domingo, 19 de agosto de 2012

do pontinho...



parte 1:
do treinador  do FC Porto

«

Disse na semana passada que era importante ganhar a Supertaça.
Agora que já a ganhou, como antevê o início da Liga?

As vitórias e as conquistas reforçam a confiança da equipa. Foi uma vitória difícil mas merecida.
Estamos preparados para um jogo que se antevê difícil, mas confiantes. Ainda está bem vivo na nossa memória o jogo da época passada, onde não fizemos um campeonato sem derrotas porque averbamos uma derrota [em Barcelos]. Na altura atribui mérito ao Gil e acho que vão jogar da mesma forma: com linhas compactas, a apostar em transições
[contra-ataques] e nas bolas paradas.
Mas todos nos recordamos da forma como perdemos: com mérito do Gil, mas também com "coisas" que não quero abordar mais.

»

fonte: fcporto.pt
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.

«

Houve uma equipa que quis jogar, que quis ganhar e que foi a nossa; e uma equipa que defendeu e que defendeu o jogo todo - para além de defender com quebras do ritmo de jogo e com faltas...
Jogou-se para aí 75 minutos, não se jogou mais.
Deveríamos ter resolvido na primeira parte porque sabíamos que na segunda seria mas difícil
, que isto ia acontecer. Relva altíssima. Depois, tudo isto misturado, levou-nos a perder a paciência para a circular, para encontrar a melhor forma de chegar à baliza. Foi um jogo feio, feito de quebras de ritmos, com uma relva altíssima... Não foi fácil encontrar os espaços. Os jogadores tentaram, quiseram ganhar, não foi possível. 

Valeu tudo! Que eu tenha visto, vi dois jogadores a ser agarrados na grande área do Gil [Kléber e Luís Carlos]... Isto tudo junto não nos permitiu sair daqui com os três pontos.

»

fonte: fcporto.pt
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


não!, na minha análise ao primeiro jogo da presente temporada, não vou quebrar com o meu compromisso, assumido publicamente em Julho último, de que o actual treinador principal da minha equipa do coração poderia « contar com todo o meu apoio e motivação para a nova aventura que ora (re)começou ».
no entanto, finda a partida, dei comigo a pensar que:
1) perdemos dois pontos porque regressámos à atitude nefasta de conceder uma primeira parte a um adversário que se sabia que iria dificultar-nos a vida;

2) perdemos uma possibilidade de, à primeira jornada, nos destacarmos do eterno rival, porque voltámos a encontrar situações no decurso do jogo em que (a) os jogadores não acertavam passes de dois metros de distância entre si e (b) não conseguiam desmarcações para o espaço vazio (ao contrário da redondinha, que os encontrava amiúde...);

3) perdemos um estado de graça momentâneo porque (como num Passado que desejava longínquo) a equipa foi incapaz de descobrir um antídoto eficaz para uma equipa que joga compacta no seu meio-campo defensivo, praticando um jogo "sujo" - e que, mais uma vez, é certo, mas não é esta a desculpa principal, contou com a complacência do árbitro (inacreditável como o camisola nr. 6 gilista, de seu nome Daniel faria, ter passado incólume no capítulo disciplinar...). 

nestes três pontos, o nosso timoneiro tem responsabilidades, pois é a ele quem compete fazer o trabalho de casa - mesmo com a desculpa dos jogos internacionais amigáveis agendados na semana que passou, e essencial para a preparação do arranque da nova temporada. 
é certo que atrapalhou ter "perdido" quase uma quinzena de jogadores. e que, por exemplo, colocar o Atsu a vinte minutos de terminar a partida, explica-se pelas viagens desgastantes a que o internacional ganês foi sujeito (tendo ido à China e tudo!). mas, para este profissional treinador de bancada que te escreve neste espaço de discussão pública, é um pouco complicado perceber a substituição do Fernando pelo Kléber (começo a ficar sem paciência para este brasileiro que não consegue dominar uma bola). ou ainda, não ter percebido o porquê do Danilo ter ficado a aquecer o banco de suplentes enquanto as pernas do Lucho já não obedeciam ao que o seu cérebro lhes ordenava. e, já agora, a razão da aposta em Mangala para a lateral esquerda, com o Alex Sandro igualmente no banco...
mas, também é verdade que, se tivéssemos ganho, nada destas teorias de playstation me teriam passado pela minha (grande, enorme) cachimónia...


