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Numa altura em que o futebol português se viu despromovido à segunda divisão europeia, afastado dos grandes palcos europeus, o sorteio dos 16 avos de final foi assim-assim para o FC Porto (Eintracht Frankfurt) e simpático para o 5lb (PAOK). Em teoria, atenção!, porque na prática as vicissitudes têm sido várias e cruéis para os emblemas lusos.
Ao contrário de Jorge Jesus, Paulo Fonseca está a começar. Tem uma outra perspetiva da profissão, encara-a com maior abertura. Numa sociedade futebolística como é a nossa, ainda muito fechada e presa a conceitos ultrapassados, o jovem treinador portista avaliou mal o preço a pagar pela ousadia de pretender aproximar-se das pessoas e de patrocinar conferências no Dragão com a mesma simplicidade com que o fazia na Mata Real. Louvável a intenção, terrível a consequência, por não se ter dado conta desta evidência: as rotinas do pároco das Antas são incomparáveis às do bispo do Porto. No entanto, contrariando os maus presságios dos arautos da desgraça, julgo que Fonseca conseguirá resistir, por ter valor e ser essa a vontade política da endeusada estrutura portista. Aos poucos, vai descendo à terra e interiorizando as exigências que lhe são colocadas por este fantástico salto na sua carreira. Viu-se desqualificado na Europa mas, na Liga Portuguesa, vai descobrindo soluções que lhe indicam o caminho da estabilidade.»
Sugiro-lhe que escute as palavras dos mais velhos, daqueles que dizem o que a consciência lhes determina, sem nada escondido na manga, ambos na '5lbtv2'. De Toni, por exemplo, que desde o inicio desvalorizou o problema do desenho do triângulo no meio campo; ou de Vítor Manuel, que viu na utilização de Carlos Eduardo a mudança necessária para diluir a estéril discussão do "um-dois" ou "dois-um" e devolver à linha média a dimensão de um verdadeiro "três", firme, esclarecido e coeso - factor de equilíbrio e de solidez de um colectivo que minguou em posse e controlo, em amplitude e em profundidade.
autor: fernando "el reco-reco" guerra
fonte: um coiso lampião (2013-12-17)
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.
caríssima(o),
não me deixa sossegado, antes pelo contrário, este súbito interesse de um anti-portista primário sobrevalorizar, em duas crónicas seguidas, "preocupações Fonseca" em detrimento de "jorge jejum" - o actual treinador do seu clube do coração, pelo qual sofre desavergonhadamente, e na proporção inversa que valoriza os feitos técnicos daquele (o que, enquanto sub-director de um pasquim, despudoradamente o órgão de comunicação mais do que oficioso de um clube dito «glorioso», é um facto que se regista com resignação - pois que é este o panorama da esmagadora maioria da a abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacional, e sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto...).
eu deduzo saber a sua intenção; no fundo deverá ser a mesma que sinto em relação ao «catedrático» jorge "jeBus": que permaneça junto do Dumbo de Carnide por muitos e bons anos. veremos quem vencerá esta "batalha", com um Jardim pelo meio - mas, sobre o clube para o qual trabalha este último, já lá vamos.
antes, desejo abordar uma outra situação mas igualmente em relação àquele anti-portismo primário - certamente o "clube" com mais adeptos neste "rectângulo à beira-mar (im)plantado"®, pois que se contabilizam (no mínimo) os coisinhos afectos às agremiações da Segunda Circular. e como só uns deles são para aí «seis milhões» ou mais...
nesta segunda parte desta (telegráfica) "posta de pescada"®, pretendo reflectir, ainda que de forma semibreve, sobre um escrito do escritor que escreveu um outro, a 31 de Outubro último, sob o título "um dó li tá" (e com o qual concordo plenamente).
como a imagem o imputa, trata-se de um Lobo literato que já venceu vários prémios literários por alguns dos seus escritos (excepto o Nobel, à data destas linhas) e que, numa entrevista à revista Visão, em Novembro de 2003, saiu-se com esta:
nesta segunda parte desta (telegráfica) "posta de pescada"®, pretendo reflectir, ainda que de forma semibreve, sobre um escrito do escritor que escreveu um outro, a 31 de Outubro último, sob o título "um dó li tá" (e com o qual concordo plenamente).
como a imagem o imputa, trata-se de um Lobo literato que já venceu vários prémios literários por alguns dos seus escritos (excepto o Nobel, à data destas linhas) e que, numa entrevista à revista Visão, em Novembro de 2003, saiu-se com esta:
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Visão:
Ainda sonha com a guerra?
António Lobo Antunes:
[...] Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas... Ao mesmo tempo que havia combates também havia coisas extraordinárias. Por exemplo, quando o 5lb jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
Visão:
Parava a guerra?
António Lobo Antunes:
Parava a guerra! Até o MPLA era do 5lb! E era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O 5lb foi, de facto, o melhor protector da guerra... E nada disto acontecia com os jogos do FC Porto ou do spórtém - coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais "bem nascidos" [sic]. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do FC Porto, mas agora contra um do 5lb?!
Visão:
Não vou pôr isso na entrevista…
António Lobo Antunes:
Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do 5lb?!
