segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

à espera de vida nova com o novo ano...



caríssima(o),

ainda não decorreram vinte e quatro horas após o confronto de ontem, no reino dos viscondes falidos de Alvaláxia, e continuo com esse incómodo de não saber o que escrever acerca do que (não) vislumbrei naqueles noventa minutos...


não me pretendo refugiar na arbitragem caseirinha do sr. olarápio (perdoando, no meu entendimento, dois amarelos "alaranjados" (a William Carvalho pela entrada ao Varela, e a Cédric pela sobre o Danilo) e a expulsão ao peidolas brasileiro pelo "peito feito" que fez a Varela (numa atitude de puro comportamento anti-desportivo). aliás, não fui o único a ver que muito do jogo dos profissionais do spórtém é em tudo idêntico ao de um jogo "rasgadinho" de solteiros contra casados - daí os ter "brindado" com o epíteto de «caceteiros», numa "posta de pescada ali mais abaixo...

também não irei abordar a lamentável e inqualificável narração ao jogo por parte de um ex-director de comunicação e de um ex-jogador (sobretudo) dos escalões de formação, de um dos clubes intervenientes e sem o (mais que devido e) merecido contraditório. só tive estômago para escutar os primeiros vinte minutos e porque a isso fui obrigado (dado que não estava sozinho a visionar a partida); depois... bem, depois tive que pedir desculpas aos presentes e sugerir-lhes que ou me deixavam tirar o som ao aparelho de televisão ou teríamos que ir ver o jogo para um café próximo de minha casa. 
mais: depois de ter visto e ouvido os comentários à partida que opôs o Chelsky ao Liverpool, na Skysports®, a partir de um qualquer streaming manhoso, só posso concordar com o Zé Luís (do "portistas de bancada") quando afirma que «as nossas tv's continuam a assassinar o futebol, mas ninguém se importa desde que não se diga mal do mau futebol que se joga.»...

também não me irei pronunciar sobre a capa da edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada, que a seguir se reproduz (exacto!, para memória futura):

© pasquim do sr. serpa
(clicar na imagem para ampliar)



não estão em causa as verdades que são ditas na primeira página e às quais dou destaque - pois que, de facto, ontem à noite, houve mais spórtém -; antes o que não se diz precisamente quando são outros clubes (ditos «gloriosos») a não jogarem o suficiente para a nota artística - facto que, mais uma vez, se regista e com as devidas notas de discrepância, parcialidade, diferença de tratamento, diferenciação e desonestidade jornalísticas.
e também subscrever o que afirmou o caríssimo dragão Vila Pouca, em jeito de comentário:

« 

Nós não podemos ficar chateados com o panfleto da queimada quando diz que fomos «um FC Porto pequenino». Não! Devemos, primeiro, analisar e ver que, de facto, até foi verdade. Depois, virar isso a nosso favor, dizer que se «um FC Porto pequenino» dá para empatar, um FC Porto normal, ganha.  

Agora é preciso mudar a mentalidade: não se pode estar no FC Porto da mesma maneira que se está no Paços de Ferreira. E o pior é que ele parece ainda não ter percebidoNão me canso de repetir: podemos empatar ou até perder; mas, em Portugal, temos de jogar sempre para ganhar. 

»



o que eu realmente quero é refutar as declarações de Paulo Fonseca e em dois momentos distintos: primeiro, aos microfones da estação de Queluz (não!, obrigado. não fumo), quando afirmou «apresentámos uma estratégia cautelosa, reconhecemos. Mas isso também teve a ver com a inclusão de novos atletas»; posteriormente na conferência de Imprensa que se seguiu, quando afirmou afirmou «em casa do spórtém, o empate é um resultado positivo».
seria óptimo que os jornalistas não servissem só para pés de microfone e pudessem utilizar o intelecto que Nosso Senhor lhes concedeu à nascença. é que, àquelas afirmações, sempre poderiam perguntar ao actual treinador da formação azul-e-branca e, no meu entendimento, com bem mais propriedade: (i) o porquê da persistência de uma «estratégia cautelosa» num clube que tem por fito Vencer, o (ii) porquê da insistência casmurra num sistema de jogo que não se coaduna com o ADN portista e com os atletas ao seu dispor, (iii) qual foi afinal a «inclusão de novos atletas» a que se refere - tendo em linha de conta que, no onze principal que escalou, só Fabiano e Ghilas é que foram titulares pela primeira vez... -, (iv) o porquê de ter abdicado de convocar atletas com pouquíssimo tempo de utilização na equipa principal e também da equipa B do clube, e (v) se o que considera «um resultado positivo» não poderá ser mal interpretado pela massa adepta portista... 
as respostas a estas questões é que me interessavam - bem mais do que perceber que, de facto, a "ex-taça da bjeka é uma competição oficial cuja importância para o nosso clube do coração é secundária, tal como preconiza o nosso grande presidente.


em suma e assim finalizo este meu lamento, temo que a minha carta aberta à Mãe Natal não tenha chegado ao destinatário, o que, desde já, lastimo. é que não sei se conseguirei defender este péssimo futebol que a nossa equipa do coração vem praticando por muito mais tempo... 
se o coração diz-me para aguentar, alicerçando a convicção desse Querer no nosso Passado - «um livro de honra, de vitórias sem igual » -, por outro lado a minha razão contradiz-me com o facto de, cinco meses depois, "preocupações Fonseca" ainda não se ter apercebido da grandeza do nosso clube do coração e do que tal implica...



