do «andor encarnado», à segunda jornada...

 

© a bola

caríssima(o),

eu bem que tentei, com o post sobre a ida de Neil Armstrong para um mundo melhor e com a "posta de pescada"® sobre um texto excepcional, da autoria de Juan José Millás, mas «o que o meu poBo gosta» é mesmo de escritos sobre «o esférico rolando sobre a erva» :)

assim sendo, nas próximas linhas irei abordar uma questão relacionada com alguns aspectos que, à data, passaram "despercebidos" à esmagadora maioria da nossa abjecta, muito parcial e demasiado facciosa  Comunicação Social, pelo que estaremos perante (mais) um testamento "made in" TOMO II (a sua/minha imagem de marca :D ).

devido a motivos profissionais, desde já confesso que, este final-de-semana, não vi nenhum jogo: da partida onde esteve envolvido o meu clube do coração, tudo o que soube foi por intermédio "desse maravilhoso mundo que é a bluegosfera"®; do jogo em que participou o Vitória FC, a informação obtida foi graças aos jornais desportivos que tenho por hábito ler - a saber: OJOGO e o pasquim da Travessa da Queimada.

sobre o encontro que ocorreu no Dragão, e apesar de uma vitória indiscutível e inquestionável, tenho a referir que houve mais uma grande penalidade que não foi assinalada. pela minha contabilidade, chego a esta conclusão: duas jornadas, três penalties evidentes que ficaram por assinalar. fica, desde já, o registo para memória futura.

já sobre o jogo jogado do FC Porto, o resumo dos golos não chega para avaliar, de forma conveniente, se o mesmo foi convincente e sobretudo consistente (pese embora a goleada), pelo que reservo-me a emitir uma opinião e mesmo que confie nos meus "especialistas" de serviço (vide coluna à esquerda, em "o meu maravilhoso mundo da bluegosfera"®, sff :D ).

sobre a partida do Bonfim, já há um pouco mais a dizer «penso eu de que», e para lá da euforia que se (pres)sente para os lados da redacção do pasquim da Travessa da Queimada - e não me refiro à capa do dito (vide foto acima), ao editorial de santos neves "forte resposta do 5lb", à crónica da partida (da autoria do sr. com apelido de intestino), nem dos destaques à mesma.

ao que consta, houve uma expulsão de um jogador sadino logo aos oito minutos do encontro. ao que consta, o tal jogador foi formado nos escalões da agremiação de Carnide. ao que consta, poderá não haver uma (co-)relação entre aqueles dois factos e ser só uma coincidência. só que eu não «acardito» em coincidências...

outro facto interessante dessa mesma partida foi o de o jogador que protagonizou um «episódio caricato» que «uniu ainda mais a equipa» lampiónica, nas palavras do seu «catedrático» treinador, ter tido uma entrada feia sobre um colega de profissão, dois minutos após a obtenção do primeiro golo lampiónico (em claro fora-de-jogo, mas já lá vamos). acontece, porém, que o "girafa", desde que actua em Portugal, sempre confundiu rótulas, tornozelos e queixos com a chichinha. portanto e dando de barato a sua mais do que evidente falta de visão, o que mais me irrita é o caceteiro em causa beneficiar de um insuportável compadrio arbitral e de uma gritante impunidade por parte das instâncias superiores, pagas para deliberar em casos desta estirpe. se dúvidas houver do que escrevo, relembro que já passaram dezasseis dias desde aquele «episódio caricato» ao qual o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol decidiu abrir «um processo disciplinar com carácter de urgência ao capitão do 5lb»...

curiosamente, só a edição impressa do pasquim da Travessa é que traz à estampa uma imagem sobre o lance do "girafa", como se comprova na imagem abaixo:

© a bola
(clicar na imagem para ampliar)

todos os outros órgãos de Comunicação Social, à data, ou "esqueceram-se" de fazer referência ao tal lance (como todas as estações de televisão, nos resumos que apresentam) ou "sonegaram-no" no texto principal das suas crónicas (como os jornais desportivos).
e é sobre estes últimos que a seguir abordarei como é enorme a gritante dualidade de critérios, com especial enfoque para a edição impressa do jornal OJOGO, do qual se presume ser "pró-FC Porto" mas mais não é do que um órgão de comunicação que consegue dar um pouco mais de destaque ao quotidiano azul-e-branco - e por «destaque» entenda-se mais do que as habituais duas singelas páginas dedicadas pela redacção do pasquim da Travessa da Queimada.
porque não fui a tempo de adquirir uma edição impressa deste último título, terei que proceder à transcrição das partes que considerei mais interessantes a propósito do tema em pareço. as ditas seguem já, já, num espaço próprio, por forma a não tornar este texto (ainda) mais maçudo.

ps:

apesar de abordar uma questão lampiónica, é óbvio que este espaço de discussão pública está vedado a comentários lampiónicos, e de acordo com a imagem visível no canto superior direito e que o embeleza.
(sim, lampião! para ti e só para ti, existirá sempre censura e as tuas palavras terão sempre o mesmo destino, sem apelo nem agravo: o "arquivo geral")

beijinhos e abraços (muito caceteiros)!

e MUITO OBRIGADO! pela tua visita ;)

 

© ojogo

(clicar na imagem para ampliar)