 


parte 2:
do treinador  do Gil Vicente

«

Vocês levam estes resultados mais para demérito do grande, mas nós temos as nossas armas. Não podemos lutar de igual para igual com equipas que têm outro tipo de va£or€$.
Dentro das opções que tínhamos, adaptámos o que nos parecia melhor para jogar contra o FC Porto. Tínhamos de lhes fazer perceber que iria ser difícil.
Apesar de
o FC Porto ter tido mais ascendente e mais oportunidades, acaba por ser justo porque trabalhámos, lutámos, fomos abnegados e sofremos muito para conseguir este ponto.
Se disse aos jogadores para jogarem fechados? Nem de perto nem de longe! Isso já acabou! Se calhar era dantes. Hoje trabalhámos sob uma intensidade e um plano de exigência muito alto.
O que digo aos meus jogadores é que não temos de temer ninguém. Respeito por todos sim, mas temos de jogar com as armas que temos. Mal seria se orçamentos ou cores da camisola decidissem jogos...

»

fonte: maisfutebol
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.

em bom vernáculo nortenho:


ó Paulo Alves, vai enganar a p*t@ que te pariu!
tu, que enquanto jogador, foste sempre avesso ao ataque e a marcar golos, queres enganar quem, car@**o?
a equipa que montaste para "o pontinho" jogou com duas linhas de quatro jogadores bem juntas e daí não saíram durante os noventa minutos - a não ser para distribuir cacete, que é o que se pode interpretar da expressão «Tínhamos de lhes fazer perceber que iria ser difícil».
em suma e porque não sou papalvo e muito menos fiúza, vai enganar o car@**o que te f*d@ mais a conversa fiada que transcrevi aí em cima.





parte 3:
dos jogadores  do FC Porto


Vítor Pereira afirmou: «não comento declarações dos meus jogadores».
é um direito que lhe assiste, por ele justificado com o duvidar da veracidade das transcrições feitas pelos jornalistas. considero que, para além desta, ele lá terá outras razões - e que serão bem mais válidas do que as minhas, pois ele é que "está lá dentro" e eu, que estou do lado de fora, só posso "rachar lenha".
mas, se ele não o faz, eu faço-o!

na semana passada, falaram à Imprensa:
i) Jackson Martínez que, empolgado por ter decidido a partida de Aveiro, ante a Briosa, afirma contundente «foi só o primeiro de muitos golos» e também «quero os clubes mais fortes na Champions».
a avaliar pelo jogo de hoje, é melhor ir com calma, ok?

ii) James Rodríguez que afirmou «no Futuro, talvez gostasse de ir para Inglaterra, mas prefiro Espanha» e também «a verdade é que o que mais gosto é de jogar a 10. já falei com Vítor Pereira e pedi para jogar a 10».
apesar de ter atirado «não penso nisso no imediato, pois estou no FC Porto e quero ganhar mais coisas», a bem da Verdade, é que El Bandido já encara o Presente como um trampolim para o Futuro imediato. e o pior (para o Clube e para nós, adeptos) é que não está só neste tipo de pensamento.
sobre a sua preferência no modo de jogar (para si e não em prol da Equipa), foi bom para ele perceber quem é que «manda». é que, para mim, um excelente jogador joga em qualquer posição. e eu acredito que o James é um excelente jogador.

iii) João Moutinho que afirmou de forma peremptória «estou bem, sinto-me bem. a justificação [por, à data, ainda não ter sido titular] é o mister que tem de a dar».
todos que me visita sabem da minha admiração por este jogador "à Porto", mas, depois do jogo menos conseguido de hoje, em Barcelos, melhor teria sido que a aposta tivesse permanecido na sua entrada a vinte minutos do final da partida (ou anda menos...).

iv) Miguel Lopes que afirmou «estou há duas semanas a trabalhar com o grupo e ainda estou a ganhar ritmo competitivo».
pssst! caro Miguel! vou dar-te uma novidade: o Danilo já regressou dos compromissos da canarinha.

v) Otamendi que afirmou «queremos arrancar no campeonato com uma vitória e tentar fazer o melhor possível».
porque tentaram mal - em vez de almejarem fazer o impossível para a conseguir -, a vitória fica para uma próxima.