© fotos da curva | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


no fundo, bem lá no fundo - e mesmo com o teor ridículo-humorístico de tarjas elaboradas por quem é demasiado «banal» para (in)tentar compreender a nossa «força» só pelo facto dos «títulos» que vencemos e que acredita que o nosso «12» não passa de uma linha de autocarro extinta, e que concedem «recitais» de cada vez que fazemos o frete de os visitar -, e como afirma o caríssimo Jorge (do "Porta19"): 
« E, no final, uma sensação de dever cumprido mas sem a força de outros tempos. Somos uma equipa jeitosa, com pouco talento e demasiados erros [...] »



[ não!, hoje também não me apetece escrever a habitual despedida formal. os motivos guardo-os só para mim, por ora. ]


4 comentários:



  1. Miguel,

    está visto que o Paulo Fonseca não é treinador com estofo de campeão. Logo, não serve as nossas pretensões e não é o indicado para treinar o nosso clube.

    Espero que Pinto da Costa já o tenha percebido. É que ainda vai a tempo de emendar. O dia 12 de Janeiro aproxima-se a passos largos (serão de Coelho? Espero bem que não...) e, a (não) jogar como estamos a fazer, temo que vamos à cesta do pão servir de bombos da festa, num salão que já foi nosso, e cujo "baile" nos escapa como areia fina por entre os dedos.
    E, por falar em areia, o nosso meio-campo é um deserto - não sóm de ideias, mas de imaginação, de rasgo, de acutilância, de força. Eu sei lá! E mais não digo para não ser acusado de sei lá o quê...

    Abr@ço
    SdF

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  2. @ sugus da fruta

    pois eu, por muito chateado com um F bem maiúsculo que esteja, ainda acho que é cedo para se atirar a toalha ao chão.

    andamos todos um pouco mais exaltados do que o costume...
    vamos lá manter a calma e a serenidade. não há necessidade deste esgrimir de forças e numa atitude de "o meu portismo é mais forte do que o teu".

    se sofremos e amamos uma causa comum, de igual forma - com muita paixão -, confiemos em quem gere os destinos do nosso clube do coração há mais de trinta anos. ele é tão portista quanto nós e também quer o melhor para o clube - por muito que alguns de nós, mais dados às reflexões, afirmem que já é «finito».

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  3. Miguel,
    Acho que estiveram a anos luz ( salvo seja! ) do que foram e do que são!

    Falando em calceteiros, não foi o Mangala que pôs o Wilson Eduardo a sangrar, dentro da área, num murraço que lhe aviou? Será que não viram?
    Sim, o William Carvalho podia ter sido expulso, mas o Olarápio deixou jogar ' à inglesa ' e depois não soube ( nunca sabem... ) controlar-se e compensam.
    Mas isso foi para os dois lados...
    Mas pronto, fica o resultado para a história e esse foi um 0-0 que nos penaliza e que vos caiu do céu aos trambolhões...
    Saudações Desportivas aos Portistas
    Marcelo Silva
    Porta 10A.wordpress.com

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  4. @ Marcelo

    caríssimo,

    antes de tudo, um próspero 2014, para si e para os que lhe são mais queridos.
    depois, muito obrigado! pela visita e pelas gentis palavras! - que são sempre bem-vindas e muito apreciadas, com o desportivismo que merecem.

    vamos, então, às "hostilidades" - em concreto, a «murraço» com que o Mangala «aviou» o Wilson Eduardo.
    respondo à dita, com um meu comentário, no "Porta19", sobre o mesmo assunto. espero que não se importe :D

    «
    eu e muitos portistas, vimos um jogo totalmente diferente do teu.
    inferir que o Mangala desferiu «um murro» em Wilson Eduardo é tão estapafúrdio como aquela tarja ridícula que afirmava que, por mais títulos que ganhemos, a nossa força é «banal». nem a nossa força é banal, nem o Wilson Eduardo levou um murro.
    se não te fixares nos “frames” em câmara lenta e reveres o lance em movimento tal e qual como aconteceu, aperceber-te-ás que o Mangala já vai em queda e que a sua intenção é tudo menos agredir o jogador do Sporting – antes amparar a queda. aliás, o Mangala não tem um historial de jogador violento, ao contrário do que a maioria da imprensa lusa quer fazer passar. o mesmo não se pode dizer do Rojo – e só para te dar um exemplo. infelizmente o Wilson levou com o antebraço no nariz.
    mais (e assim finalizo): se tivesse havido – que não houve, no meu entendimento – agressão, certamente que teria havido um sururu pior do que aquele que se verificou entre o vosso peidolas de serviço e o Varela – curiosamente um lance em que só este último levou amarelo e o vosso bufas de serviço passou incólume…

    »

    sobre o resultado final e o facto deste vos penalizar mais do que a nós, a arbitragem do sr. olarápio, os «trambolhões» , nisso já estamos de acordo. :D


    abr@ço e comente mais vezes.
    (o contraditório é muito salutar, sobretudo por quem o faz com o Desportivismo, a Educação e o Respeito do meu caro - valores que muito prezo e que infelizmente se estão a perder, de um modo geral)
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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