à primeira "vista", o que a capa do pasquim não informa, a redacção sediada na Rua Gonçalo Cristóvão escreve-o em capa: «Melgarejo em fora-de-jogo no lance do primeiro golo».
mas, no seu interior, há mais; bem mais.

antes, recordo o que escreve o pasquim da Travessa da Queimada sobre os lances em causa:

 © a bola
(clicar na imagem para ampliar)

na edição impressa de OJOGO, o jornalista marco gonçalves escreve na crónica de encontro:

« o 5lb respondeu às vitórias claras dos rivais pelo título com personalidade e com uma goleada que o coloca já na frente da classificação, fruto dos sete golos marcados em apenas dois jogos ».

para essa exibição «com personalidade» muito contribuiu o momento do jogo, logo aos oito minutos, o qual é descrito nestes moldes:

« Amoreirinha perde o controlo e abre caminho ao domínio total encarnado. perante uma investida do tão criticado Melgarejo, Amoreirinha perde o controlo e deixou o camisola 15 estatelado no chão, fruto de uma tentativa de corte demasiado intempestiva e extemporânea. »

eis como o Tribunal de OJOGO analisa a tal «tentativa de corte demasiado intempestiva e extemporânea», a qual foi formulada nestes termos «foi justa a exibição do cartão vermelho por entrada dura sobre Melgarejo»:

Jorge Coroado [JC]:
« Amoreirinha entrou "com tudo", despropositadamente e sem controlo sobre Melgarejo, justificando plenamente a mostragem do cartão vermelho »

Pedro Henriques [PH]:
« Amoreirinha entra em 'tackle' deslizante com a perna direita [...] e, em tesoura, toca e rasteira Melgarejo. Foi uma entrada com uso de força excessiva, penalizada correctamente com o cartão vermelho »


José Leirós [JL]:
« decisão corajosa do árbitro, ao exibir correctamente o cartão vermelho a Amoreirinha, que colocou em perigo a integridade física de Melgarejo »

agora, vamos ler como este mesmo trio de ex-profissionais do apito interpretou o lance em que esteve envolvido o jogador que protagonizou um «episódio caricato» que «uniu ainda mais a equipa» lampiónica, nas palavras do seu «catedrático» treinador:

Jorge Coroado [JC]:
« Luisão foi objectivo no modo como tocou no adversário, derrubando-o por detrás e validando a decisão do árbitro [em lhe mostrar o cartão amarelo] »

Pedro Henriques [PH]:
« Luisão é correctamente advertido com cartão amarelo por entrada imprudente, feita por detrás, sobre Miguel Pedro »

José Leirós [JL]:
« o cartão amarelo exibido a Luisão é o que mais se adequa, uma vez que derrubou apenas o adversário, rasteirando-o »

estou plenamente de acordo que a entrada do antigo "produto" lampiónico foi tudo o que está sublinhado nas transcrições acima, logo merecedor de cartão encarnado.
o mesmo penso que deveria ter sido aplicado à "girafa" caceteira que integra um plantel que joga à margem das leis do jogo, com o beneplácito tácito de quem de Direito, pelos motivos explicítos e igualmente sublinhado nas transcrições acima, logo merecedor de cartão encarnado e não um singelo cartão amarelo.
relembro os mais incautos - e, por «incautos», refiro-me aos lampiões que por aqui gravitam - que, por uma entrada idêntica se pediu a cabeça de Bruno Alves no jogo de Moscovo, para a Champions, na época passada...


já sobre o primeiro golo da agremiação de Carnide, eis como o mesmo Tribunal de OJOGO analisou o lance:

Jorge Coroado [JC]:
«  Melgarejo estava adiantado face à definição da Lei - porém, incorrendo nas instruções da FIFA que dizem que, em caso de dúvida, benefício ao atacante »

Pedro Henriques [PH]:
« com acesso à repetição (de que o árbitro assistente não dispõe), vê-se que, no momento do passe de Enzo Pérez, Melgarejo está adiantado face ao penúltimo defensor sadino »

José Leirós [JL]:
« golo ilegal: Melgarejo adiantou-se um pouco em relação à defesa sadina e ficou em clara posição de fora-de-jogo »

relembro os mais incautos - e, por «incautos», refiro-me aos lampiões que por aqui gravitam - o que, na época passada, no jogo do título, no ex-estádio da Lucy, não se escreveu e a raiva e a revolta que ainda persistem e subsistem, pelo golo validado ao Maicon...


são por todas estas "razões" (com certeza que subjectivas) que compreendo as declarações finais de José Mota e rio-me das proferidas pelo Jorge "Jebus", por me recordar de outras em que (mais uma vez...) saiu impune. e porque, para o título do post em causa, me apropriei de uma expressão utilizada, na época passada, pelo do caríssimo Rui Moreira... à décima oitava jornada.

para finalizar, deixo-te (finalmente!) com um excerto da análise ao jogo feita pelo "bicho", em "o jogo acabou cedo de mais":

« o árbitro jorge sousa acabou por se tornar figura no jogo porque, em menos de um quarto de hora, tomou duas decisões "no limite": a expulsão de Amoreirinha e o primeiro golo benfiquista. 

não quero julgá-lo, mas deixo um reparo: não é preciso andar sempre a puxar do amarelo para se segurar um jogo. »

beijinhos e abraços (muito caceteiros)!

e MUITO OBRIGADO! pela tua visita ;)