terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"até quando?!", pergunto...


© abola | Luís Afonso
(clicar na imagem para ampliar)



caríssima(o),


estou de volta a este salutar conBíBio
confesso que já tinha saudades.

entretanto, nestas últimas (quase) setenta e duas horas de ausência, «apenas e só» entrecortadas por uma telegráfica (mas mais do que justa) "posta de pescada de apoio ao novel Mariano do nosso plantel, muita cousa se passou, mormente lá para os lados da Segunda Circular. mas, já lá vamos.

nós por cá, também tivemos alguns "mosquitos por cordas" para contar, sobretudo porque o nome do nosso centenário clube foi envolvido numa estapafúrdia (?) querela entre o sr. de figueiredo e o sr. gomes - uma questiúncula de tão baixo nível que até o nosso querido líder se viu compelido a vir a terreiro pedir satisfações, e informando quem de direito que as altas instâncias futebolísticas europeias terão conhecimento do sucedido.
ao que consta, parece que já não haverá necessidade de emprestarmos dinheiro à FPF; mas que o nosso comezinho futebol está sem qualquer crédito, disso já não tenho a menos dúvida - e não me refiro só às questões "do esférico rolando sobre a erva"...
fossem outros os visados e estou certo que outro galo cantaria - ou «garnisé», que vai dar ao mesmo...



© google | Tomo II



não me pretendo alongar muito em considerandos estéreis sobre a «tragédia» que foi evitada no recinto da agremiação de Carnide - pois que subscrevo o exposto no artigo "5lb não conseguiu evitar a tragédia".
sequer irei fazer humor negro sobre o lamentável sucedido; ao contrário de outros, a hipótese (mesmo que remota) de perda de vidas humanas não é (nem poderá ser!) motivo para risota.
apenas refiro que: 

(i) 

apesar do "ar" de puro deleite de alguns lampiões, a verem o seu "estádio" a se desfazer perante os seus olhos (pleonasmo propositado), os deuses estiveram do lado de todos os intervenientes - sobretudo dos espectadores que já não se encontravam no local onde caíram as placas metálicas; 

(ii) 

eu sou do tempo em que um senhor, de seu nome Edgar Cardoso (fervoroso calimero), andou literalmente a pular em cima da pala do antigo Estádio de Alvalade, porque um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil apontava para riscos imediatos de queda dessa cobertura da antiga bancada central. seguiu-se a interdição da zona da bancada, por Despacho da Secretaria de Estado da Cultura (da responsabilidade de Pedro Santana Lopes...), tendo o spórtém realizado mesmo o primeiro jogo da época 1992/1993, ante o Tirsense, com a bancada central encerrada (a parte final deste vídeo comprova-o). o eng. Edgar Cardoso surgiu em cena para desmistificar "a coisa", garantindo que «a pala é mais segura do que o Viaduto Duarte Pacheco.
por que é refiro este exemplo? por nada de especial... apenas porque acho (no mínimo) sui generis não haver uma vistoria de segurança, ao antr... à «gloriosa» "catedral", que se vem desfazendo em glória desde a época transacta, por parte de uma entidade competente e independente - algo que a empresa que construiu a estrutura (de)cadente não é...

(iii)

as declarações de Mário Dias atestam a gravidade do estado de (in)segurança do antr... da «gloriosa» "catedral".



© google | Tomo II



entretanto, da edição impressa do pasquim da Travessa da Queimada deste último Sábado, mais do que o ridículo timing de publicação do sub-artigo de opinião do "belenense" do sr. serpa ("o estranho caso de Fernando") - um autêntico tiro no pé, pois que o foi precisamente no dia em que se anunciou publicamente a prorrogação do contrato do luso-brasileiro até Junho de 2017... -, o que não pude (nem posso!) deixar passar em claro são as seguintes linhas, do abjecto escrito do "" Zé Eduardo - antigo "craque" do spórtém e que ficou conhecido no mundo da bola por um «lance acidental» em que só partiu uma perna a Rui Jordão -, sob o título "a golpada lusitana":


«

[...]

dou por mim a dizer-lhe que esta 'chico-espertice' lusitana é muito bem aceite e até glorificada. aqui, o 'anjinho' é que é o criminoso; quem é enganado é um idiota. bom, ídolo, inteligente, ser superior, é o dirigente que manipula resultados, que recebe árbitros em casa na véspera de jogos, que lhes oferece férias e grandes jantares, com muita fruta.
acrescento que estas deslealdades estão de tal maneira enraizadas, que até pessoas de bem, tribunos das Letras e das Artes, confundem paixão clubística com a honestidade que lhes é apanágio. vê-los a justificar o que não tem justificação, a endeusarem quem nos flagela com a corrupção, fazendo deles heróis de um País a necessitar de bons exemplos, dói-me e deixa-me envergonhado sempre que um qualquer 'mister' me interroga.

