quarta-feira, 23 de abril de 2014

«digam: "33"». mas será mesmo assim?


© fotos da curva | Tomo II


caríssima(o),

antes de tudo, convém lembrar que foi há precisamente trinta e dois anos que o nosso querido líder fez questão de «tomar a posse» como o trigésimo sétimo presidente do nosso clube do coração.
e, neste entretanto de mais de três décadas, tornou-se no Presidente mais ganhador a nível mundial e certamente no mais carismático a nível nacional.
e, esta é uma realidade que convém recordar e enfatizar, mormente numa altura em que o nome do FC Porto é achincalhado na praça pública (também) por tudo que é sabujo da Comunicação Social, e em que "tudo" é questionado em relação àquela hegemonia que perdura e que tanto incomoda muito "boa gente".

acontece que infelizmente, no Presente, nem tudo «são rosas, senhor», nem tudo são rosas, e há muitos "espinhos" que convém serem cortados, para que esta época desportiva não se repita nos tempos mais próximos.
não nego o que, para mim, têm sido as duas últimas semanas - mormente depois do descalabro de Sevilha: um autêntico suplício, o qual se tem vindo a agravar tormentosamente a cada exibição da equipa principal de futebol, do nosso clube do coração. mais do que nós, comuns adeptos, (pres)sente-se que os próprios jogadores estão cada vez mais interessados em que a época desportiva finde o mais rápido possível na exacta proporção inversa de que a sua agonia acabe de uma forma menos dolorosa.

afirmo-o tendo presente as peripécias do encontro que nos opôs ao Rio Ave. por contingências várias, só o pude visualizar em diferido. e o que vi, mesmo depois de saber o resultado final, foi muito mau. muito mau, mesmo. e peca por excesso face ao que (não) se produziu em campo. Nuno Espírito Santo justificou e, no meu entendimento, bem, que a prioridade do clube vilacondense são as duas finais que vai disputar em breve; assim sendo, tivesse ele apresentado um outro onze, porventura com mais "arrojo" e mais acerto na finalização, certamente que teríamos passado por muitos mais dissabores, na Segunda-feira... 

aliás, quero aqui afirmar que, no meu entendimento, muitas das críticas que Nuno Espírito Santo tem sido alvo, mormente por parte daqueles (ir)responsáveis que actualmente "estão com o credo na boca", são injustas. muito gostaria eu de saber o que fariam esses mesmos que, na presente temporada e em clubes com uma dimensão idêntica ao Rio Ave, muitos comentários desfavoráveis lhe tecem, atirando-lhe à cara a esfarrapada questão da «distorção» da "verdade desportiva"... tenho para mim que essa questão da deformação de um conceito que é tão subjectivo quanto a legalidade do spórtém em querer provar o célebre «dolo» na "ex-taça da bjeKa, só é aventada pelos que, a partir de uma determinada altura e por demérito próprio, passaram a depender de terceiros. e, quando assim é, "puseram-se a jeito", ficando sujeitos a esse risco que lhes é (de todo!) impossível contrariar: a Vontade de quem legitimamente fez tudo o que estava ao seu alcance para triunfar e pelos seus próprios meios.


de regresso ao que aqui nos traz, porque entretanto desviei-me da mensagem principal que quero partilhar.
para que fique bem claro, evidente e não deixe qualquer réstia de dúvida, com o teor do que a seguir citarei não pretendo desculpabilizar, seja de que forma for, uma época desportiva, a todos os títulos, miserável. aliás, necessito recuar ao início do presente séc. XXI, com o "engenheiro do penta" ao comando do nosso clube do coração, para encontrar depressões em igual número e um futebol praticado em "qualidade" idêntica. há mais de dez anos, portanto. mas, mesmo assim, a época corrente bate-a aos pontos...

"mas ao que é que me refiro?", estarás tu a perguntar.
uma de vós, que pediu anonimato, deu-me conhecimento desta deputada provocação, com ênfase nesta parte:

«

deixo aqui uma boa fórmula, se virem que estão nervosos: façam como os médicos faziam antigamente [sic], sentem-se, acalmem-se e digam "33". À segunda ou à terceira vezes, vão ver que já estarão mais calmos e mais serenos

»


depois... bem... depois e porque esta "posta de pescada está a tornar-se em algo que já vai para lá de um testament... um textinho demasiado longo e extenso, é melhor desvendar uma questão pertinente logo a seguir ao «gosto» do "faceboKas, em «'no pare, sigue, sigue'»...


somos Porto!, car@go! 
«este é o nosso destino»:  


beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)






© google
(clicar na imagem para ampliar)



«


Os lampiões, vigaristas como sempre, contabilizam nestes 33 campeonatos, os 3 que ganharam numa "prova experimental" a que se convencionou chamar de "Liga" e que decorreu entre 1934 e 1938, tendo o FC Porto ganho a primeira e o 5lb as outras três.

