caríssima(o),
tal como tu, estou de rastos. arrasado. triste. chateado. revoltado. angustiado. confuso. e muito fodido dos cornos. extremamente fodido e passado dos carretos, com um humor que levou a minha esposa a pedir, "pelas alminhas", para não o transportar para o leito conjugal. mas sei que tal será difícil...
no fundo, estou a ressacar mais uma amarga derrota, sofrida precisamente nos instantes finais de (mais) uma importante partida para a Champions. novamente com requintes de uma pérfida malvadez, em que «estava escrito nas estrelas» que sofreríamos até ao fim (valeu-nos "S. Helton"), com o opositor a infligir-nos o golpe de misericórdia mesmo, mesmo, mesmo ao cair do pano... filha da puta de lance, que não houve quem evitasse o cruzamento do Hulk, porra!...
é por perceber todo este cenário que também sei que a noite vai ser longa. mas, isso, é outra estória...
portanto, escrever que o meu sentimento actual, em relação ao que se passou, ontem à noite, no Estádio do Dragão, no regresso do nosso Incrível a uma casa que tão bem conhece e onde será sempre bem recebido, é equivalente a uma azia do caralho, acho que é um pouco redundante - no sentido em que estou tal e qual como tu. ou se calhar, pior (pois que me chateei com a esposa que, ao que consta, parece que lhe "dói a cabeça", pelo que...). foda-se lá para a minha sorte...
assim sendo, é tudo tal e qual o que se me apraz dissertar sobre o que aconteceu, na noite de ontem, no nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos.
e este meu desalento, em jeito de desabafo, é ainda maior, precisamente porque já é o segundo "pesadelo", consecutivo, que acalentámos na fase de grupos da prova rainha da UEFA - uma prova onde as nossas expectativas eram altas. é preciso recuar à época 2008/2009 para encontrar um descalabro inicial igual - onde, depois da copiosa derrota em Londres, ante o Arsenal, voltaríamos a sentir o travo amargo de mais um revés desportivo, ao perdermos 0-1 com o Dynamo Kyiv, em nossa casa...
(curiosamente viríamos a vencer o grupo onde estávamos inseridos quando, em finais de Outubro, a Imprensa e alguns dos nossos "reflexivos" adeptos prematuramente já afirmavam o «adeus à Champions»...)
finalizo esta curta missiva, repleta de uma dor de corno insuportável, de uma forma positiva de "ver a coisa", num estilo bastante incaracterístico em mim, mas que é digno de figurar num qualquer Oráculo de Bellini, ou nas "cartas" da Maya (sendo que, ali atrás, "cartas" é um eufemismo).
assim, é por perceber que ainda nada está perdido - já que há nove pontos em disputa -, e com aquele doce regresso a uma edição onde, passada a tormenta inicial, só cairíamos (literalmente) aos pés do «manstére unáite» - em concreto do (a partir desse jogo, em Abril de 2009) abjecto "CRtriste"®, pois que nunca esquecerei a forma como celebrou o seu golão, assim como as declarações que proferiu no fim da partida e que motivaram pronta reacção do nosso querido líder -, afirmando que a passagem aos oitavos-de-final da presente edição da Liga dos Campeões ainda é possível e só será uma «miragem» se nós assim o quisermos.
faço votos sinceros para que, mais uma vez, a história se repita e a nosso favor...
ah! quase que me esquecia.
para a "posteridade" e sem pretender atirar para cima de si toda a responsabilidade de mais uma (dolorosa) derrota, fica o registo da (tão aguardada, por que ansiosa) estreia de Héctor Herrera na melhor e maior prova de clubes a nível mundial.
faço votos para que o momento o "inspire", que aprenda com o erro cometido e com a perda que causou na equipa, e (ainda) regresse a tempo de mostrar todo o seu virtuosismo - que possui; só precisa é de o refrear, na minha opinião.
© menos futebol
* escreBeroquê - título desta "posta de pescada"® foi emprestado (de forma descarada e despudoradamente adúltera) de uma g'anda malha de Gabriel, O Pensador, que nunca esteve tão actual para descrever a nossa comezinha, muito portuguesinha e extremamente tuga, realidade política actual.
puta que pariu esta merda toda, caralho...
rai's m'a foda...
