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fronteira que não posso deixar passar
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Vergado ao peso de uma derrota com que já não contava, o treinador do 5lb, Jorge JeBus, ajoelhou no relvado do Dragão. Em boa verdade, ainda não se levantou e só hoje à noite [ontem] poderá reerguer-se... ou ajoelhar-se ainda mais.
Para alguns adversários e alguns correligionários, este gesto conferiu uma dimensão humana a Jorge JeBus. A não ser para aqueles que o consideravam já quase um Deus, pela maneira como orientou o 5lb até este fatídico jogo, Jorge JeBus sempre foi um homem igual a tantos outros. Com a diferença de que, neste Sábado à noite, num Dragão vestido de gala, Jorge JeBus foi aquele homem que apostou tudo... e perdeu:
Apostou que a sua equipa estava no auge da forma, no apogeu da época e com isso só valorizou a vitória do FC Porto.
Apostou que ia sair do Dragão campeão e o melhor que conseguiu foi sair de lá em segundo.
Apostou que o 5lb ia embalar no Porto para uma vitória na Liga Europa e agora está é a tentar que o Salvio não entre logo no Arena ainda a chorar baba e ranho.
Apostou que ia ganhar um campeonato «limpinho, limpinho», depois dos roubos de igreja contra o Sporting e Estoril, e teve de baixar a cabeça para reconhecer que a arbitragem de Pedro Proença foi uma limpeza. (Apesar de, com o medo com que lá entrou, ter saído sujinho, sujinho...).
Apostou que já tinha aprendido a lição do ano passado e na verdade voltou a apostar na tripleta. Que ainda vai acabar transformada numa chupeta, ficando a chuchar no dedo, se logo o Chelsea confirmar os pergaminhos [como se veio a confirmar].
Desde que o viram de joelhos, muitos têm sido os depoimentos de não benfiquistas a declarar o seu desejo de uma vitória vermelha na final da Liga Europa. Até o nosso JN trazia ontem algumas mensagens dessas, de portistas conhecidos, e esta é a fronteira que os meus amigos sabem que eu não posso deixar passar!
Como não sou de traçar hoje uma fronteira e amanhã desenhar um novo mapa, antes que seja conhecido o desfecho do jogo, quero que saibam que logo à noite, mais do que querer que o Chelsea ganhe, quero que o 5lb perca.
O 5lb, mais do que um clube português (ainda que praticamente sem nenhum jogador luso) é o principal rival nacional do meu clube. Portugal só me interessa quando o jogo é entre selecções, o que não é manifestamente o caso [a mim, nem isso...].
Os adeptos do 5lb são portugueses (ao contrário da maioria dos seus jogadores), mas também são os que rasgam as bandeiras do meu clube, incendeiam camionetas do FC Porto, agridem os meus jogadores nos túneis e nos acessos, passam os jogos a entoar insultos aos dragões e ostentam cachecóis a desejar a morte aos meus!
Não vou mudar de opinião só porque, no Dragão, se deu a queda de um anjinho, mesmo em frente aos Diabos Vermelhos. Assim como tenho a certeza de que, se a maldição de Béla Guttmann já tiver caducado e a equipa do FC Porto, para sua vergonha, não cumprir a sua obrigação de ganhar, com humildade, em Paços de Ferreira, lá veremos os "seis milhões" de antiportistas a destilar o seu desprezo pelo nosso clube.
E se, para mal dos nossos pecados, o Vítor Pereira tivesse de ajoelhar na Mata Real, aposto singelo contra dobrado em como não iríamos ver um único benfiquista a mexer-se na sua direção para o levantar. Nem o Mexia.
