(quase) oito meses depois...

 © rádio renascença

... houve "fumo (verde e) branco":

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A secção não profissional do Conselho de Disciplina [CD] da Federação Portuguesa de Futebol [FPF], decidiu arquivar o processo de averiguações do caso de Paulo Pereira Cristóvão e de José Cardinal, respectivamente ex-dirigente do Sporting CP e árbitro assistente ainda em exercício de funções.

No comunicado oficial nr. 140, de 17 de Outubro passado, o CD colocou um ponto final num processo que tinha sido aberto a 20 de Abril de 2012, para «apuramento de eventuais anomalias disciplinares no jogo Sporting vs. Marítimo».
Nestes termos, só através «do conhecimento, pela FPF, de decisão judicial condenatória, transitada em julgado, pela prática de infracção que revista também natureza disciplinar, é que a obriga à instauração de procedimento disciplinar, excepto se o mesmo já estiver prescrito» - e o prazo de prescrição, para efeitos da justiça desportiva, suspenso a 20 de Abril de 2012 (data da abertura do inquérito), começou a ser contado a partir de 19 de Outubro e pode ser de três ou de cinco anos.

Significa isto, na prática, que se este caso, que ainda está em investigação policial, vier a chegar à barra dos tribunais, o Sporting CP ficará, no plano desportivo, a salvo de qualquer eventual condenação de Paulo Pereira Cristóvão, uma vez que, atendendo ao tempo médio até ao trânsito em julgado (que só ocorrerá esgotados todos os mecanismos de recurso) seria excepcional que o caso conhecesse desfecho definitivo antes da prescrição desportiva.

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fonte: pasquim da Travessa da Queimada (2012-11-03)

ps: os negritos, os sublinhados e os itálicos são da minha responsabilidade.

sinceramente acho este caso um exemplo que deveria constar do anedotário desportivo nacional.
e porquê? melhor do que eu, o caríssimo José Correia, no "Reflexão Portista", em "tentativa de corrupção, coacção, ou o quê?", expõe algumas daquelas que também são as minhas dúvidas:

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Aquilo que, à partida, poderia (deveria?) ter sido visto como uma tentativa de corrupção (imaginem que tinha sido o Reinaldo Teles...) ou, no mínimo, aliciamento e coação sobre o árbitro - algo que teria óbvias implicações desportivas para o Sporting CP (pois, por menos do que "isto", o Boavista desceu de divisão...) -, foi transformado num problema pessoal do senhor Cristóvão, em que o clube de que ele era vice-presidente não tem nada a ver com o caso. 

Mais: em alguma comunicação social já se começa a assistir à construção de uma estória em que, inclusivamente, o Sporting até surge como vítima do senhor Cristóvão!

Mas há duas perguntas simples, que parece ninguém quer responder: 

(i) por que razão foram depositados 2000 euros na conta de um árbitro e (ii) que tipo de contrapartidas (para o Sporting) eram esperadas?

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ps: os negritos, os sublinhados e os itálicos são da minha responsabilidade.

como já o afirmei antes, « fosse outro clube o envolvido (assim mais a Norte...) em tais lamentáveis (mas sempre condenáveis) incidentes  e talvez já houvesse novidades » noutro sentido, noutra direcção...
é essa a principal razão do meu descontentamento pela decisão acima reproduzida, e pela minha indignação (e revolta) - que também deveria ser a de qualquer um de nós, portistas dos quatro costados e indefectíveis apoiantes das causas de um Amor comum.
é que, convém não esquecer (nunca!) que, pelos lados da Segunda Circular, nós é que somos os «corruptos» e a face do «sistema»; os outros é que são os impolutos e os paladinos da "Verdade Desportiva"...

beijinhos e abraços (muito portistas)!

e Muito Obrigado! pela tua visita :)

sugestão musical: Green Day, «welcome to paradise»