das novas 'calimerices' de clubes (ditos) grandes mas com alma de pequenos...

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caríssima(o),

e a "tal" boa notícia do dia é a de que (indirectamente) dá conta do prosseguimento de um certo e determinado corte de relações com o spórtém.

atente-se bem nas seguintes declarações do novel vasquinho a la vale e azevedo:

«

Pude ler esse acordo que dava direito de preferência ao spórtém na compra do Ghilas. Em primeiro, esse acordo estava mal feito e o spórtém precaveu-se mal porque precisava da anuência do jogador. A cláusula de rescisão era de três milhões de euros. Quando chegámos, fomos claros que queríamos falar com o jogador e fazer essa abordagem para exercermos o direito de preferência. Mas, quando nos chegou o pedido por parte do Moreirense, o jogador já tinha acertado tudo como outro clube. Isto não é direito de preferência, tem outro nome, é má-fé, porque se deixo um jogador negociar com outro clube, não há forma de exercer esse direito. 

É isto o futebol português... É por isto que o spórtém se tem batido e as pessoas começam a perceber porque é que temos relações melhores ou piores com certos clubes. Também não é por o Moreirense ser um clube grande ou pequeno, porque há grandes clubes que, de facto, são grandes, e há grandes clubes que não são grande coisa. Mas também há pequenos clubes que têm alma de grande e há outros que nem deveriam existir...  

Não podemos aceitar que venham falar em honra quando fazem um processo nas costas do spórtém, com quem tinham um acordo firmado aquando do empréstimo do Jorge Chula. Se mudaram cláusulas de rescisão ou se havia clubes informados, o spórtém deveria ter sido o primeiro a ser informado. Já depois de a Comunicação Social ter anunciado que o Ghilas tinha assinado contrato com o FC Porto, foi-nos enviada uma carta do Moreirense a perguntar se queríamos exercer o direito de preferência. Respondemos que sim, mas que nos explicassem como, já que o jogador tinha assinado por outro clube. Responderam de imediato - uma carta que estaria à mão de semear -, que o Ghilas queria ir para o FC Porto e ponto final. E lá foi ele a correr, a saltar todo contente.

Isto não é um direito de preferência, foi uma vergonha. Se me perguntarem se o spórtém queria um jogador que não teria interesse em vir, claro que não. Mas não vale a pena fazer acordos que não são para cumprir. Seria também bom verificar-se porque um jogador, que tinha uma cláusula de três milhões, acaba por sair por um valor muito superior.

Não podemos aceitar que façam as coisas nas nossas costas, e é por isso que achamos que devemos ter relações com alguns clubes e não com outros. É bom verificar que um jogador foi transferido por valor bem superior ao da cláusula da rescisão. Foi uma vergonha! 

»

portanto: 

alguém, em nome do spórtém, celebra um «acordo mal feito» com o Moreirense - inconcebível (no meu entendimento) para um clube dito "grande".
esse acordo, mesmo «mal feito», foi amplamente divulgado na nossa abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacional, e sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto. assim, alegar que se fizeram «as coisas nas nossas costas» parece-me um pouco calimero, mas ok! está-lhes no sangue...
alguém, em nome do spórtém, "não se chegou à frente" e em tempo útil, i.e., não proporcionou um encaixe financeiro ao Moreirense na ordem dos três milhões de euros até ao limite da tal «preferência» sobre o jogador, e clama por «honra!» e «vergonha!».
mais: alguém, em nome do spórtém, não soube cativar o jogador por forma a preterir o FC Porto em detrimento do clube dos vasquinhos e do seu "projecto desportivo", e insurge-se contra o «futebol português».

em suma:

é realmente e de facto comprovado, «uma vergonha!» que um clube da "grandeza" do spórtém já não consiga arranjar uma quantia próxima dos três milhões de euros por forma a poder accionar o direito de preferência por um jogador, e em tempo útil.
é realmente e de facto comprovado, «uma vergonha!» que um clube da "grandeza" do spórtém não possua um "projecto desportivo" que consiga rivalizar com os outros clubes (ditos) "grandes".
é realmente e de facto comprovado, «uma vergonha!» que um clube da "grandeza" do spórtém não consiga ver o «futebol português» para lá do seu umbigo.
é realmente e de facto comprovado, «uma vergonha!» que um clube da "grandeza" do spórtém possua, no seu corpo dirigente, indivíduos de uma estirpe que... enfim...
é realmente e de facto comprovado, «uma vergonha!» que um clube da "grandeza" do spórtém ainda não se tenha pronunciado sobre as acusações que recaem sobre um seu ex-vice-presidente, pelo (mais do que) evidente branqueamento de uma tentativa de corrupção, cujo arquivamento pela Justiça Desportiva já foi prontamente despachado.


para finalizar, tenho que concordar com o bruninho, quando afirma:

« há grandes clubes que não são grande coisa »

o spórtém actual é um exemplo (morto-)vivo de tal.

somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

beijinhos e abraços sempre! muito portistas!

e Muito Obrigado! pela tua visita :)