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autor: Manuel Serrão
fonte: Jornal de Notícias (2013-01-15)
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.
caríssima(o),
natural de Santa Leocádia de Geraz do Lima (Viana do Castelo), com o miradouro da Senhora da Guia a dar mostras da beleza (natural) da freguesia, o meu Avô viu-se na contingência de migrar bem cedo para a «Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto».
por cá, em tempos de que não tenho memória, a não ser pelas suas lembranças, desenvolveu um Amor incondicional pelo nosso FC Porto. foram graças às suas estórias que soube de como tudo valia para se entrar no Estádio do Lima. ou de como epicamente se levou de vencida o Arsenal de Londres (o Barça de 1948), ao ponto de constar no nosso palmarés (o Museu ainda vai demorar mais um pouco...) um dos mais belos troféus de que há memória. ou do doloroso tempo de espera generosamente concedido por Inocêncio Calabote, estando-se em Torres Vedras a "escutá-lo" pela telefonia. ou de como sofregamente se sofreu e posteriormente vibrou de forma efusiva e entusiástica, pela conquista de um troféu: quinze anos na primeira vez (época 1955/1956), dezanove na segunda (época 1977/1978). ou de como se foi «gloriosamente» enxovalhado pelos adversários, sobretudo pelos sediados na Capital do Império.
portanto e se estivesse presente entre nós, não deixaria de concordar com as linhas acima, da autoria de Manuel Serrão - ao que consta, um ex-lampião - e que reproduzo para memória futura. e de soltar sonora gargalhada com mais uma derrota do Clube do Regime - assim mesmo, sem aspas, por razões que ele me explicou (que em nada se relacionam com saudações do antigamente) e que deixo para vossa própria interpretação.
recordo-me sempre do seguinte episódio, numa das vezes que fui de visita à sua terra-natal e que muito me marcou. estávamos a chegar junto da igreja matriz e somos abordados por um seu conterrâneo. a sua saudação foi tal e qual assim:
a Educação do meu Avô fez com que nem uma palavra lhe dirigisse, voltando-lhe as costas de uma forma tão rápida quanto o insulto lançado. por mais anos que passem, não me esqueço (também) desta lição.
por cá, em tempos de que não tenho memória, a não ser pelas suas lembranças, desenvolveu um Amor incondicional pelo nosso FC Porto. foram graças às suas estórias que soube de como tudo valia para se entrar no Estádio do Lima. ou de como epicamente se levou de vencida o Arsenal de Londres (o Barça de 1948), ao ponto de constar no nosso palmarés (o Museu ainda vai demorar mais um pouco...) um dos mais belos troféus de que há memória. ou do doloroso tempo de espera generosamente concedido por Inocêncio Calabote, estando-se em Torres Vedras a "escutá-lo" pela telefonia. ou de como sofregamente se sofreu e posteriormente vibrou de forma efusiva e entusiástica, pela conquista de um troféu: quinze anos na primeira vez (época 1955/1956), dezanove na segunda (época 1977/1978). ou de como se foi «gloriosamente» enxovalhado pelos adversários, sobretudo pelos sediados na Capital do Império.
portanto e se estivesse presente entre nós, não deixaria de concordar com as linhas acima, da autoria de Manuel Serrão - ao que consta, um ex-lampião - e que reproduzo para memória futura. e de soltar sonora gargalhada com mais uma derrota do Clube do Regime - assim mesmo, sem aspas, por razões que ele me explicou (que em nada se relacionam com saudações do antigamente) e que deixo para vossa própria interpretação.
recordo-me sempre do seguinte episódio, numa das vezes que fui de visita à sua terra-natal e que muito me marcou. estávamos a chegar junto da igreja matriz e somos abordados por um seu conterrâneo. a sua saudação foi tal e qual assim:
« olha, o Lima! estás bom? é o teu netinho? também já é um 'cabeça de porco' como tu? »
a Educação do meu Avô fez com que nem uma palavra lhe dirigisse, voltando-lhe as costas de uma forma tão rápida quanto o insulto lançado. por mais anos que passem, não me esqueço (também) desta lição.
de regresso ao Presente, porque não sou hipócrita e não partilho (de todo!) da «pena» do caríssimo Jorge, estou com (pelo menos) seis milhões de razões para não estar triste com a conquista da Liga Europa pelo Chelsky, ontem à noite - num jogo que não vi (devido a afazeres familiares) e que, quando me preparava para o fazer, mal me tinha sentado no sofá, estava o gay Artur a desviar a bola, cabeceada por Ivanović, com o seu olhar atónito... para dentro da baliza - e com o andré almeida a assistir a tudo "de camarote", em pleno relvado (!!!).
