terça-feira, 18 de setembro de 2012

do «ai Jesus!»...

 
© Google | Miguel Lima (Tomo II)


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3. 
Muitos dos leitores sabem que o meu mundo é cinzento. 
Posso ter ou não razão, pode a minha opinião merecer ou não crédito. Certo é que ela não é encarnada, verde ou azul. E também não é laranja ou cor-de-rosa. É cinzenta como o Direito. 
Dito isto, esta decisão - que poderia muito bem ser "Ai Pereira!" ou "Ai Pinto!" -, merece ser vivamente criticada, em particular o voto de vencido do presidente do Conselho de Disciplina [CD] da Federação Portuguesa de Futebol [de seu nome, Herculano Lima]
Alguma cautela se impõe - embora não sejamos ingénuos -, nas críticas quanto à medida da pena e ao tempo da decisão. Impõe-se celeridade na Justiça - na Desportiva ou outra. Decidir devagar só pode conduzir a situações como esta.

4. 
O que nos deixa atónitos são os termos e o conteúdo do voto de vencido do presidente do CD. 
Com o devido respeito - não exageremos aqui! -, parece que estamos perante uma painel com "aqueles comentadores", cada um com a sua camisola de clube, que as televisões nos oferecem para discutir se houve ou não grande penalidade, ou fora de jogo, ou falta para amostragem de cartão amarelo ou vermelho, e não a ler um texto de um presidente de um órgão disciplinar de uma federação
Há expressões totalmente inadmissíveis: « Dessa falta, muito grave e indiscutível [do árbitro assistente], resultou a vitória do clube visitante e a consequente vitória do campeonato, por parte do clube que beneficiou daquele erro. » Como é que é?! Um resultado alcançado à 21.ª jornada, de um total de 30, em que o FC Porto passou a ter três pontos de avanço?! Como é possível afirmar isto, não sendo um mero adepto em discussão de café?! 
Mas há mais: « O árbitro em causa tinha todas as condições para ver a falta e tinha a obrigação funcional de o fazer, e não fez, por motivações que só ele sabe. » 
Mais ainda: « Isto é: o treinador, que era um dos grandes ofendidos do erro cometido, passou, por artes mágicas, a arguido e, nessa qualidade, punido disciplinarmente... » - já para não referir o abuso das reticências ao longo do texto.

5. 
A "coisa" não vai acabar bem. Não pode acabar bem, independentemente da nossa vontade. 
Toda e qualquer decisão deste CD - da sua secção profissional - está, a partir de agora, coberta por um indelével manto de suspeita.

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autor: josé manuel meirim
fonte: publico.pt (2012-09-16)
ps: os negritos, os sublinhados, os itálicos e as "aspas" são da minha responsabilidade.


caríssima(o),

não sou quem o afirma; é uma sumidade do Direito do Desporto nacional.

penso que estará tudo dito sobre a "(in)justiça" (para não referir palhaçada) da questão do "castigo" aplicado ao «catedrático» Jorge "Jebus".


beijinhos e abraços (ainda indignados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)
 


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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)