»


a propósito do risível "caso" dos «quatro minutos» com dolo, e na senda do que o sr. manha escreveu ontem sobre o nosso grande presidente, lá no lixo tóxico que edita todos os dias - «o presidente do FC Porto, responsável de referência do período mais obscuro da história do jogo em Portugal» -, o "sô Zé" Eduardo volta ao ataque em modos que só ele pode justificar por que os empregou.
bem sei que deveria relevar, mas não consigo esconder a minha incredulidade e calar a minha revolta por tamanha falta de memória. senão, vejamos. este "senhor" foi capaz de ignorar que:

a)

na época de 1977/1978, na história desportiva do spórtém houve um "tal" de mário luís, que ficou conhecido por «o chinês»... 
e posteriormente, em 1984/1985, houve um "tal" de Howard King, já no "elefante branco";

b)

e em 1979/1980, houve a "tal" história do Manaca - que reproduzo, na íntegra, na segunda parte desta "posta de pescada, para memória futura;

c)

e como esquecer o "tal" apoio solidário ao eterno rival (?), também em 1980 - e como já dei conta aqui?

d)

em 2001/2002, o spórtém foi campeão das dezassete grandes penalidades numa só época - um verdadeiro recorde nacional e que ainda não foi quebrado;

e)

o autêntico circo Cardinal que perdura desde Abril de 2012?


tudo estórias da "impoluta" história leonina. todas elas a cores. todas elas com um clube como denominador comum na "tal" «chico-espertice». todas elas sonegadas pelos media nacionais com a mesma força inversamente proporcional à filha-da-putice dessa cambada de jornalistas frouxos, que subvertem o rigor da imparcialidade a que estão deontológica e profissionalmente obrigados, denegrindo despudoradamente o nome de uma Instituição centenária (aqui, a partir dos 8'39'').
mas até quando é que o Clube vai ficar calado, a "ouvir" energúmenos como "sô Zé" Eduardo a debitarem alarvoseiras e/ou a denegrirem, a seu bel-prazer, o nome centenário da instituição e/ou do nosso querido líder, sem que tenham a devida resposta?! ainda se não tivéssemos uma estação de televisão para comunicar mais rápido e de forma mais eficaz, para "as massas"... 


mas, até quando, porr@?!


"disse!"









«

MUITA tinta se gastou com o "caso Manaca", que colocou o futebol português em efervescente convulsão no final da época 79/80. No dia 25 de Maio de 1980, a penúltima jornada do campeonato prometia muitas emoções, dado que Sporting e FC Porto partilhavam a liderança. Enquanto os dragões recebiam o Boavista, os leões viajavam até ao difícil terreno do V. Guimarães. Perder um ponto que fosse poderia significar o adeus ao título.

A semana que antecedeu os jogos foi vivida com grande tensão entre os intervenientes, com algumas notícias a lançar achas para a fogueira, como a oferta, por parte do FC Porto, de um prémio monetário a cada jogador vimaranense em caso de vitória. Mas ninguém conseguiria prever os acontecimentos que acabaram por marcar a vida de um jogador.

Manaca, moçambicano, havia chegado ao V. Guimarães proveniente do Sporting e era um leão assumido. Ao longo da carreira, foi recuando no terreno e, por etapas, passou de avançado a defesa-central, posição que ocupou nesse célebre jogo. De repente, um longo murmúrio sacudiu o estádio.

Via rádio chegou a notícia do golo de Frasco, nas Antas, aos 28 minutos, mas a angústia dos adeptos leoninos não durou muito. Aos 36 minutos, ocorreu o lance que ficou na história.