em suma
(e assim concluo este testamento)


foi o primeiro teste da época. se comparado com a transacta, já conquistamos um ponto (é a visão positiva da coisa, a perspectiva pelo copo meio-cheio). 

foi uma partida onde o futebol praticado ficou muito aquém do rápido, intenso, pressionante; se é certo que tivemos mais posse de bola, « jogámos para trás e para o lado, devagar, devagarinho e a passo durante 75 minutos, sem profundidade pelas laterais [...] com a equipa a só pressionar na parte final, e mais com o coração que com a cabeça », como escreve o caríssimo Vila Pouca.
ou seja, um filme muito visto na época transacta... (é a visão negativa da coisa, a perspectiva pelo copo meio-vazio).

e, se nada está perdido, é certo!, não deixa de ser igualmente verdade que convém encontrar o rumo da vitória já no próximo encontro, em nossa casa e frente ao Vitória de Guimarães (que empatou o Sporting na possibilidade de liderar o campeonato - um feito que já não consegue desde 17 de Agosto de 2007).


beijinhos e abraços (empatados)!
Muito Obrigado! pela tua visita :)

5 comentários:

  1. Jogo com abordagem errada, onde faltou quase tudo: Velocidade, organização ofensiva, capacidade de penetração, explosão, criatividade e finalização.

    Estes são os condimentos para derrubar «muros» defensivos. Os jogadores e equipa técnica sabem-no perfeitamente, mas insistem em não os aplicar. Porquê?

    Um abraço

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  2. Boas,
    Foi com o jogo da época passada como termo de comparação que o FC Porto entrou em campo e foi com um empate que o campeão iniciou a defesa do título, num
    terreno onde não se esperavam facilidades. Não sei bem de que jogo estava a espera, porque nesta fase ainda esta tudo muito perro, a maquina ainda precisa
    de ser afinada, que é como quem diz, ainda falta velocidade, ideias de jogo e claro, pontaria – espero que a máquina seja afinada o mais rápido possível
    – no entanto, esperava que os dragões fossem capazes de desfazer a muralha defensiva construída pelo Gil, não o foram e por isso sobrou um empate a 0.

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com
    www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com

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  3. Miguel,

    desculpa lá mas não consigo partilhar do teu optimismo.

    Este senhor não é treinador para o FC Porto. Aliás, Vítor Pereira não é treinador, ponto final.
    O percurso
    dele antes de chegar ao nosso clube "fala por si...

    As minhas razões são sustentadas neste escrito do "Zero"
    , no "Café das Antas" - que sei que também frequentas.

    Como por lá é dito, vai ser uma época longa - e como bem o dizes, pelo menos até ao final da fase de grupos da Champions.
    Até lá e salvo algo de muito mau - ou muito bom, dependendo do ponto de vista -, Vítor Pereira continuará a fazer asneiras atrás de asneiras. Gostava de estar errado e de não ser um Velho do Restelo, mas há uma época que "fala" por si (conquistada por muita falta de consistência, logo demérito dos adversários e porque Pinto da Costa soube colocar os pontos nos iis a tempo).
    E o jogo de Barcelos - e já antes o de Aveiro - não trouxe nada de animador nesse capítulo.

    Enfim... Gostava de partilhar do teu optimismo, mas não consigo, pelo que continuarei a enervar-me a ver estes jogos tão mal conseguidos do nosso FC Porto...

    Abr@ço
    SdF [sugus da fruta]

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  4. caríssima Ana, caríssimos:

    obrigado! pela vossa visita e pelas vossas palavras!

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    beijinhos abr@ços :D
    Miguel | Tomo II

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  5. @ Sugus da Fruta

    se não consegues ver os jogos do meu clube do coração, tens um bom remédio: simplesmente deixa de o fazer.

    para termos quem nos queira "bem" já bastam os nossos adversários, porr@!!

    ps pertinente:
    mesmo reconhecendo-lhe limitações, Vítor Pereira será o meu treinador enquanto o nosso querido líder assim o entender e, neste espaço de discussão pública, tudo farei por não enveredar nesse caminho fácil de linchamento público do elo mais fraco.
    considero que só assim conseguirei crescer no meu portismo, pois são nos momentos difíceis que se vê quem tem mais "estaleca".

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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