quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

quem não quer ser Lobo...


© Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


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Numa altura em que o futebol português se viu despromovido à segunda divisão europeia, afastado dos grandes palcos europeus, o sorteio dos 16 avos de final foi assim-assim para o FC Porto (Eintracht Frankfurt) e simpático para o 5lb (PAOK). Em teoria, atenção!, porque na prática as vicissitudes têm sido várias e cruéis para os emblemas lusos. 
Ao contrário de Jorge Jesus, Paulo Fonseca está a começar. Tem uma outra perspetiva da profissão, encara-a com maior abertura. Numa sociedade futebolística como é a nossa, ainda muito fechada e presa a conceitos ultrapassados, o jovem treinador portista avaliou mal o preço a pagar pela ousadia de pretender aproximar-se das pessoas e de patrocinar conferências no Dragão com a mesma simplicidade com que o fazia na Mata Real. Louvável a intenção, terrível a consequência, por não se ter dado conta desta evidência: as rotinas do pároco das Antas são incomparáveis às do bispo do Porto. No entanto, contrariando os maus presságios dos arautos da desgraça, julgo que Fonseca conseguirá resistir, por ter valor e ser essa a vontade política da endeusada estrutura portista. Aos poucos, vai descendo à terra e interiorizando as exigências que lhe são colocadas por este fantástico salto na sua carreira. Viu-se desqualificado na Europa mas, na Liga Portuguesa, vai descobrindo soluções que lhe indicam o caminho da estabilidade.
Sugiro-lhe que escute as palavras dos mais velhos, daqueles que dizem o que a consciência lhes determina, sem nada escondido na manga, ambos na '5lbtv2'. De Toni, por exemplo, que desde o inicio desvalorizou o problema do desenho do triângulo no meio campo; ou de Vítor Manuel, que viu na utilização de Carlos Eduardo a mudança necessária para diluir a estéril discussão do "um-dois" ou "dois-um" e devolver à linha média a dimensão de um verdadeiro "três", firme, esclarecido e coeso - factor de equilíbrio e de solidez de um colectivo que minguou em posse e controlo, em amplitude e em profundidade.
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autor: fernando "el reco-reco" guerra
fonte: um coiso lampião (2013-12-17)
psos negritosos itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.



caríssima(o),

não me deixa sossegado, antes pelo contrário, este súbito interesse de um anti-portista primário sobrevalorizar, em duas crónicas seguidas, "preocupações Fonseca" em detrimento de "jorge jejum" - o actual treinador do seu clube do coração, pelo qual sofre desavergonhadamente, e na proporção inversa que valoriza os feitos técnicos daquele (o que, enquanto sub-director de um pasquim, despudoradamente o órgão de comunicação mais do que oficioso de um clube dito «glorioso», é um facto que se regista com resignação - pois que é este o panorama da esmagadora maioria da a abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacionale sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto...).

eu deduzo saber a sua intenção; no fundo deverá ser a mesma que sinto em relação ao «catedrático» jorge "jeBus": que permaneça junto do Dumbo de Carnide por muitos e bons anos. veremos quem vencerá esta "batalha", com um Jardim pelo meio - mas, sobre o clube para o qual trabalha este último, já lá vamos.



© Google | Miguel Lima (Tomo II)



antes, desejo abordar uma outra situação mas igualmente em relação àquele anti-portismo primário - certamente o "clube" com mais adeptos neste "rectângulo à beira-mar (im)plantado, pois que se contabilizam (no mínimo) os coisinhos afectos às agremiações da Segunda Circular. e como só uns deles são para aí «seis milhões» ou mais...

nesta segunda parte desta (telegráfica) "posta de pescada, pretendo reflectir, ainda que de forma semibreve, sobre um escrito do escritor que escreveu um outro, a 31 de Outubro último, sob o título "um dó li tá" (e com o qual concordo plenamente).
como a imagem o imputa, trata-se de um Lobo literato que já venceu vários prémios literários por alguns dos seus escritos (excepto o Nobel, à data destas linhas) e que, numa entrevista à revista Visão, em Novembro de 2003, saiu-se com esta:


