© Fernando Schlickmann e Fabrício Pretto | Não Editora
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Desacordo Ortográfico
Já não é só o Centro Cultural de Belém - instituição de direito privado, sem tutela pública. Ou a Fundação de Serralves. Ou a Casa da Música. Já não são só a generalidade dos jornais que o ignoram - Jornal de Notícias, Público, Diário Económico, Jornal de Negócios, para além da revista Sábado.
Já não só os angolanos que se demarcam. Ou os moçambicanos. Ou até os macaenses. Sem excluir os próprios brasileiros.
Por cá também já se perdeu de vez o respeitinho pelo Acordo Ortográfico; todos os dias surge a confirmação de que não existe o consenso social mínimo em torno deste assunto.
São os principais colunistas e/ou opinadores da imprensa portuguesa, como Anselmo Borges, Baptista-Bastos, Frei Bento Domingues, Eduardo Dâmaso, Helena Garrido, Inês Pedrosa, Jaime Nogueira Pinto, João Miguel Tavares, João Paulo Guerra, João Pereira Coutinho, Joel Neto, José Cutileiro, José Pacheco Pereira, Luís Filipe Borges, Manuel António Pina, Manuel S. Fonseca, Maria Filomena Mónica, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Sousa Tavares, Nuno Rogeiro, Pedro Lomba, Pedro Mexia, Pedro Santos Guerreiro, Ricardo Araújo Pereira, Vasco Pulido Valente e Vicente Jorge Silva.
É o ex-líder socialista, Francisco Assis, que se pronuncia sem complexos contra este «notório empobrecimento da língua portuguesa».
É o encenador Ricardo Pais, sem papas na língua.
É José Gil, um dos mais prestigiados pensadores portugueses, a classificá-lo, com toda a propriedade, de «néscio e grosseiro».
É a Faculdade de Letras de Lisboa que recusa igualmente impor o acordo. Que só gera desacordo.
Um acordo que pretende fixar norma contra a etimologia, ao contrário do que sucede com a esmagadora maioria das línguas cultas.Um acordo que pretende unificar a ortografia, tornando-a afinal ainda mais díspar e confusa.Um acordo que pretende congregar mas que só divide.Um acordo que está condenado a tornar-se letra morta - no todo ou em parte.
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eu já assinei a petição.
e tu?
Se nada serve assinar essa petição. O que deve ser assinado é a Iniciativa Legislativa de Cidadãos, que poderá ser levada à Assembleia da República.
ResponderEliminarhttp://ilcao.cedilha.net/?page_id=18
Caro Penta
ResponderEliminarPor princípio sou contra o acordo ortográfico. Por razões que saltam à vista. Mas o que é certo é que as escolas, pelo menos a escola do meu filho, implementou já o acordo ortográfico. Como o meu filho, milhares de alunos já tiveram um ano a serem formatados para esquecerem os "factos" ou a "selecção". Como não quero que tenha sido um ano perdido na Língua Portuguesa, por muito que me custe, não posso assinar a petição. "Não podes combatê-los junta-te a eles" Pela Prole.
Abraço!
Este acordo é uma tanga e nós se quizermos ele nunca entra em vigor,basta continuarmos a escrever como aprendemos,os que fizeram o acordo que o cumpram,eu nunca o vou cumprir,hei-de continuar a escrever como aprendi na 1ª classe em 1960,eu sou português não sou palopês!
ResponderEliminarUm abraço
manuel moutinho
@ R. Horta
ResponderEliminarobrigado! por tão pertinente informação.
eu já assinei a dita iniciativa :D
@ flama
compreendo-te perfeitamente (e tanto, ou mais, pois também labuto para o Ministério da Educação e Ciência), mas estou em desacordo contigo - pelos factores expostos no post.
temos que "os" combater, por muito "jurássicos" que possamos ser acusados ;)
@ Manuel Moutinho
também eu me recuso a escrever como me exprimo oralmente, só porque assim é mais fácil e tal ;)
abr@ços a «ambos os três»
Miguel | Tomo II
actualização às 11h45m, de 10 de Janeiro de 2013:
ResponderEliminar(mais uma) carta aberta ao actual Ministro da Educação, a pedir a revogação do (des)Acordo Ortográfico - o qual, note-se bem, viu o Governo brasileiro adiar por três anos a obrigatoriedade de aplicação do dito (para 1 de Janeiro de 2016) e de Angola estar liminarmente contra a sua aplicação.
confio que a barbaridade desta «evidente a babilónia em que a ortografia em Portugal foi lançada, a todos os níveis, desde a educação aos meios de comunicação social, passando por toda a administração pública e Diário da República» será, mais tarde ou mais cedo, revogada.
abr@ço
Miguel | Tomo II