... quando me deparo contigo no que consideras ser uma praxe académica:
1) que desconheças por completo (e em absoluto absurdo) o Código da Praxe da Universidade de Coimbra (por ser aquele que a regula), bem como o da Universidade do Porto (por ser o da minha academia e onde me cruzo contigo amiúde);
1+1) que desrespeites uma regra essencial e que, apesar de naqueles códigos não vir mencionada, deverá estar sempre implícita: o do Respeito pelo Próximo (seja ele caloiro, ou não), relevando a questão da «integração» para planos muito terciários;
3) que te faças valer da capa e da batina para mereceres um (pres)suposto "respeito" de quem nunca te verá com bons olhos e sempre, mas sempre, com maus fígados;
3+1) que, consoante os casos que se seguem, te faças apresentar com um traje devidamente etiquetado e/ou muito bem perfumadinho e/ou calçado com sapatinhos que não estão de acordo com tal indumentária, e/ou com o relóginho de pulso "da praxe", e/ou com o cabelinho preso, e/ou com brincos, colares, pulseiras, piercings e afins, e/ou com aquele "teu bâton" e/ou com a tua capa sem o Essencial que nela deve constar - ou seja, despida de emblemas - e/ou sem uma folha de papel em branco e uma esferográfica de cor preta no interior da tua pasta de estudante;
5) que demonstres à saciedade a tua douta ignorância pelo ponto primeiro, mostrando alegremente a cor branca do teu traje após o imediato segundo em que o Sol se pôs no mar, e retorques de forma altiva a quem te aponta tamanho erro;
5+1) que desrespeites ostensivamente as hierarquias e, por inerência, não dês provas de respeito e não honres quem tem mais experiência do que tu - um Saber fundamental que servirá para todas as situações nesta vida, que não só as da "dura praxis sed praxis";
7) que desprezes os teus companheiros e sobretudo a tua Moral e bons princípios (!!!), comparecendo no cortejo da Academia, no teu segundo ano, devidamente trajadinho e honrando os pergaminhos expressos no ponto 3+1) - quando, no ano anterior, te revelaste um puro e autêntico "anti-praxe";
7+1) que não saibas qual a melhor prenda que se pode oferecer a um doutor e/ou um veterano - motivo mais do que suficiente para um "convucatus" aos Leões e uma abstinência de (pelo menos) cinco anos a uma qualquer queima das fitas;
9) que não entendas o que a condição desse «ser assexuado» que é o caloiro é a melhor de todos os anos que passarás na Academia;
9+1) que optes pelo (des)respeito à diferença que te assiste mas que não reconheces nos que não a partilham, satirizando a Praxe Académica da forma mais vil, cobarde e absurda que conheço: envergando um traje académico cujas história e tradição desconheces.
* eu, algures no anfiteatro aberto da Escola Superior de Educação do Porto, no meu ano de caloiro, nesse longínquo ano lectivo de 1995+1/1997.
1) que desconheças por completo (e em absoluto absurdo) o Código da Praxe da Universidade de Coimbra (por ser aquele que a regula), bem como o da Universidade do Porto (por ser o da minha academia e onde me cruzo contigo amiúde);
1+1) que desrespeites uma regra essencial e que, apesar de naqueles códigos não vir mencionada, deverá estar sempre implícita: o do Respeito pelo Próximo (seja ele caloiro, ou não), relevando a questão da «integração» para planos muito terciários;
3) que te faças valer da capa e da batina para mereceres um (pres)suposto "respeito" de quem nunca te verá com bons olhos e sempre, mas sempre, com maus fígados;
3+1) que, consoante os casos que se seguem, te faças apresentar com um traje devidamente etiquetado e/ou muito bem perfumadinho e/ou calçado com sapatinhos que não estão de acordo com tal indumentária, e/ou com o relóginho de pulso "da praxe", e/ou com o cabelinho preso, e/ou com brincos, colares, pulseiras, piercings e afins, e/ou com aquele "teu bâton" e/ou com a tua capa sem o Essencial que nela deve constar - ou seja, despida de emblemas - e/ou sem uma folha de papel em branco e uma esferográfica de cor preta no interior da tua pasta de estudante;
5) que demonstres à saciedade a tua douta ignorância pelo ponto primeiro, mostrando alegremente a cor branca do teu traje após o imediato segundo em que o Sol se pôs no mar, e retorques de forma altiva a quem te aponta tamanho erro;
5+1) que desrespeites ostensivamente as hierarquias e, por inerência, não dês provas de respeito e não honres quem tem mais experiência do que tu - um Saber fundamental que servirá para todas as situações nesta vida, que não só as da "dura praxis sed praxis";
7) que desprezes os teus companheiros e sobretudo a tua Moral e bons princípios (!!!), comparecendo no cortejo da Academia, no teu segundo ano, devidamente trajadinho e honrando os pergaminhos expressos no ponto 3+1) - quando, no ano anterior, te revelaste um puro e autêntico "anti-praxe";
7+1) que não saibas qual a melhor prenda que se pode oferecer a um doutor e/ou um veterano - motivo mais do que suficiente para um "convucatus" aos Leões e uma abstinência de (pelo menos) cinco anos a uma qualquer queima das fitas;
9) que não entendas o que a condição desse «ser assexuado» que é o caloiro é a melhor de todos os anos que passarás na Academia;
9+1) que optes pelo (des)respeito à diferença que te assiste mas que não reconheces nos que não a partilham, satirizando a Praxe Académica da forma mais vil, cobarde e absurda que conheço: envergando um traje académico cujas história e tradição desconheces.
haverá outras situações certamente.
eu passo-me (só) com estas...
eu passo-me (só) com estas...
* eu, algures no anfiteatro aberto da Escola Superior de Educação do Porto, no meu ano de caloiro, nesse longínquo ano lectivo de 1995+1/1997.
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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)