Essa prova era a título experimental, não oficial portanto, para estudar a viabilidade de uma nova prova que, no Futuro, se viesse a disputar num novo formato, ou seja, "todos contra todos".
A prova oficial, naquela altura, era e foi o Campeonato de Portugal, que se disputava no formato de eliminatórias e que decorreu até 1938.
Quer isto dizer que, naquela altura, a única prova que apurava o Campeão de Portugal era o Campeonato de Portugal, que inclusivamente decorreu entre 1934 e 1938, portanto ao mesmo tempo que a tal "prova experimental" a que chamaram "Liga"... Só que uma era oficial (Campeonato de Portugal) e a outra não (Liga), portanto e para deixar este aspecto bem esclarecido.

A partir de 1938, o Campeonato de Portugal passou efectivamente a jogar-se no formato de "todos contra todos" - situação que decorre até aos dias de hoje -, tendo passado a chamar-se Campeonato Nacional da Primeira Divisão, sendo alterado para Liga (ou Primeira Liga) em 1999.
Já aquele "Campeonato de Portugal" extinguiu-se em 1938 e deu origem à Taça de Portugal.

Assim, o quadro de competições que atribuem o Campeão de Portugal, ou Campeão Nacional, deveria ser este:

» Campeonato de Portugal: 

de 1921/1922 a 1937/1938

» Campeonato Nacional e Primeira Liga: 

de 1938/1939 até aos dias de hoje



A "tal" Liga disputada entre 1934 e 1938, e que o 5lb quer, por oportunismo e vigarice, aproveitar para contabilizar, nem sequer deverá ser considerada, uma vez que era a título experimental e não oficial:

" Por último, importa considerar o período de 4 anos em que o 'Campeonato de Portugal' coexistiu com o 'Campeonato da Liga' (1934-1938), considerado pela FPF como experimental para a prova que definitivamente substituiu a competição anterior. Não existem, mais uma vez e sobre esta questão, muitas dúvidas: embora a Federação inclua o 'Campeonato da Liga' nos quadros competitivos, esta não deverá ser achada para uma contabilidade de títulos, já que não podem existir duas competições diferentes a atribuir o mesmo título de campeão a iguais ou diferentes clubes. A prova que apurava o campeão Nacional existiu até 1937/1938, e somente quando é extinta passou o 'Campeonato Nacional da I Divisão' (com início em 1938/39, ultrapassado o período experimental de 4 anos), a atribuir o título de campeão ao seu vencedor. "

»


a fonte do texto acima é um comentário anónimo no anti-lampião. mas, o seu teor não deixa de ser pertinente, por ser um facto que eu desconhecia. em absoluto.

mais: 

a imagem acima e que (definitivamente não) "embeleza" este texto, não deixa dúvidas: em 1993/1994, a revista do actual lixo tóxico do grupo Cofina contabilizava «27 títulos» de Campeão Nacional e não trinta, como deveria ser.

mais ainda: 

à data de publicação daquela revista, era seu director rui cartaxana, esse notável portista dos sete costados (tantos como as colinas da cidade lusa que o acolheu), como é do conhecimento público.


de facto e assim termino, muito há por desvendar em relação a esses clubes (ditos) «gloriosos». e muito há que se lhe diga, por exemplo, a propósito da data de fundação dessa agremiação - eles que estão sempre prontos a lançar "farpas maledicentes" em relação à questiúncula da data de fundação do nosso clube do coração...
mas, esse é um assunto para que fica desde já "reserBado" para quando houver oportunidade para ser devida e convenientemente tratado.


"disse!"



6 comentários:

  1. Caro Miguel, posso partilhar esta tua posta, através do facebook do Mística?

    Desde já agradecido. :D

    Abraço

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  2. Estou parreco da minha vida.
    Os títulos jorram, brotam!
    São os títulos de geração espontânea....

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  3. caríssimos,

    muito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!

    @ João
    'mi casa es su casa', pá :D

    @ Ribeiro
    eu também fiquei «parreco», acredita :D


    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os dois» :D
    Miguel | Tomo II

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  4. Também tinha visto esse comentário no Anti Lampião (uma excelente fonte, diga-se de passagem).
    Nesse período em que o 5lb venceu 3 campeonatos, nós vencemos 1 que está contabilizado nos 27, ou não ?

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  5. Muito boa e correta abordagem destes casos, a que por norma os apaniguados dos clubes do sistema e a comunicação social fogem como diabo da cruz... por motivos óbvios.
    Abraço.

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  6. @ Carlos e sr. Armando Pinto

    caríssimos,

    muito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!

    @ Carlos
    é exactamente isso.
    se os tais três campeonatos de uma «prova experimental» não fossem contabilizados, esta deveria ser a contabilidade actual:
    » 5lb = 30
    » FC Porto = 26
    » spórtém = who cares?! :D

    é por esta razão - e só por esta - que há que concordar com o sr. Armando Pinto, quando afirma: «por norma os apaniguados dos clubes do sistema e a comunicação social fogem como diabo da cruz». é que estarmos a quatro títulos de distância é diferente de se estar a seis...
    mas, não hei-de falecer sem ver o nosso clube do coração ultrapassá-los e "à grande"! e, então, lá se esfuma o último bastião lampiónico: o nr. de títulos de campeão nacional.

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os dois» :D
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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