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ainda fico estarrecido quando leio estas linhas, recuperadas de um post do (precocemente) "falecido" Tomo I...
no fundo, trata-se do mesmo palhaço letrado (sem desprimor e/ou desconsideração para os artífices de tão nobre profissão circense) que, em Outubro de 2008, afirmou:
« o FC Porto tem um problema: tem sucesso e não consegue ter uma dimensão nacional. Continua a ser um clube regional, com sucesso... »
porque reavivo este assunto? porque estamos numa época de apelo à Paz, de estímulo à Concórdia, de fomento da Harmonia. e também porque há possidónios que imbecilmente "invadem" uma caixa de comentários a priori e igualmente a posteriori lhes está interdita, mas mesmo assim (in)tentam compor, por forma de uma escrita que ostensivamente atenta contra a dignidade da Língua Portuguesa, pensamentos íntimos que nunca deveriam ver a luz do dia. algumas dessas notáveis reflexões referem-se ao «clima violento» e ao «estado siciliano» que se vive cá pelo burgo. é pena que a memória daqueles seja (mesmo!) demasiado curta. tão estritamente curta quanto a minha paciência para os aturar...
no fundo, trata-se do mesmo palhaço letrado (sem desprimor e/ou desconsideração para os artífices de tão nobre profissão circense) que, em Outubro de 2008, afirmou:
« o FC Porto tem um problema: tem sucesso e não consegue ter uma dimensão nacional. Continua a ser um clube regional, com sucesso... »
certamente que deve ser a este apelo às armas a que se referiu o sr Pragal (que tem o cu lasso), em Maio de 2010...
porque reavivo este assunto? porque estamos numa época de apelo à Paz, de estímulo à Concórdia, de fomento da Harmonia. e também porque há possidónios que imbecilmente "invadem" uma caixa de comentários a priori e igualmente a posteriori lhes está interdita, mas mesmo assim (in)tentam compor, por forma de uma escrita que ostensivamente atenta contra a dignidade da Língua Portuguesa, pensamentos íntimos que nunca deveriam ver a luz do dia. algumas dessas notáveis reflexões referem-se ao «clima violento» e ao «estado siciliano» que se vive cá pelo burgo. é pena que a memória daqueles seja (mesmo!) demasiado curta. tão estritamente curta quanto a minha paciência para os aturar...
© Google
para finalizar, um episódio presenciado na primeira pessoa do singular, que não foi contado e/ou visto por outrem e/ou por intermédia pessoa (estilo: o primo da sogra da cunhada do vizinho do R/C Esq. do prédio onde mora um familiar teu, seja ele quem for).
eu não tenho nada que opinar sobre o modo como cada um de nós se veste e, tendo em conta esse acto rotineiro, se apresenta em público. desde que vi uma vizinha minha a comprar pão de robe de Verão e com uma camisa de noite mais transparente do que o Homem Invisível, considero que está tudo dito sobre o assunto...
mesmo assim, não resisto a contar o episódio que se segue.
três minutos para as cinco da tarde de ontem, o limite do horário de atendimento ao público, do Estabelecimento de Ensino onde labuto. lá fora, "sente-se o calor" de um Sol de Inverno, em pleno Dezembro. batem à porta, apesar de a mesma ainda estar entreaberta. surge em cena um orgulhoso utente trajando o jersey de 2007/2008 do spórtém. solicita a emissão de um Certificado de Habilitações. é devidamente encaminhado para o colega competente. demora cerca de dez minutos a requerê-lo, pois há a obrigatoriedade legal de preencher um impresso próprio.
comentário final da colega que o atendeu, adepta fervorosa da mesma agremiação:
- por favor, mantenha a porta aberta. não se pode com o cheiro a naftalina.
é este o clima actual, no nosso "rectângulo à beira-mar (im)plantado"®. estão que nem podem, com a classificação actual do seu clube. compreende-se, tal a ilusão do feito. afinal, na última vez em que se viram em semelhante situação ainda só havia dois canais de televisão, ambos da mesma Estação Pública...
é também por estas "singularidades" que o nosso clube do coração, o nosso FC Porto, se distingue dos demais - porque, a não ser que seja dia de jogo, não vislumbro os seus adeptos a envergar o nosso manto sagrado no dia-a-dia...
[ ainda não me apetece escrever a habitual despedida formal. os motivos guardo-os só para mim, por ora. ]
O Pragal com o cu lasso é genial! Acho que acertaste quanto às ntenções do Guerra mas não lhe dou tanta importância. Nesta altura temos que nos concentrar no que aí vem e não nos deixarmos distrair com estes palhaços.
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ResponderEliminar@ doctor J.
muito obrigado! pela visita e pelo elogio!
sobre os "palhaços" em causa, é para mim difícil deixá-los passar ao largo; não que me distraia com eles, mormente com o que escrevem. o que não suporto mesmo é a areia que (in)tentam atirar para os nossos olhos. daí que um dos meus focos de concentração seja na divulgação dos seus escritos por forma a alertar alguns de nós, porventura mais incautos...
abr@ço
Miguel | Tomo II