

só na minha hora de almoço é que tive oportunidade de ler a edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada, de hoje. normalmente faço-o antes de entrar para mais uma jornada de trabalho, para ganhar ânimo e alento. e para ficar ainda mais motivado.

daquela leitura, cujo seu "melhor" disponibilizo aqui para consulta e, também, para memória futura, recomendo:

» obviamente que o artigo de opinião de Pedro Marques Lopes, sob o título "cadeiras «de sonho» e cadeiras de pesadelo", e com o qual concordo na íntegra.

» obviamente que o artigo de Paulo Teixeira Pinto ("e viva o spórtém!"), pois que surge na senda de outros sobre o clube "da moda do momento" e antecipa, em três meses, o que já é normal em Miguel Sousa Tavares, lá para Março de cada ano civil: parabenizar o adversário rival do FC Porto que se encontra em primeiro classificado, sem esperar pelo seu epílogo.

» obviamente que o coiso da autoria do sr. carlos-com-apelido-de-substantivo-colectivo-para-o-que-ele-é  ("olha, o teu fantasma!"), no qual utiliza expressões simpáticas sobre o que mais deseja que aconteça, logo mais, no Dragão: «pânico a bordo», «pequeno e inesperado estorvo», «carga emocional complexa», «nervosismo inesperado».