assim e mais uma vez, no espaço de cinco dias, foram gritantes erros defensivos que resultaram que, nos dois últimos jogos disputados, os lampiões tenham perdido duas finais. e, se regozijei com a primeira - por motivos (mais do que) óbvios -, já a segunda passou-me ao lado. mas, não posso deixar de esboçar um sorriso cínico quando penso no melão (que persiste em inchar) de lampiões insignes como o Orelhas, o rui gomes da selva, o sílvio 'senador pateta' cervan, o gordo do gobern, o cineasta falhado do antónio-pedro vasconcelos, o leonor pinhão, todos os que gravitam na redacção do pasquim da Travessa da Queimada (sem excepções e com o nojento do fernando guerra à cabeça), todos os que vegetam nas redacções das estações de televisão nacionais (pública, de Carnaxide e de Queluz), nos canais subservientes (coisos da manhatv e da 5lbtv2, ou bolatv). e, claro, dos "manuéis" que por aqui gravitam e não se esquecem de me endereçar votos de "felicidades" (extensíveis à minha família), e de "boa sorte" para o encontro de Domingo. a estes últimos, pergunto se ainda têm reserBas de rotundas feitas com a devida antecedência e (sobretudo) se já conseguiram sair à rua desde o encontro ante o Estoril-Praia...
assim e mais uma vez, no espaço de cinco dias, foram gritantes erros defensivos que resultaram que, nos dois últimos jogos disputados, os lampiões tenham perdido duas finais. e, se regozijei com a primeira - por motivos (mais do que) óbvios -, já a segunda passou-me ao lado. mas, não posso deixar de esboçar um sorriso cínico quando penso no melão (que persiste em inchar) de lampiões insignes como o Orelhas, o rui gomes da selva, o sílvio 'senador pateta' cervan, o gordo do gobern, o cineasta falhado do antónio-pedro vasconcelos, o leonor pinhão, todos os que gravitam na redacção do pasquim da Travessa da Queimada (sem excepções e com o nojento do fernando guerra à cabeça), todos os que vegetam nas redacções das estações de televisão nacionais (pública, de Carnaxide e de Queluz), nos canais subservientes (coisos da manhatv e da 5lbtv2, ou bolatv). e, claro, dos "manuéis" que por aqui gravitam e não se esquecem de me endereçar votos de "felicidades" (extensíveis à minha família), e de "boa sorte" para o encontro de Domingo. a estes últimos, pergunto se ainda têm reserBas de rotundas feitas com a devida antecedência e (sobretudo) se já conseguiram sair à rua desde o encontro ante o Estoril-Praia...
se tal faz de mim menos adepto do desportivismo? talvez. não sei... penso que não, acho que sim...
mas, para quem achar que o sou e/ou estarei a ser, já se sabe que, para eles, o «fair-play é uma treta»...
assim sendo, guardem lá a vossa conversa da treta para vocês e utilizem-na junto dos que vos conseguem aturar. eu já meu cansei de vos (in)tentar compreender e de nutrir uma certa "simpatia" (inclusive) com as vossas vitórias morais.
para finalizar, deixo-te com duas imagens que a priori parecem distintas, depois vai-se a ver e não o são, e até têm muito em comum, complementando-se.
querem vencer?
trabalhem para esse objectivo!
querem conquistar títulos?
joguem, dentro das quatro linhas, de uma forma melhor do que a do adversário!
querem a consideração e o reconhecimento do mérito desportivo dos vossos adversários?
dêem-se primeiro ao Respeito e façam tudo por os conquistar!
enquanto não o conseguirem, desamparem-me a loja!
para finalizar, deixo-te com duas imagens que a priori parecem distintas, depois vai-se a ver e não o são, e até têm muito em comum, complementando-se.
de um sorriso (cínico):
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de um choro compulsivo:
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somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
:)
:(
:))
:((
=))
=D>
:D
:P
:-O
:-?
:-SS
:-f
d(
:-*
b-(
h-(
g-)
5-p
y-)
c-)
s-)
d-)
w-)
:-h
:X
O Serrão esteve muito bem. É pena que não saiba falar como escreve...
ResponderEliminarNo meio disto tudo foi ignorado por todos que a derrota dos benfas nos assegurava o Pote 1 da Champions. Sabendo isto, que tipo de portista torce pelos gajos? Como diz o francisco josé viegas, vão tomar naquele sítio....