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Visão:
Ainda sonha com a guerra
?
António Lobo Antunes:
[...] Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas... Ao mesmo tempo que havia combates também havia coisas extraordinárias. Por exemplo, 
quando o 5lb jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
Visão:
Parava a guerra?
António Lobo Antunes: 
Parava a guerra
! Até o MPLA era do 
5lb! E era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O 5lb foi, de facto, o melhor protector da guerra... E nada disto acontecia com os jogos do FC Porto ou do spórtém - coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais "bem nascidos" [sic]. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do FC Porto, mas agora contra um do 5lb?!
Visão:
Não vou pôr isso na entrevista…
António Lobo Antunes:
Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio 
do 5lb?!
»



ainda fico estarrecido quando leio estas linhas, recuperadas de um post do (precocemente) "falecido" Tomo I...
no fundo, trata-se do mesmo palhaço letrado (sem desprimor e/ou desconsideração para os artífices de tão nobre profissão circense) que, em Outubro de 2008, afirmou:

« FC Porto tem um problema: tem sucesso e não consegue ter uma dimensão nacional. Continua a ser um clube regional, com sucesso... »

certamente que deve ser a este apelo às armas a que se referiu o sr Pragal (que tem o cu lasso), em Maio de 2010...


porque reavivo este assunto? porque estamos numa época de apelo à Paz, de estímulo à Concórdia, de fomento da Harmonia. e também porque há possidónios que imbecilmente "invadem" uma caixa de comentários a priori e igualmente a posteriori lhes está interdita, mas mesmo assim (in)tentam compor, por forma de uma escrita que ostensivamente atenta contra a dignidade da Língua Portuguesa, pensamentos íntimos que nunca deveriam ver a luz do dia. algumas dessas notáveis reflexões referem-se ao «clima violento» e ao «estado siciliano» que se vive cá pelo burgo. é pena que a memória daqueles seja (mesmo!) demasiado curta. tão estritamente curta quanto a minha paciência para os aturar...



© Google


para finalizar, um episódio presenciado na primeira pessoa do singular, que não foi contado e/ou visto por outrem e/ou por intermédia pessoa (estilo: o primo da sogra da cunhada do vizinho do R/C Esq. do prédio onde mora um familiar teu, seja ele quem for).

eu não tenho nada que opinar sobre o modo como cada um de nós se veste e, tendo em conta esse acto rotineiro, se apresenta em público. desde que vi uma vizinha minha a comprar pão de robe de Verão e com uma camisa de noite mais transparente do que o Homem Invisível, considero que está tudo dito sobre o assunto...
mesmo assim, não resisto a contar o episódio que se segue.

três minutos para as cinco da tarde de ontem, o limite do horário de atendimento ao público, do Estabelecimento de Ensino onde labuto. lá fora, "sente-se o calor" de um Sol de Inverno, em pleno Dezembro. batem à porta, apesar de a mesma ainda estar entreaberta. surge em cena um orgulhoso utente trajando o jersey de 2007/2008 do spórtém. solicita a emissão de um Certificado de Habilitações. é devidamente encaminhado para o colega competente. demora cerca de dez minutos a requerê-lo, pois há a obrigatoriedade legal de preencher um impresso próprio.
comentário final da colega que o atendeu, adepta fervorosa da mesma agremiação:

- por favor, mantenha a porta aberta. não se pode com o cheiro a naftalina.


é este o clima actual, no nosso "rectângulo à beira-mar (im)plantado. estão que nem podem, com a classificação actual do seu clube. compreende-se, tal a ilusão do feito. afinal, na última vez em que se viram em semelhante situação ainda só havia dois canais de televisão, ambos da mesma Estação Pública...
é também por estas "singularidades" que o nosso clube do coração, o nosso FC Porto, se distingue dos demais - porque, a não ser que seja dia de jogo, não vislumbro os seus adeptos a envergar o nosso manto sagrado no dia-a-dia...




[ ainda não me apetece escrever a habitual despedida formal. os motivos guardo-os só para mim, por ora. ]




2 comentários:

  1. O Pragal com o cu lasso é genial! Acho que acertaste quanto às ntenções do Guerra mas não lhe dou tanta importância. Nesta altura temos que nos concentrar no que aí vem e não nos deixarmos distrair com estes palhaços.

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  2. @ doctor J.

    muito obrigado! pela visita e pelo elogio!

    sobre os "palhaços" em causa, é para mim difícil deixá-los passar ao largo; não que me distraia com eles, mormente com o que escrevem. o que não suporto mesmo é a areia que (in)tentam atirar para os nossos olhos. daí que um dos meus focos de concentração seja na divulgação dos seus escritos por forma a alertar alguns de nós, porventura mais incautos...

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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