Apesar de algumas apostas que se revelaram infelizes (Herrera) mas que no papel todos clamávamos; apesar de alguns jogadores sem capacidade física para um jogo deste nível (Alex e Lucho), tenho que admitir que desta vez tivemos atitude e pelo menos os jogadores deixaram tudo em campo. Dei por mim a pensar no fim do jogo, enquanto deitava o meu filho: tenho 37 anos e não me lembro de duas derrotas seguidas na europa (tu já lembraste qdo é q isso aconteceu mas eu já não me lembrava). Pensei também: tenho 37 anos e este Clube já me deu muito mais do que eu já lhe dei a ele. Já me fez chorar de alegria, já me fez sentir o melhor do mundo mais do que uma vez. Já me fez sentir a minha casa literalmente a tremer de alegria, na final de Viena. Por todos estes motivos, e porque antecipo que alguns portistas se desmobilizaram hoje do jogo de domingo, decidi que era altura de pagar alguma da enorme dívida de gratidão que tenho pelo nosso Porto. Como tal, em vez de esconder a cabeça durante o resto da semana, em vez de observar o jogo de domingo na net, quase envergonhado, irei marcar presença no nosso estádio para apoiar a nossa equipa. Irei fazer os 300 kms que tantas vezes já diz, desta vez para mostrar a todos que os portistas não se escondem nem se rebaixam. Acredito que domingo será o dia da viragem desta época, o dia da coragem e da força, o dia do acordar desta equipa, o dia de assumir que somos grandes também nestes momentos e não só quando tudo corre bem. Um abraço e bom trabalho no domingo. Se entretanto puderes ir ao jogo avisa. J
ResponderEliminarUm pormenor só para aumentar a nossa azia: acho que o Herrera está a mais de 9.15m da bola... A bola está mais de 2m atrás do limite da meia lua, e a barreira está 1m à frente da marca de penalti. Como se sabe, a meia lua está a 9.15 da marca de penalti! A barreira está claramente a mais de 10m da bola! Esta imagem dá para esclarecer isso...
ResponderEliminarhttp://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Porto/interior_premium.aspx?content_id=850289
Luta inglória com resultado um tanto injusto, face à raça, espírito de sacrifício, solidariedade e vontade de ganhar, manifestada por todos os atletas portistas, mesmo jogando reduzidos a 10, a partir do 6º minuto.
ResponderEliminarA equipa reagiu bem à contrariedade e adoptou a estratégia correcta, que poderia ter-lhe dado a vitória, face às oportunidades criadas, que os ferros e a competência do guardião contrário trataram de resolver.
Fernando e Varela foram para mim os que mais se destacaram.
Não me parece que a arbitragem tenha tido influência no desenrolar do jogo. Limitou-se a aplicar a lei, com rigor, no caso da expulsão de Herrera e depois terá cometido um ou outro pequeno lapso, que sempre acontecem.
Um abraço
Caro Miguel,
ResponderEliminarNão se esperava que este fosse um jogo fácil, mas esperava-se que a equipa portista tivesse aprendido com o sucedido no jogo frente ao Atlético. Acontece
que ontem à noite os deuses do futebol decidiram não proteger os dragões que portaram-se como uma verdadeira equipa, quer na entreajuda, na solidariedade,
no querer e no carácter. Os deuses do futebol não protegeram o FC Porto logo aos 6 minutos, quando Herrera foi expulso; não protegeram o FC Porto quando
Lucho rematou à barra; não protegeram quando Varela, depois de fazer o mais difícil mandou a bola fora; ou, mais tarde, quando novamente Varela mandou
a bola à barra; quando o guarda-redes russo travou lances de ataque portista; e sobretudo não protegeram quando o avançado do Zenit marcou. Por outro lado,
é verdade, protegeram quando Fernando, enorme Fernando, evitou tantas vezes a progressão do ataque russo; quando a defesa, helton incluído, puseram termo
em lances de ataque, invariavelmente com Hulk, o incrível Hulk, como protagonista. Em suma, foi uma derrota com um sabor bem amargo, uma derrota que complica
as contas. Mas é justo dizer que a equipa ontem esteve bem, mas faltou sorte para consegu
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
ir o golo que mudaria a história.
como eu me identifico com este post .....
ResponderEliminarfiz o caminho de regresso a casa desde o estádio completamente f*d*do da cabeça ....e cheguei a casa e ainda levei com o mau humor pouco habitual da esposa .....
ele há dias ......
caríssima Ana, caríssimos,
ResponderEliminarmuito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas palavras
@ Ana
é verdade, também eu esperava que «a equipa portista tivesse aprendido com o sucedido no jogo frente ao Atlético»... a ver vamos se, com estes dois desaires, já aprendeu definitivamente a lição...
@ doctor J.
é essa a atitude, car@**o!
(e é certo que estarei convosco no Dragão... mas em pensamento. acho que os noivos não iriam compreender a minha ausência - sequer aceitá-la :D)
@ Magro
a minha azia advém da burrice de não terem impedido o Herrera de ir para a barreira. e de não ter havido uma alma caridosa que tivesse ficado para trás, a ajudar na marcação ao Incrível, no lance que origina a falta. e, já agora, que não houvesse alguém que tivesse posto o pé que tivesse impedido o cruzamento que originou o filha da p*t@ do golo russo...
mas, copmo não podemos viver de "ses", 'bora lá para a recepção aos calimeros, que estão cá com umas destas fezadas...
@ Rui Anjos
não o referi no meu escrito, pois não quero refugiar-me na arbitragem, mas considero que houve falta de Neto sobre o Licá, ainda na primeira parte...
@ Miguel Amaral
obrigado! pelo comentário. é bom saber que, desse lado, também há reciprocidade (e que não fui o único a sofrer "desaires caseiros" :D)
no fundamental:
nunca mais é Domingo...
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
abr@ços a «ambos os cinco :D »
Miguel | Tomo II