Num cruzamento para a grande área vimaranense, Manaca saltou com Manoel e cabeceou a bola para a própria baliza. Na reportagem de Record, na altura, pode-se ler: "Seria injusto, no entanto, atribuir a totalidade das responsabilidades a Manaca, já que Melo ficou a olhar para a bola e não saiu para a socar para longe." Não houve mais golos, apesar do domínio sportinguista, e, mesmo tendo o FC Porto batido o Boavista, por 2-0, os leões podiam praticamente comemorar o título, dado que tinham vantagem em caso de igualdade pontual. No fim-de-semana seguinte, uma vitória contundente sobre a U. Leiria (3-0) confirmou o título.

Mas voltemos a Manaca. Pinto da Costa, então chefe do departamento de futebol do FC Porto, e Hernâni Gonçalves, preparador físico, foram os mais contundentes nas reacções ao autogolo, e as suspeitas de suborno foram levantadas. Inclusive, começaram a circular rumores de que Manaca se teria juntado ao plantel leonino, em Lisboa, nos festejos da vitória sobre o V. Guimarães. Pinto da Costa deu ainda conta de inúmeros telefonemas que recebeu nos dias que antecederam o jogo avisando-o de que Manaca teria tido contactos com o Sporting e o jogo de Guimarães teria sido falado. O jogador, que nunca desmentiu as suas relações de amizade com muitas pessoas ligadas aos leões, negou sempre as acusações: "Saltei com o Manoel e nem vi a bola a bater na minha cabeça. Foi tudo muito rápido e sem intenção."

De qualquer das formas, Manaca seria dispensado pela Direcção do V. Guimarães três dias depois do jogo, assim como os brasileiros Dinho e Almiro e outro ex-leão, Vítor Manuel, fazendo aumentar ainda mais o clima de suspeição. Os companheiros do V. Guimarães, no entanto, saíram em defesa de Manaca, subscrevendo a seu favor um comunicado em que refutam qualquer acusação.

Também os jogadores do Sporting declararam a sua inocência, "atirando-se" a Pinto da Costa. Eurico, actual técnico adjunto do Benfica, referiu, ironicamente: "É claro, também houve o Manaca, que foi comprado pelo Sporting. Mas, não foi somente ele, o sr. Pinto da Costa está a ser injusto, esquecendo-se dos três jogadores vimaranenses que intervieram no lance do golo, o Ramalho, que deixou o Manuel Fernandes cruzar e o próprio Melo, que tinha obrigação de defender aquela bola. Tudo para cima das costas de um só jogador é uma injustiça." Manuel Fernandes declarou: "Há indivíduos, realmente, sem vergonha, que não devem medir certas palavras que dizem (...) Sobre o Sporting ter tentado subornar o Manaca, um profissional honesto, decerto esse senhor devia estar a ver-se ao espelho."

O FC Porto perdeu a possibilidade de obter o primeiro tri do seu historial e, de tão confiante que estava no sucesso final, já estavam prontas, a duas jornadas do fim, camisolas alusivas ao feito. Um autogolo polémico de Manaca estragou o negócio.

TORCATO E MANOLO VIDAL REFAZEM DUPLA DE SUCESSO

José Manuel Torcato e Manolo Vidal, actuais directores do departamento de futebol do Sporting, fizeram parte da conquista do título de 1979/80, o primeiro na qualidade de chefe do mesmo departamento e o segundo como seu "braço direito". Uma mística de campeões que Luís Duque tenta agora reintroduzir na estrutura leonina. Mas a história de ambos em Alvalade sofreu uma grande convulsão dias após o célebre V. Guimarães-Sporting dessa época.

De facto, a 11 de Junho, a dupla pediu a demissão dos cargos que ocupava, tendo a decisão origem no facto de a Comissão de Gestão (o clube estava sem presidente, com o auto-afastamento de João Rocha) ter recusado a ida de Manolo Vidal com a equipa leonina a uma digressão aos EUA. A "bomba" estalou numa reunião do Conselho Leonino. José Manuel Torcato, presente na sala, logo reagiu à decisão apresentando a sua demissão, no que viria a ser seguido, posteriormente, por Manolo Vidal, solidário com o companheiro.

A questão económica serviu de justificação para o afastamento, algo que deixou Manolo Vidal agastado, pois a organização da viagem pagava a deslocação a 23 elementos. O seu lugar seria ocupado por um elemento da Comissão de Propaganda do clube. Foi o fim de uma dupla que esteve ligada à conquista do título e que agora se reuniu, quase vinte anos depois.

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)